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Bolsonaristas incentivam compra de produtos de trabalho escravo

No início do mês, as acusações contra o Centro da Indústria, Comércio e Serviços, de Bento Gonçalves, onde foram encontrados cerca de 200 trabalhadores baianos em situação análoga à escravidão, tomaram as manchetes do país.

Organizações de defesa dos direitos humanos rapidamente se posicionaram diante do absurdo, que também gerou indignação dentro e fora das redes sociais. A revolta se acentuou quando a associação gaúcha culpou a “carência de mão de obra” e “programas assistencialistas” pelo crime cometido.

Como forma de boicote aos produtores do Rio Grande do Sul, foram organizadas campanhas para conscientizar sobre os produtos disponíveis nas prateleiras de mercado que são feitos por trabalho escravo.

O que parece indefensável, no entanto, virou bandeira de parte da direita brasileira. No Twitter, uma usuária que se descreve como cristã e defensora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou que passou a consumir propositalmente os itens das vinícolas envolvidas no crime. “Se a esquerda cancela, nós, que somos maioria, iremos exaltar”, escreveu. Nos comentários do post, que teve quase nove mil curtidas, outras pessoas também revelam que colocaram os produtos na lista de compras da semana.

 

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Fonte:

Vinho – VEJA