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Ametista – A Pedra de Baco

A pedra ametista é considerada a pedra de Baco, e para você que ainda não esta familiarizado, Baco era o deus do vinho para os romanos, ele também recebia o nome de Dionisio . A sua história mitológica romana tem inúmeros episódios. Vou te contar um que é bem interessante sobre a pedra preciosa ametista e o deus do Vinho.

Baco costumava cortejar diversas criaturas por onde passava e, certo dia, ele se envolveu com uma ninfa chamada Amethysta. Contudo, para evitar que essa relação fosse levada adiante e para protejer a ninfa, Diana a deusa da caça transformou-a  em uma pedra preciosa brilhante, que conhecemos hoje como Ametista.

O deus então recolheu o belo cristal e o mergulhou em vinho, o que deu a cor tão característica da pedra. Em outras lendas, conta-se que a ametista é capaz de transformar a água em vinho.

Outra curiosidade sobre a ametista é a respeito da etimologia da palavra. Afinal, o termo deriva do grego amethystós, ou seja, é formada por “a”, que tem um significado de negação, e “methystós”, que vem do verbo “intoxicar” e se assemelha a methys, “vinho”. Muitos dizem que essa ligação deve-se a Baco e que a pedra tem o poder de impedir a embriaguez.

Por toda essa relação mitológica com o vinho é que muitos enófilos consideram a ametista como uma espécie de amuleto. Então, se por acaso encontrar com um grande amante de vinho carregando essa pedra preciosa, já sabe de onde vem a história, que é bem interessante e mística, diga-se de passagem.

Na dúvida sobre mitos e verdades eu já carrego a minha, e você já possui sua Ametista de amuleto ?

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Abrolhamento – Ciclo da Videira

O abrolhamento ou também conhecido como período de brotação se dá na primavera e portanto dependendo onde estão implantadas as vinhas podem variar os meses do ano em que esse fenômeno natural ocorre, se as vinhas estiverem plantadas no hemisfério Norte ocorre nos meses de Março e Abril dependendo da casta ou da latitude, e se estiverem plantadas no hemisfério Sul ocorre nos meses de Setembro e Outubro também variando conforme a casta ou a latitude.

O interessante deste período do ciclo da videira é que ele marca o início do crescimento vegetativo onde os gomos se “inflam e explodem” dando origem aos brotos e pâmpanos e a partir disso ocorre o desenvolvimento dos órgãos da planta, as ramificações, os sarmentos, a floração e os cachos de uva.

Dentre as castas viníferas podemos classifica-las neste período como castas de abrolhamento precoce ou abrolhamento tardio, como exemplo temos castas como Maria Gomes, Bical, Chardonnay e Pinot Noir que não necessitam que as temperaturas estejam muito altas para brotar, já as castas Syrah, Cabernet Sauvignon, Malvazia Fina e Tempranillo já necessitam de temperaturas bem mais altas para que ocorra o seu abrolhamento.

Um detalhe interessante e que necessita de um alerta dos produtores durante esta fase, são com as geadas que podem acontecer no período da primavera onde podem matar os gomos e gerar muitas quebras na produção, há casos em que quase toda a safra é perdida. Algo extremamente trágico para o produtor que labuta as suas videiras o ano todo.

Agora me diz aqui nos comentários, você já acompanhou este período de abrolhamento das videiras? Gostou desta curiosidade ? 

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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TerraMater – A Beleza da Mãe Terra Chilena

Cravada na Isla do Maipo bem no coração do Vale do Maipo, um dos terroirs vínicos chilenos mais fantásticos que existem. A TerraMater que na tradução do seu nome do latim significa Mãe Terra, tem a sua sede rodeada de paisagens monumentais e possui a capacidade de produção de 8,5 milhões de litros de vinhos com tecnologia de ponta aliada a conhecimentos e tradições centenárias da produção vínica, é um dos principais e mais importantes produtores de vinho e também de azeite de oliva desta região. Seus vinhedos estão distribuídos em três áreas, Fundo Caperana na Isla de Maipo, Fundo San Jorge e Fundo Peteroa no Vale do Curicó.

Fundo do Caperana – Isla de Maipo

É neste terroir excepcional para produção de uvas com qualidade ímpar que a sede da TerraMater está localizada. Nele estão distribuídos 400 hectares de castas como Cabernet Sauvignon (essas com mais de 40 anos plantadas), Zinfandel (segundo o produtor é único produzido no Chile), Sauvignon Blanc, Sangiovese e Chardonnay. O clima apresenta 400 mm de precipitação pluviométrica por ano, possui influência marítima com excelente amplitude térmica. O solo caracteriza-se por ser profundo, ricos em pedras e sedimentos.

A construção da sala de barricas que no momento possui 1800 em estágio, envolve um belo trabalho de projeto arquitetônico visando manter controle de temperatura, umidade, mas sobretudo a minimizar problemas com eventos sísmicos, já que o país se encontra em uma região de elevada instabilidade geológica, na zona entre duas placas tectônicas, a de Nazca sob o Oceano Pacífico, e a Sul-americana, posicionada na América do Sul.

Fundo San Jorge – Vale do Curicó

Na região central do Vale do Curicó em Los Nichos no Fundo San Jorge a TerraMater possui nas encostas das Cordilheiras dos Andes 75 hectares com a variedade Cabernet Sauvignon em sua maioria com 65 anos plantadas. Esse terroir vem se destacando em produzir vinhos com incrível elegância, personalidade e com riqueza em concentração em taninos que contribuem para produzir vinhos complexos e cheios de caráter. Os níveis pluviométricos são de 700 mm/ano no inverno e esporadicamente há alguma chuva na primavera. Um detalhe interessante de mencionar são as inclinações das vinhas que giram em torno de patamares de 15 graus, contribuindo positivamente para melhor captação de luz.

Fundo Peteroa – Vale do Curicó

Localizado cerca de 200 Km ao sul de Santiago, no Vale do Curicó em Fundo Peteroa, a TerraMater também possui produção das castas Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Sauvignon Blanc e Chardonnay que são utilizadas na elaboração dos seus néctares e também de azeitonas que dão origem aos azeites de qualidade do Chile. Este terroir tem clima com influência das correntes do Oceano Pacíifco, apresenta 600 mm em média de índices pluviométrico ao ano no inverno, nos verões os dias são quentes e apresentam intensa luminosidade e as noites são frias gerando uma excelente amplitude térmica. Há algo importante que é a presença de massa de água do Rio Matacquito, contribuindo para um ambiente perfeito para produção de uvas cheias de qualidade.

Paula Cifuentes, Alfredo Schiappacasse, Alejandra Henriquez Pinto, Juan Carlos e Dayane Casal

Vinhos Especiais da TerraMater e Turismo

Depois de visitar tantas paisagens vínicas majestosas e de está in loco conhecendo detalhes desses terroirs tão especiais chilenos, participei de uma prova vínica com a presença do CEO da TerraMater Sr. Alfredo Schiappacasse, seus diretores e a sua equipe de enologia. Partilho com você leitor, alguns detalhes de néctares especiais que pude degustar nesse dia e que me fizeram a alma fluir de tão especiais.

O vinho Grafo sem dúvida é uma das jóias da TerraMater, um vinho produzido de forma limitada pelas mãos do aclamado enólogo italiano Stefano Gandolini e pelo CEO da TerraMater Alfredo Schiappacasse como uma espécie de tributo ao Cabernet Sauvignon produzido no Chile, fica a sugestão de se deliciarem num nécta inesquecível.

O Vinho Altum foi uma grata surpresa, que inclusive tem a versão tinto e branco, ambos magníficos. O tinto um vinho elegante, redondo em boca, com excelente equilíbrio de quando a Cabernet Sauvignon é bem produzida e vinificada. O branco um sensacional Chardonnay que me arrancou suspiros, uma excelente passagem em barrica que lhe conferiram untuosidade, elegância, sofisticação e que convida um para um bom prato de camarão com natas.

A joia da coroa sem dúvida é esse sensacional vinho MATER, um magnífico blend com as castas Cabenert Sauvignon, Carménère, Syrah e Zinfandel onde temos a seleção dos melhores lotes vínicos trabalhados com extremo requinte e que deram luz a um dos melhores vinhos chilenos que já pude degustar.

Na sede da Terra Mater existe um trabalho com enoturismo que vale a pena a visita, uma loja dos seus vinhos e produtos gourmets importados com excelente oportunidade para a compra e também um delicioso restaurante chamado Zinfadel com uma divina gastronomia que permite a harmonização com todos os vinhos do produtor, fica a minha sugestão após a visita de desfrutar momentos únicos unindo duas maravilhas o vinho e a gastronomia.

Espero que você leitor tenha gostado deste artigo com esse produtor icônico chileno, desejo excelentes provas e muita saúde!

TerraMater
Luis Thayer Ojeda 236, 6º Piso. Providencia, Santiago – Chile
Tel. (+56 2) 2438 0000 / terramater@terramater.cl
Comercio Exterior
José Miguel Sepulveda – comex@terramater.cl
Sala de Ventas Caperana
Av.Balmaceda 4900, Isla de Maipo – Chile.
ventascaperana@terramater.cl
+56 2 2838 6902
Emporio TerraMater
emporio@terramater.cl
www.emporioterramater.cl 
+(569) 9918 7868

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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O Grande Rustaveli

O vinho georgiano Rustaveli é um vinho muito especial por diversos motivos, dentre eles a qualidade vínica deste néctar em si, pelo peso cultural que ele transmite desde a sua forma de vinificação e até o terroir ao qual suas uvas são produzidas, mas sobretudo pela capacidade de transmissão de tantos conhecimentos através de um único rótulo vínico.

Shota Rustaveli é o nome do poeta georgiano que viveu no século XII e foi considerado um dos maiores representantes da literatura medieval. O produtor de vinhos georgiano Shilda, que tem sua produção na região de Kakheti, decidiu homenagea-lo colocando o nome do poeta no seu vinho icônico Rustaveli.

O achado histórico mais antigo até a atualidade são os resquícios de oito ânforas que comprovam que cerca de 8000 anos atrás já se fazia vinho na região do Cáucaso Georgiano, portanto direcionando o ponto de partida da produção vínica até o momento. O país esta localizado na Europa Oriental, fazendo fronteiras com a Rússia, o Mar Negro, a Turquia, a Armênia e o Azerbaijão.

O seu relevo tem características muito peculiares, a região Norte e a região Sul é formado de cordilheiras montanhosas, conhecidos como o Grande e o Pequeno Cáucaso, já a região do centro é formada por um amplo vale e é onde se encontram as principais regiões vitivinícolas do país, destaca-se a Kakheti onde o Rustaveli é produzido, como a principal região e que detêm mais de 2/3 das uvas plantadas. A Geórgia possui no total 18 Denominações de Origem Controladas.

O método de vinificação Qvevri foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2013 e consiste em produzir vinhos de uma forma milenar em enormes ânforas ancestrais feitas de barro e que possuem geometria ovalada denominadas Qvevri . Esse método consiste na forma mais natural possível de se fazer vinho. Após a época da vindima os cachos das uvas são pisados inteiros em grandes toras de madeira e depois colocados nesses grandes vasos Qvevri com tudo, com película e ramos. Não são adicionados qualquer tipos de produtos, a fermentação ocorre somente com a ação das leveduras indígenas e sem interferências. Os Qvevri ficam enterrados e são lacrados as suas tampas com cera de abelha, eles podem ter vários tamanhos de 220L até de 1200L. Ficam em processo de fermentação de 5 a 8 meses e após isso o enólogo e/ou produtor decidem se já pode ser engarrafado ou se enviam o vinho para estagiar em outro Qvevri por mais algum tempo. Uma curiosidade interessante é que há rituais que são tradicionais no momento de se abrir um Qvevri, em alguns lugares há uma espécie de cerimônia religiosa onde os líderes religiosos fazem suas rezas para os abençoar.

A casta tinta Saperavi é uma Vitis vinífera autóctone da Geórgia, mas que também é produzida na Rússia, Armênia, Moldova, Ucrânia, Uzbequistão, Azerbaijão e que já vi in loco um experimento com esta casta na região de Rivera no Uruguai. Ela é uma uva considerada tintureira, devido ao alto teor de antocianas, ela é uma variedade resistente inclusive ao frio extremo, produz vinhos tintos cheios de estruturas e que podem ter excelente potencial de longa guarda devido poder combinar acidez, álcool e estrutura.

O vinho Rustaveli é produzido com 100% de Saperavi, essas produzidas na região de Kakheti, ele foi fermentado por 5 meses dentro do Qvevri e apresenta 13% de teor de álcool. Um vinho surpreendente não só pela sua bagagem de informações, mas sobretudo na prova vínica em si por apresentar uma elegância de aromas de frutos pretos, especiarias como cravo e zimbro e em boca é encorpado e rico em taninos. O vinho não é filtrado o que permite preservar ainda mais a sua essência. Uma experiência vínica muito interessante, fica o convite à você leitor para quando puder provar essa delicia de Baco o faça, e se puder acompanhar de um prato de carne bovina assada ou grelhada ficará ainda mais rico esse momento de verdadeiro prazer.

Gaumarjos ! Saúde !

WINE 7 TRADE
https://www.wine7.com.br
Whatsapp: (62) 98250 5262

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Tudo sobre vinhos: sommelier traz curiosidades e dicas exclusivas

De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), em 2020 os brasileiros consumiram 430 milhões de litros da bebida derivada da uva. Se você se surpreendeu com o número, em 2021 foi ainda maior: 501 milhões de litros, segundo levantamento da Cupom Válido*, em parceria com as empresas de pesquisa Statista, Euromonitor e Nielsen. Esse crescimento segue uma constante nos últimos anos e surpreende os seus produtores em cada nova pesquisa. Mas será que todos os brasileiros apaixonados por vinhos conhecem as suas diferenças e histórias? 

Para ajudar na hora de definir o vinho do jantar, da noite de filme com a família ou de um tempo com os amigos, a 067 Vinhos apresenta um projeto multiplataforma inédito, com ações na programação da Jovem Pan News e nos canais digitais da emissora, como Facebook, Instagram e YouTube. Com a participação de Jonas Nascimento, um sommelier com vasta experiência no mercado, a 067 apresenta uma seleção diferenciada de rótulos de microlote, produzidos em diversos locais do Brasil e do mundo. Além disso, os vinhos trazem um grande teor de pureza e muitas histórias que fazem parte da vida e cultura dos lugares de onde vêm. 

Para acompanhar as novidades da 067 Vinhos e temas como onde e quando surgiu o vinho, as diferenças entre os secos e suaves, brancos e espumantes, fique ligado nas nossas redes sociais e em todas as dicas e curiosidades que preparamos no Talk Show da Antônia e no programa Pânico. As ações na TV e no digital acontecem até o dia 19 de agosto.   

DICA DE HOJE

Para comemorar o lançamento desse grande projeto, o sommelier da 067 Vinhos deixou uma indicação para os internautas da Jovem Pan: o Comitiva Pantaneira Grande Reserva Malbec com Cabernet Franc. Esse maravilhoso rótulo foi inspirado no Pantanal sul-matogrossense, nos peões que lidam com as grandes comitivas de gado durante dias e noites e na “gastronomia de comitiva”, representada por pratos típicos como o arroz de carreteiro, a carne soleada e o macarrão de comitiva. Pensando nesse cenário tão rico de cultura, belezas naturais e muito trabalho, a 067 Vinhos pensou: “Se esse peão fosse beber um vinho, que vinho seria esse?”. E assim nasceu o Comitiva Pantaneira Grande Reserva. 

Ficha Técnica

Classificação: Seco
Uva(s): Malbec e Cabernet Franc
% vol.: 13,70%
Safra: 2018
Visual: Coloração rubi, com intensidade média
Olfativo: Aromas de frutas vermelhas e roxas bem maduras, compota, ameixa seca, notas de tabaco e hortelã fresca
Gustativo: Taninos e acidez balanceados, final de boca mediano
Serviço: 16ºC a 18ºC
Uva Principal: Blend
País/Estado: Brasil/Rio Grande do Sul
Região: Serra Gaúcha e Serra do Sudeste
Amadurecimento: 12 meses em barricas de Carvalho Francês e Americano, ambos de primeiro uso
Harmonização: Arroz de carreteiro, macarrão de comitiva, carne soleada, churrasco bovino e costela no bafo

Ficou interessado em saber mais sobre esse Grande Reserva e outros rótulos de vinhos tintos, brancos e espumantes? Acesse agora o site 067vinhos.com. São mais de cem opções disponíveis do Brasil e do mundo. Beba com moderação.

*Fonte: Abras, Euromonitor, Cupom Válido, Ideal, Nielsen e Statista.
Fonte:

vinho – Jovem Pan
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Você Já Conhece Os Vinhos na Lata?

Se você ainda não conhece os vinhos na lata, aqui está uma tendência que vamos te apresentar. Os vinhos na lata se popularizaram muito nos últimos anos, especialmente em países europeus e nos Estados Unidos, e vêm ganhando grande fama também no Brasil. Diversas marcas brasileiras já decidiram aderir a essa inovação que tem se mostrado cada vez mais forte entre os consumidores, e tem feito o maior sucesso especialmente entre o público jovem.

A tecnologia dos vinhos em lata permite que a bebida possa chegar a ambientes e ocasiões em que as garrafas acabam sendo inconvenientes, como festas, praia, piscina, piquenique, dentre vários outros. Além disso, o volume também contribui com os consumidores solo que muitas vezes acabam tendo que abrir uma garrafa para tomar apenas uma taça, o que gera desperdício da bebida.

E por falar em desperdício, não podemos deixar de abordar as vantagens ambientais dos vinhos na lata. As latas de alumínio ajudam a diminuir o acúmulo de lixo urbano, pois as latinhas são facilmente recicláveis e podem voltar às prateleiras em pouco tempo, diferentemente das garrafas de vidro que têm sido um problema ambiental crescente por sua decomposição tardia e destino inadequado, além da difícil reciclagem ou reutilização.

Para os enófilos de carteirinha que ainda têm receio quanto à qualidade das bebidas, é seguro dizer: os vinhos não perdem sua qualidade! O maior “medo” em relação aos vinhos em latas é de que a bebida acabe sofrendo reações químicas ao entrar em contato com o alumínio da lata, gerando sabores e aromas desagradáveis. Entretanto, uma tecnologia especial foi desenvolvida para os vinhos em lata, se trata de um revestimento interno que impede o contato entre o material da lata e a bebida, assegurando sua qualidade.

Algumas marcas brasileiras têm se destacado muito com seus vinhos em lata, confira os seguintes: Arya Wines; Mysterius; Bliss; OvniH; Somm; Lovin’ Wine; Becas; Vivant; Vibra!. Os vinhos em lata trazem praticidade e inovação para qualquer momento do dia, seja para festejar ou momentos de descontração. Pregam a liberdade de beber uma bebida de qualidade em qualquer lugar a qualquer momento, aproveite!

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Vinho em Casa
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Uruguai: Um pequeno gigante na produção de vinho

Uruguai: Um pequeno gigante na produção de vinho

O quarto maior país produtor de vinho da América do Sul

A região vinícola do Uruguai é o quarto maior produtor de vinho da América do Sul. O país é o melhor a conhecer pelos vinhos tintos produzidos a partir da casta Tannat, bem como pelos vinhos brancos produzidos a partir de Albarino.

A história da vinificação no Uruguai remonta a 1870, quando imigrantes italianos e bascos trouxeram Tannat para cá. Mais tarde, em 1954, Albarino foi introduzido por imigrantes espanhóis. Nos últimos anos, a qualidade do vinho produzido na região vinícola do Uruguai vem aumentando, assim como a popularidade dos vinhos em todo o mundo. Além de Tannat e Albarino, existem outras variedades de uvas comuns, como Merlot, Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Sauvignon blanc e Cabernet Franc.

A terra de Tannat

Em contraste, foram os imigrantes franceses no Uruguai que trouxeram uma variedade francesa: Tannat, que é difundida no sudoeste da França. Os vinhos uruguaios são para os amantes de taninos fortes. Na França, o tanato caiu em desuso devido à estrutura de tanino mais duro, mas no Uruguai, sob o sol sul-americano, produz vinhos mais suaves e charmosos.

Enoturismo no Uruguai

Faça um tour pelas regiões vinícolas uruguaias conosco para descobrir a autenticidade do país junto com nossos parceiros locais. Descubra os aromas de Tannat, explore a gastronomia local e admire a beleza natural da região vinícola.

Regiões vinícolas do Uruguai

Aqui, os vinhedos cobrem cerca de 8.000 hectares e se espalham de leste a oeste de norte a sul em diferentes regiões vinícolas uruguaias. As regiões vinícolas uruguaias são divididas em zonas ribeirinhas sul, leste, sudoeste, central e oeste.

Zona Sul – Os maiores vinhedos da região vinícola do Uruguai
Canelones, localizado na zona sul, é uma das maiores regiões vinícolas uruguaias. A região possui paisagens espetaculares de colinas, praias e fazendas. Canelones está localizada ao norte de Montevidéu, onde o clima quente e os solos calcários ricos em argila favorecem a produção de vinhos com teor alcoólico e acidez equilibrados.

Outra importante região vinícola localizada na Zona Sul é Montevidéu, a capital do país. A região abriga um dos vinhedos mais antigos da região vinícola do Uruguai. A expansão da cidade empurrou os vinhedos dos limites da cidade para Canelones. É por isso que a maior parte da produção de vinho da região vinícola do Uruguai ocorre em Canelones.

A quarta maior região vinícola da região vinícola do Uruguai, San José, também está localizada na Zona Sul do país. As condições climáticas e os solos são muito semelhantes aos da região vinícola de Canelones. Os enólogos de San José produzem vinhos brancos de castas internacionais como Pinot Blanc, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Tannat, sozinho ou em mistura com Tempranillo, Cabernet Franc, Syrah e Merlot, também é bem difundido em San José.

Zona Central – Canto Ensolarado com Solos de Terra Vermelha
Durazno é uma das famosas regiões vinícolas uruguaias localizadas na Zona Central. Esta zona é caracterizada por um clima mais quente. Assim, em Duranzo, eles normalmente colhem duas semanas antes em Canelones. Durango é famosa pela produção de vinhos Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc bem amadurecidos.

Zona Leste – Vinhas em Altitude Mais Alta e Terroirs Interessantes
A região vinícola do Mandolado representa a Zona Leste do país, que se caracteriza por interessantes solos de rochas cristalinas e incrustações de quartzo. Solos particulares da região conferem mineralidade específica aos vinhos aqui produzidos. Mandolado é o lar de um dos resorts costeiros mais populares do Uruguai, o que coloca esta região no hotspot de viajantes internacionais. Os últimos investimentos e melhorias na vinificação trazem promessas de que Mandolado está se tornando um novo centro de vinificação uruguaia depois de Canelones.

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Chile: Uma potência Sul-Americana

Chile: Uma potência Sul-Americana

A região vinícola do Chile é uma das primeiras a iniciar a produção de vinho dos países vitivinícolas do Novo Mundo. Os conquistadores espanhóis trouxeram as primeiras videiras de Vitis Vinifera  aqui quando colonizaram a região. O clima da região vinícola do Chile é uniformemente seco e quente; doenças da videira são raras. Ao redor da cidade de Chillán, 90% do vinho chileno cresce. No entanto, grande parte também é destilada para a produção da bebida nacional Pisco.

A corrente de Humboldt que corre ao largo da costa garante que as temperaturas não subam muito e caiam à noite. A intensidade da luz é alta e as uvas amadurecem em todos os lugares. Esses fatores levam a uma forte concentração de aromas, típica dos vinhos chilenos.

No entanto, a irrigação é necessária inundando os vinhedos ou por gotejamento com água das geleiras andinas derretidas. A variedade de variedades de uvas varia de Chardonnay a Sauvignon Blanc, enquanto a maior parte é plantada com variedades tintas. Acima de tudo, o Chile é conhecido pelo Cabernet Sauvignon, que dá vinhos frescos, encorpados, com ênfase em taninos que lembram groselha preta, eucalipto e cedro em seu aroma.

Enoturismo no Chile

Vales férteis, onde os vinhedos estão aninhados entre a Cordilheira dos Andes e a costa oceânica, vinhos de qualidade premium, belezas naturais excepcionais tornam a região vinícola do Chile atraente não apenas para os apreciadores de vinho, mas também um destino perfeito para os amantes da natureza.

Descubra os sabores do Chile através de seus vinhos do famoso Carménère do Vale Central ao vigoroso Cabernet Sauvignon do Vale do Colchagua e muitos mais. Nossas vinícolas parceiras locais garantirão uma experiência memorável para você.

A Terra de Carménère

Vindo de Bordeaux para o Chile no século 19, o Carmenère desenvolveu-se esplendidamente aqui. Hoje, os enólogos chilenos se esforçam para fazer do Carmenère um vinho “chileno” muito especial e distinto. Assim, a casta Carmenère também está em ascensão, raramente produzindo vinhos abaixo de 14,5% e cheirando a couro e geléia de frutas. Mas o Syrah resistente ao calor também pode ser encontrado no Chile, o que resulta em alguns dos melhores vinhos do país.

Regiões vinícolas chilenas

A região vinícola do Chile ocupa uma terra longa e estreita na costa oeste da América do Sul. O clima do país é influenciado pelos Andes a leste e pelo Oceano Pacífico a oeste. As regiões vinícolas chilenas estão localizadas ao longo de 1.300 km de extensão de terra desde a região do Atacama, no norte, até o Bio-Bio , no sul. A maioria das regiões vinícolas chilenas está localizada no Vale Central do país, onde os vinhedos são delimitados pela Cordilheira dos Andes a leste e pelo Oceano Pacífico a oeste. Por outro lado, a sobremesa do Atacama ao norte e as geleiras da Patagônia ao sul fornecem proteção natural para os vinhedos localizados no Vale Central.

A região vinícola do Vale Central do Chile combina regiões como:

Vale do Maipo – Localizado perto de Santiago, o Vale do Maipo é um destino muito popular entre os moradores e turistas.

Vale do Rapel – Onde você poderá descobrir alguns dos melhores vinhos Cabernet Sauvignon,

Vale do Curicó – Uma das mais importantes regiões vitivinícolas chilenas que desempenhou um papel importante na abertura do caminho para a expansão da vinificação em outras regiões.

Vale do Maule – Uma das maiores regiões vinícolas do Chile, dominada pelos vinhedos Cabernet Sauvignon, bem como uma pequena quantidade de Malbec e Carignan

Não perca a oportunidade de visitar os territórios escondidos de Souther Valley, onde, juntamente com os vinhos premium do país, você poderá desfrutar da excepcional beleza natural do Rio Biobio, do Parque Nacional Nahuelbuta e, claro, das estepes áridas, pastagens e desertos de Patagônia.

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5 passos dos produtores de vinhos de Abruzzo para serem ultra premium

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Produtores vêm melhorando processos da colheita ao engarrafamento nas vinícolas

Se você gosta de comida e vinho italianos, provavelmente já pediu uma garrafa de Montepulciano de Abruzzo – o delicioso vinho frutado, macio e de cor escura da região de Abruzzo, na Itália. Também é muito provável que você o tenha encontrado no início da lista de vinhos a preços acessíveis. No entanto, muitos dos vinicultores de Abruzzo estão tentando mudar esse posicionamento de baixo preço para um mais ultra premium, e eles têm algumas razões muito persuasivas para que agora seja a hora de reconhecer o complexo terroir que pode ser encontrado em toda a região.

Isso não significa que Abruzzo deixará de oferecer alguns vinhos acessíveis de nível básico, mas a região evoluiu para um lugar onde há uma nova comunidade vinícola que deseja mostrar os impressionantes avanços que fizeram na viticultura e na vinificação. Recentemente, em uma chamada do Zoom, um grupo de dez vinícolas de Abruzzo explicou como e por que estão evoluindo sua estratégia de negócios de vinho.

LEIA TAMBÉM: 10 produtores de uvas de Brasília estão construindo uma vinícola para levar novos aromas à capital

“Abruzzo está em uma fase de sua evolução de reposicionamento”, explica Colin Proietto, proprietário da família e gerente de vendas da Agricosimo Winery. “Agora, estamos nos concentrando mais em propriedades familiares, adotando mais agricultura orgânica e mudando da mentalidade varietal para o terroir”.

Rodrigo Redmont, proprietário da família Talamonti Family Estates, acrescenta: “Nas décadas de 1970 e 80, Abruzzo era dominado por grandes vinícolas cooperativas. A maioria das famílias vendia suas uvas para as cooperativas, e as cooperativas produziam vinhos baratos e acessíveis. No entanto, nos últimos 20 anos, as propriedades familiares começaram a desenvolver e produzir seus próprios vinhos que mostram o terroir.”

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Valorização do terroir agora está na agenda do dia

Dada esta atenção mais focada na produção do melhor vinho a partir de uma propriedade individual, aliada à agricultura biológica e técnicas de vinificação mais avançadas, muitas adegas de Abruzzo estão agora produzindo vinhos que são, de facto, mais complexos e refletem os atributos únicos da região.

A uva vermelha de assinatura de Abruzzo, a Montepulciano de Abruzzo (não deve ser confundida com o vinho Vino Nobile de Montepulciano da Toscana, onde o tinto de assinatura é Sangiovese), está liderando esse avanço. Segundo Stefano Zuchegna, diretor de vendas da Vinícola Tenuta Secolo, “Montepulciano de Abruzzo não é uma uva básica. Não é verdade! Pode competir com outras grandes uvas da Itália, como a Sangiovese.”

A região vinícola de Abruzzo – a duas horas de carro de Roma

A região vinícola de Abruzzo está situada no centro da Itália, a cerca de duas horas de carro a leste de Roma. Ela se estende por 130 quilômetros ao longo da costa do mar Adriático e tem muitas montanhas escarpadas, incluindo Gran Sasso, que é um dos picos mais altos da Itália, com 2.912 metros. Alguns dos melhores vinhedos estão em encostas com vista para o oceano, ao longe. Tem um clima mediterrânico com sol abundante ao longo da costa e uma precipitação média de 660 milímetros de chuvas por ano. No interior, nas montanhas dos Apeninos, o clima é mais continental com neve no inverno.

Abruzzo produz vinho desde o século VI antes de Cristo, com herança dos etruscos. Hoje, segundo o Consorzio Vini D’Abruzzo, possui cerca de 250 vinícolas, 35 cooperativas, 34 mil hectares de vinhedos e produz cerca de 1,2 milhão de garrafas de vinho por ano. Abruzzo exporta 65% de seu vinho e atinge receitas anuais de vendas de cerca de € 300 milhões (R$ 1,54 bilhão na cotação atual).

A principal uva vermelha é a Montepulciano de Abruzzo, que representa quase 80% de sua produção. No entanto, os produtores também cultivam Merlot, Cabernet Sauvignon e outras variedades vermelhas. A uva branca mais original chama-se Pecorino – semelhante ao queijo – e tem o nome da ovelha que costumava comer esta uva nas vinhas. Tem um aroma floral, com notas de limão, pêssego branco, especiarias, acidez crocante e um toque de mineralidade salgada. Outras uvas brancas regionais incluem a Trebianno e Cococciola.

As cinco principais maneiras pelas quais a região vinícola de Abruzzo está se diferenciando

Então, como a região vinícola de Abruzzo planeja se diferenciar e ir além de sua imagem de produzir apenas vinho tinto suave e barato? As dez vinícolas identificaram cinco maneiras principais pelas quais Abruzzo está evoluindo para permitir que implementem uma estratégia de negócios de vinho mais ultra-premium:

1) Fazendas familiares focadas na produção de vinhos de alta qualidade

Com o movimento nos últimos 20 anos para que as famílias parassem de vender todas as suas uvas para cooperativas e passassem a construir suas próprias vinícolas, houve um foco maior na qualidade. Com o nome da família no rótulo do vinho, há mais orgulho e artesanato na vinificação.

Andrea Bianco De Sipio, da Di Sipio Winery, explica: “Adicionamos muitas novas tecnologias às nossas adegas e estamos experimentando, nos vinhedos, como podemos reduzir cada vez mais as aplicações de cobre e enxofre”. Esses tipos de avanços estão produzindo vinhos de alta qualidade, e algumas vinícolas em Abruzzo, como Azienda Agricola Valentini e Emidio Pepe Winery, já passaram para a categoria de luxo de mais de US$ 100 (R$ 500) em suas garrafas de Montepulciano d’Abruzzo.

2) Maior ênfase no terroir

Se no passado a região era focada na produção em massa, agora as vinícolas estão tentando mostrar o terroir único (solo, clima, inclinação, filosofia de vinificação etc.) de seus vinhedos. Eles estão tentando mostrar como Montepulciano de Abruzzo pode ser diferente se produzido no DOCG de Montepulciano d’Abruzzo Colline Teramane, em comparação com outros DOCs, e até propriedades específicas dentro da mesma área. Diferentes técnicas de vinificação, como envelhecimento mais prolongado em carvalho, battonage sobre Pecorino, ou mesmo a fermentação do vinho em tanques de terracota em vez de inox, como é feito na vinícola Ciavolich, também ajudam a mostrar o terroir regional.

3) Crescimento em vinhedos orgânicos certificados

Por causa do clima favorável às uvas viníferas, Abruzzo abriga um grande número de vinhedos orgânicos, e muitas vinícolas da região incluirão o selo orgânico ou a palavra “bio” em seu rótulo. Muitos outros estão praticando agricultura orgânica, mas ainda não gastaram tempo ou dinheiro para obter a certificação oficial. Com este novo foco na agricultura orgânica, muitas vezes há sabores e texturas de frutas mais puras nos vinhos que aumentam sua distinção. A certificação orgânica também é atrativa para muitos consumidores.

4) As vinícolas estão buscando certificações muito exclusivas

Além de obter certificações orgânicas, existem várias vinícolas de Abruzzo que se tornaram Vegan Certified e exibem essa certificação com orgulho em seus sites e rótulos. Talamonti Family Estates tornou-se recentemente a primeira vinícola do mundo a ser certificada pela Igualdade, Diversidade e Inclusão. Esta é uma nova certificação oferecida pela Arborus.

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Certificações exclusivas é um dos passos para garantir mercado premium

“A agricultura na Itália tem sido fortemente dominada pelos homens”, explica Rodrigo Redmont, membro da Família Talamonti. “Tenho duas meninas e quero deixar um lugar melhor para elas no futuro. Na Talamonti, decidimos utilizar a diversidade e a inclusão como um princípio orientador para nossas políticas e abordagem na vida, por isso participamos do processo de certificação.”

5) Maior foco no turismo e parques nacionais de Abruzzo

Abruzzo é abençoado não apenas com altas montanhas e praias ensolaradas, mas é composto por três parques nacionais e muitas reservas regionais, tornando-se a única região da Europa onde mais de 30% da território é protegido por parques. Isso atrai muitos turistas à região para desfrutar das atividades ao ar livre, mas também para se deliciar com a culinária regional, conhecida por seus frutos do mar frescos, massas, queijos e cordeiro. Um passatempo turístico único é a pesca de um trabocchi – uma grande estrutura de madeira com redes que se estende até o oceano.

De fato, provavelmente há muito poucas regiões no mundo onde uma vinícola possui vinhedos em um parque nacional, mas a vinícola Passetti cultiva vinhedos orgânicos há cinco gerações, com suas videiras dentro de um parque nacional. “Somos a única vinícola de Abruzzo a ter vinhedos no parque nacional”, afirma Annesa Vanarelli, gerente de exportação da Passetti. “Trabalhamos com muito cuidado com os funcionários do parque para garantir que o meio ambiente seja protegido e que tudo o que fazemos seja orgânico e ecologicamente correto”. Outra vinícola orgânica, Menicucci, combinou o enoturismo com sua propriedade, construindo um hotel boutique e um restaurante na propriedade.

A implementação da estratégia do vinho de Abruzzo leva tempo e paciência

Passar de uma estratégia de negócios de vinho de baixo custo para ultra-premium não é uma tarefa fácil. No entanto, a região de Abruzzo recebeu algum financiamento da União Europeia como parte da campanha “Charming Taste of Europe” para promover todas as mudanças positivas em sua região.

Uma série de lives destina-se a compradores de vinho e jornalistas, bem como press trips para sommeliers e escritores estrangeiros visitarem a região para provar os vinhos e ver as mudanças nas adegas e vinhas. Este é um bom começo, mas precisa ser expandido e enfatizado ao longo do tempo, para que consumidores e compradores de vinho em todo o mundo comecem a reconhecer todas as mudanças positivas que estão acontecendo na região vinícola de Abruzzo, na Itália.

*Liz Thach é colaboradora da Forbes EUA, professora e consultora de vinhos em Napa e Sonoma, Califórnia. Leciona no MBA em Vinhos da Sonoma State University e no curso de negócios de vinho na Stanford Continuing Education. É autora de nove livros, incluindo Call of the Vine, Best Practices in Global Wine Tourism e Luxury Wine Marketing.

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Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil
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Vinho da Serra da Canastra é o melhor do Brasil em prêmio mundial

vinho tinto sendo despejado em uma taça de cristal

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Vinhos da região Sudeste fazem parte de um movimento crescente de qualidade

Nesta semana, os produtores de vinhos comemoraram as posições alcançadas pelo Brasil em um dos prêmios mais importantes do mundo: o Decanter World Wine Awards, a maior e mais influente competição da bebida. A Decanter, revista inglesa fundada em 1975, é uma espécie de “Bíblia” global do vinho.

O país conquistou 16 medalhas na 19ª edição do prêmio. De acordo com os organizadores, houve “um recorde histórico de vinhos degustados.” Os premiados saem classificados nas categorias Best in Show e medalhas de platina, ouro e prata. Por trás de cada uma delas há um intenso trabalho em toda a cadeia de produção da uva, do plantio à vinificação.

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Do total das medalhas conquistadas pelo Brasil, os destaques foram os vinhos produzidos pelas vinícolas Sacramento Vinifer, com a maior pontuação, e Casa Geraldo, ambas localizadas no sudeste. A região, ainda hoje, é pouco identificada com vinhos premium, mas vem em um trabalho crescente nesse sentido. Das cerca de 830 mil toneladas de uvas cultivadas, por safra, para a produção de vinhos no país, 90% estão no Rio Grande do Sul.

A Sacramento Vinifer, do empresário Jorge Félix Donadelli, está localizada na região de Caxambu (MG), na Serra da Canastra, onde as uvas são cultivadas na fazenda São Miguel. O outro destaque, a Casa Gerado, é uma vinícola fundada por Geraldo Marcon em 1969, no município de Andradas, também em Minas Gerais, aos pés da Serra da Mantiqueira.

Cláudia Souza_Divulgação

Cláudia Souza_Divulgação

Centro de estudos do vinho da Epamig, onde as técnicas são aprimoradas

Para entender esse movimento fora do Rio Grande do Sul, a Forbes conversou com a especialista Suzana Barelli, jornalista que escreve e acompanha há 20 anos esse mercado. Suzana foi pioneira entre as mulheres. Além dos vinhos brasileiros, ela acompanha o movimento global do mercado de países importantes na produção da bebida, entre eles França, Itália, Espanha, África do Sul, Portugal, Chile, Argentina, Uruguai e Estados Unidos.

Abaixo, Suzana fala da vinícola que alcançou a maior pontuação brasileira no concurso,  o tinto Sabina da Sacramento Vinifer, mas destaca que “10 espumantes receberam medalha de prata, o que revela muito da vocação brasileira. Ainda tiveram medalha três brancos e um rosé, todos com notas entre 91 e 90 pontos”. No ano passado, foram comercializados no país 30,3 milhões de espumantes brasileiros, volume 40% acima de 2021. As exportações chegaram a 935 mil litros, um aumento de 21%, segundo a Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura).

Confira o que diz Suzana Barelli:

Qual a importância de um prêmio desse porte para o Brasil?

O Decanter World Wine Awards é um concurso conceituado e isso sempre ajuda a dar credibilidade ao vinho. Antes da Decanter, o Sabina também foi considerado o melhor tinto brasileiro pelo guia Descorchados, do chileno Patricio Tapia. Assim, o vinho vai conquistando o seu espaço e mostrando consistência.

O que essas vinícolas da região do Sudeste têm de especial em seu terroir?

Mais do que o terroir, que ainda pouco se conhece nesta região da Serra da Canastra, o interessante é a técnica de cultivo. Tanto o Sabina, como o outro tinto brasileiro que também teve medalha de prata, porém com 91 pontos (o sabina teve 92), são elaborados com a mesma técnica de cultivo. Um dos problemas para o vinho brasileiro é que por aqui chove na época em que as uvas estão quase prontas para serem colhidas, tornando-as mais diluídas e suscetíveis a doenças.

Na região sudeste, os invernos são marcados por dias quentes e manhãs/ madrugadas bem frias, que proporcionam uma grande amplitude térmica, que as uvas adoram para amadurecer com maior complexidade. E não tem as chuvas do verão. É esta técnica, ainda relativamente recente, a principal razão do sucesso destes vinhos. Por enquanto, a variedade tinta syrah é a que melhor se adapta a esta técnica.

Em que medida esse vinho mostra o trabalho de campo do produtor?

O trabalho de campo da Sacramento ainda é recente, mas sei que eles estão contratando um especialista internacional em terroir. A ideia da família produtora é entender melhor as características da região da Serra da Canastra, definir as melhores variedades e os eventuais ajustes necessários. Ainda há muito a aprender com esta técnica, desenvolvida por Murillo Regina, que foi pesquisador da Epamig e é uma referência para quem quer cultivar uvas no Sudeste (e o interesse de empresários aqui é crescente). Uma questão é qual será a vida útil das videiras, já que elas passam por uma poda a mais todos os anos.

Outra questão é que as plantas recebem doses de um hormônio, o dormex, para ter o seu ciclo vegetativo com frutos no inverno. Desconheço estudos que mostrem se há efeitos deste hormônio para a planta depois de algumas safras ou mesmo para o corpo humano. No caso do Sacramento, ainda, as uvas são colhidas, colocadas em caminhão refrigerado e seguem para Caxias do Sul, onde são vinificadas. O projeto ainda não conta com uma vinícola. Mas o enólogo que vinifica, o Alejandro Cardozo, se surpreendeu com a enorme qualidade da uva que recebeu.

O que você destaca na produção da vinícola Sacramento Vinifer?

Ainda é uma vinícola muito jovem. Os donos pretendem ter outros vinhos, mas ainda não conseguiram obter uvas para isso. Além do Syrah premiado, a vinícola conta com um rosé, elaborado com a mesma variedade.

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Fonte:

Notícias sobre vinhos – Forbes Brasil