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Bilionário francês Bernard Arnault também é um grande produtor de vinhos

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Fortuna de Bernard Arnault inclui também vinhos e bebidas espirituosas

Bernard Arnault, empresário francês, é agora considerado o homem mais rico do mundo, de acordo com o ranking da Forbes. Ele superou Elon Musk como resultado da queda dramática no preço das ações da Tesla e do forte desempenho da LVMH. O patrimônio líquido de Arnault é estimado em US$ 180 bilhões (cerca de R$ 970 bilhões). O valor está US$ 33 bilhões acima do patrimônio de Musk. A fortuna de Arnault é baseada em sua participação no conglomerado de luxo francês LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy, ou, mais frequentemente, Moët Hennessy Louis Vuitton). Inclui moda, malas e acessórios de luxo, perfumaria e cosmética, joalharia, mas também vinhos e bebidas espirituosas.

A lista de marcas da LVMH parece um catálogo dos principais produtos de luxo do mundo, Louis Vuitton, Christian Dior, Givenchy, Kenzo e outros da moda, vendidos por um total de 31 bilhões de euros (R$ 177 bilhões). Perfumes e cosméticos, incluindo Guerlain, Acqua di Parma e derivados de perfumes de marcas de moda, bem como muitos outros, respondem por 6,7 bilhões de euros (R$ 38,3 bilhões).

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Bulgari, Tiffany & Co, Tag Heuer, Fred e outros em relógios e joias, entram com 9 bilhões de euros (R$ 51,4 bilhões). O grupo possui várias lojas de varejo, como Sephora, La Grande Epicerie/Le Bon Marché, Starboard Cruise Services etc., com vendas de 11,8 bilhões de euros (R$ 67,4 bilhões). E, finalmente, vinhos e destilados, que são principalmente champanhes e conhaques, com vendas da ordem de 6 bilhões de euros (R$ 34,3 bilhões).

A companhia chama suas marcas de “casas”. O faturamento total do grupo foi de 64,2 bilhões de euros (R$ 366,6 bilhões) em 2021. Há também um grupo de marcas, denominado “outros”, que inclui várias mídias, um construtor de iates, hotéis etc.

A parte mais importante do império é a Louis Vuitton que, segundo a The Economist, responde por um faturamento de 20 bilhões de euros (R$ 114,2 bilhões), um terço do total, com uma margem operacional de quase 50%.

Mas quanto significa US$ 180 bilhões, a fortuna de Arnault?

É difícil traduzir de fato o que ela significa, porque é uma quantia de dinheiro que torna as compras irrelevantes. O que importa quanto custa um terno novo ou um carro? Uma casa nova? Não é perceptível. Mesmo um apartamento super luxuoso em Paris, de 600 metros quadrados, ao lado da Torre Eiffel não é nem dinheiro que conta.

Atualmente, no mercado, sai por 40 milhões de euros (e Arnault nem precisa disso, porque já tem uma casa de 2.000 m2 a poucos passos de distância). Um dos superiates mais caros do mundo é o Eclipse de Abramovich, estimado pela Architectural Digest em US$ 1,5 bilhão (R$ 8 bilhões) – menos de um por cento do patrimônio líquido de Arnault.

Mais comparável em tamanho, talvez: US$ 180 bilhões é apenas um pouco menos do que o PIB da Ucrânia (como era antes da guerra) ou um pouco mais do que o da Hungria. Ou apenas abaixo da capitalização de mercado do McDonald’s ou da Nike. Ou, sobre comprar um carro, é mais que o dobro do valor de mercado do Mercedes Benz Group AG.

BKWINE PHOTOGRAPHY_Divulgação

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Moet & Chandon, em letras douradas, no escritório da companhia, em Epernay, Champagne

Dado o nome do grupo, LVMH, pode-se pensar que o vinho (M para Moët) e as bebidas espirituosas (H para Hennessy) constituiriam uma grande parte do grupo, mas não é o caso. As bebidas são responsáveis por menos de dez por cento das receitas, como mostrado acima. Mas o grupo ainda é muito dominante em cada um dos mercados dessas bebidas. Os detalhes nem sempre são públicos, mas existem várias estimativas.

Hennessy Cognac representa 46% de todas as vendas de conhaque medidas em volume (2019), o conhaque do sudoeste da França. Isso provavelmente significa pelo menos 2 bilhões de euros (R$ 11,4 bilhões) em vendas hoje para a Hennessy. Existem cerca de 270 produtores de conhaque, mas Hennessy é o maior. Metade de todo o conhaque produzido é vendido nos EUA.

No champanhe, a LVMH não é tão dominante. Mas está quase lá. Alguns anos atrás, o então recém nomeado chefe do negócio de bebidas da LVMH, Philippe Schaus, disse que uma estimativa aproximada é que o grupo responderia por um quarto de todo o champanhe produzido, medido em volume, mas em valor seria um terço do mercado. O preço médio de um champanhe LVMH é claramente superior ao da média produzida.

O maior produtor de champanhe é a Moët & Chandon, que pertence à LVMH. Estima-se que produza cerca de 30 milhões de garrafas, volume que pode estar subestimado nesse momento. Isso representaria cerca de 10% da produção total na região, que é de 300 milhões de garrafas. Moët costumava ter um cuvée de prestígio chamado Dom Pérignon.

Há alguns anos, foi perfilada como uma marca separada, independente da Moët, pela LVMH e estima-se que produza 5 milhões de garrafas anualmente. Mas a segunda maior marca de champanhe no catálogo da LVMH é a Veuve Clicquot, famosa por seu rótulo cor de laranja, com produção estimada de cerca de 12 milhões de garrafas. Outras marcas de champanhe no portfólio da LVMH incluem Krug, Ruinart e Mercier. Um cálculo aproximado aponta para um faturamento total de champanhe na faixa de 1,5 a 2 bilhões de euros (R$ 8,6 bilhões a R$ 11,4 bilhões) para a LVMH.

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Chateau d’Yquem, em Sauternes, Bordeaux, uma das vinícolas de Arnault

A LVMH também possui algumas vinícolas em outras regiões produtoras de uvas. Mas curiosamente, as propriedades vinícolas do grupo de Arnault estão localizadas, principalmente, fora da França. A Chandon produz vinho espumante em três continentes. Cape Mentelle na Austrália; Cloudy Bay, uma das vinícolas mais famosas da Nova Zelândia; Joseph Phelps em Napa Valley, recentemente adquirida; Terrazas de Los Andes e Cheval des Andes, na Argentina, entre outros.

Na França, o grupo possui algumas das propriedades mais famosas, produzindo pequenas quantidades de vinhos de luxo muito exclusivos, sendo mais marcas de luxo do que vinhos: Château Cheval-Blanc e Château d’Yquem em Bordeaux, Clos des Lambrays, na Borgonha, e alguns outros. Mas essas propriedades, fora de Cognac e Champagne, são pequenas em comparação com as outras.

Mas, curiosamente, parece que Arnault não gosta muito de beber vinho, dadas as marcas fabulosamente famosas em seu portfólio. Então, quando você abrir uma daquelas garrafas de champanhe, da lista de nomes acima, ou vinhos, no próximo Ano Novo ou em uma festa, estará contribuindo para manter o homem mais rico do mundo no primeiro lugar da lista. Ele vai gostar.

* Per e Britt Karlsson são colaboradores da Forbes EUA. O casal sueco baseado em Paris é autor de cinco livros sobre vinhos, já visitaram cerca de 200 vinícolas, além de escreverem para outras publicações.

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Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
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Conheça o lendário rótulo que mudou a tradição vinícola da Toscana

Quando foi lançado pela primeira vez, o vinho italiano Tignanello provocou uma verdadeira revolução. A safra de estreia, 1971, marcou uma nova era na Toscana em que produtores passaram a ignorar algumas das rígidas regras impostas para a produção dos vinhos chianti e se dedicaram a expressar as características do terroir, misturando uvas nativas, como a sangiovese, com outras variedades importadas de outros países, como merlot e cabernet sauvignon. Os “supertoscanos“, como passaram a ser chamados, pois estavam “acima” das regras, se tornaram referência, colecionados por enófilos. Agora, a safra 2019, a mais recente do lendário rótulo, eleita uma das cinco melhores compras pela revista Wine Spectator em 2022, está chegando às lojas brasileiras pela importadora Berkmann.

O nome, Tignanello, faz referência ao vinhedo em que o rótulo é produzido. Hoje, é comum que os supertoscanos sejam nomeados a partir dos vinhedos em que foram feitos. Há, inclusive, uma nova denominação de origem: o IGT Toscana. Na legislação italiana, há diversas denominações diferentes. IGT, ou Indicação Geográfica Típica, por exemplo, é uma regulamentação mais livre. Para o chianti, por outro lado, existe a DOCG, Denominação de Origem Controlada e Garantida, muito mais rígida. Inicialmente, os primeiros supertoscanos foram denominados apenas “vinhos de mesa“, associados a bebidas de qualidade inferior.

Enquanto a primeira safra do Tignanello foi feita com 100% de sangiovese, há algum tempo ele é um blend composto principalmente pela uva italiana, mas que recebe também cabernet sauvignon e cabernet franc. Na safra 2019, o clima foi perfeito na região do Chianti Classico, a mais antiga e tradicional da Toscana. A fermentação foi feita inicialmente em tanques de inox. A fermentação malolática, em seguida, um processo que acentua a complexidade e suaviza a acidez, foi feita em pequenas barricas de madeira. O vinho envelheceu durante um período de 14 a 16 meses em barricas de carvalho francês e húngaro, e depois passou mais um ano na garrafa antes do lançamento.

O resultado é um vinho complexo, que oferece aromas de frutas vermelhas, como morangos e romãs, além de baunilha, notas de café e chocolate. Tem taninos finos e acidez vibrante e um final longo. Pode ser degustado sozinho, mas tem enorme potencial gastronômico. Uma das características do Tignanello é que ele é acessível em muitos aspectos. Embora ainda jovem, capaz de envelhecer por muitos anos, pode ser bebido agora. Segundo Matheus Carvalho, embaixador da vinícola Antinori, responsável pela produção do Tignanello, a tendência é que ele esteja “cada vez mais pronto” para ser bebido assim que lançado, o que o torna ainda mais cobiçado por quem quer conhecer os bons rótulos da região.

O vinhedo em que é produzido o Tignanello –Antinori/Divulgação

É também “acessível” do ponto de vista financeiro. Embora seu valor, cerca de R$ 2 mil, seja extremamente alto, é bem menor que outros supertoscanos famosos. O vinho Sassicaia, por exemplo, pode ser encontrado por cerca de R$ 6 mil. Outro rótulo cobiçado, Masseto, custa quase R$ 20 mil. É quase uma porta de entrada para os grandes vinhos produzidos na Toscana.

O valor relativamente inferior a outros supertoscanos faz dele um dos vinhos mais pirateados. Por isso, a vinícola adotou uma série de medidas para reduzir as fraudes, como os rótulos feitos em alto relevo e a adição de um QR Code que garante a procedência de cada garrafa e dá acesso a um app com todas as informações da safra.

A Antinori, responsável pelo Tignanello, é uma potência, com diversos vinhedos espalhados pela Itália. É também dona de outras vinícola em outros países, como a húngara Tuzko, a chilena Haras de Pique e a americana Stag’s Leap Wine Cellars – cujo cabernet sauvignon desbancou alguns dos mais tradicionais rótulos de Bordeaux e foi eleito o melhor no mítico Julgamento de Paris, em 1976.

Vários dos vinhos produzidos pela Antinori são vendidos no Brasil, como o Villa Antinori Chianti Classico Riserva (R$ 284, no Santa Luzia), ou o Villa Antinori Toscana (R$ 199, no Santa Luzia), produzido na mesma denominação de origem do Tignanello.

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Vinho – VEJA
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O brilho de Ipanema e o apogeu dos peixes marcam a gastronomia em 2022

Se 2022 fosse um prato, certamente seria de peixe. No forno, na grelha ou cru, marinado ou mesmo curado por muitos dias antes do serviço. De preferência, perto do mar de Ipanema. Foi o ano onde o bairro de histórica influência cultural na cidade renasceu para a gastronomia. E os restaurantes e bares, sobretudo estes, descobriram bons caminhos na direção dos pescadores, dedicando-se a obter produtos mais frescos para a criação de pratos e petiscos dedicados aos frutos do mar.

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Das manjubinhas fritas aos crudos de pescados do dia, a festa ocorre do novíssimo Dias, gastrobar praiano no Leblon, ao cardápio de inspiração baiana do Dois de Fevereiro, no Largo da Prainha. Louvamos também o sucesso e a variedade de estabelecimentos como a pequena Boutique do Mar, na Gávea, a Polpo Taberna do Leblon, e o empolgante Labuta Mar, de Lucio Vieira – chef do ano no Veja Rio COMER & BEBER -, que teve curta carreira em Copacabana e está de mudança para a Glória.

Dias: bar chegou no fim do ano coroando os frutos do mar/Vini Bordalo/Divulgação

Ainda sobre embarcações, foi notícia aplaudida a reforma do Haru Sushi, estabelecimento querido pelos admiradores da culinária japonesa tradicional, que abriu salão bonito e confortável e levou o serviço de suas iguarias a outro patamar em Copacabana. E o chef Gerônimo Athuel deixou clientes e críticos de boca aberta ao inaugurar em sua casa o Ocyá, na Ilha Primeira, na Barra da Tijuca. É um restaurante onde matura em câmeras frias os peixes que ele mesmo pesca, criando um repertório instigante de sabores marítimos num endereço onde se chega de barco.

Ocyá: Gerônimo Athuel encantou com o trabalho sobre peixes maturados/Rodrigo Azevedo/Reprodução

Navegando de volta à Zona Sul, ao bairro onde Tom e Vinicius compuseram uma canção de sucesso planetário em homenagem à certa garota a caminho do mar, encontramos muitas novidades. No espaço de um semestre, abriram em Ipanema casas como o francês Bisou Bisou, o espanhol Izär e o italiano Nino Cucina, direto de São Paulo. Vindas de outras freguesias, aportaram na região casas como o Didier, do chef bretão Didier Labbé, e a premiada pizzaria Ferro e Farinha. Todas elas ocupando imóveis do antigo casario do bairro, reformados com esmero e atenção ao ambiente, à composição do cenário como ponto de crescente importância no conjunto da experiência.

Izär: paellas do chef Pepe López no espanhol de IpanemaTomás Rangel/Divulgação
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Entra para o time dos destaques o Gajos D’Ouro, que se mudou e abriu as portas, no período natalino, em casa histórica da Rua Aníbal de Mendonça, atualizando o ambiente sui generis do saudoso Antiquarius, do qual é legítimo herdeiro. A nota triste vem do Bazzar, que encerrou as atividades depois de 24 anos de ótimos serviços prestados em garfos e taças ao bairro e à cidade.

Chanchada: berinjela na coalhada e sanduba de peixe acabam de chegar/Vini Bordalo/Reprodução

Partindo em direção à Baía de Guanabara, das mesas mais requintadas aos tira-gostos tratados com atenção especial, foi o ano de notável “upgrade” no chamado Baixo Botafogo. Não nos deixa mentir o sucesso estrondoso do boteco Chanchada, muito bem planejado pelo chef Bruno Katz, em sociedade com a turma dona de bares como o vizinho Quartinho. E a chegada triunfal do Belisco, um bar de vinhos com qualidade gastronômica e de garrafas como há muito não se via, obra da chef Monique Gabiatti em parceria com a sommelière Gabi Teixeira.

Belisco: bar tem cerca de 30 rótulos servidos em taça//Divulgação
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Na alta gastronomia carioca, foram igualmente consideráveis os movimentos de evolução. O chef Alberto Landgraf colocou pela primeira vez o Rio na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, com o Oteque aparecendo na 47ª posição no prestigiado The World’s 50 Best. O chef Rafa Costa e Silva, por sua vez, levou seu Lasai a novo endereço que atende 10 pessoas por noite, no balcão da cozinha, em modelo inédito de serviço. E Claude Troisgros, um ídolo de todos, retornou à esfera do “fine dining” com a Mesa do Lado, uma experiência de gastronomia com música e projeções a cargo do artista Batman Zavareze – algo diferente de tudo que já havia sido feito num restaurante.

Claude Troisgros: chef criou experiência de sabores, sons e projeçõesTomas Rangel/Divulgação

Ganha menção honrosa e grandes expectativas a ascensão do chef Rafa Gomes. Com restaurante em Paris e conhecido pelas performances campeãs em realities culinários, ele mostrou face animadora de seu trabalho autoral no restaurante Tiara, recém-aberto no shopping Rio Design Leblon, pouco depois de ter levado seu Itacoa para o mesmo centro comercial.

Padella: caneloni do chef Nelo Garaventa forma filas na porta em BotafogoRodrigo Azevedo/Divulgação

Não há como falar em sair para comer fora no Rio sem passar pelos italianos, e a boa notícia do ano é que o Grado, quatro vezes campeão do Veja Rio COMER & BEBER, deu cria: o Padella é sucesso absoluto na saborosa rua Conde de Irajá, tendo à frente o casal-dupla-dinâmica formado pelo chef Nelo Garaventa e a designer e gerente Lara Atamian. Na Barra, o imenso imóvel que abrigou o Gero em épocas passadas foi reformado com requinte transbordante para a inauguração do Casa Tua Cucina, onde come-se muito bem com a presença constante de Atagerdes Alves, por décadas o braço forte de Rogério Fasano nos salões, e agora restaurateur dedicado, em sociedade com o empresário Alexandre Accioly.

Bar do Momo: botequim da Tijuca virou Patrimônio CulturalTomás Rangel/Divulgação

Tradição? Temos. O prefeito Eduardo Paes chegou com a caneta alegre para declarar novos patrimônios culturais, e a plaquinha azul ganhou a parede de bares como o Galeto Sat’s e o Bar do Momo, além da setentona Churrascaria Palace. Na lista dos endereços que fizeram história, a volta do Cervantes merece um brinde entre sanduíches de pernil, agora sob a regência do empresário cearense Antônio Rodrigues, criador da rede Belmonte.

Negroni: versão negra do Bocca del Capo leva uísque defumadoTomás Rangel/Divulgação

Na área da coquetelaria, não se pode dizer que o negroni é uma novidade, longe disso, mas a paixão pela criação italiana aumentou e foi possível encontrar diferentes versões do drinque em cada bar, e até mesmo cartas em sua homenagem, como é o caso do novo Bocca del Capo, no Leblon.

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De sobremesa, entre os tantos artigos de confeitaria que encantam os cariocas – sim, gostamos, e muito, de um docinho -, foi a vez de um redondo notável chamado choux. A massa leve e recheada do clássico francês conquistou a vitrine de empórios e padarias, atingindo seu melhor momento em pequena loja que é um verdadeiro achado em Copacabana: a Le Wilt, de Adriana e Solange Wiltgen. Um trabalho digno de joalheria dedicado a delicadezas capazes de fazer da hora do café o momento principal do dia.

Le Wilt: o choux como o Rio não tinha ainda visto//Reprodução

Depois do vendaval dos momentos de pico da pandemia, o ano de 2022 foi de brindes em sequência a cada nova inauguração, e o setor da restauração conseguiu recuperar metade dos empregos perdidos, segundo dados do Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio). Que 2023 traga consciência e consistência a um cenário que poucas vezes acenou com tantas alegrias ao redor das mesas.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Clan BBQ

O letreiro em neon com a frase “Não apague meu fogo” dá uma pista do que esperar da despojada empreitada que ocupa o imóvel onde funcionou o Zuka. Quase todos os pratos passam pela brasa de carvão, de legumes a carnes, estrelas do cardápio, em cortes especiais como denver steak (R$ 103,00, 320 gramas) e french rack de cordeiro (R$ 129,00).

À frente da cozinha, a experiente dupla de chefs Newton Rique (com passagem pelo três-estrelas Lasarte, do espanhol Martín Berasategui) e Pepo Figueiredo (que trabalhou com Thomas Keller no californiano Bouchon) prepara guarnições como arroz meloso em sofrito de cebola e tomate (R$ 42,00). Antes, a couve-flor cozida a baixa temperatura é tostada e servida com fonduta de queijo de cabra e pistache torrado (R$ 46,00).

Até a jardineira de frutas da estação (R$ 35,00) passa pelo calor do fogo, e chega à mesa com creme fresco e crumble crocante.

Preços checados em novembro de 2022.

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Pra começar bem o ano, veja onde tomar o primeiro café da manhã de 2023

O ano é novo e a fome é intensa, após as emoções da virada. No amanhecer de 2023, há ótimas opções para um café da manhã sem pressa, seja para os mais dispostos que vão direto das festas, ou para aqueles que acordam cedo e continuam na mesa a celebração.

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Alessandro e Frederico: diversas opções de combinados em Ipanema/Rodrigo Azevedo/Divulgação

No restaurante italiano Alessandro & Frederico, em Ipanema (Rua Garcia D’Ávila, 151, tel.: 2522-6025), o café da manhã é caprichado, a partir das 9h, com opções de geleias, manteigas, baguetes, focaccias, croissants e bolos. O café del garda (R$ 89,70) vem com café com leite ou capuccino, suco de laranja, geleia, manteiga, porção de papaia, tapioca com queijo coalho ou minas, omelete simples ou bacon, ou cesta de pães com croissant e uma fatia de bolo de laranja. O bianco di Sicilia (R$ 82,60) traz café com leite ou capuccino, suco de laranja, geleia, manteiga, porção de presunto e queijo minas, porção de papaia, tapioca com peito de peru, cesta de pães com croissant e uma fatia de bolo de laranja.

Cardin: opções para compartilhar no dia 1º de janeiro//Divulgação

Outra boa ideia é começar o ano com a fartura dos cafés da manhã do Cardin (Rua Constante Ramos, 44, Copacabana, tel.: 96703-5262, mais duas unidades). A partir das 7h30, uma das sugestões para compartilhar é o completo (R$ 144,00), que vem com duas bebidas, duas minibaguetes, uma ciabatta, um pão australiano, um croissant, uma broinha, um mamão papaia, uma fatia de bolo, uma porção de ovos mexidos, um waffle tradicional, três fatias de peito de peru, três pedaços de queijo minas, dois iogurtes com granola, duas porções de manteiga, geleia, requeijão e mel.

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A vista para o mar é sinal de sorte no ano novo, um oferecimento do Flora, localizado no topo do hotel Selina, em Copacabana (Rua Almirante Gonçalves, 5, tel.: 98272-3164). Com vista da orla, das 7h às 11h, a casa oferece três opções de combo, além de diversos itens que podem ser pedidos à parte. O combo clássico traz frutas, toast, cream cheese, ovos mexidos, pão de queijo, bolo, suco e café. O american style tem ovos mexidos, bacon, toast, panqueca, mel, suco e café. E o vegan é composto de frutas, avocado toast, chia pudding, suco e café. Todos saem por R$ 45,90 para não hóspedes.

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Flora: vista da praia de manhã é um trunfo da casa/Derek Mangabeira/Divulgação

Situado em frente à Praia da Barra, o Futura Café (Av. Lúcio Costa, 880, tel.: 2442-0002) serve um farto café da manhã das 7h às 11h, no estilo bufê (R$ 64,00). O desjejum inclui bolos artesanais, pães, frutas, frios, sucos, café coado, servido quentinho à mesa, chás, ovos mexidos, omeletes, pãozinho de queijo mineiro, cereais, sanduichinhos gourmets, quiche, tapioca e waffle com opções de várias caldas, além do tradicional com mel e manteiga.

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Com matriz no Jardim Botânico (Rua Visconde da Graça, 51, tel.: 2535-9862) e filiais em Ipanema e no Instituto Moreira Salles, o Empório Jardim, da chef Paula Prandini, abre às 11h com mais de 90 itens para café e brunch, escolhidos em cartela de forma individual. Há pedidas como pão de queijo gruyère (R$ 14,50, três unidades), iogurte caseiro do jardim (R$ 8,70) com a granola de nuts e nibs de cacau (R$ 4,90), e o croque monsieur, clássico francês com bechamel, gruyère e presunto royale (R$ 25,90). O “cookão” tem o dobro do tamanho (R$ 13,50), e outra doce opção é o croissant de chocolate belga (R$ 12,90). O ovo grego (R$ 29,90) se destaca com ovo pochê preparado ao molho de tomate com especiarias, queijo de cabra, espinafre e tapenade de azeitona.

Lugano: o chocolate da marca de Gramado derrete sobre o waffle/Camila Pires/Divulgação

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Para quem vai começar o ano subindo o Corcovado, está na estação do trem turístico uma das seis lojas do Chocolate Lugano (Rua Cosme Velho, 513, tel.: 97510-9384), que tem gostosuras achocolatadas para o café. A partir das 7h, há waffles como o coberto de chocolate ao leite derretido (R$ 18,90), e opções de bebidas como o capuccino experiência (foto), receita da casa preparada com leite vaporizado e café expresso (R$ 18,90). A taça Lugano (R$ 36,90) traz ganaches de chocolate ao leite e branco, acompanhados de morangos e finalizada com chocolate ao leite derretido.

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Yayá Comidaria

A herança africana na gastronomia popular brasileira serve de inspiração para a chef e pesquisadora Andressa Cabral, que resgata sabores ancestrais e presta tributo à cultura preta no endereço apontado pelos jurados de VEJA RIO COMER & BEBER como um dos melhores representantes da cozinha nacional na cidade.

Apresentadora do reality Iron Chef e sócia do Meza Bar, Andressa revisita clássicos brasileiros em receitas cheias de axé. A língua à milanesa com batata calabresa (R$ 38,00) é novidade entre os petiscos. Na ala principal, o frango com quiabo (R$ 46,00) vem ao lado de cuscuz cítrico.

Já o peixe à inajá (R$ 56,00), escoltado por molho de moqueca, camarões salteados, arroz de coco, banana e queijo de coalho, e capitão, um bolinho de feijão e farinha, faz homenagem à yabassê Carmem Virgínia, que participou da abertura da casa. Arremate com arroz-doce com coco e leite condensado (R$ 19,00).

Preços checados em novembro de 2022.

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Sud, o Pássaro Verde

A casinha branca de portão de madeira segue sem placa, mas pode entrar. Depois de quase dois anos com o salão fechado, funcionando apenas para delivery, Roberta Sudbrack reabriu em janeiro o restaurante, apostando cada vez mais em legumes e verduras orgânicos e outros insumos de altíssima qualidade, quase sempre de pequenos produtores, preparados de forma simples a fim de extrair o máximo do sabor do alimento.

No forno de barro, estrela local, ela lança mão de técnicas ancestrais, como a do barreado, para preparar receitas como a carne de panela (R$ 98,00), que passa a noite inteira enterrada nas brasas e chega à mesa com arroz de jasmim da Serra da Mantiqueira.

Molhadinho por dentro, o arroz de frutos da terra (R$ 89,00), preparado no forno com legumes da estação, já é um clássico. Arremate perfeito, a torta rústica de maçã é coberta por calda de toffee (R$ 45,00).

Preços checados em novembro de 2022.

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Restaurantes que marcaram época no Rio reabrem as portas neste fim de ano

Se o ano de 2022 pode ser considerado um período de recuperação dos restaurantes, em comparação ao cenário desolador da pandemia, ainda que muitas casas de histórias importantes tenham fechado as portas de forma definitiva, o mês de dezembro chegou com o feliz retorno à vida de alguns queridos estabelecimentos cariocas.

+ Churrascaria em Copacabana entra para o time do Patrimônio Cultural do Rio

Em junho de 2020, quando encerrou suas atividades, o tradicional e ipanemense Garden, inaugurado em 1955, na região do Jardim de Alah, postou nas redes sociais que haveria de reabrir “pela vontade de Deus, renovado, lindo e feliz, para receber essa multidão de irmãos e amigos”. Pois a casa de gastronomia variada voltará a funcionar com seu toldo azul nos primeiros dias de janeiro, reformada e de salão novo em folha, com quadros que exaltam a paisagem carioca. O endereço é o de sempre: Rua Visconde de Pirajá, 631.

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Garden: quase tudo pronto para a reabertura depois de mais de um ano fechado/Radar Ipanema/Reprodução
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Também em Ipanema, quem voltou ao endereço original, onde a história começou no forno à lenha, com farinha e tomates italianos, foi a pizzaria Capricciosa, na esquina entre as ruas Vinicius de Moraes e Barão da Torre. Fechado durante a pandemia, o endereço voltou com reforma que aumentou o conforto no salão, novas entradas e uma pizza de massa negra, preparada com a adição de carvão vegetal.

Copacabana foi outro bairro que viveu importantes ressurreições, com o retorno do Cervantes, que ficou fechado por 600 dias após a reclusão forçada de 2020. inaugurado em 1955, o símbolo boemio que atravessa gerações renasceu pelas mãos de Antônio Rodrigues, o empresário cearense dono da rede Belmonte, que também salvou da falência em tempos recentes o Nova Capela, na Lapa, e o Amarelinho, na Cinelândia.

Cervantes: pernil é a especialidade, no pão do João Padeiro//Reprodução

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Na Rua Barata Ribeiro, altura da praça Cardeal Arcoverde, pertinho do Metrô, um clássico chamado A Marisqueira também reabriu após renovar interior e fachada, aumentando o salão e mantendo seus clássicos baseados nos frutos do mar e receitas portuguesas, muitas delas servidas desde 1952. É o caso do bacalhau à Mário Soares, um carro-chefe da casa com o lombo frito, batatas coradas, cebolas e pimentões refogados no azeite, e cobertura de alho frito. O prato combina com o período de festas, certo? Que os ventos das reaberturas continue soprando nessas praias.

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Dois de Fevereiro

Grande responsável pela efervescência da região portuária à frente dos concorridos Casa Porto e Bafo da Prainha, o agitador “gastrocultural” Raphael Vidal pede licença a Iemanjá em sua nova investida no Largo de São Francisco da Prainha, que reverencia a culinária baiana com ênfase nos frutos do mar.

O cardápio em forma de cordel sugere o couvert baiano (R$ 24,90) para começar pela botecagem: escabeches de sardinha, mexilhão e manjubinha com cesta de pães. Moquecas em sabores variados, como camarão com polvo (R$ 57,00) ou a vegetariana de banana-da-terra (R$ 40,00), são servidas com arroz, farofa de dendê e pirão no salão enfeitado por fitinhas do Bonfim ou na calçada sob o toldo azul.

Do tabuleiro da baiana, a cocada mole (R$ 9,90) chega numa caneca. De segunda a sexta tem PFs como o de sardinha frita (R$ 29,00), guarnecido por pirão, aipim (ou batata), arroz, feijão e farofa.

Preços checados em novembro de 2022.

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Bira de Guaratiba

Encravado na Mata Atlântica — acredite: saguis visitam as mesas com certa frequência —, o restaurante oferece bem mais que boa comida. A experiência é, na prática, uma imersão na natureza, com uma vista de tirar o fôlego para a Restinga da Marambaia.

Em meio ao ambiente rústico, decorado por pinturas e esculturas de Ubiratan de Souza Leal, o Bira, ex-pescador que herdou o talento da mãe, Tia Palmira, cozinheira famosa por aquelas bandas, as sugestões de partida são o pastel de camarão (R$ 10,00 a unidade) e o vinagrete de frutos do mar, com o crustáceo, polvo e mariscos (R$ 190,00).

Um dos carros-chefes é a moqueca de robalo (R$ 325,00, para três pessoas) servida fumegante na panela de barro com arroz e farofa de dendê. As caipirinhas de kiwi, tangerina e maracujá (R$ 28,00) são a pedida certeira para um brinde.

Preços checados em novembro de 2022.

Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO