Segundo Coco Chanel em uma das suas clássicas frases, “a simplicidade é a chave da verdadeira elegância“. Harmonizar elementos simples pode proporcionar experiências incríveis na mesa de apaixonados por enogastronomia, a arte que envolve desde o visual do prato e vinho, aos seus aromas e sabores. Neste artigo trago um comentário sobre um pairing tradicional e de acesso a todos que desejarem praticar suas percepções e alegrar a alma. Doce de Abóbora com Queijo da Serra foi a escolha do dia, uma sobremesa típica em Portugal e em muitos lados do mundo. Para compor esta sinfonia, escolhi o vinho colheita tardia Quinta da Alorna 2017.

Harmonização Escolhida do Dia
Este doce de abóbora especial foi elaborado de forma caseira com açúcar, raspas de limão e paus de canela e servido com castanha de cajú picada. O queijo da Serra entra na sobremesa como fração protéica fazendo um contraponto na doçura, contribuindo com excelente textura em boca.

O vinho colheita tardia, mais destinado a sobremesas é produzido a partir de cachos de uvas que são vindimados após a maturação fenólica completa, com esse tempo a mais os bagos sofrem desidratação concentrando um maior teor residual de açúcar e assim são obtidas as matérias-primas para se produzir esse delicioso vinho. Este em especial da Quinta da Alorna foi produzido a partir da casta Fernão Pires, na região do Tejo e apresenta aromas e sabores como mel, frutos maduros, flor de laranjeira e frutos secos como amêndoa. Um belo casamento é esta sugestão de harmonização para almoços ou jantares entre a família ou entre amigos.
Breve Resumo Sobre a Quinta da Alorna
A Quinta da Alorna está na quinta geração sendo propriedade da família Lopo de Carvalho, localiza-se na margem sul do rio Tejo, próximo a cidade de Santarém. A propriedade possui 300 anos de história que alia a tradição com uma visão na era moderna. Possui uma área total de 2600 ha, destes 180 ha são dedicados as viticultura, onde estão plantadas as castas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet, Fernão Pires, Arinto e Chardonnay. A produção dos vinhos é comandada pela respeitada enóloga Martta Reis Simões, que executa um trabalho primando pela qualidade e com o olhar para o mercado.







O terroir recebe influência direta do rio Tejo, as vastas planícies que compõem as suas margens apresentam excelente amplitudes térmicas que contribuem para a produção das uvas. A Quinta possui áreas de vinhas em dois tipos de terrenos diferentes, o Campo que são as áreas adjacentes ao rio, são solos mais férteis e requer uma viticultura mais precisa, já na área denominada Charneca os solos são arenosos com pedras calhau rolado, são pouco férteis e estão localizados na margem esquerda do rio e ao sul da área Campo.
Palavras Finais
A busca em reunir o prazer entre os sabores dos alimentos com os estilos e características dos vinhos, sem dúvida é uma arte e que pode nos proporcionar sensações de bem estar sobretudo à alma. Unir ou complementar os sabores dos alimentos nos proporciona uma experiência que ativa, inspira e agrada nossos sentidos, e para tal ingredientes simples como doce de abóbora e queijo, e vinhos acessíveis como este colheita tardia da Quinta da Alorna, podem ser usados para compor uma harmonização de forma maestral.

Desejo à você leitor, excelentes momentos em seus experimentos com descobertas na enogastronomia.
Saúde e boas provas. Saudações báquicas!
Se você desejar ler mais sobre este assunto deixo um link aqui abaixo de outro artigo que redigi específico sobre ( A Arte de Harmonizar ) .

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