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Como começar sua coleção de vinhos

Não existe ex-bebedor de vinho. Esta é uma frase muito repetida entre os apreciadores da bebida. Quem é picado pela mosca azul de Baco, normalmente quer conhecer cada vez mais, montar uma pequena coleção e receber os amigos para sacar com eles algumas rolhas. Para ajudar nesta tarefa preparamos uma pequena sugestão de adega de 36 garrafas.

 

O critério foi inicialmente buscar um equilíbrio entre tipos e depois separar a coleção em dois grupos. O primeiro para um para ou consumo imediato, no dia a dia, Estes terão menor quantidade, mas serão repostos com maior frequência. Os vinhos do segundo grupo, dos vinhos para alguns anos de guarda, aparecerão em igual ou maior quantidade, mas serão repostos com uma frequência menor.

 

Começando pelos espumantes, sugiro 3 brancos secos e 2 rosados. O brasileiro tem bebido cada vez mais espumantes e os produtos nacionais tem ótimo custo benefício, tornando a compra fácil e assertiva. É também ter ao menos um Moscatel (os brasileiros são os melhores), pois além do custo atrativo e de ser fácli de beber, pode ajudar em harmonizações e agradar à algumas visitas. Aqui em casa não pode faltar Moscatel, para o caso de visita da sogra. Brancos jovens e sem madeira, com um sauvignon blanc chileno, não podem faltar, pois são frescos, bons para praia, piscina e uma diversidade de pratos do mar. Idem para os rosados, sempre de safras recentes. Nos tintos para consumo rápido, sugiro uma quantidade um pouco maior, pois os brasileiros, embora estejam descobrindo as outras tipologias, ainda bebem mais tintos. Que sejam estes com pouca ou nenhuma madeira, ampliando suas possibilidades e ocasiões de consumo.

 

A sugestão de ter 1 garrafa de Jerez Fino é motivada por este vinho merecer ser descoberto. É grande aperitivo e um versátil curinga para harmonizações difíceis, indo do sushi ou curry às azeitonas, aspargos e alcachofras.

 

Na parte dos vinhos para guarda coloquei dois espumantes pensando em Champagnes safrados ou espumantes de maior estrutura de outras origens, que ganharão com os anos em garrafa. Idem para brancos, que podem ser rieslings da Alemanha, ou se seu bolso permitir, um Borgonha de estirpe. Vinhos de sobremesa ou fortificados são os vinhos mais longevos, que evoluem por décadas e podem fechar com chave de ouro um jantar especial.

 

Nos tintos de guarda foi onde a mão pesou na quantidade. Aqui entram tintos de maior estrutura, com amadurecimento em madeira, de regiões clássicas. Afinal é a categoria mais cobiçada, e que vocês os leitores talvez queiram estocar mais e só mesmo tendo mais garrafas você terá a paciência de guardar algumas por mais tempo.

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Coloquei todos com no mínimo 2 na quantidade para evitar a frustração de em alguma ocasião precisar abrir uma 2ª garrafa e não ter. Exceção aberta ao Jerez, por ser algo menos comum por aqui.

 

Percentual maior de tintos pois é o que se bebe mais no Brasil, e mais dos de guarda pois irão girar menos

 

Vale lembrar que esta lista é apenas uma sugestão, que deve ser adaptada a seu gosto e das pessoas de seu convívio, bem como à sua disponibilidade financeira e de espaço físico para guardar as garrafas

 

 

 

CONSUMO RÁPIDO
Espumante branco seco

3

8%

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Espumante rosé

2

6%

Moscatel

2

6%

Rosé

2

6%

Branco jovem sem madeira

2

6%

Jerez Fino

1

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3%

Tinto jovem sem madeira

4

11%

PARA GUARDA
Espumante Brut de Guarda

2

6%

Branco de guarda

2

6%

Tinto de guarda

12

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33%

Sobremesa branco

2

6%

Fortificado tinto

2

6%

36

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100%

 

 

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO