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Restaurante carioca é eleito o melhor fine dining por viajantes

Uma nova lista de rota gastronômica, focada em avaliação de viajantes, foi divulgada nessa quinta-feira (24). O Rio de Janeiro recebeu a medalha de ouro pela avaliação do Travelers’ Choice Awards Best of the Best Restaurants.

Oro, do chef Felipe Bronze, é o restaurante mais bem avaliado pelo Trip Advisor.
<span class=”hidden”>–</span>Tomás Rangel/Divulgação

O Oro, do chef carioca Felipe Bronze, foi o restaurante mais bem avaliado do Brasil, na categoria fine dining, com 955 avaliações. Na lista ainda consta o Lasai, do chef Rafa Costa e Silva em sexto lugar e o Térèze, restaurante do hotel MGallery Santa Teresa, que conquistou o sétimo lugar com 1275 reviews. O paulista Evvai, com suas duas estrelas Michelin, fecha a lista dos dez melhores do país.

Confira a lista completa: https://www.tripadvisor.com/TravelersChoice-Restaurants-cFineDining-g294280

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Vinho e cinema, casamento perfeito

Já faz mais de 20 anos da primeira vez que publiquei sobre “vinho & cinema”. Desde então este foi um dos principais temas das centenas de palestras de vinho que já fiz pelo mundo. Diversos aspectos conectam estas duas artes. Primeiramente o fato de que inúmeros astros de Hollywood terem enveredado pelo mundo do vinho, de Francis Ford Coppola a Brad Pitt, passando por Gérard Depardieu e Drew Barrymore, a lista é longa. Depois, desde o filme Sideways, Entre Umas e Outras (2004), o vinho virou tema de incontáveis filmes, como  Um Bom Ano (2006) e o mais recente Notas de Rebeldia (2020), só para citar alguns.

 

Tal aproximação nos faz indagar, existe alguma analogia entre estas duas formas de arte? O cinema surgiu o final do século XIX como o “olho mecânico”, onde o uso da energia elétrica e de um processo químico (de imprimir uma imagem em uma película) tinham papel central. Esta moderna máquina era capaz capturar pedaços da realidade, a vida como ela é, uma arte objetiva e neutra, no qual o homem, segundo um determinismo rigoroso, não interfere. O vinho em seus primórdios também era relacionado ao “real”, a verdade em sua essência, visão bem expressa na frase de Plínio: ”in vino veritas”. Para os antigos gregos o néctar dionisíaco ao mesmo tempo que embriaga traz lucidez.

 

Hoje os papéis desempenhados por cinema e vinho mudaram radicalmente. O cinema deixou de ser a arte do real para, no nosso mundo contemporâneo, tornar-se a mais lúdica das artes. No momento em que as luzes se apagam e o espectador entra em um sonho. O acender das luzes é quase como um despertar deste mundo onírico. O vinho, por sua vez, nas últimas décadas deixou de ser a bebida alimentar popular para associar-se ao prazer hedonista (e também lúdico) da viagem dos sentidos.

 

Os elementos do cinema também têm seu espelho no vinho. Atores são como uvas, alguns chegam a ser divas. A pinot noir por exemplo é a primeira casta tinta a ser lembrada quando se pensa em elegância. Quando nas minhas palestras indago o público que ator ou atriz seria um pinot noir, são sempre lembrados nomes como Audrey Hepburn, Fred Astaire e Sean Conery. Quando pensamos em força bruta, no mundo do vinho o estereótipo recai sobre a tannat, cepa que proporciona muitos taninos e às vezes (nem sempre) vinhos brutos. No vinho a analogia perfeita recai sobre atora musculosos de filmes de luta ou ação, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Quando indago a plateia sobre os vinhos clássicos de Bordeaux, sua pompa e realiza, a reposta vem na forma de atores shakespearianos, como Laurence Olivier, ou papéis fortes, como Marlon Brando ou Al Pacino em O Poderoso Chefão. Já quando na taça apresento vinhos tintos calorosos, como um granache ou syrah do sul da França, com seus taninos sedosos, aromas de especiarias e teor alcoólico alto, a analogia recais ou astros ou atrizes mais sedutores, como George Clooney, Antonio Banderas, Margot Robbie, Scarlett Johansson ou Jennifer Lawrence.

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Analogias como estas são leituras pessoais dos códigos de linguagem do vinho e do cinema. Você não precisa militar por minhas escolhas, mas sim criar as suas. Boa degustação e bom filme!

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Outubro Rosé no Leblon, Oktoberfest no Centro e mais eventos no Rio

Jojo Ramen no Elena

Casa de múltiplas experiências no Horto, e Elena terá uma edição especial do Elena Experience, um convite a explorar novos sabores no Gogo Bar, ambiente intimista localizado no segundo andar da casa. Na segunda (28), a partir das 19h30, será servido um menu em cinco etapas, criado em conjunto pelas convidadas do Jojo Ramen e do Quito Quito, de São Paulo, e pelos anfitriões Itamar Araújo e Marcelo Shinohara. A noite fica completa com a seleção de saquês feita pela Sake Sommelière do Elena, Jade Mayworm.

A chef Kaori Muranaka, do Quito Quito, izakaya também localizado na capital paulista, traz para o Elena o carapau batido com pasta de misso, alho, gengibre e shissô. Representando o Elena, Marcelo Shinohara criou o temaki de lagostim com ovas de Mujol, que abre o menu. Já Itamar Araújo participa com duas criações, o wagyu katsu sando, um pão shokupan com filé de wagyu e molho tonkatsu, e com o tiramisù de pistache e matchá, que fecha a experiência.

O menu completo, com saquês selecionados à parte, custa R$ 420,00, mediante reserva antecipada. Reservas no usetag.me/elenahorto.

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Rua Pacheco Leão, 758, Jardim Botânico. @elenahorto

+ Um doce Dia das Bruxas: casas do Rio lançam sobremesas para a data

Portinha faz guest bartender

Também na segunda (28), o boêmio Portinha, em Copacabana, cheio de acepipes de balcão e coquetéis com ingredientes populares, promove o seu primeiro guest bartender. A partir das 19h, o bartender da casa Xandy Borba recebe Thiago Teixeira, criador da carta autoral do bar, e Igor Renovato, sócio do badalado Suru Bar. A farra vai até às 4h. O anfitrião Borba apresenta o coquetel Meu Tio Gostava, feito com cachaça, Campari, conhaque de alcatrão, licor de laranja, suco de laranja e angostura; Teixeira chega com o Remédio (Cachaça Sete Engenhos Prata, xarope de gengibre com mel e limão, angostura e conhaque defumado); e Igor criou o coquetel La Cicciolina, que leva cachaça Sete Engenhos Cerejeira, Aperol e “elixir sensual”, com xarope de maracujá com pimenta e Fogo Paulista (R$ 24,90, cada, ou R$ 59,90, os três).

Avenida Prado Júnior, 281, Copacabana. @portinhaprado

Portinha: Igor Renovato é bartender convidado
Portinha: Igor Renovato é bartender convidadoNubra Fasari/Divulgação
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Yoga e meditação no Shopping Leblon

O Projeto Aura chega ao Leblon Rooftop, no Shopping Leblon, promovendo uma jornada de bem-estar e relaxamento nos próximos finais de semana de 26 e 27 de outubro, e nos dias 2 e 3 de novembro. A iniciativa faz parte do calendário do Outubro Rosé Taste & Wine Festival, da WineHaus, que acontece de 18 a 27 de outubro no Leblon Rooftop.

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As atividades incluem sessões de yoga e meditação com as instrutoras Lorena Rabello, Nanda Capobianco, Tania Prado e Monica Peçanha, além de um café da manhã especial, sessões de massagem, eletroestimulação e leitura de tarot. Todos os inscritos ganharão brindes exclusivos dos parceiros e um ingresso com data a escolher para o Outubro Rosé Taste & Wine Festival 2024. O evento ressalta a importância da conscientização para o combate ao câncer de mama e destina parte da renda para a Fundação Laço Rosa.

Os ingressos custam R$ 120,00 e estão disponíveis na plataforma Ingresse. @shoppingleblon

Festival do Bacalhau no Cadeg

Um dos festivais mais tradicionais do Cadeg vai começar. O Festival do Bacalhau ocorre de 25 de outubro a 24 de novembro, e tem o patrocínio do Bacalhau Caxamar, com mais de 25 estabelecimentos participantes oferecendo receitas com o peixe. Este ano, além da tradicional gastronomia voltada para o bacalhau, há atividades como três palestras gastronômicas, sendo uma delas com as embaixadoras do Cadeg: as chefs Kátia Barbosa e Flávia Quaresma, no dia 16 de novembro. No dia 10 de novembro, Marcelo Barcellos, chef do restaurante Barsa, apresentará a versatilidade do bacalhau, e o sommelier Paulo Nicolay, parceiro da Griffe dos Vinhos e Arte dos Vinhos, abordará os vinhos do mundo, com foco nas regiões de Alentejo e Douro.

Rua Capitão Félix, 110, Benfica, tel.: 3890-0202. @cadegrio

Oktoberfest na Casa Urich

Para celebrar a Oktoberfest, a Casa Urich, tradicional restaurante alemão do Centro do Rio, vai ter promoção e novo petisco no cardápio. De 28 de outubro a 1 de dezembro, quem comprar três garrafas de Spaten (R$ 48,00, 600 ml), ganha uma caneca personalizada. Já para petiscar, além dos clássicos croquete alemão (R$ 11,00, a unidade), mix de salsichinhas (R$ 45,00) e kassler defumado aperitivo (R$ 79,00), a casa criou para a ocasião o Hambúrguer Urich, com aioli do chef, cebola roxa e picles de pepino (R$ 39,00 com fritas).

Rua São José, 50, Centro, ,tel.: 99975-1247. @casaurich

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Uma Garrafa a US$ 1 mil: Conheça o Vinho da Patagônia Cobiçado pelos Chineses

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

FArgent_Divulgação

Felipe Menéndez, um sucessor das vinícolas da Patagônia de olho no mercado chinês

A relação com a China começou há pouco mais de cinco anos e desde então se fortaleceu cada vez mais. Em Xangai, Felipe Menéndez, um argentino que, após anos explorando a Patagônia em busca do melhor terroir, decidiu-se por Valle Azul e fundou a vinícola Ribera del Cuarzo, na região do Vale do Rio Negro, na Patagônia, Argentina. Neste local ele conheceu um poderoso empresário interessado em produzir alimentos com matéria-prima argentina, processá-los com tecnologia japonesa e vendê-los no mercado chinês.

Em sua primeira visita à Patagônia, o asiático se apaixonou pelo Vale do Rio Negro, por suas maçãs, peras, frutas secas e vinhos. Ficou encantado com Valle Azul, com a vinícola situada em meio à estepe patagônica, com seus vinhedos ao pé da barda, aqueles enormes penhascos que, em vez do mar como pano de fundo, reluzem com a aridez de um leito seco há milhares de anos.

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O empresário chinês, segundo a área comercial da Bodega del Cuarzo, quis voltar, mas dessa vez trouxe colegas. Eles ficaram igualmente fascinados com as maravilhas da Patagônia e seus vinhos. Hospedaram-se na casa da vinícola, onde Menéndez e sua família ficam quando viajam ao sul. A construção, de um andar e uma generosa varanda, foi feita por uma condessa italiana. Embora a propriedade não funcione como hospedagem, nem restaurante, e não esteja aberta ao turismo, os empresários chineses insistiram. E, quando algo não tem preço fixado, muitas vezes quem deseja, e pode, está disposto a pagar o que for necessário. Assim aconteceu: a Ribera del Cuarzo aceitou os hóspedes, que estenderam sua estadia por vários dias.

No primeiro ano, chegaram quatro hóspedes; no segundo, mais se juntaram, e as visitas anuais continuaram por um tempo. Neste mês outubro, o grupo retornou a Valle Azul, onde se estende esse mítico terroir. Antes de Menéndez comprar as terras, havia sido construído um aqueduto com uma série de bombas para que a água — um bem escasso na região — percorresse três quilômetros e subisse uma inclinação de 50 metros entre o canal e o vinhedo de cinco hectares. Esse vinhedo foi o primeiro a ser plantado ali, ao pé da barda.

Mais de 150 anos na Patagônia

A família Menéndez não é recém-chegada a essas terras. Muito antes de qualquer vinícola local ter interesse na Patagônia, o tataravô de Felipe, José Menéndez, um empreendedor nascido em 1846, tornou-se um dos grandes empresários que impulsionou o desenvolvimento da região mais austral do continente. Visionário, ele não apenas formou uma das maiores companhias de produção e exportação de lã da Patagônia, mas também fundou a empresa de navegação Interoceânica, além de companhias elétricas, telefônicas e uma das principais frotas baleeiras.

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Vinhedos da Patagônia, de onde saem os vinhos para os chineses

“Enquanto meu tataravô José estava na Patagônia, meu trisavô (seis gerações atrás), Melchor Concha y Toro, começou sua vinícola no Chile em 1883. Sempre soube que meu lugar no mundo era a Patagônia, e que dedicaria minha vida ao vinho”, diz Menéndez.

Hoje, após encontrar um rio subterrâneo no deserto, contrariando todas as previsões de engenheiros, com a ajuda de um guia descendente de araucanos que atuou como radiestesista, a Ribera del Cuarzo se expandiu graças a essa fonte de água. Isso permitiu a Menéndez multiplicar por quatro os vinhedos, passando dos primeiros cinco para 27 hectares plantados, principalmente com a variedade malbec, mas também com merlot, pinot noir e petit verdot. Essa descoberta também possibilitou a expansão dos negócios com a compra, há três anos, de mais 360 hectares adjacentes à fazenda, em uma área com céus claros, muitas horas de sol — um fator chave para a videira — e solos ricos em minerais, como cálcio e quartzo, que conferem suculência e frescor aos vinhos.

“Na minha casa, sempre se falava de barcos e da indústria naval, e meu pai trabalhava nos portos. Mas eu sempre gostei do campo e de tudo relacionado ao mundo do vinho. Por isso, comecei a trabalhar com Nicolás Catena quando era muito jovem”, relembra Menéndez, que não apenas desenvolveu sua carreira sob a orientação do homem que revolucionou a indústria do vinho na Argentina, mas também contou com o apoio de Catena e sua filha Adriana para iniciar sua própria vinícola. Atualmente, Catena e Menéndez mantêm um grande vínculo, e Adriana Catena é até sua sócia nessa vinícola.

De US$ 100 a US$ 2 mil em 20 anos

O mercado chinês, explica Rosario Langdon, diretora de exportações da Ribera del Cuarzo, está descobrindo que, além da França, existem outros lugares, muito mais exóticos, onde se produz vinho de alta qualidade, como a Patagônia. “Até o ano 2000, nenhuma garrafa de vinho francês custava mais de US$ 100 (R$ 570), e foi a demanda dos ricos, como aconteceu no Vale do Silício, que provocou a primeira grande alta nos preços da indústria, com garrafas que chegaram a custar US$ 400 (R$ 2.280)”, conta Langdon. “Depois, houve um segundo impulso nos vinhos franceses, promovido pela demanda asiática e russa. Assim, uma garrafa de vinho francês passou de US$ 100 para US$ 2 mil (R$ 11.380) em 20 anos.”

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Instalações da vinícola na Patagônia

O mercado asiático, especialmente o chinês — segundo a especialista — aprecia e valoriza novos vinhos do mundo, como os que hoje são produzidos na Austrália e na Argentina, por exemplo. “Mas a Patagônia lhes parece muito exótica e atraente, não apenas pela paisagem exuberante e extrema, mas também por seus costumes, carne e vinhos, que se encaixam perfeitamente nesse cenário”, afirma Rosario.

Ela menciona que, na última visita, os chineses experimentaram uma garrafa de Ribera del Cuarzo puro merlot, o vinho ícone da vinícola, um blend das safras de 2019, 2020, 2021 e 2022. “Separávamos a melhor barrica de cada ano, proveniente de meio hectare dessa variedade, e com isso fizemos uma primeira produção de 600 garrafas magnum para nossos clientes chineses”, afirma ela. “Ainda não estão à venda, mas levamos algumas quando fomos a Xangai.”

Uma garrafa de US$ 1 mil

O que aconteceu? A história se repete, e parece que, quando algo não tem preço de venda, quem deseja está disposto a pagar o que for preciso. “Tínhamos uma ideia de comercialização, mas ainda são garrafas que não estão prontas para o mercado”, informam do departamento comercial da Ribera del Cuarzo. Mas com os chineses “não tem jeito”, se não há preço, eles o estabelecem. E assim fizeram uma oferta de US$ 1 mil (R$ 5.690) por cada garrafa magnum desse Ribera del Cuarzo Puro.

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Felipe Menéndez na lida dos vinhedos

Até o momento, a Araucana Azul era uma das garrafas mais valorizadas da vinícola, com um preço de US$ 100. Em seguida, há a edição Ribera del Cuarzo parcela única, um vinho de US$ 200 (R$ 1.140) no mercado. Agora, por capricho e impulso da demanda asiática, o Ribera del Cuarzo Puro faz sua entrada triunfal, embora os chineses ainda precisem esperar um ano para levarem o tesouro para casa.

“Não vamos liberar as garrafas agora porque queremos guardá-las por mais um ano. E eles aceitaram”, diz Menéndez. “Isso é o que aconteceu com os franceses. A demanda de consumidores dispostos a pagar qualquer preço levou à situação dos US$ 2 mil por garrafa, como mencionamos antes”, afirma Felipe. “E, de certa forma, é o que está acontecendo na Patagônia também. No final, são boas notícias para o mercado argentino. Que os olhos da Ásia se voltem para nós, para a Patagônia e seus produtos, é o melhor que pode nos acontecer para continuarmos crescendo.”

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Hora de colher batatas

A próxima é a semana do “feriado da batata” aqui na Eslovênia. Sim, existe isso. Chama-se Krompirjeve Počitnice e desejo-lhe boa sorte se quiser tentar pronunciar corretamente.

Acostumado à vida urbana de São Paulo, onde morei por longos, prazerosos — e algumas vezes dolorosos também — 12 anos, nutro uma admiração gostosa pelas coisas que têm seus nomes atrelados às efemérides do campo. No caso, um feriado escolar inventado tradicionalmente porque no outono, quando a natureza começa a resignar-se à pausa necessária, é hora de colher os frutos.

Nos tempos passados, a mão de obra das crianças e adolescentes era de grande valia para seus pais, nesta lida da colheita. Assim, decretou-se uma semana sem aulas.

O tempo passou e na sociedade capitalista contemporânea felizmente a exploração do trabalho infantil deixou de ser aceitável — o contrário, ainda que ocorra em boa parte do mundo, deve ser entendido como exceção criminosa. Mas ficou o nome. Ficou a tradição.

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Que na verdade não é um privilégio esloveno. O cultivo de batatas nem é tão abundante por estas terras. A nomenclatura foi importada dos alemães — afinal, do Sacro Império Romano-Germânico ao Império Austro-Húngaro, foram séculos de dominação teutônica. Eles também conservam ainda o seu Kartoffelferien mais ou menos no fim do primeiro bimestre do ano escolar.

Conserva-se o feriado, em suma. E conservam-se os vegetais — os diversos tipos de picles são, ao lado da produção caseira de licores e afins, uma espécie de esporte nacional.

Ao vencedor as batatas. Também os pepinos, as cebolas, as pimentas e pimentões, os rabanetes e as cenouras. Outubro ou nada. Outono ou nada. Com as estações demarcadinhas como não as são no nosso Brasil de verde-bandeira o ano todo, é preciso ajustar vida ao tempo, trabalho ao clima, alimentação às possibilidades de cada época.

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Narava je pametna, ljudje smo neumni, dizem os mais antigos por aqui. Ou seja: “a natureza é sábia; nós, humanos, é que somos tolos”.

Antigamente, meses do ano eram chamados por termos que tinham a ver com a natureza

As folhas amarelando, vermelhando, caindo são um lembrete de que tudo começa a se fechar. O dia encurta, daqui a pouco estará escuro às 4 da tarde. Logo é hora de botar pneus de inverno no carro, fechar os registros d’água do quintal. Os passarinhos rareiam. Os insetos, também. As roupas curiosamente mudam de cor, assumindo tons sóbrios, soturnos. Uma cerração trevosa se torna frequente na paisagem, sobretudo nas manhãs.

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Não sei se um dia irei me acostumar a isso. Mas também não sei se um dia deixarei de ver beleza nisso. Meu olhar é míope e estrangeiro, sempre será. Quanto mais aprendo, mais vejo poesia. No esloveno arcaico, setembro (september) era kimavec, um jeito de dizer que as frutas estavam balançando, acenando, esperando ser colhidas. Outubro (oktober) era chamado de vinotok — uma palavra que literalmente significa “fluxo do vinho” e que aludia ao período em que as uvas maduras começavam a se transformar na deliciosa bebida. Mais bonito ainda: novembro (november) era listopad, que significa “folhas caindo”.

Há uma famosa canção eslovena, Čebelar (significa “apicultor”), cuja letra foi escrita por Slavko Podboj, que se apropria com muita honestidade desse clima outonal. Algum tempo atrás, me aventurei a criar uma versão livre em português. Ficou assim:

Canção do Apicultor

Cai a tarde lá ao longe,
escurece no meu rancho,
cricrilam grilos ao arranjo,
um convite ao descanso.

O meu peito dói agora:
é o outono que centelha,
vou sozinho até lá fora
ver as velhas abelhas.

Saúdam-me com seus sons,
exalam aromas tão bons,
que meu coração sacode
memórias da juventude.

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Velhas amigas abelhas,
ao menos minhas amigas,
jamais me esquecerei delas,
minhas únicas amigas

O meu peito dói agora:
é o outono que retorna,
cricrilam grilos lá fora,
o tempo roubou memórias.

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Vinho – VEJA
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Château Cheval Blanc quer seus Vinhos além do Luxo; ser Ecológico é Fundamental

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

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Nova caixa do luxuoso vinho do Château Cheval Blanc

O Château Cheval Blanc acaba de apresentar na França o novo design de suas caixas de vinho 100% locais, criadas pela Maison Adam a partir de madeira de pinho das Landes e lã do País Basco, em um projeto que adota uma abordagem tanto ecologicamente responsável quanto territorial. A marca é uma das mais luxuosas do mundo dos vinhos.

A safra de 2022 do Château Cheval Blanc está se embelezando, envolta em lã de ovelha lacaune dos Pirineus e madeira de pinho marítimo nodoso da floresta das Landes. Em janeiro de 2025, as três cuvées do emblemático brasão de Saint-Émilion, local da vinícola francesa, serão encontradas em caixas ecologicamente projetadas e 100% locais. Pierre-Olivier Clouet, diretor da renomada vinícola, confiou a seu parceiro de longa data, a Adam, líder francês em embalagens de madeira, um objetivo ambicioso: valorizar o artesanato regional utilizando materiais sustentáveis para mostrar que é possível consumir produtos excepcionais de outra maneira.

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O Château Cheval Blanc trabalha em estreita colaboração com o fabricante bordalês Adam há quase 15 anos. Este novo projeto entre as duas empresas para a criação das caixas de vinho envolve toda uma cadeia de valor em uma transição em nível local. Essa nova embalagem, finalizada após um ano de desenvolvimento, possui várias funções: proteger as garrafas durante o transporte e transmitir a imagem da propriedade. “A embalagem das caixas de vinho conta a história do que está dentro”, diz Pierre-Olivier Clouet.

Vida, vinhedo e embalagem

Em 15 anos, o Château Cheval Blanc revisitou completamente suas prioridades. Se, no passado, a estética e o luxo eram fundamentais, hoje o diretor acredita na matéria-prima e na autenticidade de sua visão. “Percebemos que, ao buscar a perfeição, estávamos involuntariamente exagerando no uso e manipulação dos materiais”. Junto com Jean-Charles Rinn, presidente da Adam, Clouet decidiu quebrar completamente os padrões e fazer a pergunta: “Como seria a caixa ideal de vinho  ecologicamente projetada?”. A questão do material e da origem local foi levantada, e ambos os parceiros buscaram o compromisso perfeito.

Arq.Pessoal

Pierre Olivier Clouet, o CEO a vinícola, diz que ambiental não pode ser punitivo

O problema foi rapidamente identificado, pois a maior parte do pinho utilizado para fazer as caixas de vinho em Bordeaux vinha da Espanha, apesar da região abrigar o maior maciço florestal cultivado da Europa. Para o interior das caixas, a tarefa foi mais desafiadora. Após várias considerações, o Château optou pela solução mais local: o próprio rebanho de ovelhas. As equipes da Adam descobriram a cadeia da lã de ovelha lacaune dos Pirineus, um recurso pouco explorado. “Queríamos mostrar que é positivo usar menos material e tolerar ideias diferenciadas”, afirma Clouet.

De fato, em 2024, apenas 4% da lã tosquiada na França vem sendo transformada no território nacional. No sudoeste, 1.200 toneladas são descartadas, queimadas ou enterradas anualmente. No entanto, esse material biodegradável, com fibras particularmente resistentes, oferece propriedades isolantes e amortecedoras ideais. Para conceber o suporte ideal para as garrafas, que fosse ao mesmo tempo natural, funcional e estético, Cheval Blanc e Adam trabalharam com a empresa Traille, que utiliza lã do País Basco e Béarn para criar novos materiais.

Sem Verniz Excessivo, Sem Desperdício de Madeira

A caixa Cheval Blanc é revivida com nós na madeira, sem eliminar a matéria bruta. “Queremos mudar a abordagem dos nossos clientes sobre a estética”, explica Clouet. A vinícola, que abandonou o arado de suas vinhas há 10 anos para preservá-las, tem a mesma visão para suas caixas de vinho. “Se a transição ambiental vier, ela deve ser contada com belas histórias, mostrando que esse caminho é virtuoso e não punitivo”, acrescenta o diretor. A nova caixa questiona o luxo do futuro, e para Clouet, é essencial unir luxo e ecologia.

Impacto Local e Internacional

Fundada em 1880, a Adam sempre buscou soluções simples respeitando os desafios territoriais. Com Cheval Blanc, o projeto faz sentido. Ao comprometer a estética, as duas empresas criam um ciclo virtuoso, valorizando os “defeitos” da matéria, como os nós na madeira. Esse compromisso permite à Adam aproveitar cinco vezes mais madeira e evitar o desperdício. “Queremos mudar o mundo, mas devemos começar mudando o nosso”, afirma Jean-Charles Rinn. Clouet enfatiza que o impacto é uma preocupação central no Château Cheval Blanc, e toda a produção está comprometida com práticas sustentáveis, incluindo agrofloresta e permacultura.

Este projeto reflete o desejo de mudança das duas empresas, em busca de um modelo que responda às questões climáticas urgentes. “O que está dentro das novas caixas do Cheval Blanc vai muito além da simples ideia de vender um belo produto”, diz Jean-Charles Rinn.

O Que é Produção da Château Cheval Blanc

O Château Cheval Blanc, uma das mais renomadas de Bordeaux, adotou várias práticas sustentáveis em suas operações. A vinícola plantou milhares de árvores frutíferas e florestais ao redor e dentro dos vinhedos. Essas árvores ajudam a melhorar a fertilidade do solo, aumentar a biodiversidade e oferecer sombra às videiras, especialmente durante ondas de calor. As raízes das árvores promovem o crescimento de fungos microscópicos, essenciais para a saúde do solo e para fornecer nutrientes às vinhas. Além disso, galhos e folhas caídas criam matéria orgânica que enriquece o solo de forma natural​.

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As ovelhas lacaune dos Pirineus, artesãs das novas caixas assinadas pelo Cheval Blanc

Também apostou na policultura e pastoreio. Para combater os efeitos negativos da monocultura, o Château Cheval Blanc reintroduziu práticas de policultura. A vinícola agora integra a criação de animais, como ovelhas, que pastam entre as videiras, fertilizando naturalmente o solo e ajudando a controlar o crescimento de ervas daninhas. Essa prática reforça o ecossistema ao redor dos vinhedos, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado​.

Outra medida foi  eliminação do arado. A vinícola também interrompeu o uso de arados, optando por manter a cobertura vegetal entre as fileiras de videiras. Isso ajuda a proteger o solo da erosão, conservar a umidade e promover a absorção de carbono, aumentando a fertilidade do solo​

A vinícola tem uma produção limitada, o que contribui para sua exclusividade. Em geral, são produzidas cerca de 100.000 garrafas por ano. A quantidade restrita mantém o status de raridade e luxo, garantindo que o Cheval Blanc continue a ser um dos vinhos mais cobiçados no mercado global. Isso, por causa de seu terroir exclusivo. Localizada em Saint-Émilion, a vinícola possui um terroir único, que combina solos de argila, cascalho e areia, criando condições ideais para variedades como Cabernet Franc e Merlot. Também faz uma boa mistura do tradicional e das inovações, combinando métodos clássicos de viticultura com práticas modernas, como a agrofloresta e a agricultura sustentável,  queelevam sua imagem de marca. Além disso, o Cheval Blanc é conhecido por sua capacidade de envelhecer por décadas, aumentando seu valor ao longo do tempo. Além disso, a produção limitada e a alta demanda colocam esses vinhos entre os mais caros do mundo​

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Festival de vinho e jazz agita São Paulo nos dias 25 e 26 de outubro

Nos dias 25 e 26 de outubro, o Pátio Higienópolis, em São Paulo, será palco do Festival de Vinho e Jazz. O evento, que conta com o patrocínio do Santander Select, promete uma experiência única, reunindo música ao vivo, uma seleção de vinhos e opções gastronômicas variadas. O festival terá início no dia 25, das 17h às 22h, e no dia 26, das 15h às 22h. Os ingressos estão disponíveis por R$ 50, incluindo uma taça de vinho. Para quem adquirir os bilhetes antecipadamente pelo SYMPLA, há um desconto de 15% para clientes do Santander Select e do Iguatemi One. A gastronomia do evento será assinada pelo Ristorantino, oferecendo um cardápio diversificado. As entradas começam a partir de R$ 30, enquanto os pratos principais variam de R$ 40 a R$ 55. As sobremesas também estão disponíveis por R$ 30, e os vinhos podem ser encontrados a partir de R$ 89 a garrafa.

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Na programação musical, o festival contará com apresentações de artistas. Na sexta-feira, o público poderá desfrutar das performances de Adriano Grineberg e Tritono Blues. Já no sábado, a atração ficará por conta de Leo Leon, Boi Blues com Marinete Marcato e André Youssef Trio. É importante ressaltar que o evento é destinado a maiores de 18 anos, e a presença de menores só será permitida se acompanhados por um responsável. Além disso, a entrada de animais de estimação não será autorizada. O Pátio Higienópolis está localizado na Avenida Higienópolis, número 618, com acesso pelo Piso Pacaembu.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Luisa dos Santos

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vinho – Jovem Pan
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Champagne e flores: a nova harmonização proposta pela tradicional Maison Krug

No mundo do vinho, o termo “floral” é usado para definir aromas percebidos em uma grande variedade de uva. Mas a Maison Krug, uma das mais importantes produtoras de champagne na França, foi mais fundo na associação. Neste ano, a marca propôs a chefs parceiros que criassem pratos únicos tendo a flor como elemento central. Além do uso do ingrediente, as receitas deveriam ser pensadas para harmonizar com o Grand Cuvée deste ano – a 172ª edição do principal rótulo da casa.

A iniciativa faz parte do projeto Single Ingredient, criado há nove anos justamente com a ideia de propor um diálogo entre a gastronomia e a elaboração dos blends da champagne, diferentes a cada ano. Desde sua criação, vários ingredientes já foram contemplados, como batatas e cebolas. Há dois anos, o ingrediente foi o arroz. E, no ano passado, o limão. Este é o terceiro ano em que as receitas de todas as embaixadas Krug, restaurantes espalhados pelo mundo que integram o projeto, são reunidas em um pequeno livro.

A realização do primeiro jantar do Single Ingredient também marca o lançamento da 172ª edição do Grand Cuvée, principal rótulo da Krug. Embora não seja safrado (ou seja, não tem indicação da safra), o blend é diferente a cada ano – e cada garrafa conta uma história ligeiramente distinta. Tanto que há um ID, um número de seis dígitos, impresso no rótulo que pode ser conferido no site e no aplicativo da Maison. A 172ª edição da Grand Cuvée é um blend de 44% Pinot Noir, 36% Chardonnay 20% de Meunier a partir de um blend de 146 vinhos de 11 anos diferentes, sendo o mais antigo datado de 1998 e o mais jovem, de 2016. Os vinhos da biblioteca da Krug compõe 42% do blend final. O resultado final oferece notas florais, além de aromas cítricos, de marzipã, brioche e mel, além de uma acidez bastante elevada. O rótulo ainda não está disponível no Brasil, mas deve chegar às lojas parceiras nas próxima semanas.

O Brasil tem a única embaixada Krug da América do Sul: o restaurante Kinoshita, em São Paulo. Com uma estrela no prestigioso Guia Michelin, a casa é referência em gastronomia japonesa. E desde sua abertura participa do tradicional projeto da Krug. Neste ano, o chef Marcelo Fukuya, no comando da cozinha, elaborou um prato com flores de alcachofra. A ideia é inusitada. A alcachofra é conhecida por ser difícil de harmonizar, principalmente porque pode apresentar notas metálicas quando entra em contato com o vinho.

Mas a harmonização funcionou. O prato criado para o Single Ingredient é uma alcachofra inteira, cortada ao meio e servida com um pesto de flores. Para garantir que ela ficasse macia e perdesse a adstringência, foi cozida longamente em um dashi (caldo) da casa, elaborado com kombu (algas marinhas). É uma surpresa também visual, muito diferente dos outros pratos da casa, mas que mostra a versatilidade da proposta. É acompanhada por um tempurá de abobrinha e pedacinhos de abobrinha grelhada. A acidez marcada da champagne casou com a fritura do tempurá e com a untuosidade das folhas de alcachofra banhadas no pesto.

A receita integra o omakase criado especificamente para a ocasião. Há pratos compartilhados com o omakase tradicional do Kinoshita, mas alguns dos passos são exclusivos para quem opta pela harmonização com Krug. Segundo Marcelo Fernandes, restaurateur responsável pelo Kinoshita (e por outras casas de São Paulo), há iguarias, ou “mimos”, que serão servidas com exclusividade e dependem do que há de mais exclusivo – em termos de escassez, e não necessariamente de preço – naquela semana. No jantar de inauguração, por exemplo, a iguaria servida foi um salmão selvagem do Alasca, de textura mais firme, servido com um molho cítrico elaborado com shoyu, saquê, manteiga e limão.

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Vinho – VEJA
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Um doce Dia das Bruxas: casas do Rio lançam sobremesas para a data

Café Cultura

Na contagem regressiva o Dia das Bruxas, o Café Cultura (Av. Nossa Sra. de Copacabana, 457, Copacabana) lança três itens personalizados. A começar pelo Frappé de amora com pistache (R$ 24,00), com leite, amora congelada, base para frappé, creme de pistache e chantilly. Na compra dele, o cliente ganha uma cartela de adesivos de halloween. Outro lançamento é a Tortinha de brigadeiro (R$ 19,00), com casquinha de massa de chocolate e recheio de brigadeiro cremoso. A decoração em cor verde tem olhos de miçangas roxas.

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Café Cultura: frappé de amora com pistache./Divulgação

+ Doces delícias: novidades chegam às vitrines das confeitarias

Meu Vício Desde o Início

Na Meu Vício Desde o Início (BarraShopping. Av. das Américas, 4666, Loja 142, WhatsApp: (21) 99528-9078), os doces estão garantidos para o Halloween. O Bolo Frankenstein (R$ 800,00, 40 fatias), de 2 andares, tem o primeiro andar retratando uma abóbora na cor laranja, e o segundo com a cabeça do Frankenstein em verde. A segunda opção é o Bolo Caldeirão (R$ 520,00, 20 fatias), feito na cor preta com desenhos em chamas remetendo a um caldeirão, com olho, pernas e chapéu de bruxa no topo do bolo. E o Bolo A Morte (R$ 240,00, 10 fatias) é apresentado na cor branca com olhos em todo o bolo e no topo o personagem “A Morte”. Vale destacar que o cliente pode encomendar seu bolo através dos números de WhatsApp da marca com três lojas na cidade, uma no BarraShopping, outra no Shopping Espaço Itanhangá (Loja fábrica) e no Shopping Millennium (Barra da Tijuca). Importante ressaltar que a encomenda deve ser feita com 5 dias de antecedência.

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Medovik

Nubra Fasari
Medovik: blueberry com carvão ativado no boloNubra Fasari/Divulgação

Todo mês, a boutique Medovik (Rua Visconde de Pirajá, 156, sobreloja 203, Ipanema, (21) 99579-9904), pioneira no segmento de bolos russos, apresenta um novo sabor exclusivo. Em outubro, para celebrar o Halloween, o destaque é o Medovik de blueberry com carvão ativado, numa versão gótica e intrigante. O topo do bolo recebe um creme preto feito à base de carvão ativado, que não interfere no sabor, mas reforça a estética gótica da criação. O Medovik de outubro vai naked, sem cobertura, para destacar seu visual do Halloween. Custa R$ 35,00 a fatia; ou inteiro a R$ 330,00 (16 cm).

Artesanos Bakery

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Artesanos: suspiros de fantasminha nas criações de tortas./Divulgação

A Artesanos Bakery (Rua São João Batista, 26, Botafogo) preparou produtos personalizados e limitados para a comemoração “tenebrosa”. A começar pela Torta Brownie com chocolate belga e fantasminha de suspiro (R$ 200,00, de 8 a 10 fatias). Outro produto que merece fazer parte da festa é o Copo de Halloween surpresa: bolo de baunilha com calda de leite condensado, ganache de chocolate e creepy chantilly (R$ 20,00). Detalhe para o chantilly colorido nas cores roxo e laranja, com confeitos por cima. As encomendas podem ser feitas pelo WhatsApp: (21) 96691-0169.

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Sorvete Brasil

Diana Cabral
Sorvete Brasil: abóbora com coco vai também no milk shakeDiana Cabral/Divulgação

O Sorvete Brasil (Rua Maria Quitéria, 74, Ipanema) preparou uma surpresa inédita para os clientes, o sorvete de Abóbora com mescla de coco. O lançamento faz parte da Linha Especial da marca e sai a partir de R$ 105,00 na caixa de 700 ml. O cliente também pode conferir o novo sabor na versão de uma bola (R$ 23,00), e até no formato de milkshake (R$ 39,00). O dia 31 de outubro, conhecido mundialmente como Dia das Bruxas ou Halloween, de origem americana

Éclair

Samanta Toledo
Éclair: farelo de bolo preto para criar um clima de bruxasSamanta Toledo/Divulgação

A Éclair Cafeteria e Bistrô (BarraShopping. Av. das Américas, 4666, loja 141-C, Nível Lagoa, tel.: (21) 3556-9808), através da chef Millena Sá, criou uma ação especial com produtos exclusivos. Na ala dos doces, o Éclair de chocolate branco tem cobertura de farelo de bolo black (R$ 22,00). Entre os drinques, o Roxo com gelo seco (R$ 22,00) é feito com gim, limão, xarope de morango, blue curaçao, água tônica e espuma de gengibre, e finalização com farofa negra.

Cardin

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Cardin: enfeites de Haloween nas tortas do mês./Divulgação

Pensando em proporcionar uma divertida experiência para a data, o Cardin (Rua Constante Ramos, 44, Copacabana, tel.: (21) 96703-5262) lança produtos exclusivos. A Torta Boo (R$ 190,00, inteira; R$ 19,00, a fatia) é feita em camadas de bolo fofinho de chocolate meio amargo, intercalada com generosas camadas de recheio de brigadeiro cremoso caseiro e cobertura de fantasminhas de suspiro. Outro lançamento feito especialmente para a data é o Brigadeiro Morcego (R$ 9,50), com 40 g e confeitado com bolinhas de chocolate crocante e asinhas de biscoito de chocolate.

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Dark Coffee

Doçuras e gostosuras. É isso que o público pode esperar do Halloween da DarkCoffee (Edifício Porto Brasilis. Rua São Bento, 29, loja A, Centro) para este ano. A cafeteria tem pedidas como a torta Skull salted caramel (R$ 176,00, inteira; R$ 22,00, a fatia). É preparada com massa sablée de cacau black, caramelo, ganache de chocolate meio amargo com corante preto, farelo de biscoito e finalizada com decoração de chocolate ao leite e flor de sal. Apresenta detalhe de caveira feita de chocolate branco de enfeite. Encomendasatravés do WhatsApp: (21) 2516-0370.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Carioquices além-mar: Produtos Made in Rio em busca do caminho das índias

Não sei o que acontece. Talvez seja a água deste lugar? O sol em excesso? Praias à disposição durante uma vida inteira? Sei lá. Sinceramente eu, filho adotivo desta cidade maravilha, não consigo explicar em palavras ou versos o que se passa com esta cidade maluca que consegue emplacar muitos sucessos, campeões de bilheteria, marcas e produtos premiados. Nenhuma cidade brasileira chega perto da criatividade do povo carioca, seja para o bem ou para o caos. Barão Vermelho e seus maestros Frejat e Cazuza são eternos. Cartola, feijoada, Zeca Pagodinho, berço de reis, condes e barões. Por aqui meu conterrâneo Getúlio Vargas se suicidou. Favelas, sobrados, o bairro da Lapa, Rio Scenarium. Tudo carioca. Feira do Lavradio, chope na calçada, Galeto Sat´s. São alguns exemplos de um life style, de um comportamento, de uma voz.  Mas, afinal, como definir o comportamento desta cidade e dos milhões que nela habitam? tenho uma teoria que compartilho nas minhas rodas mais íntimas: O Rio é a única cidade do mundo em que você pode adentrar uma agência bancária vestindo uma sunga ou um pequeno biquíni, molhado, empanado de areia e conversar com um atendente, sem nenhuma cerimônia. A atmosfera desta louca cidade é inexplicável e talvez nunca teremos como entender o porquê de as coisas que nascem aqui serem frutíferas aos olhos da região, admiradas pelo país e desejadas além-mar.

TRILOGIA CARIOCA

Há pouco mais de um mês, as queridinhas marcas dos cariocas da atualidade Arpo Gin, Oceà e a cachaça Quero Chuva uniram forças dentro de um projeto embrionário e cheio de expectativas, batizado pelo nome de ecquosistema. Trata-se de um trabalho em conjunto de divisão de equipe, troca de informações, sinergia e ampliação de portifólio. Encabeçado pela poderosa Super Vinhos distribuidora, este acelerador de marcas proporciona agilidade na distribuição de portifólio, redução de burocracia e rápida resposta ativa na rua. O resultado: em menos de um mês, as marcas deram um salto de 20% em percepção de marcas, ganharam distribuição e encontram novos clientes, antes distantes geograficamente.

São três marcas que já conquistaram o paladar carioca. Arpo Gin é o filho mais recente da cidade quando o assunto é gin, mas já ganhou alguns prêmios internacionais, carinho dos bartenders e amor dos consumidores. Memórias ensolaradas são despertadas ao ver a garrafa nas prateleiras de grandes redes da cidade. Arpo, junto com Amazzoni Gin, outro carioca famoso, são os gins artesanais brasileiros mais relevantes como força de marca e de consumo. Em menos de dois anos, já conquistou o estado, abriu frente em São Paulo e, brevemente, estará a caminho de Portugal. Amazzoni já se consolida com o primeiro gin brasileiro a ser comercializado no mercado europeu. Queria ter mais informações concretas deste desbravamento, mas não consegui a atenção dos responsáveis.

ALÉM DA BRANQUINHA

Quero Chuva, com seus rótulos descontraídos, conquistou seu lugar ao sol quente carioca, como marca leve, despojada e cheia de bossa. Não briga com ninguém, mas se posicionada como uma bebida aperitivo à base de aguardente, com produtos saborizados como base para coquetéis, ou para aquele shot geladíssimo. A marca surgiu há 10 anos, com o objetivo de trazer um público novo para consumir cachaça, uma bebida genuinamente brasileira com muita história e tradição.

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Há muitos anos a cachaça divide opiniões, talvez por primeiras experiências não tão boas de alguns ou, então, por um inconsciente coletivo de anos de estigmatização e, por que não dizer, marginalização. Costumo acreditar que muita gente gosta de cachaça, mas elas ainda não sabem disso. Por essa razão, a Quero Chuva quer espalhar, uma nova visão sobre a bebida, utilizando para isso uma variedade de sabores, aromas e, também, histórias. Afinal de contas, cachaça definitivamente não é tudo igual. A marca se comunica de forma bem diferente das cachaças tradicionais, desde as embalagens coloridas até em ativações em eventos.

Hoje o portfólio conta com sete rótulos: Quero Chuva Prata, uma cachaça bidestilada com 40% de teor alcoólico e que descansa 12 meses em tonéis de amendoim bravo, uma madeira brasileira que não dá sabor nem cor, mas deixa a bebida muito macia e versátil. Quero Chuva Sabores, aperitivos à base de cachaça, com 20% de ter alcoólico, já adoçados e perfeitos para serem tomados puros e gelados, em um copo com gelo ou como elemento de sabor de coquetéis. Banana, Canela, Mel, Coco, Limão e Açaí com Guaraná.

Os meninos que comandam o time têm lenha pra queimar, e estão cheios de ideias. Deles nasceu o atual licor do momento: CABRALAB. Um licor de café Made in Brazil, usando grãos especiais dos quatro estados do Sudeste.  Autêntico e delicioso. Sua icônica garrafa preta é um sucesso e já está firme e forte nos balcões de bares e prateleiras de muitos supermercados. Os cariocas agradecem. Ano passado, a marca iniciou sua expansão internacional, participando de eventos e feiras com o apoio de órgãos como Apex, AgroBR e CNA. A empresa esteve em menos de 2 anos no Canadá, China, EUA e Peru. As negociações para em 2025 já estão a pleno vapor para a introdução do produtos nestes países. Vida longa.

A terceira marca da trilogia que já começa a abrir fronteiras é a Oceà. Pioneira em produzir no Brasil os Vinhos de Verano, que trazem a refrescância da brisa do mar e a sofisticação do verão mediterrâneo. A bebida é produzida com vinho, limão siciliano e um toque de água com gás. Por ser leve e refrescante, com apenas 6% de teor alcoólico, vegana e sem glúten, é a opção que faltava para as pessoas que apreciam um bom vinho, mas sentem que o seu alto teor alcoólico as inibe de consumi-lo em mais ocasiões do dia.

O fundador, Guilherme Castro, teve a ideia após uma viagem à Barcelona, em 2012, cidade que inspirou o nome da marca e significa “oceano” em catalão, língua falada na região e que traduz o sonho do fundador em cruzar o oceano com essa nova bebida. O conceito segue a praticidade e despojamento de metrópoles que vibram o ano todo, como o Rio de Janeiro. Aliás, foi do terroir carioca de onde veio a ideia de lançar os rótulos dos Vinhos de Verano com vinhos branco e rosé. Entusiasmada pelo desejo de trazer a atmosfera do verão europeu para o Brasil, a Oceà se inspirou na similaridade entre o clima e o estilo de vida dos brasileiros e dos espanhóis, na tendência mundial do mercado de bebidas que apresenta um aumento na procura por bebidas premium, mais leves, refrescantes e de baixo teor alcoólico, para criar a trilogia – Tinto de Verano, Rosé de Verano e Blanco de Verano.

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REFRESCÂNCIA E SABOR

Inspirada na tradicional receita de Tinto de Verano, a Oceà é a marca pioneira em produzir essa bebida no Brasil. Percebendo que o brasileiro já consome vinhos brancos e rosés gelados, a Oceà inovou ao criar as variações do clássico Tinto de Verano, e lançou com exclusividade os rótulos patenteados Rosé de Verano e Blanco de Verano. São bebidas elaboradas com vinhos finos da Serra Gaúcha, suco de limão siciliano natural e um toque de água com gás. Ideal para serem consumidas geladas, acompanhadas de 2 meia-luas de limão siciliano e gelo.

BEER BRAZIL

O mundo cervejeiro também é muito bem representado pelo Rio de Janeiro. O boom da cerveja artesanal no Brasil provavelmente aconteceu por aqui há não mais do que 20 anos. De lá para cá, vimos marcas e selos se transformarem em campeões de bilheteria. Hocus Pokus, Praya, Motim, Three Monkey´s são cervejas que puxam a fila do imaginário carioca. Sucesso de vendas, contam com locais como o já afirmado Brewteco e suas unidades para difundir e vender os dezenas de rótulos e sabores.

Mas sobre o mundo cervejeiro, estou preparando um material completo, bem estudado para entendermos como essa máquina move a cidade, gera empregos e fatura muitos milhões. Em breve te conto tudo, pois comecei a pesquisar sobre o Rio beer e descobri que é uma comunidade à parte. Além disso, muito em breve teremos uma rua no Centro dedicada aos aficionados cervejeiros. Nos encontramos por ai, bebendo um tinto de verano ou uma pilsenzinha no balcão do Brewteco da Gávea.

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Cheers

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Comer & Beber – VEJA RIO