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Bordeaux, dicas de quando abrir cada safra

Uma pergunta que sempre me fazem é se um determinado vinho está no ponto certo para abrir. Se deve ser aberto logo ou guardado mais tempo.

 

A resposta se baseia sempre no histórico da região, do vinho e principalmente na safra. É importante frisar, contudo, que a maioria dos vinhos chega ao mercado prontos para serem apreciados. Uma pequena parcela apenas de fato se beneficia dos anos de guarda, em garrafa.

 

A região dos mais notórios vinhos de guarda no mundo é Bordeaux. A estrutura tânica e acidez de seus grandes vinhos, principalmente os com maior proporção de cabernet sauvignon em seus blends, faz com que estes possam melhorar muito se guardados por alguns anos. A qualidade e características de casa safra determinam esta estimativa de tempo de guarda. Por exemplo, um ano mais frio, pode determinar acidez maior nos vinhos, aumentando sua longevidade. Por outro lado, um ano chuvoso, pode diluir a concentração do vinho, tornando-o pronto mais cedo.

 

No vinho generalizar é quase impossível, no entanto vou me arriscar a sugerir uma ordem para abrir Bordeaux. Esta é uma região de longo histórico de vinhos de guarda e com uma grande consistência entre seus vinhos mais famosos e de classificação mais alta, como os Grands Crus.

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Segue minha sugestão de ordem cronológica do que sugiro abrir de 1980 a 2020. Esta ordem se aplica principalmente aos grand crus da vinhos da margem esquerda, o médoc e suas sub-regiões:

 

Beber já, decaindo: 1980, 1981, 1987, 1992, 1991, 1993, 1994, 1983, 1985, 1982, 1988, 1997

 

Apogeu (abrir nesta ordem): 2002, 2007, 1999, 1986, 1990, 1989

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Demais safras, ordem sugerida: 2001, 1995, 1996, 1998, 2003, 2004, 2006, 2013, 2000, 2008, 2012, 2009, 2012, 2005, 2011, 2014, 2017, 2010, 2015, 2019, 2020, 2018, 2016.

 

Sim, o mundo do vinho é curioso. Notem que sugiro abrir o 2013 antes do 2000.

 

Lembro que há uma margem de erro grande sempre que tentamos generalizar no mundo do vinho e lembro que a sugestão acima é para os Bordeaux de gama média e alta. Os vinhos de entrada de gama são quase sempre para consumo imediato.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO