Não sei o que acontece. Talvez seja a água deste lugar? O sol em excesso? Praias à disposição durante uma vida inteira? Sei lá. Sinceramente eu, filho adotivo desta cidade maravilha, não consigo explicar em palavras ou versos o que se passa com esta cidade maluca que consegue emplacar muitos sucessos, campeões de bilheteria, marcas e produtos premiados. Nenhuma cidade brasileira chega perto da criatividade do povo carioca, seja para o bem ou para o caos. Barão Vermelho e seus maestros Frejat e Cazuza são eternos. Cartola, feijoada, Zeca Pagodinho, berço de reis, condes e barões. Por aqui meu conterrâneo Getúlio Vargas se suicidou. Favelas, sobrados, o bairro da Lapa, Rio Scenarium. Tudo carioca. Feira do Lavradio, chope na calçada, Galeto Sat´s. São alguns exemplos de um life style, de um comportamento, de uma voz. Mas, afinal, como definir o comportamento desta cidade e dos milhões que nela habitam? tenho uma teoria que compartilho nas minhas rodas mais íntimas: O Rio é a única cidade do mundo em que você pode adentrar uma agência bancária vestindo uma sunga ou um pequeno biquíni, molhado, empanado de areia e conversar com um atendente, sem nenhuma cerimônia. A atmosfera desta louca cidade é inexplicável e talvez nunca teremos como entender o porquê de as coisas que nascem aqui serem frutíferas aos olhos da região, admiradas pelo país e desejadas além-mar.
TRILOGIA CARIOCA
Há pouco mais de um mês, as queridinhas marcas dos cariocas da atualidade Arpo Gin, Oceà e a cachaça Quero Chuva uniram forças dentro de um projeto embrionário e cheio de expectativas, batizado pelo nome de ecquosistema. Trata-se de um trabalho em conjunto de divisão de equipe, troca de informações, sinergia e ampliação de portifólio. Encabeçado pela poderosa Super Vinhos distribuidora, este acelerador de marcas proporciona agilidade na distribuição de portifólio, redução de burocracia e rápida resposta ativa na rua. O resultado: em menos de um mês, as marcas deram um salto de 20% em percepção de marcas, ganharam distribuição e encontram novos clientes, antes distantes geograficamente.
São três marcas que já conquistaram o paladar carioca. Arpo Gin é o filho mais recente da cidade quando o assunto é gin, mas já ganhou alguns prêmios internacionais, carinho dos bartenders e amor dos consumidores. Memórias ensolaradas são despertadas ao ver a garrafa nas prateleiras de grandes redes da cidade. Arpo, junto com Amazzoni Gin, outro carioca famoso, são os gins artesanais brasileiros mais relevantes como força de marca e de consumo. Em menos de dois anos, já conquistou o estado, abriu frente em São Paulo e, brevemente, estará a caminho de Portugal. Amazzoni já se consolida com o primeiro gin brasileiro a ser comercializado no mercado europeu. Queria ter mais informações concretas deste desbravamento, mas não consegui a atenção dos responsáveis.
ALÉM DA BRANQUINHA
Quero Chuva, com seus rótulos descontraídos, conquistou seu lugar ao sol quente carioca, como marca leve, despojada e cheia de bossa. Não briga com ninguém, mas se posicionada como uma bebida aperitivo à base de aguardente, com produtos saborizados como base para coquetéis, ou para aquele shot geladíssimo. A marca surgiu há 10 anos, com o objetivo de trazer um público novo para consumir cachaça, uma bebida genuinamente brasileira com muita história e tradição.
Há muitos anos a cachaça divide opiniões, talvez por primeiras experiências não tão boas de alguns ou, então, por um inconsciente coletivo de anos de estigmatização e, por que não dizer, marginalização. Costumo acreditar que muita gente gosta de cachaça, mas elas ainda não sabem disso. Por essa razão, a Quero Chuva quer espalhar, uma nova visão sobre a bebida, utilizando para isso uma variedade de sabores, aromas e, também, histórias. Afinal de contas, cachaça definitivamente não é tudo igual. A marca se comunica de forma bem diferente das cachaças tradicionais, desde as embalagens coloridas até em ativações em eventos.
Hoje o portfólio conta com sete rótulos: Quero Chuva Prata, uma cachaça bidestilada com 40% de teor alcoólico e que descansa 12 meses em tonéis de amendoim bravo, uma madeira brasileira que não dá sabor nem cor, mas deixa a bebida muito macia e versátil. Quero Chuva Sabores, aperitivos à base de cachaça, com 20% de ter alcoólico, já adoçados e perfeitos para serem tomados puros e gelados, em um copo com gelo ou como elemento de sabor de coquetéis. Banana, Canela, Mel, Coco, Limão e Açaí com Guaraná.
Os meninos que comandam o time têm lenha pra queimar, e estão cheios de ideias. Deles nasceu o atual licor do momento: CABRALAB. Um licor de café Made in Brazil, usando grãos especiais dos quatro estados do Sudeste. Autêntico e delicioso. Sua icônica garrafa preta é um sucesso e já está firme e forte nos balcões de bares e prateleiras de muitos supermercados. Os cariocas agradecem. Ano passado, a marca iniciou sua expansão internacional, participando de eventos e feiras com o apoio de órgãos como Apex, AgroBR e CNA. A empresa esteve em menos de 2 anos no Canadá, China, EUA e Peru. As negociações para em 2025 já estão a pleno vapor para a introdução do produtos nestes países. Vida longa.
A terceira marca da trilogia que já começa a abrir fronteiras é a Oceà. Pioneira em produzir no Brasil os Vinhos de Verano, que trazem a refrescância da brisa do mar e a sofisticação do verão mediterrâneo. A bebida é produzida com vinho, limão siciliano e um toque de água com gás. Por ser leve e refrescante, com apenas 6% de teor alcoólico, vegana e sem glúten, é a opção que faltava para as pessoas que apreciam um bom vinho, mas sentem que o seu alto teor alcoólico as inibe de consumi-lo em mais ocasiões do dia.
O fundador, Guilherme Castro, teve a ideia após uma viagem à Barcelona, em 2012, cidade que inspirou o nome da marca e significa “oceano” em catalão, língua falada na região e que traduz o sonho do fundador em cruzar o oceano com essa nova bebida. O conceito segue a praticidade e despojamento de metrópoles que vibram o ano todo, como o Rio de Janeiro. Aliás, foi do terroir carioca de onde veio a ideia de lançar os rótulos dos Vinhos de Verano com vinhos branco e rosé. Entusiasmada pelo desejo de trazer a atmosfera do verão europeu para o Brasil, a Oceà se inspirou na similaridade entre o clima e o estilo de vida dos brasileiros e dos espanhóis, na tendência mundial do mercado de bebidas que apresenta um aumento na procura por bebidas premium, mais leves, refrescantes e de baixo teor alcoólico, para criar a trilogia – Tinto de Verano, Rosé de Verano e Blanco de Verano.
REFRESCÂNCIA E SABOR
Inspirada na tradicional receita de Tinto de Verano, a Oceà é a marca pioneira em produzir essa bebida no Brasil. Percebendo que o brasileiro já consome vinhos brancos e rosés gelados, a Oceà inovou ao criar as variações do clássico Tinto de Verano, e lançou com exclusividade os rótulos patenteados Rosé de Verano e Blanco de Verano. São bebidas elaboradas com vinhos finos da Serra Gaúcha, suco de limão siciliano natural e um toque de água com gás. Ideal para serem consumidas geladas, acompanhadas de 2 meia-luas de limão siciliano e gelo.
BEER BRAZIL
O mundo cervejeiro também é muito bem representado pelo Rio de Janeiro. O boom da cerveja artesanal no Brasil provavelmente aconteceu por aqui há não mais do que 20 anos. De lá para cá, vimos marcas e selos se transformarem em campeões de bilheteria. Hocus Pokus, Praya, Motim, Three Monkey´s são cervejas que puxam a fila do imaginário carioca. Sucesso de vendas, contam com locais como o já afirmado Brewteco e suas unidades para difundir e vender os dezenas de rótulos e sabores.
Mas sobre o mundo cervejeiro, estou preparando um material completo, bem estudado para entendermos como essa máquina move a cidade, gera empregos e fatura muitos milhões. Em breve te conto tudo, pois comecei a pesquisar sobre o Rio beer e descobri que é uma comunidade à parte. Além disso, muito em breve teremos uma rua no Centro dedicada aos aficionados cervejeiros. Nos encontramos por ai, bebendo um tinto de verano ou uma pilsenzinha no balcão do Brewteco da Gávea.
Cheers
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