Tanques de fabricação à mostra, cervejas frescas saindo das torneiras, petiscos clássicos de estufa e a gafieira comendo solta no segundo andar de um sobrado histórico da (infelizmente, abandonada) Rua da Carioca. Parece um sonho, e ele está prestes a ser realizado por quem entende tudo de Rio, cerveja, petisco e lazer.
“A ideia é você chegar lá e sentir que aquele lugar sempre esteve ali“, diz Raphael Vidal, o criador do Bafo da Prainha e sócio no empreendimento que deve inaugurar a ocupação dos imóveis da Rua da Carioca, através do edital Rua da Cerveja, parte do projeto Reviver Centro, da prefeitura.
O maior empreendedor da região do Largo de São Francisca da Prainha terá como sócios no Centro o empresário Luís Rogério, da cervejaria Búzios, que tem bela fábrica na península da Região dos Lagos, e Edu Pontes, da cervejaria e bar Tio Ruy. O trio está à frente da ocupação dos imóveis 15 e 17 da Rua da Carioca, e a Cervejaria Cotovelo, nome que faz clara referência aos balcões da cidade, nascerá como um brewpub (fábrica com bar) das duas cervejarias fluminenses.
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O cardápio será inspirado na culinária tradicional dos botequins cariocas, com petiscos na estufa e pedidas como joelho de porco, jiló recheado e peito bovino com batatas. No andar de cima haverá samba e gafieira, na melhor tradição da região histórica onde está localizado o estabelecimento.
Na produção de cervejas da Cotovelo, entre os principais rótulos da Búzios e da Tio Ruy que estarão nas cerca de 15 torneiras da casa, um spoiler: a turma planeja para a abertura da casa, ainda sem data, um chope claro do estilo summer ale, leve e com aromas tropicais de lúpulos. Deve pintar também uma chopeira temática, remetendo à época de ouro do Centro. Os bons tempos parecem querer voltar.
No Marine, a equipe comandada pelo chef executivo Jérôme Dardillac prepara um brunch especial para o domingo de Páscoa, dia 31 de março, das 13h às 16h. O restaurante do hotel Fairmont Rio (Av. Atlântica, 4240, 6º andar) terá pratos como o bacalhau com vegetais na brasa, salicórnia, pó de azeitona preta e emulsão verde com arroz com brócolis; e o filé mignon de angus em crosta de cogumelos ao molho Perigord com espuma de musseline de baroa, alho-poró na brasa e aspargos. O bufê completo terá outras opções, além de estações de pescados, verrines, queijos e pães. Estão incluídas bebidas como refrigerantes, água e sucos. Na sobremesa, destaque para a fontaine de chocolate belga com mix de frutas. Haverá música ao vivo com o Ricardo Diniz Trio, que faz releituras incluindo jazz, bossa nova e pop. O valor é de R$ 420,00 mais 10%, e os convites individuais podem ser adquiridos pelo link no Sympla. Mais informações em (21) 2525 1232.
O hotel Emiliano Rio promete encantar com seu brunch de Páscoa, servido nos dias 29, 30 e 31 de março, das 12h às 16h. O chef Camilo Vanazzi preparou menu que inclui itens de couvert, café da manhã, entradas, pratos principais, sobremesas e uma seleção de bebidas não alcoólicas e alcoólicas, como vinho branco, tinto e espumante, disponíveis à vontade, além de clássicos do café da manhã como os ovos beneditinos, royal, croques madame e monsieur. No menu, destaque para a moqueca de frutos do mar com arroz de coco; o risoto negro de polvo à provençal; o dourado grelhado com quinoa, aspargos e molho de limão; e a brandada de bacalhau com azeitonas e batatas. Além da seleção de sobremesas da chef de pâtisserie Luísa Jungblut, está em destaque o Ovo Emiliano Rio, inspirado nos azulejos portugueses e feito m chocolate branco, com recheio de caramelo de vinho do Porto, ganache de creme de ovos, baunilha e textura crocante de massa folhada. O valor de cada unidade é de R$ 320,00 mais taxas e pode ser encomendado entre os dias 27 e 31 de março pelo tel.: (21) 96462-3621. O valor do brunch é de R$ 480,00 mais taxas. Informações e reservas: (21) 99255-9920 (WhatsApp).
No hotel e resort Grand Hyatt Rio, na Barra da Tijuca (Av. Lúcio Costa, 9600, tel.: 3797-9524), haverá um brunch especial para comemorar a Páscoa com bufê completo, recreação infantil e música ao vivo. O evento será no dia 31 de março, das 13h às 16h, aberto também a não hóspedes, mediante reserva antecipada no site do Hyatt. A recreação infantil comandada por monitores especializados inclui uma caça aos ovos de chocolate. O chef de banquetes Carlos Volker assina o menu que traz opções veganas, estações de saladas, entradas, peixes e frutos do mar, massas feitas na hora e mesa de sobremesas temáticas de Páscoa, com ovos de chocolate exclusivos pelas mãos da chef pâtissier Paula Peixoto. O bufê conta com a presença das famosas trufas Lindor da Lindt, marca suíça de chocolates premium. O preço, incluindo espumante, vinhos branco e tinto, cerveja e bebidas não alcoólicas é de R$ 385,00 por adulto. Adolescentes de 13 a 17 anos pagam R$ 289,00, crianças de 6 a 12 anos pagam R$ 193,00 e menores de 6 anos pagam R$ 10,00).
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No Naturalie Bistrô, um vegetariano pioneiro em receitas de requinte sem nenhum tipo de carne, a chef Nathalie Passos sugere também pratos veganos como os espetinhos de cogumelo paris ao molho agridoce, co
Naturalie: cogumelos no espeto em molho agridoce e quinoa orientalInternet/Reprodução
m quinoa oriental que leva vegetais como repolho roxo e cenoura, em tempero fresco asiático (R$ 57,90).
Definindo-se como “bar e restaurante de vegetais”, o Teva (Av. Henrique Dumont, 110-B, Ipanema) une ambiente charmoso a bons vinhos e um cardápio vegano de muitos sabores em cada prato, caso do tofu chermoula: tofu grelhado no char broiler, molho chermoula apimentado, risoto marroquino de quinoa, harissa, espinafre, abóbora assada com cominho e azeitonas (R$ 78,00).
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Teva: tofu grelhado em trama marroquinaInternet/Reprodução
Vencedora na categoria sustentabilidade do prêmio VEJA Rio Comer & Beber 2023/24, a chef Tati Lund muda a cada dia suas sugestões, praticando uma culinária orgânica e verdadeiramente sazonal no .Org (Av. Olegário Maciel, 175-G, Barra da Tijuca). Um dos pratos mais queridos que passeiam pelo menu é o bobó de baroa, pupunha e vegetais orgânicos, com farofa de banana, cúrcuma e castanhas, arroz integral com coco, e salada colorida (R$ 68,00).
Botica: o homus de cenoura é perfeito para iniciar os trabalhos no barGabriel Savary/Divulgação
Para acompanhar a nova carta de drinques que homenageia as “raízes e espitirualidades brasileiras”, com muitas ervas e vegetais, o Botica (Rua Fernandes Guimarães, 30, Botafogo) tem petiscos veganos em sua vitrine fria como o delicioso homus de cenouras tostadas com amêndoas (R$ 21,00, 100 gramas).
La Carioca: coco é sabor vegano nas unidades da cevicheriaPedro Garrido/Divulgação
A leveza do ceviche pode encantar também com frutas no lugar do peixe, e a La Carioca (loja do Jardim Botânico na Rua Maria Angélica, 113-A) acertou em cheio ao escolher o coco para tema de uma de suas versões veganas para o clássico peruano, feito na marinada clássica da casa (R$ 32,00).
A manhã de sábado começa tranquila na Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo, com pães artesanais frescos já chamando atenção na vitrine da premiada João Padeiro & Co. Por volta de meio-dia, outros restaurantes e bares locais começam a despertar a clientela, como o Ceviche RJ, com delícias peruanas; o Lemô, com pratos especiais de almoço e cerveja gelada; o tradicional Bar Kalango, com culinária brasileira; e a Hoba, com seus cremosos sorvetes veganos garantindo a sobremesa. Mas é no período da noite que o “fervo” começa a se formar na rua, que acaba de ser eleita uma das mais “cool” (legais) do mundo pela revista Time Out. A região ocupa o oitavo lugar no ranking produzido por especialistas locais, ao lado endereços como a High Street de Melbourne, na Austrália, a Hollywood Road, em Hong Kong, e a East Eleventh, em Austin, que ocupam as três primeiras posições do pódio.
Situada no “lado B” de Botafogo, a rua virou um dos melhores points da cidade nos últimos anos, com a chegada de novos estabelecimentos à região. Por lá, há opções para todos os tipos de “descolados”: enquanto a turma mais despojada pode preferir o Calma, com suas luzes violeta e rosa, cadeiras dobráveis e drinques diferentes; os mais elegantes podem brindar no Belisco, já eleito o “melhor bar de vinhos” por VEJA RIO Comer & Beber. Em breve, também aportará por lá a Officina Local, a nova casa da pizzaria Locale.
Veja dicas a seguir de lugares para conhecer na região:
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Tomar drinques cheios de brasilidade no Xepa. Vá cedo para garantir um lugar entre as despojadas cadeiras de praia na calçada, em frente ao bar com temática de feira, onde é possível provar petiscos e drinques autorais com nome criativo. Entre eles, o “Eu vou tomar um tacacá” (R$ 30,00), em homenagem à cantora Joelma, com jambuzada de abacaxi, espumante, purê de pêssego e suco de limão. Uma opção não-alcoólica é o famoso matezinho (R$ 15,00), um mate da casa com infusão de casca de abacaxi, limão, xarope de maracujá e espuma de gengibre. Rua Arnaldo Quintela, 87, Botafogo, 99869-4769 (150 lugares). 12h/2h (ter. e qua. 17h/1h; qui. 17h/2h; dom. 12h/0h; fecha seg.).
Xepa: drinque de um litro na jarra de abacaxi e promoção na happy hourPaulo Pellon/Divulgação
Compartilhar petiscos no Lemô. O destaque do bar vai para os molhos artesanais da casa, como os pestos de tomate seco com manjericão, azeitona preta e o clássico de manjericão, que também contam com versões veganas. Para experimentá-los, peça o couvert (R$ 80,00), que inclui pão de fermentação natural, burrata, mix de tomates confitados, antepasto de cogumelos shitake e shimeji e três opções de molho pesto. Pastéis, bolinhos e pizzas são outras opções do menu noturno. (Rua Arnaldo Quintela 57. 17h/1h (sex, até 2h; sáb. 12h/2h; dom. 12h/0h; fecha seg.).
Lemô: ambiente descontraído em Botafogo./Instagram
Dançar na pista do Culto. Irreverente, com sua iluminação de led vermelho e uma placa logo na porta avisando para quem é “racista, homofóbico, sexista ou um idiota” cair fora, o bar traz uma programação atrativa para os fãs de rock. A festa Balançando o Culto agita o espaço com diferentes DJs a cada fim de semana. No cardápio, cervejas e drinques acompanham bem hambúrgueres, fritas, pizzas e cachorro-quente – que podem ser veganos ou não. Rua Arnaldo Quintela, 89 A, Botafogo, 3215-0089 (50 lugares). 19h/0h (sex. e sáb. 18h/1h; fecha dom. e seg.).
Culto: irreverência e rock ‘n’ roll./Divulgação
Curtir a matinê do Quartinho. Quinta é bailar no Quartinho, dia em que os móveis da casa saem de cena e dão lugar a uma agitada pista com DJ e muita música brasileira de qualidade. Na carta de bebidas, um dos drinques que chama atenção é o miss dinamite, meu amor, que leva gim larios rosé, morango, aperol, lillet, vermute branco infusionado com casca de cítricos, espumante e açúcar explosivo. Rua Arnaldo Quintela, 124, Botafogo, 2179-6447 (82 lugares). 18h/1h (sex. e sáb. até 2h; fecha seg.).
Quartinho: bar se transforma em pista de dança nas quintas-feirasRita Fernandes/Arquivo pessoal
Pedir a melhor pizza da cidade. Comandada pelo chef Sei Shiroma, a pizzaria Ferro e Farinha ostenta quatro títulos de “melhor pizza” pelo prêmio VEJA RIO Comer & Beber. Vale a pena garantir uma mesa no terraço para provar um dos sabores que recheiam as massas de fermentação natural, que vão para o forno à lenha, como lamborghini , que mescla paleta de cordeiro assada com tâmaras, mussarelas fior di latte e defumada, molho de iogurte e shiso (R$ 67,00). Rua Arnaldo Quintela, 23, Botafogo, 99349-4285 (75 lugares). 18h/0h (sex. e sáb. até 1h).
Ferro e Farinha: pizzas e drinques de qualidadeTomás Rangel/Veja Rio
Explorar os arredores. As ruas próximas à badalada Arnaldo Quintela também guardam saborosas surpresas para os exploradores. O passeio pode se estender para a Rua Fernandes Guimarães, onde há estabelecimentos que merecem a visita como o Macuna Bar, com noite de jazz às quintas, DJs e rooftop; o Sult, com pratos de inspiração italiana e ingredientes brasileiros; e o premiado Botica, onde cervejas, drinques e batidinhas se equilibram bem com os atrativos acepipes no balcão. Bem perto, na Rua São Manoel 43, o Porco Amigo Bar também costuma lotar com grupos que querem tomar uma cervejinha acompanhada de petiscos à base de carne suína. E as novidades não param de chegar na região: na Rua Álvaro Ramos, próximo à Liga dos Botecos e ao Canastra Rose, acaba de aportar o Calica, com “bebericos únicos” do bartender Andy Tavares. Em maio, quem também chega de mudança pelas imediações é o premiado Frederico Vian, do bar Vian, em Ipanema.
Botica: acepipes da vitrine e bolinhos diversos são pedidas certeirasTomás Rangel/Divulgação
Pedir a saideira no Treme Treme. Com caipirinhas com preço em conta e cerveja gelada, o boteco é um dos mais concorridos da região. Até altas horas, o ponto reúne diversos jovens na calçada, sendo ideal para quem quer pedir a “saideira”. Rua Arnaldo Quintela 31. 17h à 1h (qua. 17h/2h; qui. a sáb. 17h/4h).
A região espanhola que compreende D.O. Rueda tem longa história na produção de vinhos de qualidade. No século XV esta zona territorial pulsava como o centro de mercado de lã das ovelhas da raça Merina, e com este apelo, muitos comerciantes da Europa visitavam à negócios a área e também conheciam os seus vinhos com qualidade diferenciada, estimulando assim o seu comércio também. Os vinhos desta época remetiam em semelhança ao vinho generoso Jerez, com o perfil oxidativo e com alto teor alcoólico, que se conservavam ao longo do tempo, nas longas viagens que eles realizavam.
A Denominação de Origem Rueda
A Denominação de Origem Rueda compreende 72 municípios da Província de Valladolid, 17 municípios de Segovia e 2 municípios de Ávila, está localizada entre a D.O. Toro e a D.O. Ribeira del Duero. O rio Duero e seus afluentes percorrem o norte da região. A sua regulamentação ocorreu em 1980, sendo a primeira de Castilla y León onde está cravada.
Após o declínio da região devido a grande praga da Filoxera, a alavanca de retomada do setor vitivinícola no território só veio ocorrer em 1970, quando a famosa Bodega Marquês de Riscal transferiu toda a produção de seus vinhos brancos para esta área espanhola, dando um salto no patamar ao setor. Outros produtores inclusive internacionais também começaram a investir, observando as peculiaridades do terroir regional, que apresenta condições favoráveis para a produção de vinhos com qualidade e com preços competitivos.
Terroir de Rueda
O terroir de Rueda apresenta detalhes importantes que o torna único, com boa amplitude térmica que ajuda a preservar a acidez e elevadas horas de sol ao ano, que favorece o equilíbrio entre açúcares e ácidos. Com um clima continental, com invernos longos e frios, primaveras curtas podendo sofrer com geadas e verões calorosos e secos mas com noites frescas, a região localiza-se em 700 a 800 metros de altitude do nível do mar.
O nível pluviométrico é baixo com escassas chuvas, o que faz com que a videira trabalhe mais o seu sistema radicular em busca da hidratação. Os solos são calcários, argilosos, pedregosos e com boa drenagem, pobres em matéria orgânica, mas ricos em cálcio e magnésio.
Cepas permitidas na D.O. Rueda
Verdejo
Casta autóctone e rainha da D.O. Rueda, adaptada aos climas duros e aos solos da região. Ela configura e comanda o perfil dos vinhos de Rueda. Pode produzir vinhos de estilos variados, podendo ser de estilo para consumo jovem ou ser trabalhada para vinhos mais envelhecidos e com complexidade, também produz o vinho Rueda Dorado, que é o vinho com o perfil oxidativo da Denominação.
Quando pensamos no terroir de Rueda, logo se vem em mente os seus vinhos brancos. A casta Verdejo domina o encepamento da região e com ela são produzidos vinhos magníficos. O Conselho Regulador da Região de Rueda autoriza entre as brancas a Verdejo, a Viura, a Sauvignon Blanc e a Palomino Fino, sendo esta última só admitida o uso na produção dos vinhos certificados, com as matérias-primas das vinhas que já estão plantadas. A partir de 2008 ficou admitido a produção de vinhos tintos com as castas Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Merlot e Graciano, mas são raros e não tem números significativos na região.
Vinhos de D.O. Rueda
Os vinhos brancos ao qual a região é tão conhecida estão divididos em estilos: Rueda verdejo, Rueda, Rueda Sauvignon, Rueda espumoso e Rueda Dorado(Pálido).
Os vinhos de Rueda possuem características aromáticas expressivas e potentes, com intensidade de fruta e flores, em geral são frescos e suaves, mas também podem apresentam-se com mais corpo, estrutura e complexidade aromática e em sabor, dependendo do método de vinificação, possuem um detalhe interessante no final de boca que é um amargor.
Harmonização com Vinhos de Rueda
Em regra geral quando se pensa em harmonização com vinhos brancos, geralmente não se coloca a primeira vista a possibilidade de pairing com carne vermelha, sobretudo quando o enófilo está iniciando neste fantástico mundo de perceber as nuances entre a comida e o vinho.
Mas o que é certo é que não existe regra engessada que não possa ser quebrada, e isso vai depender dos ingredientes e do perfil do vinho escolhido. Neste caso dois vinhos Ruedas com a mesma casta Verdejo foram submetidos a esta sugestão com um entrecorte grelhado na brasa acompanhado de batatas e pimentão assado. Um dos néctares foi produzido sur lies e o outro foi fermentado em barrica. Ambos apresentando corpo, estrutura, complexidade e 13,5% de álcool, marcados com sutis diferenças em nariz e em boca. Uma boa sugestão de casamento, que veio compor-se na hora certa, pois a viagem foi longa e precisava ser reabastecida e acarinhada com essas delícias de Rueda.
Enoturismo
A região possui grande oferta de possibilidades para o enoturismo, disponibiliza visita a inúmeras Bodegas com perfis e dimensões diferentes. Vale a pena consultar os sites de cada uma, para conhecer os dias e horários de funcionamentos, e assim degustar grande quantidade de vinhos de Rueda com visões diferentes de cada empresa e do enólogo que comanda a sua produção.
Finalizo com a grata satisfação de ter conhecido mais este terroir espanhol e ter sentido a verdadeira essência e a dimensão desta região tão famosa pelos seus vinhos brancos com a casta Verdejo. Desejo boas provas a todos e saúde !
“Não quero fazer o melhor vinho do Brasil, quero fazer o melhor brasileiro que não siga o padrão dos franceses, portugueses ou italianos, como boa parte do que se faz por aqui.” É assim que o enólogo Gaspar Desurmont, um francês do Vale do Loire, descreve o objetivo do trabalho que faz em sua vinícola, a Vinhetica (vinho com ética), que produz varietais (feitos com
uma única variedade de uva) em três terroirs do sul do país.
Depois de passar um tempo na Índia, onde pretendia vinificar, ele desembarcou no Brasil, especificamente em Petrolina, em Pernambuco, para conhecer a cultura de uvas em clima tropical. Ali, encantou-se com o potencial do país. Com apoio da Embrapa, fez visitas a diferentes estados até instalar-se em Santana do Livramento, na divisa do Brasil com o Uruguai. Ele começou a empreitada comprando uvas de pequenos produtores, enquanto procurava sua chácara. Hoje, em seus 82 hectares, planta 14 variedades de uvas, entre elas espécies da Assyrtiko (Grécia), Saperavi (Georgia), Nebbiolo (Italia), além das internacionais Pinot Noir, Syrah e Petit Verdot.
A primeira safra ficou pronta em 2014 e, desde então, começou um surpreendente trabalho com madeiras brasileiras, que são bastante usadas pelas cachaçarias nacionais, mas ignoradas pelo mundo vínico. “O carvalho francês não é o limite da madeira do mundo”, afirma Desurmont, que faz experiências com 12 tipos de madeiras brasileiras. Todas certificadas, importante
registrar. “Se fosse para fazer vinho com levedura francesa, uva francesa e carvalho francês, eu ficaria na França”, justifica.
TERROIR NACIONAL
Seus produtos usam leveduras indígenas (microorganismos presentes naturalmente nas uvas, vinhedos e adegas), madeira brasileira e mínima intervenção, o que significa não utilização de produtos enológicos, que podem corrigir problemas ou acentuar estilos de vinificação. “Um bom vinho tinto é 70% qualidade da uva. Quero o melhor que a fruta pode me dar de maneira mais honesta e sustentável”, conta. A madeira, segundo Desurmont, é uma grande aliada: serve para “levantar” o vinho e, em alguns casos, ressaltar as melhores características das uvas. O viticultor e enólogo afirma que, enquanto Chile e Argentinas têm solos desérticos, o Brasil tem tudo o que define terroir (sol, solo, água, clima) em diferentes localidades do território nacional. Portanto, a escolha da madeira foi fundamental para criação de um vinho com caráter único, brasileiro.
A produção em Santana do Livramentedivulgação/VEJA
As experiências de Gaspar ainda causam muita curiosidade, a exemplo do que ocorreu em 2016, quando ele fez a primeira encomenda de tonel de 225 litros de Grápia, bastante usada na marcenaria da região. Na ocasião, os proprietários da Tanoaria Mesacaza, de Monte Belo do Sul (RS), ficaram espantados: há 20 anos ninguém usava esse material para vinificar. Os imigrantes italianos da região eram quem costumavam fazer esse tipo de encomenda, mas essa tradição havia se perdido até a chegada do francês.
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A partir dali os testes não se findaram e continuam. O Jequitibá Rosa mostrou-se primoroso para vinificação. “No Sauvignon Blanc, por exemplo, ele traz um peso final de boca e um leve amargor que aumenta acidez”, conta. Já a Castanha do Pará traz uma nota de mel bastante forte para os brancos. Enquanto isso, a Putumuju Arariba evidencia ainda mais as notas de frutas vermelhas de alguns tintos e o Eucalipto é ideal para amansar os taninos da Tannat. O trabalho demanda paciência. A Cabreúva, por exemplo, só fica melhor depois do terceiro uso do barril.
O respeito às árvores, às uvas, ao solo e aos pequenos viticultores ao redor certamente dão o tom de seu trabalho. E o resultado é belíssimo. Entre os que essa colunista degustou, o Pinot Noir é vibrante e seco com persistência espantosa, o que nos dá impressão de mais corpo. E o Sauvignon Blanc, que estagia em Jequitibá Rosa e Grápia, tem uma cor muito delicada,
extremamente leve com toques de abacaxi, funcho e um leve amanteigado. As medalhas e pontuações também já coroam algumas safras. Além disso, seu trabalho passou a ganhar repercussão nas televisões francesas e a receber selos de qualidade ambientais. Gaspar é o terceiro produtor de uvas no Brasil a conseguir a almejado (e difícil) certificação de orgânico para as variedades Syrah, Tannat e Petit Verdot.
Inquieto, criou um segundo projeto, o Terroir da Vigia. Nesse caso, além de vinhos naturais, como o Fortão da Vigia (um corte de Tannat, Petir Verdot, Baga, Cabernet Franc e Sapevari de fermentação espontânea e estágio em madeiras brasileiras como Jequitibá Rosa, Cedrinho e Castanha de Portugal), produz queijo de ovelha e referencia produtos do Cerro da Vigia, na região de Santana do Livramento.
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Parece pouco? Gaspar adianta o próximo passo: levar as madeiras brasileiras para produção de vinhos no sul da França, em Languedoc. Para que seus vinhos ganhem seus ganhem o mundo Gaspar tem um sócio o também francês, Jean Pierre Bernard, especialista em comércio exterior. Entre seus planos, está a abertura de uma loja em Paris só de vinhos brasileiros. Não há dúvidas que os europeus já entenderam o potencial do produto nacional. Falta agora acabarmos de vez com o preconceito que ainda afasta a boa parte dos brasileiros das taças made in Brazil.
Confeiteiros e coelhinhos da Páscoa, que trazem para alegrar os corações? A data mais doce do ano se aproxima e nos cabe novamente a tarefa açucarada de eleger os dez ovos mais gostosos de uma lista de 20 recebidos.
Para a seleção de 2024, escolhemos como tema os ovos que têm as cascas recheadas, de acordo com a criatividade de seus inventores, abraçando das grandes marcas do mercado às pequenas e artesanais.
O júri formado para eleger os dez mais contou com Pedro Landim, repórter de gastronomia da VEJA RIO; o fotógrafo de gastronomia Tomás Rangel; o cozinheiro e criador de conteúdo Vini Cordeiro (@vinicordeiro); a jornalista Duda Vetere, editora-assistente do You Must Go! (@youmustgoblog), representando Renata Araújo, colunista da VEJA RIO; e Adriana Wiltgen, da deliciosa Le Wilt, que faz os melhores choux do Rio (cabe lembrar aqui, foi também a criadora, ao lado da mãe, Solange, em outros tempos, da chocolateria Cacau Noir).
A todos os profissionais que arregaçam as mangas diante do chocolate para criar tais objetos de alegria em formato oval, devemos nossos aplausos. A lista está publicada na ordem alfabética, sem ranqueamento entre os eleitos. Vamos degustar?
Degustação: o júri reunido antes da doce eleiçãoVeja Rio/Arquivo pessoal
Ana Foster – Ovo com crocante de baru e geleia de cupuaçu (R$ 210,00, 600 gramas)
A confeiteira Ana Foster é especializada em doçuras à base de chocolate e gosta de acrescentar frutas tropicais e brasileiras às receitas, produzindo contrastes interessantes. O ovo gerou comentários elogiosos à mesa, fugindo do óbvio com categoria na fabricação. O recheio de cupuaçu em ganache e geleia é bem feito e inserido na medida certa, conferindo acidez a um chocolate belga 70% cacau. É recheado de bombons no mesmo estilo. Encomendas pelo WhatsApp: (21) 9647-96332, e site www.anafosterchocolates.com.
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Ana Foster: a geleia de cupuaçu recheia também os bombons./Divulgação
Chocolat du Jour – Ovo Caramelo (R$ 445,00, 500 gramas)
Há um ano com loja aberta no 1º piso do Shopping Leblon, a marca paulista premiada tem fazenda própria de cacau no sul da Bahia e produtos de notável qualidade como esse ovo que é perfeito exemplo de elegância em casca recheada. De fina espessura e recheio uniforme e delicado, ganhou os jurados também na qualidade do chocolate e do caramelo com flor de sal, recheados com ovinhos no mesmo sabor. Disponível no site www.chocolatdujour.com.br e na loja do Leblon.
Du Jour: elegância e caramelo de qualidade em fina camada./Divulgação
Creamy Patisserie – Ovo ganache de pistache (R$ 205,00, 300 gramas)
A casca pintada à mão em tons de verde dá uma dica do que virá por dentro. A criação do chef Itamar Araújo, da Creamy, traz em duas bandas um ovo de chocolate belga ao leite com uma ganache de pistache que é seu ponto forte. O recheio, que leva um toque de flor de sal inglesa de Maldon e também pistaches caramelizados, tem textura agradável e toque salgadinho que faz belo par com o tipo de chocolate escolhido. As encomendas podem ser feitas pelo WhatsApp: (21) 97504-0783, ou Instagram @creamypatisserie.
Creamy: ganache de pistache com agradável toque salgadoTomás Rangel/Divulgação
Envídia – Ovo ao leite com recheio trufado (R$ 130,00, 250 gramas)
Loja tradicional no Leblon, com chocolates de feitura artesanal, Envídia apostou no clássico e foi feliz. Um estilo sem firulas, de chocolate ao leite com recheio trufado que certamente agradará a gregos e troianos, sem ser excessivamente doce. Segundo os jurados, é uma ótima ideia para se presentear na Páscoa. Disponível na loja ou pelo telefone: (21) 2512-1313.
Envídia: trufado cremoso em boa aposta no clássico./Divulgação
Fabiana D’Angelo – Ovo trufado com brigadeiro e lascas de pistache (R$ 195,00, 505 gramas)
Premiada por seus desejados brigadeiros, Fabiana apresenta catálogo extenso de Páscoa, e comparece com um ovo que é a realização dos sonhos dos amantes do pistache, esse verdinho que vive seu apogeu nas confeitarias da cidade. Além do recheio cremoso, o próprio pistache tostado, em lascas, está por toda parte no interior, chegando a cobrir toda a superfície do chocolate. Encomendas pelo WhatsApp: (21) 98906-4570, ou em lojas da rede como a localizada no 3º piso do Shopping Leblon.
Fabiana D’Angelo: o próprio pistache em grande quantidade por dentro./Divulgação
Frédéric Epicerie – Ovo vegano com caramelo de manga (R$ 120,00, 230 gramas)
Quando o nome do chef belga Frédéric de Maeyer aparece ao lado de um chocolate o resultado costuma arrancar suspiros, e ele mais uma vez fugiu da curva na Páscoa. O ovo de visual belíssimo traz a casca em chocolate belga 70%, creme de leite vegetal e crocante de coco caramelizado. Apesar de os jurados não terem identificado a manga como fruta no caramelo, ao degustar sem conhecer a descrição, o conjunto foi considerado de alta classe. À venda na loja da Rua Gustavo Sampaio, 802, no Leme, e através do WhatsApp: (21) 98011-9009.
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Frédéric: versão vegana com caramelo de manga na casca./Divulgação
Laila Caminha – Ovo de marzipan, amêndoas e laranja cristalizada (R$ 265,00, 450 gramas)
A confeiteira Laila Caminha se destaca pelo cuidado e a qualidade de seus produtos de pequena produção artesanal, do conteúdo às embalagens. O ovo de 2024 reúne diversos elementos deliciosos que conversam entre si, num conjunto de requinte onde dá sempre vontade de comer mais um pedaço. O chocolate é intenso e o marzipan é agradável surpresa no recheio. Como disse Vini Cordeiro, “acontece muita coisa na boca ao mesmo tempo”. Encomendas pelo telefone/WhatsApp: (21) 99006-2889
Laila: várias sensações na boca a cada mordida./Divulgação
Lindt – Ovo creme de avelã crocante (R$ 159,90, 360 gramas)
O ovo da adorada marca suíça é feito no Brasil com ingredientes importados, e quando o chocolate ao leite começa a derreter na boca são inevitáveis as lembranças afetivas, de tempos em que as delícias não estavam disponíveis no Brasil e provocavam comoção nas minibarras vendidas no “free shop” do aeroporto. Uma deliciosa assinatura de sabor que aqui ganha creme de avelã aprovado pelo júri e pedacinhos da oleaginosa que trazem crocância gostosa. À venda nas lojas físicas ou no site: https://shop.lindt.com.br.
Que Doce – Ovo caramelo com baunilha (R$ 170,00, 440 gramas)
Entre as gostosuras assinadas pela confeiteira Flavia Olmo na loja que ocupa um privilegiado casarão no bairro da Urca, a linha de cascas recheadas traz esse exemplar com creme de baunilha e pedaços de caramelo. Os degustadores perceberam sabores que guardam afinidades com o crème brûlée, como se fosse uma sobremesa, com o chocolate branco caramelizado, e aprovaram a criação. Encomendas pelo telefone (21) 98754-4648, ou no site www.quedoce.com.
Que Doce: chocolate e recheio caramelado na confeitaria da UrcaAna Rabelo/Divulgação
Sweet November – Ovo Oreo com Nutella (R$ 149,00, 500 gramas)
Já imaginaram unir o Oreo e a Nutella num ovo de Páscoa? As crianças certamente já pensaram em algo do gênero, e este ovo de apelo infantil cumpre com êxito o que promete. Um biscoitinho em farelo está presente para dar graça à mordida, há opções dos chocolates branco e preto na mesma peça, e o recheio cremoso que não poderia faltar ao conjunto.
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Sweet November: Oreo e Nutella juntinhos no mesmo ovo./Divulgação
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É tempo de pescados, frutos do mar e chocolate, cozinhar coisas gostosas para reunir familiares e amigos em torno da mesa pascal. Os chefs Elia Schramm, da Babbo Osteria; Alexandre Henriques, da Gruta do Fado; e Paula Prandini, do Empório Jardim, ensinam pratos de preparo simples para incrementar os festejos.
Bacalhau com natas do chef Alexandre Henriques
(4 porções)
Ingredientes
– 1 cebola grande em tirinhas
– 3 dentes de alho picadinhos
– 3 col. sopa de azeite
– 400 g de bacalhau dessalgado e desfiado
– 200 g de batata palha
– 200 g de batata palito congelada
– 2 col. sopa de manteiga
– 2 col. sopa de farinha de trigo
– 1 1/4 xícara de leite
– 1 pitada de pimenta-do-reino
– 1 pitada de noz-moscada
– 1 col. sopa de cheiro-verde picadinho
– 1 caixa de creme de leite
– Sal a gosto
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Preparo
1 – Refogue a cebola e o alho no azeite até ganharem a cor pérola. Junte o bacalhau e cozinha por 5 minutos. Acrescente a batata palha e a batata palito e reserve
2 – Em outra panela, derreta a manteiga, junte a farinha e misture bem
3 – Adicione o leite, a pimenta, a noz-moscada e o cheiro-verde, misturando bem. Acerte o sal
4 – Acrescente o molho ao bacalhau e disponha a mistura em um refratário. Cubra com o creme de leite e leve ao forno para gratinar
Natas: bacalhau é receita da família HenriquesVitor Faria/Divulgação
Tagliolini nero com frutos do mar do chef Elia Schramm
(2 porções)
Ingredientes
– 200 g de tagliolini nero ou massa da preferência
– 4 dentes de alho
– Manjericão a gosto
– 4 camarões
– 4 vieiras
– 4 mexilhões
– 2 tentáculos de polvo cozidos
– Azeite extra virgem o quanto baste
– Bottarga ralada
– 1/4 xícara de vinho branco
– Salsinha a gosto
– Sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo
1 – Grelhar os frutos do mar no azeite, temperados com sal e pimenta-do-reino
2 – Refogar no azeite o alho até ficar transparente, adiconando os mexilhões e o vinho branco, até evaporar
3 – Acrescentar ao refogado os fruto do mar
4 – Misturar com a massa cozida e finalizar na mesa com o azeite verde, a bottarga ralada e salsa fresca
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Para o azeite verde, mergulhar ervas como salsa, manjericão e cebolinha por 30 segundos em água fervendo com bastante sal, retirar e mergulhar na hora em água com gelo. Bater as ervas com azeite gelado no liquidificador e coar).
Mousse diet de chocolate e macadâmia da chef Paula Prandini
(6 a 8 porções)
Ingredientes
– 380 g de claras em neve
– 75 g de frutose (ou 10 g de sucralose)
– 120 g de gemas
– 450 g de chocolate diet
– 240 g de manteiga
– Macadâmias o quanto baste
Preparo
1 – Derreter o chocolate com a manteiga. Misturar as gemas no chocolate derretido
2 – Bater as claras em neve e adicionar a frutose às claras batidas
3 – Porcionar em potes descartáveis e manter refrigerado
4 – Assar as macadâmias no forno até tostar e colocar 5 g em cima de cada mousse
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Sol, praia e cerveja bem gelada. Ah, os cariocas sabem o que é bom nessa vida. Mas para a curtição ser completa, a cerveja tem que ser a melhor, tem que ser Heineken®.
Não à toa, ela foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, como a marca de cerveja mais amada do Rio de Janeiro.
“Ficamos muito felizes com esse reconhecimento por parte dos cariocas. A proximidade da marca Heineken® com o público do Rio de Janeiro vem sendo consolidada por meio de ações consistentes, como a parceria de longa data com o Rock in Rio, por exemplo, onde proporcionamos ao público a melhor experiência de consumo através da megaoperação de chope na Cidade do Rock. Parceria esta que permanece em 2024, para a edição história de 40 anos do festival, e garantimos trazer experiências ainda mais inovadoras para a cidade”, diz Beatrice Jordão, diretora de comunicação e branding da Heineken® no Brasil.
A relação da marca com a cidade maravilhosa é intensa e vem rendendo bons frutos. Só em 2023 a cervejaria holandesa realizou mais de 13 eventos no Rio de Janeiro, como os festivais MITA, Queremos! e Meca (Urca), que reuniram mais de 125 000 pessoas.
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“A marca Heineken®, além da conhecida qualidade da receita e dos ingredientes, sempre mantém o foco em se conectar ao público e em seu poder de inovar. Essa combinação faz com que nós consigamos oferecer algo relevante e único aos consumidores cariocas e de todo o Brasil”, conta Beatrice.
O sabor de Heineken®, só a Heineken® tem
Entre os fatores que explicam tamanha personalidade estão a tradição, a simplicidade e a dedicação à produção. São 150 anos de legado, no qual sabor e qualidade são atributos inegociáveis.
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O rigor começa na escolha dos ingredientes. Para se ter uma ideia, em todos os lugares do mundo, a Heineken® utiliza os mesmos componentes 100% naturais: puro malte (livre de milho, arroz ou qualquer aditivo), lúpulo e água.
Quando a mistura atinge a temperatura certa, a singular levedura A é adicionada e tem início o processo natural de fermentação, no qual o açúcar é convertido em álcool e CO2. Aqui entra outro importante diferencial exclusivo da marca: o tanque horizontal, onde a levedura relaxa e se propaga livre de pressão e de maneira mais positiva. O resultado é o sabor equilibrado e único, tão característico da Heineken®.
Desde a brassagem, passando pela fervura, fermentação e guarda, todas as etapas de produção são realizadas de forma criteriosa e controlada, para garantir uma cerveja de qualidade premium.
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E para assegurar a qualidade, um critério levado à risca: todos os meses a cerveja produzida no Brasil é enviada para a Holanda, onde passa por testes que garantem suas propriedades sensoriais e físico-químicas.
Esse processo é adotado por todos os países que produzem Heineken® no mundo. Mas vale ressaltar que o Brasil é considerado uma referência para a sede, que constantemente reconhece a operação nacional com prêmios anuais de qualidade.
Outro sucesso absoluto por aqui é a Heineken® 0.0, versão zero álcool da cerveja mais vendida do Brasil em 2023, de acordo com dados da NielsenIQ. Segundo a apuração, realizada entre janeiro e dezembro do último ano, a marca ampliou em 5,3% sua presença nos lares brasileiros do país em comparação ao mesmo período de 2022.
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Um crescimento para lá de expressivo se considerarmos que até 2020 a cerveja zero álcool era praticamente um nicho de mercado, e seguia em constante queda. Porém, com o lançamento da Heineken® 0.0, a tendência mudou drasticamente e a categoria voltou a se desenvolver com crescimento de duplo dígito.
Heineken® e a sustentabilidade
Além de água, malte e lúpulo, a energia verde* também é um ingrediente fundamental para a produção da cerveja Heineken®, que desde 2020 utiliza energia renovável na produção das quatro cervejarias.
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Desde o lançamento da plataforma Green Your City, em 2021, a sustentabilidade é um tema central nas estratégias da companhia. Entre as iniciativas implementadas, em 2022 a marca deixou como legado, dentro do Parque Olímpico, uma microfloresta urbana de cerca de 1,2 quilômetro quadrado, com árvores nativas da região da Mata Atlântica. A ação, inédita, fez parte da meta de implantar microflorestas urbanas em 19 capitais brasileiras até 2030. Além disso, foram instaladas no local 206 placas fotovoltaicas, com capacidade de produzir 111 kWp, para abastecer as ativações da marca com energia verde* durante o Rock in Rio Brasil 2022. Após o festival, a instalação ficou de forma perene para o Parque Olímpico.
“E, reforçando o investimento da Heineken® na cidade que nos abraça tanto, em breve teremos um novo projeto com o Bondinho do Pão de Açúcar. Será dentro da plataforma Green Your City, fazendo da sustentabilidade seu ponto central, englobando experiências exclusivas em um dos pontos turísticos mais importantes da capital fluminense”, revela a diretora da companhia.
Fundado em 1959 na cobertura do edifício Seagram, o Four Seasons foi durante décadas um dos restaurantes mais icônicos de Nova York. Pois o que era ponto de encontro de executivos de Wall Street, diretores de Hollywood e celebridades de todos os calibres acabou sucumbindo, e o endereço encerrou as atividades em 2019, após sessenta glamourosos anos. Em seu último dia de funcionamento, lá estava Marcelo Torres, viajante incansável e comensal assíduo em estreladas mesas mundo afora. Todas essas referências, em alguma medida, entram em cena em seu dia a dia carioca, uma rotina embalada pelo comando do grupo BestFork. Dono de oito casas no Rio, onde atende 100 000 pessoas por mês, o restaurateur revela confiança inabalável no setor, que se expande na cidade. Sem investidores na retaguarda, ele assumiu uma área de 3 500 metros quadrados no New York City Center, na Barra, para dar forma ao projeto Nolita Roastery, um “parque de diversões gastronômico”, como define, que recebeu 25 milhões de reais de investimento (dos quais reservou uma parte para a construção de uma piscina de mármore semelhante à que ficava entre as mesas do Four Seasons). “Em todos os restaurantes que inauguro, as pessoas esperam algo que as surpreenda”, diz.
De hashi em punho na mesa do japonês Yusha, no shopping Village Mall, para o qual acaba de escalar o chef Eduardo Nakahara, sumidade nacional do sushi, Marcelo não esconde a ambição em doses elevadas. “Vamos buscar uma estrela Michelin”, garante, antes de dirigir ao shopping vizinho para justamente mostrar seu mega Nolita. O novo estabelecimento tem como ponto de partida o café, onde tubos serpenteiam sobre a cabeça dos clientes, levando grãos da estação de torrefação às moendas nos balcões, tendo ao fundo uma estufa com pés verdadeiros de café. Entre as cinco operações ali, há ainda a confeitaria farta em doces extravagantes, uma fábrica de chocolates e o restaurante de 400 lugares com a tal piscina e cardápio que mescla sabores das casas do grupo — de cortes nobres aos pescados fresquíssimos. Ele sorveu inspiração no Starbucks Reserve Roastery de Milão, outra Disney da boa comida, dando uma “tropicalização” à ideia e uma adaptada ao bairro, onde ficam cinco de seus endereços. “Eu entendi a Barra. É um público mais alegre, solto e divertido do que o da Zona Sul”, avalia.
Afeito à criação de experiências gastronômicas, o empresário exibe no bar do Nolita Oven, também no Village Mall, um belo maquinário turco de torrefação ao lado de uma rara Victoria Arduino Venus — número 12 de 100 unidades da máquina de expresso produzidas no mundo (a primeira pertenceu ao papa Bento XVI). Além dos peixes sempre expostos no gelo nos salões do Giuseppe Grill, Giuseppe Mar e Yusha — muitos, aliás, pescados por ele, que sai a bordo do próprio barco todas às quintas —, abriu a fábrica de massas como atração do Giuseppe Square, no BarraShopping. Nas paredes de seus restaurantes, gosta de espalhar sua coleção de quadros que retratam touros, assinados por nomes como Rubens Gerchman, Daniel Senise, Anna Bella Geiger, Ziraldo e Chico Caruso. Apesar de acabar por fazer de seus espaços áreas instagramáveis, com cenários propícios à postagem, Marcelo não se interessa pela efervescência virtual. “Sou low tech, leio muito, cultivo uma obsessão por organização e processos e adoro quebra-cabeças”, conta.
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Na trajetória desse carioca formado em direito, as peças começaram a se encaixar mesmo nos anos 1990, quando ainda trabalhava na Multiplan, onde ficou por mais de uma década. Foi aí que resolveu estrear na gastronomia, inaugurando o primeiro restaurante. Na paisagem do Centro, o Giuseppe logo se firmou com sua ampla adega de mármore, gravuras florentinas do século XVIII arrematadas na Sotheby’s e produtos italianos em profusão, tudo arejado por um jardim ao fundo, árvores e luz natural. Seu então chefe na Multiplan, José Isaac Peres, dono dos shoppings onde seus empreendimentos hoje se espalham, lhe deu um bom empurrão. “Ele me ensinou a ficar confortável em momentos de desconforto”, resume. E foi assim quando o Giuseppe de Ipanema fechou as portas, depois de breve estrada. “Quando me perguntavam o porquê, eu respondia: ‘Porque você não foi’ ”, lembra. O Laguiole, que marcou época no Museu de Arte Moderna (MAM) e de onde emergiram talentos como Pedro de Artagão, Ricardo Lapeyre e Elia Schramm, também apagou as luzes na pandemia, mantendo-se como bufê. “Era uma Ferrari com pilotos jovens. Vou reabrir e fazer um reality para ver quem assume o volante”, brinca o inquieto restaurateur, que planeja a reabertura para 2025. Preparem os talheres.