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Bom dia. Estamos na sexta-feira, 19 de julho.
Cenários
A semana nos mercados está se encerrando com um movimento negativo. Na quinta-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um contingenciamento de gastos de R$ 15 bilhões no orçamento de 2024.
No cenário internacional, a madrugada foi movimentada devido a uma pane de generalizada nos sistemas da Microsoft. Uma atualização da empresa americana de segurança digital CrowdStrike Holdings, que fornece softwares de proteção para grandes empresas, travou computadores ao redor do mundo.
Os afetados mais visíveis foram empresas de aviação e bancos nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Cingapura, África do Sul e Austrália. Usuários de bancos no Brasil também informaram instabilidades e falhas nos sistemas.
Perspectivas
A primeira reação ao contingenciamento de R$ 15 bilhões foi negativa, com queda de 1,40% no Ibovespa e alta de quase 2% no dólar, que fechou a R$ 5,58.
Para os profissionais do mercado, o resultado foi melhor do que o esperado, mas pior do que o desejado. O governo teria de reduzir mais seus gastos para cumprir as metas do arcabouço fiscal e permitir um afrouxamento mais intenso da política monetária.
No entanto, isso é considerado pouco provável pelos investidores, o que eleva a percepção de risco e mantém juros, dólar e ações pressionados.
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Nem sempre dá green. Mais de 60% dos brasileiros que já fizeram alguma aposta esportiva perderam dinheiro e ficaram com o orçamento comprometido para o restante do mês.
Nesse cenário, o Ministério da Fazenda deve concluir nos próximos 15 dias a definição de regras para tentar evitar que pessoas se tornem dependentes e compulsivas em apostas esportivas e em jogos online. Um dos mais famosos é o Fortune Tiger, conhecido como “jogo do tigrinho“.
O popular jogo de caça-níqueis pode ser regulado em breve, junto a tantos outros. A expectativa do governo é de que as empresas recebam um prazo para regularizar a situação no Brasil até o fim deste ano.
O objetivo do governo também é arrecadar com essas empresas, uma vez regularizadas. Desde dezembro do ano passado, entrou em vigor a nova lei que regulamenta as apostas.
Segundo o Ministério da Fazenda, a previsão de arrecadação é de R$ 12 bilhões por ano a partir de 2024. No país, as empresas do setor movimentaram R$ 120 bilhões em 2023, um aumento de 71% em comparação com 2020.
O popular jogo do Tigrinho pode ser regulado em breve, junto a tantos outros.
Por isso, o novo hábito de consumo dos brasileiros tem chamado a atenção das autoridades. O Brasil ocupa a terceira posição mundial em consumo de casas de apostas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Inglaterra, de acordo com dados da Comscore, empresa de análise de dados.
A lei sancionada em dezembro de 2023 tributará as empresas operadoras de bets assim que estiverem operando sob outorga em território nacional. No entanto, o governo ainda precisa criar algumas portarias para que toda a lei se torne aplicável.
Mudança de hábito
Estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostra que 23% dos apostadores deixaram de comprar roupas para apostar. Outros 19% pararam de fazer compras no mercado e 11% não gastaram com saúde e medicamentos.
O relatório da SBVC revela que 64% dos apostadores utilizam a renda principal para apostar. Destes, 49% usam também a renda extra.
“O que diferencia o investidor do apostador é que o investimento está apoiado em estudo, análise e planejamento. Um investidor entende os riscos envolvidos, todas as perspectivas e sabe que existe um prazo para obter retorno,” afirma Gabriel Duarte, analista de ações da Ticker Research.
“Já o apostador é guiado por emoções. Ele toma atitudes precipitadas e não analisa os riscos, o que pode levar ao vício devido aos efeitos da dopamina no cérebro, resultando em prejuízo na maioria das vezes,” diz Duarte.
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Com cassinos onlinee jogos de azar disponíveis na palma da mão, o número de jogadores compulsivos tem aumentado. Há cerca de dois milhões de brasileiros adictos. O vício em jogos de azar é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como ludopatia, caracterizada pelo desejo incontrolável de continuar jogando.
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Millena Xavier pode ser a primeira mulher e também a primeira vencedora brasileira do “Nobel do Estudante”
Millena Xavier, de 17 anos, representa o Brasil entre os 50 finalistas do Chegg.org Global Student Prize 2024, considerado o “Nobel da educação para estudantes”. O prêmio anual de US$ 100 mil será concedido ao estudante que tenha causado maior impacto na aprendizagem e na sociedade. “Quero mostrar o potencial científico do Brasil, para sermos reconhecidos não só como o país do futebol e do Carnaval, mas também como o país da ciência e educação”, diz a mineira de Juiz de Fora e Forbes Under 30 2023.
Se ganhar o prêmio, Millena será a primeira mulher e também a primeira vencedora brasileira – outros estudantes já ficaram entre os finalistas. A cientista foi selecionada para o top 50 entre mais de 11 mil inscritos de 176 países. “É o primeiro passo de uma longa jornada de contribuição para a ciência brasileira.”
A trajetória de Millena Xavier, de olimpíadas estudantis a IA para diagnosticar autismo
Estudante de escolas públicas, Millena é cofundadora da Prep Olimpíadas, que fomenta a participação de jovens em olimpíadas científicas. Sua organização já palestrou em mais de 200 escolas e tem um braço de inteligência artificial, o Prep AI, que ensina história e matemática e responde a dúvidas dos estudantes sobre as olimpíadas. “No ChatGPT eles não encontram essas informações, porque são assuntos muito específicos”, diz a cientista, que também não encontrou apoio da escola quando começou a se interessar pelas olimpíadas.
Por sua atuação na educação, já recebeu prêmios nacionais e internacionais, foi convidada a participar de cursos de universidades conceituadas, como a de Toronto e Stanford, e de um comitê internacional de olimpíadas estudantis. Em março, palestrou para todos os funcionários da B3, e no mês seguinte voou para Nova York para participar do Prêmio Jovens Visionários, da Prudential, que também concedeu R$ 30 mil para investir em sua Ong.
No seu currículo também tem pesquisas sobre autismo e um software desenvolvido por ela que usa inteligência artificial para diagnosticar pessoas do espectro autista. “Tenho primos que têm autismo e um colega de sala que descobriu com 18 anos, o que me fez pensar que o diagnóstico não é acessível.”
Millena recebeu uma bolsa integral para pesquisar sobre o assunto pela BRASA, a associação de estudantes brasileiros no exterior. E foi convidada a levar seu projeto para a ICYS (Conferência Internacional de Jovens Cientistas), que acontece este ano na Turquia. “As oportunidades estão aí, mas ainda não temos apoio para representar o Brasil.”
Brasileiros no Nobel do estudante
Os 10 finalistas do Chegg.org Global Student Prize serão anunciados em setembro. O vencedor, divulgado no final do ano, será escolhido pela Academia do Global Student Prize, composta por pessoas de destaque, entre elas os atores Ashton Kutcher e Mila Kunis.
A Chegg.org, divisão de impacto social da Chegg, empresa de educação e tecnologia baseada nos EUA, fez uma parceria com a Varkey Foundation para lançar o Chegg.org Global Student Prize anual em 2021, um prêmio irmão do Global Teacher Prize de US$ 1 milhão. O prêmio está aberto a todos os alunos com pelo menos 16 anos de idade e matriculados em uma instituição acadêmica ou em um programa de treinamento e habilidades.
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Os brasileiros têm um histórico de destaque no “Nobel do Estudante”. Ana Julia de Carvalho, de Maceió (AL), ficou entre os 10 finalistas em 2021 com suas inovações em robótica. Lucas Tejedor, aluno do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro, e inovador na programação, ciências sociais e política, foi um dos 10 finalistas no ano seguinte. “É preciso ultrapassar os limites acadêmicos que o sistema brasileiro impõe”, afirma Millena.
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A Bolsa de Valores brasileira passa por um momento de mau humor. No primeiro semestre, o Ibovespa acumulou uma baixa de 7,66% em reais e quase 20% em dólares, o pior desempenho entre os principais mercados globais. Desde o início do ano, apenas fevereiro e junho tiveram alta no mês.
No fim do ano passado, as expectativas para 2024 eram melhores. Os economistas esperavam sete cortes nos juros americanos, o que favorece o mercado de ações, principalmente os ativos de maior risco. Porém, ainda no primeiro trimestre, o mercado começou a duvidar dessa previsão otimista, com alguns pessimistas dizendo que não haveria corte algum. Agora, a perspectiva é de que haja ao menos um corte, com os mais usados prevendo até três. Além disso, esperava-se queda da Selic para apenas um dígito e dólar ao redor ou abaixo de R$ 5,00 . Com esse cenário, a renda variável teria mais apelo.
Entretanto, a primeira metade de 2024 foi marcada pela quebra de expectativas. O ciclo de cortes da Selic parou mais cedo do que o esperado, houve manutenção prolongada das taxas de juros nos EUA,que segue no maior nível desde 2001, a percepção de risco fiscal aumentou no Brasil com as falas polêmicas do presidente Lula e mudança nas metas. Tudo isso, içou o dólar para perto de R$ 5,70, ao final de junho, subindo 15,7% no ano.
Assim, os investidores de mercados emergentes mudaram seus portfólios para países de menor risco. O resultado foi uma retirada recorde de recursos estrangeiros do Brasil, com mais de R$ 40 bilhões em vendas externas de ações brasileiras apenas na primeira metade do ano. Enquanto isso, a renda fixa continuava sendo o caminho mais atrativo.
Selic e juros americanos
Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a Selic permanecerá estável em 10,50% até o final do ano. Portanto, ele não vê possibilidade de aumento – nem retomada do ciclo de queda. “O que pode influenciar a Selic são os juros dos EUA”, observa.
Nesse sentido, o especialista lembra que em julho, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano)sinalizou um possível corte de juros no segundo semestre. “O mercado vê essa possibilidade para setembro e ainda questiona a viabilidade de outro corte em novembro”, afirma.
Para Cruz, essa perspectiva altera o cenário para a bolsa brasileira e para o rumo dos juros no Brasil. Porém, se houver apenas um corte nos juros dos Estados Unidos, a pressão sob o Banco Central Brasileiro (BC) tende a aumentar, e mais recursos podem fluir para os EUA, prejudicando a situação brasileira.
Já Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, enxerga uma luz no fim do túnel neste . Para ele, alguns fundamentos mais positivos para as ações brasileiras estão surgindo, e é possível identificar potenciais catalisadores.
“Historicamente, o Ibovespa se beneficia com o ciclo de queda nas taxas de juros dos EUA. Nas últimas seis etapas de flexibilização por lá, as ações brasileiras subiram em média 30% um ano após o início dos cortes de juros. Quando os juros americanos caem, o capital estrangeiro volta para os mercados emergentes, e o Brasil, devido ao seu valuation, se torna atrativo. A bolsa continua barata e os investidores estrangeiros sabem disso”, diz o especialista.
No entanto, o cenário macroeconômico externo ainda está nebuloso. Com a perspectiva da queda da taxa de juros nos EUA, há a expectativa de que o capital estrangeiro retorne ao Brasil, derrubando o dólar e impulsionando a bolsa. O mercado não espera uma queda imediata na taxa de juros no Brasil, mas isso pode mudar se os EUA iniciarem o ciclo de corte nas taxas de juros – e mais ainda se confirmar os três cortes previstos. Nesse caso, é possível que o Banco Central do Brasil também reduza a Selic, o que pode impulsionar um rally na bolsa.
A previsão do especialista da Davos Investimentos para o Ibovespa ao final deste ano é de 145 mil pontos, podendo chegar aos 146 mil. Os demais especialistas consultados não arriscaram uma previsão.
Risco fiscal e reforma tributária
No cenário doméstico, a inflação, embora em trajetória descendente, ainda é uma preocupação. “A política fiscal do governo está sendo vigiada, com reformas estruturais, como a tributária”, diz Marcus Marques, especialista em gestão de empresas e CEO do grupo Acelerador, Ele acrescenta que o ambiente político é outro ponto de atenção. “A estabilidade política também é um fator determinante, uma vez que eventuais turbulências podem impactar negativamente o mercado”, completa
Além da inflação, as políticas monetária e fiscal também vêm sendo monitoradas quanto à inflação. Para Ricardo Matte, gestor de negócios e CEO da Vincit Capital, esta postura vigilante demonstra certa fragilidade no ambiente interno.
Isso porque qualquer alteração na taxa básica de juros pode impactar o mercado. “A redução da Selic influencia o investidor a buscar maior rentabilidade. Se isso não acontecer, a busca por ativos que protegem contra a inflação encontrados na renda fixa será, novamente, a tendência”, afirma Mattea.
Para o gestor, a transparência da equipe econômica do governo, sob a liderança do ministro Fernando Haddad, é crucial para os analistas, principalmente em relação ao novo regime tributário e como as regras irão impactar as decisões de investimentos.
Entre as ações, os especialistas consultados destacam:
Petrobras (PETR4) – A ação tem mostrado uma tendência de alta acompanhando a recuperação dos preços do petróleo.
Vale (VALE3) – A empresa tem se beneficiado do aumento de preço do minério de ferro, mas sofre grande volatilidade do mercado internacional.
Magazine Luiza (MGLU3) – A empresa esteve nos holofotes recentemente com o benefício da parceria com a AliExpress e busca se posicionar como grande player no mercado de e-commerce.
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Banco do Brasil (BBAS3) – A ação do BB tem apresentado uma estabilidade com viés de alta, refletindo uma perspectiva positiva para o setor bancário, o que pode influenciar as ações dos demais bancos também.
Há anos, arqueólogos buscam os primeiros vestígios de elaboração do vinho, bebida que teve papel fundamental na aventura dos prazeres da humanidade. Já foram encontradas evidências no atual Irã, na Grécia e na região italiana da Sicília. Mas é na Geórgia, na interseção entre Europa e Ásia, que há a maior abundância de registros adequados a comprovar quanto a fermentação de uvas é uma tradição milenar. Há pelo menos 8 000 anos os habitantes da região domesticaram os cachos e já produziam exemplares de qualidade. De forma surpreendente, sabe-se agora que os métodos ancestrais continuam a ser usados na fabricação da bebida até hoje. A novidade: de forma gradual, alguns rótulos do país, pequeno em extensão, mas diverso em termos de variedades de cepas, se espalham pelo mundo, aparecendo nas cartas de restaurantes estrelados. Começam a desembarcar também em solo brasileiro.
MÉTODO ANTIGO - Os ‘qvevri’: vinho amadurece nos potes de terracotaEyesWideOpen/Getty Images
Para entender o caráter único dos georgianos, é preciso compreender como são preparados. Em geral, no caso dos vinhos brancos, as uvas são prensadas e é a partir do suco delas que a bebida é feita. As cascas são descartadas. No caso dos tintos, o processo é diferente e o suco fica em contato com as cascas para ganhar pigmentação e taninos. Na Geórgia, há produtores que usam os dois métodos. Mas há uma terceira variação: brancos que ficam em contato com as cascas. No linguajar da moda, o estilo ficou conhecido como “vinho laranja”. Parece novidade, mas trata-se de método tão antigo quanto a própria bebida, que dá uma coloração distinta e uma leve adstringência por causa da presença de taninos, típico dos tintos, também nos brancos. Não é só isso. Em vez dos tradicionais barris de carvalho, os georgianos usam os chamados qvevri, grandes vasos de terracota que ficam sob a terra, por vários meses. Juntas, essas técnicas dão origem a uma bebida surpreendente, que cativa paladares de quem se habitou aos clássicos da França e da Itália.
Um dos produtores que estão à frente desse resgate do vinho georgiano é o americano John Wurdeman. Nos anos 1990, então estudante de artes plásticas, ele descobriu a música folclórica da Geórgia e ficou encantado. Visitou o país e apaixonou-se também por sua cultura, incluindo, por óbvio, o vinho. Comprou uma casa lá e conheceu o viticultor Gela Patalishvili, que o convocou para divulgar os rótulos ancestrais. Assim, criou com o novo parceiro a Pheasant’s Tears, em 2006. Em quase vinte anos de trabalho conjunto, montaram um portfólio extenso, atrelado a variedades autóctones, vinificadas de maneira tradicional. “Foi preciso recuperar vinhedos, principalmente em regiões montanhosas, abandonados durante a era soviética, que privilegiou quantidade sobre qualidade”, diz Wurdeman, que esteve no Brasil para participar da Feira Naturebas, especializada em vinhos naturais. A notoriedade não demorou, ao despontar em cartas de endereços refinados da Europa e Estados Unidos.
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No Brasil, é possível encontrar cinco dos vários vinhos assinados pela dupla Wurdeman e Patalishvili (veja alguns exemplos no quadro).Não são os únicos, embora as alternativas disponíveis em território brasileiro não sejam exatamente abundantes. Algumas das novidades que desembarcam por aqui passam pelo crivo de André Baader e sua mulher, Karla, personagens cativantes no mercado. Formados em gastronomia, conheceram-se na cozinha de um hotel no Disney World, em Orlando. Apaixonados por vinho, viajaram pelo mundo estudando até decidirem mudar para a Geórgia. “Ela raramente está nos livros. Resolvemos então aprender com os locais sobre a história milenar de uma vinificação muito particular”, diz Baader. Os Baader são típicos “wine hunters”, ou caçadores de vinhos, especializados em vasculhar o leste europeu. Há interesse pelos rótulos vindos de lá, mas muitas vezes os apreciadores daqui ficam surpresos com os aromas e sabores, tidos como rústicos. “Para beber um rótulo georgiano, os amantes de vinho precisam abrir uma página em branco no seu caderninho do conhecimento”, diz Baader. E vale a lição: convém sempre beber de tradições antigas, ao menos na gastronomia.
Publicado em VEJA de 12 de julho de 2024, edição nº 2901
Dono do icônico petisco Porquinho de Quimono, o Bar da Frente, localizado na Praça da Bandeira (Rua Barão de Iguatemi, 388, tel.: (21) 2502-0176), faz 15 anos e prepara a sua festa de debutante. No dia 21 de julho, domingo, das 12h às 17h, Mariana Rezende recebe a cozinheira Talitha Barros, dona do Conceição Discos & Comes, de São Paulo, para uma tarde de comemoração.
Além de amigas de longa data, Mari e Talitha são mulheres empreendedoras, lideranças femininas no segmento e autoridades quando o assunto é boteco. O preparo dos pratos será feito à vista dos clientes, como Talitha costuma fazer em seu restaurante, em uma estrutura instalada na varanda do Bar da Frente.
Especialidade da chef, o arroz será o ingrediente principal de criações como o Arroz de moela (R$ 35,00) e o Arroz de rabada (R$ 38,00). O famoso bolovo, ganha nova versão feita com massa de bolinho de arroz recheado com ovo (R$ 15,00).
Da chopeira sai cerveja Orange Sunshine na pressão, da Hocus Pocus (R$ 14,00, 300 ml, e R$ 18,00, 500 ml). (R$14,00 e R$ 18,00). No dia do evento, o cardápio estará reduzido, mas hits do Bar da Frente, como Porquinho de Quimono, Fondue de Coxinha e Beijo Grego estarão disponíveis.
Bar da Frente: Mariana (à dir) e Talitha na comemoração./Divulgação
Casa Urich faz 111 Anos
Para comemorar os 111 anos, Casa Urich devolveu ao menu pratos clássicos de outrora e trouxe novidades para o período festivo, que está em cartaz e vai até o dia 30 de agosto. Entram no cardápio o risoto de eisbein (joelho de porco, a R$ 49,00) e o croquete de schnitzel (lombo de porco, a R$ 11,00 a unidade).
A língua à moda da casa (R$ 47,00) está de volta, assim como o filé mignon à Munich (recheado de queijo gorgonzola, acompanha talharim na manteiga de ervas finas, a R$ 80,00), e o cozido alemão (eisbein cozido, salsichões vermelho e branco, feijão branco, repolho, cenouras e batatas cozidas (R$ 170,00, para até 3 pessoas).
Permanecem no menu eternos sucessos como o kassler defumado com chucrute, a salada de batata, e o apfelstrudel com creme chantilly caseiro. Para brindar, o local é um dos poucos do Rio que ainda oferece o tradicional chope escuro (R$ 11,90, 300 ml).
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A Netflix disse nesta quinta-feira (18) que adicionou mais de 8 milhões de assinantes no segundo trimestre, impulsionada pela estratégia de combate ao compartilhamento de senhas pelos usuários e por produções como “Bridgerton”, “Baby Reindeer” e “The Roast of Tom Brady”.
Embora o crescimento na base de assinantes tenha superado previsões de analistas, de 5 milhões em média, a Netflix alertou que a expansão no terceiro trimestre será menores do que um ano antes, quando a companhia havia acabado de iniciar a campanha contra o uso de senhas por mais de um usuário.
A Netflix também disse que seu vice-presidente de vendas de anúncios, Peter Naylor, está deixando a empresa. Em uma carta aos investidores, a companhia disse que não espera que a veiculação de publicidade no serviço seja o principal impulsionador do crescimento da receita até pelo menos 2026.
As ações da Netflix caíram 2% nas negociações após o fechamento do mercado, a US$ 630,06.
A empresa teve lucro diluído por ação de US$ 4,88, em comparação com a expectativa média do mercado de US$ 4,74, de acordo com dados da LSEG. A receita do trimestre atingiu US$ 9,56 bilhões, em linha com as estimativas.
No final de junho, as novas assinaturas elevaram o número total de clientes globais da Netflix para mais de 277 milhões.
A Netflix informou que o número de assinantes do serviço que prevê exibição de publicidade cresceu 34% em relação ao trimestre anterior, mas não informou quantos usuários são clientes dessa opção.
“Nosso negócio de anúncios está crescendo bem e está se tornando um contribuinte mais significativo para o nosso negócio”, disse a Netflix aos investidores. “Mas construir um negócio do zero leva tempo – e, juntamente com o grande tamanho de nossa receita de assinaturas – não esperamos que a publicidade seja o principal impulsionador do crescimento do faturamento em 2024 ou 2025.”
A empresa disse que espera um crescimento de 14% na receita do terceiro trimestre, em comparação com o ano anterior.
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Após três anos do lançamento de uma iniciativa de streaming de videogames, a Netflix disse que planeja lançar um jogo multijogador baseado em “Round 6” ainda este ano, quando estrear a segunda temporada da série distópica sul-coreana. A companhia também planeja games relacionados às produções “Emily in Paris” e “Selling Sunset”.
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O Ibovespa caiu mais de 1% nesta quinta-feira (18), em meio a um acúmulo de fatores que pesaram negativamente no índice acionário. São eles: queda das ações em Nova York, declínio do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional e preocupações com o cenário fiscal doméstico.
O Ibovespa fechou em queda de 1,39%, a 127.652,06 pontos, perto da mínima da sessão, de 127.522,81 pontos, segundo dados preliminares. Na máxima, chegou a 129.453,81 pontos.
O volume financeiro somava R$ 18,07 bilhões antes dos ajustes finais.
De acordo com Alexandre Siqueira, analista CNPI-T do Grupo Fractal, o mercado seguiu penalizando as declarações do presidente Lula sobre questões fiscais. “O impacto dessas falas é visível, com o dólar em alta e a bolsa em baixa”, diz.
Outro dois fatores contribuíram para a queda do Ibovespa: a desvalorização do petróleo Brent, que negativamente a Petrobras (PETR3/PETR4), e a queda do minério de ferro, que impactou a Vale (VALE3). “De modo geral, o mercado refletiu os ruídos fiscais e o impacto das commodities, resultando em uma valorização do dólar e queda da bolsa”, resume Siqueira.
Para Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, o governo ainda não deixou claro se a intenção de corte de gastos é verdadeira. “Os investidores não querem mais pagar para ver, e logo pensam em realizar lucros. Com incertezas pairando sobre o fiscal no Brasil, o dólar volta a ter um dia de alta expressiva”, afirma.
A moeda norte-americana emplacou nesta quinta-feira (18) a segunda sessão consecutiva de forte alta no Brasil, subindo R$ 0,10 centavos. O movimento do dólar foi impactado pelo receio de que o governo Lula não cumpra a meta fiscal.
O avanço firme da moeda dos EUA no exterior também pressionou os negócios locais, em um dia de pressão sobre os países emergentes.
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Reuters
Amêndoas de cacau
Os preços do cacau subiram nesta quinta-feira, recuperando algumas das quedas acentuadas desta semana, à medida que os investidores renovaram o seu foco nos problemas de oferta, após os números sobre a demanda na Ásia no segundo trimestre terem sido divulgados conforme o esperado.
O açúcar bruto caiu para o menor nível em um mês.
Cacau
O contrato setembro do cacau em Londres subiu 303 libras, ou 4,8%, para 6.623 libras por tonelada, tendo caído 3,1% na quarta-feira, após uma queda de 7,4% na terça-feira.
Uma importante região produtora de cacau em Gana, o segundo maior produtor de cacau do mundo, está 81% infectada com a doença dos rebentos inchados, de acordo com a Organização Internacional do Cacau (ICCO).
Espera-se que a colheita devastada do Gana recupere na próxima temporada graças ao clima favorável, mas os números foram um lembrete oportuno da gravidade contínua do surto da doença, disseram os especialistas.
Em outros lugares, a moagem de cacau na Ásia, uma medida da demanda, caiu 1,4% ano a ano, para 210.968 toneladas no segundo trimestre, um número que estava dentro do esperado, disse Steve Wateridge, chefe de pesquisa da Tropical Research Services by Expana.
O setembro cacau em Nova York subiu 3,9%, para 8.068 dólares a tonelada, tendo fechado com queda de 1% na quarta-feira, após uma queda de 8,7% na terça-feira.
Açúcar
O contrato outubro do açúcar bruto caiu 0,42 centavos, ou 2,2%, a 18,94 centavos por libra-peso, tendo perdido 1,3% na quarta-feira. Atingiu a mínima de um mês de 18,81 centavos/lb mais cedo.
Os revendedores observaram boas condições climáticas na Ásia, o que levou alguns analistas a rever os números da produção para cima, inclusive para a Índia.
O outubro do açúcar branco caiu 1,8%, para 545,50 dólares a tonelada.
O contrato setembro do café robusta fechou a 91 dólares, ou 2%, a 4.479 dólares a tonelada, tendo estabelecido um recorde de 4.681 dólares na semana passada.
O setembro do café arábica caiu 0,9%, para 2,409 dólares por libra-peso, tendo atingido uma máxima de dois anos e meio de 2,5530 dólares na semana passada.
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Autoridades estão tomando medidas para conter um surto de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, de acordo com um comunicado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quinta-feira.
O governo federal confirmou na noite de quarta-feira que uma amostra testou positivo para a doença viral, dizendo que veio de uma granja de aves comerciais no município de Anta Gorda.
“Os protocolos oficiais estabelecidos para a mitigação da situação pontual foram acionados e o entorno segue monitorado”, disse a ABPA.
A doença de Newcastle é viral e afeta aves domésticas e selvagens, causando problemas respiratórios, entre outros sintomas. Sua notificação é obrigatória de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal.
Milhares de aves morreram na pequena granja onde a doença foi detectada, disse a fonte. As circunstâncias das mortes em massa ainda estão sob investigação, pois o clima frio pode ter contribuído para a morte dos animais, acrescentou.
A detecção da doença de Newcastle ameaça as exportações de aves do Brasil, já que importadores podem proibir produtos vindos da nação sul-americana ou de regiões específicas afetadas pelo surto, segundo uma fonte do setor.
Os últimos casos confirmados de doença de Newcastle no Brasil ocorreram em 2006 em aves de subsistência nos Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, disse o Ministério da Agricultura.
O ministro da Agricultura, Carlos Favaro, disse a repórteres nesta quinta-feira que a área onde o caso foi confirmado foi isolada e não há outros surtos nas proximidades.