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Paola Carosella e a multiplicação das empanadas

A massa fica tostadinha, os recheios têm ingredientes cuidadosamente selecionados e o fechamento é feito manualmente. Recém-chegada ao Rio, a La Guapa, marca de empanadas criada em São Paulo há dez anos pela chef e apresentadora de TV Paola Carosella, logo caiu no gosto dos cariocas, que fazem fila atrás do típico salgado argentino vendido na loja de Copacabana, aberta no mês passado. Além de um segundo endereço em Botafogo, a grande novidade, planejada especialmente para os cariocas, é um quiosque na orla de Ipanema, previsto para agosto. “Estamos superempolgados com esse projeto, que tem a cara do Rio de Janeiro”, revela o administrador e sócio Benny Goldenberg, frisando que essa será a primeira loja da La Guapa na praia.

A marca, que conta hoje com mais de 35 endereços, instalados também em outras cidades, como Brasília, Campinas e Belo Horizonte, foi fundada em 2014 pela dupla já com o intuito de ser um negócio escalável, que pudesse estar presente em diversas regiões do país. Em 2020, o fundo Concept Investimentos passou a fazer parte da sociedade, com um aporte de 50 milhões de reais que impulsionou a expansão da rede. O objetivo é audacioso: dobrar o número de lojas até o final do ano que vem, chegando a oitenta pontos pelo Brasil. Para isso, tudo é feito na fábrica central, localizada na Zona Oeste de São Paulo, com capacidade para produzir por mês cerca de 600 000 unidades do salgado, que são congelados e enviados para as lojas, todas elas próprias, já que a rede não tem (e não pretende ter) franquias.

Plano de expansão: La Guapa planeja chegar a oitenta lojas até o fim do ano que vem
Plano de expansão: La Guapa planeja chegar a oitenta lojas até o fim do ano que vemDivulgação;/Divulgação

Mesmo com a produção já em larga escala, o preparo das empanadas conserva etapas artesanais. Cada um dos treze sabores fixos tem seu formato e seu “repulgue” específico. “Repulgue é a palavra que usamos em espanhol para definir o jeito como se fecha uma empanada. Repulgar é como costurar a empanada”, explica Paola, ex-jurada do MasterChef, da Band, e hoje à frente de seu programa no GNT. Segundo a cozinheira, o quitute não representa apenas seu país de origem, e sim vários países da América Latina que têm empanadas como parte da culinária local. A mais clássica, que ocupa o primeiro lugar no cardápio da La Guapa, é a salteña, cuja receita original nasceu na região noroeste da Argentina, próxima do Chile, da Bolívia e do Paraguai, e que vem recheada de carne refogada, azeitonas, ovo caipira e batata cozida.

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Quem assiste aos vídeos da chef em seu canal do YouTube ou acompanha seu perfil nas redes sociais (Paola é um verdadeiro fenômeno digital, com mais de 5,3 milhões de seguidores só no Instagram), sabe que ela defende o uso de insumos sustentáveis e procura atender a pessoas com restrições alimentares. Naturalmente, esse ideal é replicado nas empanadas. Há recheio de galinha caipira livre, opção vegana e valorização de ingredientes brasileiros, a exemplo do palmito pupunha, do requeijão de corte e da goiabada cascão. A chef gosta de chamar as unidades da La Guapa de cafés, já que “não são restaurantes, nem lojas, são espaços bonitos e amáveis onde as pessoas podem passar e pegar ou se sentar a qualquer hora do dia”. Nas paredes, um único lembrete: “se hacen con las manos, se comen con las manos”.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO