Nas listas de importantes clientes das principais lojas de vinhos de capitais como Londres ou Nova York há sempre uma dezena de brasileiros. O país também é rota preferencial de muitos exportadores, que dão preferência a bons compradores daqui na hora de oferecer em primeira mão pequenos lotes de preciosidades. É nesse contexto que acabam de desembarcar no Brasil apenas 480 garrafas do Léon, o Cabernet Sauvignon, da luxuosa vinícola argentina Luigi Bosca — a carga enviada para cá representa pouco mais de 10% da safra desse rótulo.
O Léon é fruto do trabalho do enólogo Pablo Cúneo. Há cinco anos, ele iniciou um ambicioso projeto para resgatar e reposicionar o Cabernet Sauvignon argentino em uma faixa de qualidade mundial. O nome do rótulo é uma homenagem a Leoncio Arizu, fundador da casa. O objetivo de Cúneo é emplacar um Cabernet de classe mundial que expresse o caráter de Mendoza, mas precisamente de Lujan de Cuyo. “Um Cabernet Sauvignon para competir com os grandes Bordeaux ou Californianos, mas com inspiração na Borgonha”, explicou-me o enólogo, durante um café da manhã em São Paulo. Para ele, a continentalidade da região — a proteção dos Andes que retira a influência marítima do terroir, os dias ensolarados e as noites frias em altitude — imprime ao Cabernet argentino um perfil distinto. À medida em que amadurecem, as uvas Cabernet daquela região vão trazer aromas de frutas negras, como cassis (groselha preta) e amora. “Além disso, a nota vegetal, que é comum nessa variedade, tende a ficar mais suave com o tempo. Com isso, é a fruta que acaba ganhando mais destaque”, explicou Cúneo.
Para quem se surpreendeu com a vinícola famosa por seus Malbec fazendo uma Cabernet Sauvignon de alta gama, Cúneo conta que, na Argentina, a Luigi Bosca é reconhecida por seus vinhos da casta mais plantada no mundo. O Cabernet, aliás, foi o primeiro varietal (vinho com uma só variedade de uva) da casa. “O Malbec vai ser sempre nosso símbolo, é nosso patrimônio, mas acredito que tanto o Cabernet Sauvignon como os brancos que vêm surgindo reforçam o potencial argentino em produzir vinhos de alta qualidade. São pinceladas de cor extra à viticultura argentina”, disse o enólogo.
O Léon Cabernet Sauvignon 2022 é composto por 91% Cabernet Sauvignon e 9% Cabernet Franc cultivadas em vinhedos próprios localizados em Vistalba (Luján de Cuyo) e Gualtallary (Vale do Uco). Ele tem amadurecimento de 12 meses em foudres e barricas de carvalho francês e chega ao Brasil importado pela Decanter. O novo ícone desembarca aqui por R$ 975 e tem potencial de 15 anos de guarda.
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