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Exclusivo: Novo edital liberará açaí e outras comidas paraenses na COP 30

A notícia da absurda proibição dos restaurantes da COP 30 servirem símbolos da culinária paraense, como açaí, tucupi e maniçoba gerou enorme repercussão no mundo da gastronomia. Segundo o edital das Organizações dos Estados Ibero-Americanos as restrições seriam por segurança alimentar.

“Foi um impacto muito grande, do tamanho da ignorância”, detonou o chef Saulo Jennings. O representante da gastronomia paraense é inclusive embaixador gastronômico da ONU Turismo desde 2024.

Ele repudiou com veemência o edital lançado em entrevista exclusiva para a VEJA RIO feita na filial de seu restaurante Casa do Saulo na cidade. Depois, em primeira mão, contou que graças a articulação feita ao longo do dia com o Ministro do Turismo Celso Sabino conseguiu reverter a situação.

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Mesmo assim fez questão de destacar que o estrago já estava feito: “Mesmo com a gente conseguindo reverter a decisão, já se criou uma barreira preconceituosa e de medo para as pessoas que vão visitar o Pará. Engraçado que o açaí pode estar em todo o lugar do mundo. Ele está hoje na Europa, na Ásia, nos Estados Unidos… Mas não pode estar no local de origem?”, questionou.

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Saulo lembrou inclusive que abriu a COP 28, que aconteceu em Dubai, como chef convidado e serviu como entrada para os Chefes de Estado o Tacacá, que tem o tucupi como ingrediente. Destacando que isso demonstra o quão absurdo foi o edital inicial, fez questão de lembrar que há muitos anos não há registros da Doença de Chagas pelo consumo do açaí na região, por exemplo.

Ainda lembrou que um dos fatores mais importantes para a questão climática é a alimentação. E destacou que o Pará tem todos os alimentos e tecnologia que ajudam na preservação do ambiente e melhoram o clima.

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“É muito triste a gente ser atacado, a gente se sente ferido. Mas por outro lado estamos acostumados. A Amazônia sempre foi palco de grandes guerras, de grandes ciclos de destruição, e a gente mantém ela em pé. A gente vai continuar, não vai ser por isso não”, completou.

Depois fez um convite para que todos provem a fantástica gastronomia paraense: “Quem provar vai sair saudável, talvez até curado de alguma coisa que tenha de ruim. Vamos tremer o mundo com muito jambu”.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO