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Região vinícola da Lombardia

Região vinícola da Lombardia

A região vinícola da Lombardia é amplamente conhecida pelo vinho espumante Franciacorta e pelo tinto Valtellina. No entanto, você também descobrirá lugares escondidos de viticultura e vinificação, onde os vinhos vêm principalmente de vinícolas artesanais de propriedade familiar. Explore a região vinícola da Lombardia e descubra seu território abençoado com vales montanhosos, lagos espetaculares e deliciosa culinária terrena.

Onde fica a região vinícola da Lombardia?

A Lombardia é uma das maiores regiões e o motor industrial da Itália localizada no norte do país com Milão como capital regional. A região é limitada ao norte pela Suíça e pela região de Emilia-Romagna ao sul, Trentino-Alto Adige  e  Veneto a leste e Piemonte a oeste. Embora a área esteja amplamente associada à vida urbana industrial, a região tem surpreendentemente muito a oferecer. Começou com lagos montanhosos de tirar o fôlego e cidades medievais, terminou com pequenas vinícolas artesanais em lugares escondidos e culinária local de montanha.

CAIXA DE HISTÓRIA: Desde os tempos celtas e depois romanos, a cultura da vinha na Lombardia é nativa, o poeta romano Plinius já menciona os vinhos de Oltrepò e Catulo do Lago de Garda. Durante séculos, no entanto, a capital Milão foi a principal compradora dos saborosos vinhos da região. Desde meados do século XX, a produção de espumantes tornou-se cada vez mais importante.

Vinhos com personalidade e bolhas elegantes da região vinícola da Lombardia
As margens oeste e sul do lago Garda, Franciacorta entre Bérgamo e Brescia, e Valtellina , o vale do rio Adda na fronteira com a Suíça, onde Nebbiolo é cultivado desde os tempos antigos, são as mais adequadas para a viticultura.

Denominações da região vinícola da Lombardia: No total, a área tem 5 áreas DOCG, sendo as DOCGs Franciacorta e Oltrepò Pavese Metodo Classico apenas para vinhos espumantes. Além disso, a Lombardia possui 22 vinhos DOC e 15 vinhos IGT.

No entanto, aqui você pode descobrir vinhos menos populares, mas de alta qualidade, como Lugana e Garda, Botticino, Moscato di Scanzo e Valcalepio e Oltrepò Pavese.

Segundo moradores da região, é recomendado o Franciacorta pela grande qualidade dos vinhos produzidos e belas adegas em uma localização geográfica fabulosa. Ótimas comunicações rodoviárias, aeroportuárias e ferroviárias e, claro, alto nível de hospitalidade.

Bolhas de Franciacorta

A área vinícola de Franciacorta, perto de Brescia e do Lago Iseo, produz um dos vinhos espumantes mais prestigiados da Itália. Os vinhos aqui são feitos de acordo com o método tradicional de champagne. No entanto, ao contrário de seus colegas franceses, aqui, na região vinícola da Lombardia, eles usam Pinot Bianco em vez de Chardonnay e Pinot Noir. O vinho espumante tem que amadurecer por 18 meses, um vinho espumante vintage até 30 meses antes de poder entrar no mercado. Desde 1995, os espumantes Franciacorta têm status DOCG e também criaram o DOC Franciacorta para a produção de vinhos não espumantes.

Para além das clássicas castas brancas, Franciacorta tem também um espumante rosé muito apelativo e a especialidade regional Satèn. É um espumante produzido após o “Metodo Classico” que envelheceu mais do que o espumante habitual desta área de cultivo. É também um Blanc de Blancs das castas Chardonnay e Pinot Bianco.

Tintos de alta altitude de Valtellina

Uma zona vitícola histórica Valtellina na parte alpina da região vinícola da Lombardia produz vinhos tintos leves da principal variedade de uva Nebbiolo, que é chamada localmente Chiavennasca. A variedade de uva Nebbiolo é cultivada aqui desde o século V e fora do Piemonte, a região vinícola da Lombardia é o único lugar onde a uva encontrou o melhor terroir e clima.

Mais a ser descoberto!

A parte leste, Lugana, ao sul do Lago de Garda, é dominada pelas uvas brancas Trebbiano di Lugana, das quais são produzidos vinhos brancos Lugana frescos, frutados e de peso médio. Sob o nome de vinhos Sforzato de uvas secas Nebbiolo chegam ao mercado.

Vinhos brancos interessantes também são produzidos ao sul do Lago de Garda a partir da variedade de uva Turbiana. Uma das regiões mais conhecidas, o Oltrepò Pavese, conta com vinhos tintos decentes das variedades de uvas Barbera ou Croatina, das quais esta última também produz uma variedade delicadamente espumante e muito interessante, a Bonarda Vivace.

Para os amantes do vinho de sobremesa, não deixe de visitar a pequena aldeia montanhosa de Scanzorosciate, na província de Bérgamo, onde se produzem os nobres vinhos de sobremesa Moscato di Scanzo. Excepcionalmente para um Moscato, o Moscato di Scanzo é um vinho tinto produzido a partir da uva Moscato di Scanzo de pele escura e altamente aromática.

Vinícolas com adega aberta

A melhor maneira de descobrir as peculiaridades da região vinícola da Lombardia e provar seus vinhos premium é planejar sua visita diretamente à adega. Dê uma olhada em nossa seleção de vinícolas na Lombardia espalhadas por diferentes partes da região e escolha uma de acordo com seu gosto e planos de viagem.

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Tudo Sobre Vinho
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O fim de uma era: Bazzar despede-se da sua fiel clientela

A notícia repentina foi um baque considerável para os cariocas e amantes em geral restauração: depois de 24 anos de excelentes serviços prestados em Ipanema, sendo os últimos cinco em nova casa que aprofundou o conceito de um bar de vinhos, o Bazzar encerrou suas atividades por dificuldades financeiras – incluindo os cafés e restaurantes que funcionavam dentro das filiais da Livraria da Travessa de Ipanema e do Shopping Leblon.

A restauratrice Cristiana Beltrão, à frente de todas as operações, anunciou nesta segunda (19), pelas redes sociais, o fechamento das operações,  agradecendo aos clientes.

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Cristiana, que é também colunista da VEJA RIO, postou, na íntegra:

“A pandemia foi um moedor de almas, que arrasou tantos restaurantes. Foi um momento particularmente difícil para os Cafés da nossa marca dentro da Livraria da Travessa (afinal, eram um negócio fechado dentro de outro negócio fechado, num momento em que cliente algum queria ficar trancado).

No auge da Covid, tomamos a decisão de não dispensar funcionários e arcar com os custos dessa decisão, acreditando que nos recuperaríamos em breve, mas a verdade é que ômicrons e outros bichos acabaram por afetar demais a retomada daquelas operações, que teve de obedecer a infinitas restrições e distanciamentos, além do medo legítimo dos clientes. O movimento não voltou quando reabrimos, muito pelo contrário. Há varandas, novos espaços abertos e perdemos muito espaço.

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Nossa estrutura de retaguarda para atender a todos os restaurantes é uma só, grande e pesada, e apesar das imensas alegrias que tivemos com o nosso recém-inagurado Bazzar à Vins na Garcia d’Ávila, a retomada das operações como um todo não foi suficiente para arcar com os pesados custos financeiros daquele passado. É hora de parar.

Foi uma linda jornada de 24 anos de Bazzar. Não sei como agradecer a todos que nos ajudaram a construir essa história e apesar de tomar a decisão mais difícil de nossas vidas, tenho a certeza de que ao menos agora, num mercado mais aquecido, nossa equipe terá mais chances de se recolocar.

Espero que novos gestores não percam a oportunidade de contratar o melhor time que qualquer empresa poderia ter e me disponho a dar referências de cada um deles.

Chegou a hora de cuidar da família e da saúde, retomar com mais afinco os meus textos e desejar todo sucesso a quem empreende nesse setor que tanto emprega no Rio de Janeiro”.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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A ditadura do gosto: quem faz sugestões duvidosas tem moral para condenar o consumidor que rompe padrões?

Gosto não se discute nem se lamenta. Gosto é gosto, é pessoal, subjetivo, característica da personalidade e mutável com a interação do ser ao meio. Quando ainda estava “engatinhando” pelo mundo da boa mesa, me lembro que fui, a convite de um grande amigo, sobrinho-neto do saudoso mestre Marcelino de Carvalho — e com o qual muito aprendi —, ao antigo restaurante do também saudoso Marcos Bassi, na Rua Treze de Maio, em São Paulo. Lá, pedimos a tradicional fraldinha, e o Marcos sugeriu que bebêssemos um vinho branco, chamado Lejon (creio que não é mais produzido). Aceitamos, contestando se não seria mais apropriado um tinto. Mesmo assim, o jantar correu muito bem, e a harmonização também. Décadas depois, voltei ao tema com Marcos Bassi, e ele me disse que achava que, de fato, um branco seco poderia ir bem com uma carne, mas me confidenciou que também tratou-se de uma “jogada de marketing” para pôr o tal vinho no mercado… Pois bem, em que pese ter sido uma sugestão que ia contra alguns paradigmas, não deixou de ser uma ação de indução ao consumo que afetava o gosto do bebedor. E essa prática é mais que comum, é corriqueira.

Vou mais além, importadores e produtores se valem de muitas “personagens do mundo do vinho”, que, por um “punhado de tostões”, não exitam em “vender o peixe” de quem lhes paga, em detrimento das próprias convicções e do senso comum. Vejo e presencio cada absurdo e fico consternado com o que essa gente tenta fazer com o consumidor brasileiro, especialmente com aquele que está formando seu gosto. Exemplifico: uma carne grelhada rusticamente, fibrosa e gorda pede acidez do vinho, e não dulçor, e vejo esses “senhores do saber” do tal mundo do vinho sugerirem chilenos da casta “Carménère”, cheios de madeira e frutas doces… Isso não é expor opinião, é desrespeito que beira a indecência. Incrível que estes mesmos senhores, que normalmente viajam por conta de importadoras e produtores e em restaurantes, não costumam nem deixar a gorjeta dos garçons que os servem nas degustações que participam e condenam que se beba vinho, por exemplo, com pipoca! Oras, nada mais hipócrita que isso: fazem sugestões de consumo que, certeiramente, levarão o consumidor a ter uma péssima digestão e pousam de “damas pudicas” do vinho ao condenar harmonizações que vão ao gosto deste mesmo consumidor, os quais miram com suas opiniões dadas ao tilintar dos metais.

Discorro e destaco estes aspectos para aclarar ao consumidor que o vinho não pede regras rígidas para ser consumido. Algumas harmonizações são clássicas, estão na órbita do que chamamos de senso comum; entretanto, improvisar, testar, quebrar tabus, romper padrões e se permitir errar, é o que faz o consumidor, o enófilo (aquele que gosta de vinho, como eu) aprender e, principalmente, moldar seu gosto que, repiso, é subjetivo e próprio de cada um. Querer regrar o gosto daquele que gosta de vinho é escravizar seu consumo, padronizando de acordo com os interesses do tal mercado. Vamos fugir disso e nos divorciar das padronizações, vamos inovar, testar e, fundamentalmente, evoluir. Não aceitemos regras prontas, cheias de explicações rebuscadas, elas são, na verdade, mistificações compradas a custa de campanhas de marketing através destes tais “formadores de opinião”.

E, lembrem-se, as redes sociais tentam “enfiar goela abaixo” do consumidor, via “cardeais do vinho” e mídias programáticas o que o anunciante quer, e não o que é melhor. Trata-se de uma prática de manipulação do gosto de modo visando, tão só — e destaco o “tão só” — o lucro destes anunciantes. Cabe ao consumidor discernir, buscar informações no que é clássico e que têm vínculos com o senso comum, não com o mercado. Cabe ao consumidor ousar e repudiar, com veemência, manipulações. Cabe ao consumidor, como você, como eu, lembrar que o melhor vinho é aquele que você gosta e bebe como quer. E, lembrem-se, gosto está ligado a prazer e não a “etiquetas pedantes”. Salut

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vinho – Jovem Pan
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Comida shojin

Sabia que haveria uma sequência fixa de pratos, que o menu seria vegano e que pretendia celebrar os ingredientes do Outono, mas estava num restaurante de cozinha shojin e não tinha a menor ideia do que isso significava. Era setembro de 2021 e eu tinha de jantar.

Quando comento sobre minha insônia, companheira desde a infância, nove entre 10 amigos (em geral, aqueles que não me conhecem tão bem) sugerem prontamente a meditação. Acontece que basta ouvir a palavra “meditar” que meu coração dispara, me ponho a sacudir as pernas e percebo um conjunto de sintomas que claramente refletem um pico de ansiedade.

É claro que a única meditação possível para mim deveria vir acompanhada de comida.

Numa tradução grosseira, shojin é a junção de dois ideogramas que resultam em algo como “aprimorar o espírito”. E shojin ryori (preparar alimentos buscando essa elevação) é a cozinha tradicional dos monges zen budistas do Japão desde o século VI que, assim como acontece na cerimônia do chá, pretende alinhar cabeça, corpo e mente através de um determinado ritual. 

O conceito não é difícil de apreender. Quantos de nós, naqueles dias de confinamento pandêmico, sovamos nossa tranquilidade preparando comida? 

Tenho de ficar trancada em casa por mais uma semana? Okay, vou fazer um pesto no pilão. Dois dentes de alho, soc soc, será que minha filha já estudou para a prova?, soc soc, vou juntar pignoli, soc soc, a reunião é a que horas?, soc soc, agora é ralar mais pecorino, soc soc soc, umas seis folhinhas de manjericão, soc soc soc soc , outras seis, soc soc soc soc soc, e mais um tanto, soc soc soc soc soc soc… 

Dependendo do prato, a atenção e repetição das tarefas exigia tanto esforço e foco que, sem que eu me desse conta, a cabeça ia se esvaziando de preocupações e, bem antes do último “soc”, eu já estava zen. Enfim, uma filosofia oposta à de um Thermomix. 

Depois do tal jantar, pesquisei bastante sobre o assunto e, quanto mais estudava, mais me dava conta de que a cozinha shojin já estava careca (sem trocadilho com os monges zen budistas) de pregar princípios que vivem na boca dos chefs contemporâneos: 

SAZONALIDADE e LOCALISMO. A ideia é homenagear a colheita e reconhecer a estação e o ambiente através da comida, selecionando e aproveitando todos os ingredientes que aquele ciclo oferece até que o cozinheiro se sinta parte dele. 

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DESPERDÍCIO ZERO. Todas as cascas, folhas, talos do alimento são aproveitados. 

“MINDFULNESS”. É atenção total ao momento presente como forma de desacelerar e aprender sobre si mesmo. Usar integralmente os produtos da estação envolve separar, descascar, picar, socar, fermentar, marinar, conservar e aproveitar todos os ingredientes através de métodos tão precisos que tira as preocupações da cabeça e põe foco apenas na dificuldade da coisa. 

VEGANISMO. O zen budismo prega a não-violência. Além disso, o consumo de carne animal embaçaria o espírito e atrapalharia a meditação. 

“GRATIDÃO”. Essa cozinha da devoção ao preparo torna o comensal grato a todo o trabalho envolvido, o que equilibra as expectativas do ego e torna cada mordida muito mais preciosa.

Pois é….  Sinto dizer que as “tendências” de hoje já eram assunto no século VI. Modernos mesmo eram os antigos monges zen budistas.

No meu jantar, uma folha de magnólia seca recheada de uma deliciosa pasta de missô de nozes, cogumelos e figos grelhados levou dias inteiros de preparação! Uma meia lua feita de milho, caqui, castanhas, ginko com uma massinha em forma de folha de maple levou outros tantos. Foram etapas e mais etapas cheias de trabalho e poesia, sem nenhum liquidificador envolvido.

O curioso é que nem o sucesso ou a estrela Michelin conquistados pela casa impediram que o fim do Kajitsu fosse anunciado mais de um ano antes, pelos sócios. O fechamento acontecerá amanhã, em 18 de setembro de 2022. O motivo? Um outro ponto chave da filosofia budista: a “impermanência das coisas”. 

E é isso aí. Tudo passa e está tudo certo.

O Kajitsu fechou suas portas, mas não me esqueci daquela refeição ou da filosofia que aprendi, graças a ele.

Que venha a nossa Primavera e seus ensinamentos.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Grátis! Guia Os Melhores Vinhos do Alentejo com 230 vinhos avaliados

Acabo de lançar GRATUITAMENTE meu guia OS MELHORES VINHOS DO ALENTEJO 2022, com mais de 230 vinhos avaliados. 

Como este material é muito grande para redes sociais ou um blog, estarei disponibilizando em formato digital PDF.

Para receber baixar gratuitamente acesse o link

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Os vinhos estão todos pontuados e classificados em categorias, com os melhores destacados e descritos.

Espero que gostem! 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Vinho Grenache (Garnacha)

Vinho Grenache (Garnacha)

Grenache (Garnacha) é uma variedade de uva de vinho tinto cultivada extensivamente na França, Espanha, Austrália e Estados Unidos. É particularmente versátil tanto na vinha como na adega, o que pode explicar porque é uma das uvas mais amplamente distribuídas no mundo. Grenache é o nome francês (e mais reconhecido internacionalmente) para a uva, mas tem vários sinônimos.

O vinho Grenache mais pesquisado em nosso banco de dados é o Château Rayas Châteauneuf-du-Pape Reserve.

Regiões de Grenache

França

Na França, Grenache (Noir) é mais amplamente plantada no sul do Vale do Ródano e em toda a Provença e Languedoc-Roussillon. É mais comumente encontrado ao lado de Syrah e Mourvedre no clássico Southern Rhone Blend (principalmente em vinhos Cotes du Rhone ), e é a principal variedade de uva em Chateauneuf-du-Pape.

A versatilidade da Grenache oferece aos vinicultores todo tipo de possibilidades. O rosé à base de Grenache é um dos estilos de vinho de assinatura do sul da França.

A variedade é comum em vinhos Cotes de Provence, juntamente com Cinsaut e Mourvedre, e os melhores exemplos vêm das cidades de Tavel e Lirac. Perto da fronteira com a Espanha, Grenache está por trás dos vinhos doces de Banyuls.

Garnacha na Espanha

Na Espanha, Garnacha é a segunda variedade de uva de vinho tinto mais plantada, superada apenas por seu moderno parceiro de mistura Tempranillo. É cultivado em quase todas as áreas da Espanha, mas principalmente no Norte e no Leste – é o principal componente dos prestigiados vinhos de Priorat.

A chegada da filoxera praga da videira à Península Ibérica no século XIX trouxe benefícios inesperados para Garnacha. As vinhas nativas foram devastadas (Rioja foi particularmente afetada), foi a robusta Garnacha que reabasteceu as vinhas e ajudou a reenergizar a indústria do vinho.

Nas décadas de 1980 e 1990, o status da Grenache foi reduzido, mas sobreviveu aos esforços para erradicá-la, retornando ao favor internacional no século XXI. Países emergentes produtores de vinho, como China, México e Israel, estão agora cultivando a variedade de uva.

Cannonau na Sardenha

Alguns acreditam que a uva se originou na Sardenha e foi levada de volta à Espanha pelos aragoneses, que ocuparam a ilha no século XIV. Como em outros lugares, o Cannonau di Sardegna DOC permite uma ampla gama de estilos.

Outras regiões de Grenache

Alguns vinicultores australianos utilizam o Grenache como base para os vinhos do Porto fortificados, mas o seu uso mais comum no país é no blend GSM – o clássico combo Grenache – Shiraz – Mourvedre.

Viticultura de Grenache e vinhas velhas

Grenache é uma videira vigorosa e resistente com uma estrutura de madeira forte, muitas vezes cultivada como trepadeiras independentes. É resistente ao vento e à seca, tornando-o adequado para uso em climas áridos como Califórnia e Austrália Meridional. Nessas regiões, os níveis de álcool dos vinhos à base de Grenache podem ser muito altos, muitas vezes ultrapassando 15% ABV

As bagas de Grenache têm uma pele fina e amadurecem no final da estação de crescimento. A acidez e os taninos podem ser variáveis ​​dependendo das condições de crescimento e dos níveis de cultivo, mas tendem para o extremo médio-baixo do espectro.

A variedade é muito sensível ao clima e ao terroir. Solos mais pobres dão os melhores resultados. Grenache de vinha velha cultivada em xisto ou pedra, como em Priorat e Chateauneuf-du-Pape, pode produzir vinhos profundamente concentrados, capazes de envelhecer por muitas décadas. O calcário também é um bom lar para a variedade. Os solos precisam estar quentes e bem drenados para encorajar as raízes a cavar fundo.

Manter os rendimentos baixos é importante para alcançar vinhos de alto nível. A irrigação deve ser reduzida ao mínimo ou mesmo evitada. Alguns estudos sugerem que Grenache/Garnacha funciona bem com um grau leve de estresse hídrico.

A Grenache é uma variedade particularmente associada às vinhas velhas retorcidas, sobretudo em Espanha, França e Austrália. Muitas vezes treinados no mato e bem espaçados em condições áridas, eles também reduzem o rendimento e aumentam a concentração no fruto.

Grenache na adega

Mistura com outras variedades

Em muitas áreas, como o sul do Rhône e o Vale Barossa , pode-se obter Grenache muito madura, suculenta e frutada. Muitas vezes, portanto, é misturado com outras variedades que contribuem com acidez, perfil de tanino diferente, cor e complexidade aromática. Este é um elemento-chave na proeminência dos blends tintos Southern Rhône e “GSM” na Austrália e em outros lugares, combinando Grenache, Syrah e Mourvèdre.

Vinificação Grenache

A fermentação a baixas temperaturas é importante para manter o frescor em Grenache. Para a maioria dos vinhos, a maceração para cor e tanino ocorre durante os estágios iniciais da fermentação alcoólica, mas geralmente é interrompida antes que o vinho se torne muito tânico. Barricas novas de carvalho precisam ser usadas com cuidado para não sobrecarregar o caráter doce e frutado da uva.

Grenache Branco

Acredita-se que esta variedade tenha se originado na Espanha como uma mutação de cor de sua contraparte vermelha e é encontrada principalmente nas regiões ao longo dos Pirinéus. Ele se espalhou para o Rhône, onde agora é mais conhecido e também é cultivado na Califórnia.

Sabores Grenache

Produzido como vinho varietal, Grenache exibe sabores ricos e picantes de frutas silvestres, particularmente framboesa. Alguns provadores notam a folha de tomate como um aroma que comumente surge. Os vinhos de regiões muito quentes podem certamente ter algum calor correspondente e caracteres de frutas cozidas. Nos blends “GSM” as notas de pimenta do Syrah podem às vezes ser proeminentes.

Sinônimo de Grenache

Grenache Noir, Garnacha Tinta, Garnatxa, Lladoner, Tinto Aragones, Cannonau, Granaccia, Tocai Rosso. Enquanto o nome Alicante às vezes é usado para Grenache, Alicante Bouschet (a última parte às vezes é descartada) é uma variedade distinta, embora tenha Grenache como pai.

Combinações de comida Grenache

Devido à grande variedade de estilos de vinho, é difícil generalizar. Uma suculenta Garnacha Espanhola ou uma Côtes du Rhône flexível são ótimas opções para todos os gostos, ótimas para grelhados e pratos com um pouco de tempero. De maneira semelhante, um rosé Grenache provavelmente estará cheio o suficiente para lidar com pratos ousados.

Com exemplos mais sérios, como Châteauneuf-du-Pape ou Priorat, os assados ​​de cordeiro franceses e espanhóis com tempero clássico e ervas são uma ótima combinação. Exemplos fortificados podem ser bebidos com chocolate amargo.

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Tudo Sobre Vinho
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4 dicas para te ajudar avaliar a qualidade de um vinho

4 dicas para te ajudar avaliar a qualidade de um vinho

Ao provar qualquer vinho, seja formalmente ou apenas para seu próprio prazer, existem três componentes principais que você deve examinar: aparência, nariz e paladar. Você pode até usar termos como “pernas” (uma indicação de teor alcoólico) ou recitar uma lista de frutas, especiarias ou aromas salgados que podem ser detectados no nariz ao discutir o vinho. Se você é realmente nerd, pode até começar a discutir e discernir os vários níveis de açúcar, ácido e tanino no vinho, e o que esses componentes fazem na estrutura geral do vinho.

Mas em algum momento, você fará uma pergunta muito importante: este vinho é bom?

Depois de descrever a cor do vinho, quais aromas estão presentes no nariz e que tipo de sabores e componentes estruturais são detectados no paladar, é hora de avaliar a qualidade do vinho. Lembre-se, essa é uma pergunta diferente de “eu gosto deste vinho”. Você pode amar Two Buck Chuck por várias razões, mas ao passar por esta lista de verificação de qualidade de quatro etapas, você entenderá a diferença entre determinar se você gosta de um vinho ou se é um bom vinho.

Encontre o equilíbrio

Esta palavra é usada com bastante frequência no mundo do vinho e é sem dúvida o elemento mais importante necessário para um vinho de qualidade. Mas o truque para detectar e julgar o equilíbrio é entender o que se equilibra com o quê: Fruta com tanino; álcool com açúcar; ácido com frutas. Se todas essas coisas funcionarem juntas, o que significa que um componente não está em desacordo ou dominando outro, então você pode colocar uma marca de verificação na caixa de equilíbrio proverbial.

Prolongamento dos sabores

O prolongamento descreve quanto tempo o sabor de um vinho ou outros componentes permanecem em sua língua. Ao avaliar o comprimento, pergunte-se se os sabores do vinho permanecem na boca por vários segundos ou se eles se dissipam rapidamente após a ingestão. Esses sabores são agradáveis ​​ou são um pouco ásperos, adstringentes ou amargos? O comprimento e o final de um vinho podem ser encantadores, praticamente implorando por mais um gole (ou talvez um segundo copo!). Assim, quando um vinho tem um final longo, intrigante e satisfatório, você pode marcar o comprimento como presente.

Identifique a intensidade e expressividade

A intensidade é detectável no nariz e no palato. Quando os aromas de um vinho saltam da taça, ou quando os sabores praticamente tridimensionais, são sinais de um vinho intenso. Se um vinho tem características identificáveis ​​que estão claramente ligadas a uma determinada casta, região ou terroir, pode-se dizer que é expressivo dessa uva ou região específica. Em outras palavras, quando você toma um Premier Cru Chablis e detecta frutas verdes e mineralidade, a caixa Intensidade e Expressividade pode ser marcada.

Complexidade

Alguns vinhos podem ser considerados simples se apresentarem apenas uma ou duas características. Por exemplo, um vinho Pinot Grigio de nível básico pode ter alta acidez, frutas cítricas e talvez um toque de notas florais, e seria considerado um vinho simples. No entanto, isso não indica que não seja bem-feito ou agradável; é apenas o estilo inerente de alguns Pinot Grigio. Mas para ser considerado complexo, um vinho deve ter vários aromas e sabores que são primários (frutas, especiarias, notas florais da uva), secundários (sabores e aromas que vêm da maturação em carvalho ou técnicas de fermentação como as borras). agitação) e terciário (componentes de sabor que vêm da idade da garrafa, por exemplo, terra e cogumelos). Além disso, deve haver notável acidez e/ou taninos no vinho que dão à composição estrutural uma personalidade interessante. Então, quando um vinho tem todos esses aromas e sabores gloriosos em combinação com acidez possivelmente de dar água na boca, taninos envolventes e encorpado no paladar, bem, meu amigo, você tem um vinho complexo em suas mãos.

Conclusão

Agora que você determinou se um vinho possui essas quatro qualidades importantes, você pode determinar a qualidade geral. Se nenhuma das caixas receber uma marca de verificação, isso pode ser sinal de um vinho malfeito, pois todos os vinhos devem apresentar pelo menos uma característica de qualidade. Se apenas uma das caixas receber um cheque, pense nesse vinho como aceitável, mas talvez nada muito especial. Se você pode provar um vinho com duas marcas de verificação, provavelmente tem um bom vinho. E quando um vinho recebe uma marca de verificação em todas as caixas desta lista, você tem a sorte de beber um vinho excelente… e a vida é boa!

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Tudo Sobre Vinho
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Micro reabre na Barra com cardápio italiano caprichado

Sabe o Micro Bar, que funcionava no Leblon? A casa tirou o “bar” do sobrenome e reabre como Micro, um restaurante italiano no centro comercial Condado de Cascais, na Barra. Sim, a carta de drinques segue como destaque a cargo do mixologista e sócio Nicola Bara, natural da Bréscia, que convocou o conterrâneo Tobia Messa para a cozinha.

+ Novos ventos marinhos no consagrado Satyricon

Pode-se começar com crudo de peixe em emulsão de maracujá e laranja, rabanete e ervas (R$ 40,00). E há massas caseiras, como o ravióli de mussarela e baroa ao creme de vagem e castanha-de-caju (R$ 60,00). Na sobremesa, o babbá é um pão de ló com calda de rum e chantili (R$ 25,00).

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Das 12h às 16h, o executivo inclui entrada e principal (R$ 45,00), com opção de pratos como o nhoque de batata-roxa ao molho gorgonzola.

Rua Helios Seelinger, 100, loja B, Barra, ☎ 98020-9465. 12h/1h (seg. e ter. até 16h; qua. até 0h; dom. até 20h).

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Tapas em desfile no menu degustação do Marchezinho

Firme na política de tolerância zero com o mau produto, o Marchezinho lançou um menu degustação (R$ 240,00; foto) com onze tapas e sobremesa, em esquema ideal para duas pessoas. Peça uma taça de vinho da casa, como a do branco e fresco da uva moscato, feito pela vinícola Bella Quinta, e relaxe porque a sequência promete.

+ Bocca del Capo é a Itália descontraída em pratos e taças

A salada de queijo de cabra quente e crocante causa suspiros, regada por mel e nozes-pecã. O shiitake com homus e pinhão e o brócolis tostado com aioli de castanha e alho-negro mantêm o nível no alto, assim como os quiabos grelhados com guanciale. As tellines (mariscos) com polvo e o embutido nduja também brilham na experiência servida a partir das 18h, sob reserva.

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Dica: finalize com o drinque derriê do coq (R$ 32,00), de cachaças envelhecidas, vermute rosé, licor de alcachofra e queijo meia-cura sobre a taça.

Rua Voluntários da Pátria, 46, Botafogo, ☎ 96612-0561 (70 lugares). 11h30/0h (sex. até 1h; sáb. 10h/1h).

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Na mesa do chef: os menus exclusivos servidos ao lado do fogão

Ousado passo do chef Claude Troisgros (foto), a Mesa do Lado (Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon) é uma degustação para doze pessoas em sala com projeções de imagens a cargo do artista Batman Zavareze, trilha sonora e cozinha aberta. O menu tem nove etapas, incluindo o salmão com azedinha que fez história na França pelas mãos de Pierre Troisgros, o pai. O jantar custa R$ 1 420,00 e as reservas são feitas no http://www.mesadolado.com.br.

Escama: Ricardo Lapeyre se vale dos frutos do mar em sua mesa exclusivaTomas Rangel/Divulgação

Ricardo Lapeyre mantém a inspiração nos frutos do mar em sua mesa do chef, no 2º andar do Escama (Rua Visconde de Carandaí, 5, Jardim Botânico). Criações como o vermelho com escama de banana e purê de banana ao curry, farofa cítrica e palmito (foto) estão no menu harmonizado de seis etapas (R$ 550,00), sob reserva para o mínimo de quatro pessoas pelo ☎ 3042-3097.

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Lasai: Rafa Costa e Silva cria receitas novas a cada dia no novo espaço./Divulgação

A nova sala do Lasai (Largo dos Leões, 35, Humaitá) recebe dez comensais por noite no balcão da cozinha de alta tecnologia, onde o chef Rafa Costa e Silva serve oito aperitivos, quatro pratos, seleção de queijos e duas sobremesas (R$ 875,00). Receitas que surgem a cada dia, como o atum com chuchu, capim-limão e batata yacon (foto). Reservas pelo http://www.lasai.com.br.

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Cipriani: a mesa fica dentro da grande cozinha no Copacabana PalaceTomas Rangel/Divulgação

Com seis lugares na grande cozinha do Cipriani (Belmond Copacabana Palace), a mesa de Nello Cassesse recebe menu de dez etapas harmonizado com vinhos. Surgem pratos de excelência, como o bacalhau em baixa temperatura com canelone de abobrinha, caviar de mujol e molho de frutos do mar. Custa R$ 950,00 (ter. a qui.) e R$ 1 150,00 (sex. e sáb.). Reservas pelo ☎ 2548-7070.

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Bão: Kiko Faria criou jantares particulares em mesa ao lado da cozinhaBeto Roma/Divulgação

O repertório que mistura a Itália com o interior mineiro do chef Kiko Faria merece a visita na charmosa mesa ao lado da cozinha aberta do Bão (Rua Raimundo Correa, 10, sl. 201, Copacabana). A experiência comporta até seis pessoas para o percurso de oito a dez passos (R$ 250,00), dos snacks às sobremesas, com receitas como o arroz de frutos do mar (foto). Reservas pelo ☎ 99812-9976.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO