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O centro-sul do Brasil produzirá cerca de 2 milhões de toneladas de açúcar a menos do que o previsto anteriormente na safra 2024/25, com menos cana do que o esperado sendo destinada para a fabricação do adoçante, de acordo com relatório da consultoria StoneX divulgado nesta quarta-feira.
Na avaliação da StoneX, embora o açúcar ainda esteja mais “vantajoso” que o etanol em termos de preços relativos, a demanda pelo combustível no Brasil tem limitado a destinação de cana-de-açúcar para a fabricação do adoçante.
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Já a moagem de cana do centro-sul do Brasil, principal região produtora de açúcar do mundo, foi estimada nesta quarta-feira em 602,2 milhões de toneladas no ciclo 2024/25, estável ante a projeção de maio, mas uma queda de 8% ante o recorde de 2023/24, em meio ao clima adverso.
Com a redução na estimativa para o açúcar, a produção do centro-sul foi estimada em 40,55 milhões de toneladas, versus um recorde de 42,43 milhões de toneladas na temporada passada.
Em maio, a StoneX havia previsto a produção de açúcar em 42,3 milhões de toneladas para a safra atual.
Para fazer tal diminuição, a StoneX mexeu na previsão de “mix” açucareiro da safra de 52% para 50,5%. Ainda assim, o patamar está acima do visto no ano passado (48,9%).
“Mesmo com o açúcar se mostrando mais vantajoso que o etanol — na paridade entre os dois produtos, o açúcar negociado em Nova York registra uma diferença positiva de 3,5 centavos de dólar por libra-peso — o aumento no consumo de biocombustível tem limitado o uso da cana para a produção do adoçante”, destacou a StoneX.
Já a produção total de etanol (incluindo a fabricação a partir do milho) foi estimada em 32,5 bilhões de litros em 2024/25 no centro-sul, aumento em relação aos 32,1 bilhões de litros da projeção anterior, em meio à mudança do “mix” baseada no forte consumo de etanol.
Ainda assim, a produção do biocombustível cairia 3,3% ante a safra passada, com a quebra de safra de cana.
“Analisando a oferta de etanol, desde o primeiro trimestre de 2024, o consumo de etanol hidratado tem ganhado mais espaço no centro-sul brasileiro”, destacou a StoneX.
“Com a elevada produção na safra anterior, os estoques atingiram patamares recordes, o que levou as usinas a reduzirem os preços, tornando o etanol mais competitivo que a gasolina e favorecendo seu consumo”, pontuou.
A StoneX estima um crescimento no consumo de combustíveis do Ciclo Otto (gasolina e etanol) de 2,0%, renovando o recorde do setor e alcançando 44,5 bilhões de litros no centro-sul.
“Além disso, seguindo a tendência de ganhos na competitividade do etanol em relação à gasolina, foi estimado um share do etanol hidratado de 29% — 3,1 pontos percentuais acima do fechamento da safra 2023/24, que totalizou uma participação do biocombustível de 25,9%”, destacou o relatório.
Dessa forma, a demanda por etanol hidratado (usado diretamente nos carros) foi estimada em 18,5 bilhões de litros, um crescimento de 14,2% em relação à safra 2023/24.
A consultoria destacou que, ao contrário do etanol derivado da cana, que deve registrar uma queda em comparação com a safra 2023/24, a produção do combustível a partir do milho continua a ganhar espaço no mercado.
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De acordo com as estimativas da StoneX, o setor de milho pode apresentar um crescimento anual para 8 bilhões de litros, versus 6,3 bilhões na temporada passada.
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