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Rodas de Samba e bares que revitalizam o Centro da cidade

O Centro do Rio de Janeiro, palco de tantas histórias e revoluções culturais, vive um momento de transformação que vai além dos projetos oficiais. Embora o Reviver Centro, da Prefeitura, tenha trazido luz ao debate sobre a importância da região, uma esquina específica brilha sem depender de grandes investimentos públicos: o encontro das ruas Joaquim Silva e da Lapa. Ali, um conjunto de bares e iniciativas culturais tem dado novo fôlego ao coração da cidade, tornando-se protagonista de um renascimento autêntico e espontâneo.

No centro dessa efervescência está o Beco do Rato, o bar que virou símbolo da boemia carioca e da paixão pelo samba. Fundado em 2002 por Márcio e Lenira Pacheco, o local nasceu de uma transformação singela, de um antigo depósito de água de uma família de mineiros de Itabirito — terra natal da família Pacheco — para um espaço dedicado à música, à cultura e ao encontro. Em 2024, o Beco conquistou o título de bicampeão do prêmio Comer e Beber na categoria melhor bar de roda de samba.

“Estamos recebendo uma média de cinco mil pessoas por semana e vendemos mais de 1.200 caixas de cerveja por mês”, comemora Lúcio Pacheco, filho dos fundadores e atual gestor do bar. Para os frequentadores, o “Beco” vai além das estatísticas: é um espaço onde a alma carioca se expressa em sua forma mais pura.

O sucesso do Beco do Rato abriu caminho para outros empreendimentos na região, consolidando o que muitos chamam de o “novo quadrilátero dos cariocas”. A poucos passos dali, o Suru Bar desponta como outro polo de destaque, também reconhecido pelo prêmio Comer e Beber. Combinando boa música, drinks elaborados e uma vibe descontraída, o Suru atrai um público diversificado e reforça a narrativa de revitalização espontânea da área.

Inspirado pelo sucesso do Suru, nasceu o Suru Bafo, uma extensão do bar original que complementa a experiência. Ali perto, o Jurema — da mesma equipe criativa por trás do Bar Maravilha e do Xepa — surge como mais uma aposta para fortalecer a região. Esses novos bares não apenas enriquecem a oferta cultural e gastronômica, mas também atraem turistas e moradores em busca de vivências genuínas no Centro do Rio.

O futuro do “novo quadrilátero” parece promissor. A cada novo bar, a cada nova roda de samba, a região reafirma sua vocação como coração pulsante do Rio de Janeiro. E para quem ainda não redescobriu o Centro, um convite se impõe: venha para a esquina da Joaquim Silva com a Lapa e sinta a cidade reviver.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO