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PIB dos EUA volta a ganhar força no 2º trimestre

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A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o esperado no segundo trimestre, enquanto a inflação diminuiu. Com isso, as expectativas de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro permaneceram intactas. O mercado financeiro espera um total de três cortes este ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou a uma taxa anualizada de 2,8% no último trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. O resultado é uma aceleração em relação ao crescimento no primeiro trimestre, quando a economia cresceu a uma taxa de 1,4%.

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Economistas consultados pela Reuters previam expansão do PIB de 2,0% entre abril e junho.

As autoridades do Fed, o banco central dos EUA, consideram um ritmo de 1,8% como uma taxa de crescimento não inflacionária. Porém, o núcleo do índice de preços PCE, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, avançou 2,9%, depois de ter subido a um ritmo de 3,7% no primeiro trimestre

Brendan McDermid/Reuters

Brendan McDermid/Reuters

Expectativas de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro permaneceram intactas

Ainda assim, é uma boa notícia para o Fed, antes da reunião de política monetária na próxima semana. O chamado núcleo do PCE é uma das medidas de inflação monitoradas pelo Fed para sua meta de 2%.

A economia norte-americana continua tendo um desempenho superior ao de seus pares globais, apesar dos fortes aumentos dos juros pelo Fed entre 2022 e 2023. A atividade dos EUA segue sendo impulsionada por um mercado de trabalho resiliente, mesmo com a taxa de desemprego tendo subido para 4,1%, a maior em dois anos e meio.

O Fed manteve sua taxa de juros de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50% ao longo do último ano, depois de aumentá-la em um total de 5,25 pontos percentuais desde 2022.

Apesar do sólido ritmo de crescimento econômico, as perspectivas para o segundo semestre do ano ainda são nebulosas. Isso porque mercado de trabalho nos EUA está desacelerando, o que afetará os ganhos salariais.

Além disso, a taxa de poupança está bem abaixo da média pré-pandemia. Economistas estimam que a maior parte dos aumentos dos juros ainda não foi sentida. Ao mesmo tempo, as receitas dos governos estaduais e municipais também estão desacelerando, o que pode reduzir os gastos.

Há também preocupações com novas tarifas, que podem fazer com que as empresas antecipem as importações se o ex-presidente Donald Trump voltar à Casa Branca na eleição presidencial de novembro. No entanto, não se espera uma recessão, com o afrouxamento da política monetária previsto para este ano.

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Forbes Brasil