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O que vem depois da primeira estrela Michelin? Foi essa a pergunta que ocupou a mente de Tadashi Shiraishi desde que o chef ganhou, em maio, a chancela do cobiçado guia. Para ele e seu restaurante Kanoe, hoje o endereço de omakase mais exclusivo do país, a resposta não estava em um novo prato, mas na taça.
Já com a cozinha consagrada, o grupo de hospitalidade Omotebako, que o chef comanda ao lado da especialista em comunicação de luxo Patrícia Bianco, agora desbrava o universo dos vinhos de luxo e de colecionador com um projeto audacioso: o Wine Concierge.
A ideia era clara: oferecer uma consultoria sob medida para colecionadores e apreciadores de vinho, dentro do restaurante e em casa – com o serviço de montar e gerenciar adegas pessoais com a curadoria do grupo. “Eu sempre vi o Wine Concierge como um projeto de longo prazo, uma extensão do olhar e da experiência do Omotebako para todas as vivências de hospitalidade dos nossos clientes”, explica Patrícia.
O termo foi registrado no INPI anos atrás por ela, prova da vontade antiga de investir no projeto. “Percebemos que uma parcela do nosso público não só gosta de vinho, mas coleciona. Tinham adegas privativas em casa e, até quando o restaurante ainda era no nosso apartamento, eles traziam seus vinhos para beber com a gente”, relembra Tadashi.
Por que agora, afinal? Além da estrela, a peça-chave para tirar o projeto do papel agora é a entrada da renomada sommelière Gabriele Frizon ao grupo. Ela chega com toda sua expertise de 20 anos de carreira para abrir as portas de um mundo de rótulos raros e especiais.
Com o acesso que o restaurante e Gabi possuem a adegas privativas de renome, o resultado é uma triangulação que garante exclusividade: “Conseguimos trazer vinhos dessas adegas pelo mundo tanto para a carta do Kanoe quanto para os nossos clientes”, conta a sommelière.
É por isso que Tadashi diz que o público-alvo do wine concierge não compra apenas o produto: “Ele compra o acesso a esse universo de possibilidades, uma carteira infinita de descobertas”. Isso significa desde champanhes antigos, vinhos com mais de 30 anos e rótulos de colecionadores – um Borgonha de 1994 com apenas oito exemplares no Brasil ou até um Château Pétrus de R$ 100 mil – a achados curiosos de Gabi, como um vinho natural da Sardenha de R$ 300 (que apenas um connoisseur ávido saberia). “Para um cliente que quer algo mais original”, explica.
Na prática, o Wine Concierge quer funcionar como um membership com anuidade. Dentro do ambiente do restaurante, o modelo permitirá benefícios como isenção de rolha, reservas de garrafas raras e convites para degustações especiais. O acesso a vinhos velhos e raros também será descomplicado, com a possibilidade de vendê-los em taças por meio da tecnologia do Coravin (que perfuma a rolha sem romper o lacre da garrafa). “É para o cliente perder o medo de provar, se permitir o risco”, diz Tadashi.
Outra frente importante, que será desenvolvida ao longo dos próximos meses com os clientes atuais do Kanoe, é o apoio direto na montagem de adegas próprias, desenhadas sob medida com a curadoria de Gabi.
O retorno sobre esse investimento não é apenas financeiro, mas de construção de marca, explica Patrícia: “Quando uma pessoa abre um vinho raro, aquilo sempre vira uma memória atrelada ao ambiente, às pessoas, a toda a sensorialidade. Para nós, como grupo de hospitalidade, essa marca na memória do cliente é o que mais importa no longo prazo”.
[escohas-editor]
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