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A empresa química Unigel está exigindo da Petrobras ressarcimento por prejuízos com duas fábricas de fertilizantes arrendadas da estatal, mostrou uma carta vista pela Reuters, marcando outro revés nas negociações que visam reativar as unidades.
As duas fábricas, que são parte fundamental do plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aliviar a dependência do Brasil de fertilizantes importados, estão com as operações paralisadas desde o segundo semestre do ano passado.
Em dezembro, as duas empresas assinaram um “Contrato de Tolling” no qual a Petrobras forneceria gás natural em troca de fertilizantes, permitindo à Unigel reiniciar a produção sem se preocupar com o preço do gás. O acordo terminou em junho, sem ter efeito, depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) disse que poderia causar uma perda de R$ 487 milhões para a Petrobras.
Na carta dos advogados da Unigel, datada de 20 de junho, a empresa química queixa-se de que o acordo tornou a situação financeira da companhia ainda mais crítica.
Paulo Whitaker/REUTERS
Operação da empresa Unigel visava investimentos junto à Petrobras no Nordeste
“A demora na entrada em vigor do Contrato de Tolling resulta em prejuízos expressivos” para a Unigel, disseram os advogados à Petrobras uma semana antes da estatal encerrar o acordo.
Os advogados acrescentaram que a Unigel deve ser ressarcida “em sua integralidade” pela Petrobras pelos prejuízos desde a assinatura do “Acordo de Tooling”.
Em resposta a perguntas da Reuters, a Unigel disse que as perdas totais equivalem a “centenas de milhões de reais”.
A Petrobras não respondeu a perguntas a respeito da cobrança de ressarcimento da Unigel. Ambas as empresas continuam trabalhando por uma solução para retomar a produção, disseram as duas companhias à Reuters em respostas enviadas em separado.
No entanto, a carta mostra que no mês passado as empresas – atualmente em arbitragem – estavam longe de um acordo e as relações estavam tensas, com a Unigel chamando a conduta da Petrobras de “abusiva”.
Aumentar a produção de fertilizantes é uma prioridade do governo Lula. Desde que assumiu o cargo, em 2023, a Petrobras reverteu o rumo dos desinvestimentos em fertilizantes, anunciando em junho passado que retomaria as operações em uma de suas fábricas.
Como potência agrícola, o Brasil está entre os maiores consumidores mundiais de fertilizantes, dos quais importa mais de 80%. De acordo com um plano anunciado em 2022, o Brasil planeja reduzir as importações de fertilizantes para 45% até 2050.
Mesmo assim, as duas fábricas em Sergipe e na Bahia que a Unigel aluga da Petrobras desde 2019 permaneceram ociosas neste ano. Quando operacionais, as usinas tornaram a Unigel a maior produtora brasileira de fertilizantes nitrogenados.
A Unigel está gastando cerca de 13 milhões de reais por mês nas unidades, disseram os advogados, piorando a situação financeira da empresa que está em recuperação extrajudicial e tenta reestruturar R$ 4,1 bilhões em dívidas com detentores de títulos.
Até março, quando demitiu os funcionários das fábricas, a Unigel gastava R$ 35 milhões por mês, disseram seus advogados, acrescentando que a empresa os manteve empregados a pedido da Petrobras.
Mesmo assim, a Unigel não quer abrir mão dos ativos, disse à Reuters por email, já que pretende retomar as operações quando elas se tornarem economicamente viáveis.
Sem acordo, Petrobras e Unigel estão em processo de arbitragem confidencial desde dezembro sobre cláusulas do contrato de fornecimento de gás.
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Os processos de arbitragem muitas vezes levam cerca de dois anos para serem concluídos, mas alguns podem durar até cinco anos, disse Marcelo Godke, especialista em direito empresarial do Godke Advogados.
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U.J.Alexander_Getty
Bombas de combustíveis na UE podem ter biodiesel chinês, mas tarifado
Depois de ter introduzido elevadas taxas aduaneiros sobre os veículos elétricos produzidos na China, a Comissão Europeia quer alargar a abordagem ao biodiesel importado da segunda maior economia do mundo.
A Comissão Europeia anunciou na sexta-feira (19), que iria impor tarifas até 36,4% mais elevadas sobre as importações de biodiesel da China. Uma medida antidumping para reequilibrar o mercado, porque o biodiesel chinês é muito mais barato e isso penaliza os produtores europeus. A medida também visa proteger o meio ambiente, segundo a comissão.
No âmbito desta investigação anticoncorrencial que deverá continuar até fevereiro de 2025, os direitos aduaneiros poderão, no final, ser impostos por um período de cinco anos. Vale registrar que atualmente a Europa queima 130 mil barris de biodiesel vindo do descarte de óleo de cozinha, por dia, principalmente em motores de automóveis e camiões. Como a produção europeia é insuficiente para satisfazer a procura, 80% deste biodiesel são importados e 60% destas importações provêm da China.
De acordo com um relatório publicado pela Transport and Environment (European Federation for Transport and Environment), “a capacidade de recolha de óleo de cozinha usado na China corresponde aproximadamente aos documentos oficiais de exportação.
No entanto, o país provavelmente consome volumes significativos de óleos alimentares usados no mercado interno, levantando fortes suspeitas sobre a utilização de óleos vegetais virgens falsamente rotulados como óleos usados. (Publicado pela Forbes França)
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O Ministério da Agricultura disse neste domingo que descartou três possíveis novos casos da doença de Newcastle em aves depois de testar amostras adicionais colhidas de animais em área próxima de onde o primeiro caso foi confirmado na semana passada no Rio Grande do Sul.
A doença de Newcastle é uma doença viral que pode afetar aves selvagens e domésticas, causando problemas respiratórios, entre outros sintomas, e pode levar à morte. O Brasil detectou na quinta-feira o primeiro caso da doença em aves desde 2006.
“Os resultados negativos são uma sinalização extremamente positiva sobre a contenção desse evento sanitário, o que é importante para resolução rápida da situação, e reforça a robustez do sistema de defesa agropecuária do Brasil”, disse o ministério em nota.
As amostras adicionais foram coletadas na sexta-feira em aves de três propriedades dentro de zona de proteção estabelecida no Rio Grande do Sul, onde as autoridades encontraram o primeiro caso da doença em 18 anos, quando foi detectada em animais de subsistência.
A confirmação do caso na semana passada levou o governo a impor uma proibição voluntária às exportações de aves para determinados países.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) saudaram os resultados dos novos testes no domingo, dizendo que eles corroboram que o único caso encontrado na semana passada foi “um evento isolado”.
As autoridades revelaram o único caso na quinta-feira, após a morte de cerca de 7.000 aves em uma pequena granja, representando 50% do rebanho local.
O Brasil adotou voluntariamente restrições às exportações na sexta-feira, afetando as vendas para 44 países, incluindo China, Argentina, União Europeia, Japão e Arábia Saudita.
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“Tenho certeza que com a agilidade de nossas equipes vamos voltar à normalidade das nossas exportações muito em breve”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no comunicado.
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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, estava agindo rapidamente na segunda-feira para tentar garantir a indicação presidencial democrata, um dia depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, de 81 anos, abandonou a candidatura à reeleição diante da crescente oposição de seu próprio partido.
Kamala, de 59 anos, discursará na Casa Branca às 12h30 (horário de Brasília) nesta segunda-feira. Autoridades da campanha e aliados já fizeram centenas de ligações em seu nome, pedindo aos delegados da convenção do Partido Democrata do próximo mês que se unam para indicá-la a presidente na eleição de 5 de novembro contra o republicano Donald Trump.
A saída de Biden foi o mais recente abalo em uma disputa pela Casa Branca que, nos últimos 10 dias, viu o ex-presidente Trump quase ser assassinado por um homem armado durante um ato de campanha, antes de escolher o senador J.D. Vance como seu companheiro de chapa.
“Minha intenção é ganhar essa indicação”, disse Kamala em um comunicado. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir nossa nação – para derrotar Donald Trump.”
Kamala, que é negra e asiática-americana, criaria uma dinâmica totalmente nova com Trump, de 78 anos, oferecendo uma vívida divisão geracional e cultural. A campanha de Trump vem se preparando para sua possível ascensão dela há semanas, disseram fontes à Reuters, e planejou tentar vinculá-la estreitamente às políticas de Biden sobre imigração e economia.
Win McNamee/Getty Images
“Minha intenção é ganhar essa indicação”, disse Kamala em um comunicado. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido”.
Biden, a pessoa mais velha que já ocupou o Salão Oval, disse que permanecerá na Presidência até o fim de seu mandato em 20 de janeiro de 2025, enquanto endossou Kamala para concorrer em seu lugar.
Um desempenho desastroso no debate de 27 de junho contra Trump levou os colegas democratas de Biden a pedir que ele encerrasse sua candidatura, e os republicanos seniores já começaram a pedir que ele renuncie ao cargo, argumentando que, se ele não está apto para fazer campanha, não está apto para governar.
Kamala conversou com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, um possível candidato a vice-presidente, com o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, e com o presidente do Congressional Black Caucus, deputado Steven Horsford, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
A desistência de Biden deixa menos de quatro meses para uma campanha. Democratas proeminentes, incluindo possíveis adversários de Kamala, como o governador da Califórnia, Gavin Newsom, apoiaram imediatamente a vice-presidente.
Trump, cujas falsas alegações de que sua derrota em 2020 para Biden foi resultado de fraude inspiraram o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, questionou na segunda-feira o direito dos democratas de mudar de candidato.
“Eles roubaram a candidatura de Biden depois que ele a venceu nas primárias”, disse Trump em seu site Truth Social.
Apesar da demonstração inicial de apoio a Kamala, a conversa sobre uma convenção aberta quando os democratas se reunirem em Chicago de 19 a 22 de agosto não foi totalmente silenciada.
A ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi e o ex-presidente Barack Obama não anunciaram apoio, embora ambos tenham elogiado Biden.
Dois outros possíveis adversários – a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, e o governador de Kentucky, Andy Beshear – não mencionaram a vice-presidente em suas declarações.
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Com os democratas entrando em território desconhecido, o presidente do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison, disse que o partido anunciará em breve as próximas etapas de seu processo de indicação.
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Analistas consultados pelo Banco Central voltaram a subir a expectativa para a alta do IPCA ao fim deste ano, superando novamente 4%, assim como também melhoraram suas projeções para a economia de 2024 e elevaram a perspectiva para o dólar neste ano e no próximo, de acordo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (22).
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA no término deste ano subiu para 4,05%, de 4,00% na semana anterior, no que havia sido a primeira queda na projeção após nove semanas consecutivas de alta.
A revisão ocorre na esteira do aumento na perspectiva para a alta dos preços administrados neste ano, agora em 4,59%, de 4,11% antes.
A expectativa para o avanço do IPCA em 2025 foi mantida em 3,90%.
O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa de câmbio agora é vista em 5,30 reais ao fim de 2024, ante 5,22 reais na semana anterior. No próximo ano, a projeção para o valor do dólar passou a 5,23 reais, de 5,20 reais anteriormente.
Na semana passada, os investidores voltaram a acirrar suas preocupações com o ajuste das contas públicas brasileiras, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou o cumprimento do arcabouço fiscal caso haja “coisas mais importantes para fazer”, levando a divisa norte-americana a superar novamente 5,60 reais.
Os analistas consultados no Focus também subiram pela terceira semana a projeção para o crescimento do PIB neste ano, agora em 2,15%, de 2,11% no levantamento anterior. No entanto, a expectativa para a alta do PIB em 2025 caiu a 1,93%, ante 1,97% há uma semana.
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Pela quinta semana consecutiva, os economistas também mantiveram a expectativa para o patamar da taxa básica de juros Selic neste ano e no próximo, a 10,50% e 9,50%, respectivamente.
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Alexandre Nedel, COO da Haribo
Presente em 120 países com 16 fábricas ao redor do mundo, a alemã Haribo anunciou nesta segunda-feira, 22, que vai triplicar os investimentos em ações promocionais no Brasil com uma promoção inédita. Além de lidar com a concorrência direta da Fini na região, seu principal concorrente, a Haribo pretende ampliar presença local.
O mercado de balas de gelatina no Brasil em 2023 foi de R$843 milhões, de acordo com pesquisa Nielsen. Em 2023, o consumo de bala de gelatina per capita no Brasil foi de aproximadamente 80g. Em países europeus como Alemanha o consumo chegava a ser de mais de 4kg per capita em 2020. De acordo com os dados da última pesquisa Nielsen 2023, o mercado de balas teve um crescimento de 22,4%, com crescimento destacado de 29% para balas de gelatina, especialidade da Haribo.
“Estamos muito felizes em anunciar essa grande ação mostrando que a Haribo está presente em diferentes momentos do cotidiano, com diversão, alegria e experiências inesquecíveis. Vamos mostrar a força global da marca, além de trazer à tona a história de uma empresa que acompanha gerações, com compromisso em oferecer produtos de qualidade, inovadores e com valores acessíveis”, explica Alexandre Nedel, COO da Haribo.
Forbes Brasil: Pode nos dar uma dimensão do crescimento recente da marca no Brasil? Alexandre Nedel – Devido ao crescimento da categoria nos últimos dois anos, o mercado se tornou bem competitivo. Na categoria de balas, no geral, há um crescimento de 10,9%. Quando falamos especificamente de balas de gelatina, o aumento é de 21,6%, de 2024 em relação a 2023, de acordo com a Nielsen. Este é um dado que mostra que as balas de gelatina continuam puxando o crescimento da categoria como um todo. Então é essencial se manter ativo para este setor. Por isso também temos feito investimentos significativos em outras áreas estratégicas como degustação, sampling, contratação de promotores e aprimoramento do atendimento ao cliente. Essas iniciativas não apenas visam aumentar a exposição dos nossos produtos e fortalecer nossa presença no mercado varejista, mas também garantir uma experiência positiva e memorável para todos os consumidores que interagem com a Haribo.
Forbes Brasil: Qual o grande desafio de ter uma concorrente como a Fini? Alexandre – Na Haribo acreditamos no poder da nossa liderança mundial que nos traz sempre mais conhecimento de consumidor, fazemos inovações relevantes e escala global para que possamos atuar competitivamente no mercado brasileiro. Nosso papel é acompanhar o consumidor brasileiro, proporcionando uma experiência única de consumo, com o respaldo da marca e nossa estratégia de negócios.
Forbes Brasil : Pode dar uma dimensão dos investimentos para essa promoção? Alexandre – Atualmente, nossos esforços primordiais estão concentrados nos pontos de venda, sendo uma parte substancial de nossa estratégia de marketing. Mais de 30% do nosso orçamento de marketing de 2024 está sendo direcionado especificamente para promoção. Estamos comprometidos em continuar inovando e investindo estrategicamente para alcançar nossos objetivos de visibilidade e expansão. Para 2024 temos a projeção de crescimento robusto de 25% de distribuição da marca, um crescimento superior ao de 2023, em relação a 2022; e também prevemos um crescimento de 30% em vendas para 2024. Para dar suporte a essa meta estamos investindo na campanha e em outras frentes de atuação. Para este ano, resolvemos inovar e fazer um investimento ainda maior e lançamos a campanha “Embarque no Mundo Mágico Haribo”, em que haverá impacto nos PDVs, mídias digitais, mídias offline, influenciadores como embaixadores; além dos impactos diretos para os consumidores como a distribuição dos prêmios instantâneos em dinheiro e malas recheadas com produtos Haribo, distribuídos em mais de R$100 mil, além da grande viagem de R$100 mil.
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O presidente Joe Biden anunciou, neste domingo (21), que encerrará sua campanha presidencial de 2024 e endossará a vice-presidente Kamala Harris como sua sucessora. Em uma declaração pública, Biden afirmou que sua decisão visa o melhor interesse do partido e do país, ressaltando que se concentrará exclusivamente em suas responsabilidades presidenciais pelo restante de seu mandato.
A decisão de Biden foi tomada após intensas pressões de mais de 30 membros do Congresso Democrata e reportagens que indicavam esforços de líderes democratas para persuadi-lo a desistir da candidatura. Questões sobre a idade de Biden e seu desempenho no debate de 27 de junho foram citadas como fatores determinantes para sua escolha.
Este movimento representa um evento sem precedentes na política moderna dos Estados Unidos, gerando uma corrida acelerada para selecionar um novo candidato antes da votação formal do partido marcada para agosto. A votação virtual para a nomeação do candidato ocorrerá até 7 de agosto, e a convenção do partido está agendada para 19 de agosto. A mudança na lei de Ohio permitirá a votação antecipada, embora delegados anteriormente comprometidos com Biden agora estejam liberados, permitindo a possibilidade de apoiar qualquer candidato na convenção.
Entre os possíveis candidatos, Kamala Harris se destaca como a principal opção, mas outros nomes também estão sendo cogitados, incluindo Gavin Newsom (Califórnia), J.B. Pritzker (Illinois), Gretchen Whitmer (Michigan), Jared Polis (Colorado), Josh Shapiro (Pensilvânia), Pete Buttigieg, Cory Booker e Amy Klobuchar. Nenhum desses candidatos confirmou oficialmente interesse na nomeação até o momento.
Pesquisas recentes indicam que tanto Biden quanto Harris estão atrás de Donald Trump nas intenções de voto. A pesquisa da YouGov mostra Biden perdendo para Trump por dois pontos e Harris por três. De acordo com a Reuters/Ipsos, Biden e Harris estão empatados com Trump, enquanto a pesquisa da CNN/SSRS revela que Harris supera Biden e outros candidatos potenciais, mas ainda está dois pontos atrás de Trump.
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Opiniões sobre Kamala Harris são divididas. Diversos democratas proeminentes, como James Clyburn, manifestaram apoio à sua candidatura, acreditando que ela seria uma opção viável para energizar o eleitorado. No entanto, Harris enfrenta críticas devido à sua baixa aprovação e ao seu histórico como vice-presidente e promotora. Ela tem demonstrado evolução em suas opiniões sobre justiça criminal, o que pode influenciar seu apoio dentro do partido. O ex-representante Tim Ryan defendeu Harris, destacando suas qualidades e capacidade de mobilizar os eleitores.
A decisão de Biden marca um novo capítulo na corrida presidencial, preparando o terreno para uma fase decisiva na escolha do próximo candidato democrata.
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Bilionários afirmam que Vance é a escolha perfeita para vice de Trump
Companheiro de chapa de Donald Trump, o senador de Ohio, J.D. Vance, sempre teve um apelo duplo. Ele vem da região decadente do sudoeste de Ohio, mas se destacou nos centros da elite americana – na Faculdade de Direito de Yale e nas firmas de capital de risco do Vale do Silício.
Ele se valeu desse apelo como candidato ao Senado em 2022. Recebeu doações de pilares da base dos republicanos, como Elizabeth Uihlein e Kelly Loeffler. Mas também conseguiu grandes somas de bilionários da tecnologia, como Anthony Wood, da Roku, e Palmer Luckey, da Oculus.
Seu parceiro da chapa republicana não precisa de muita ajuda para arrecadar fundos: Trump está à frente na corrida pelo dinheiro e recentemente recebeu uma das maiores doações únicas da história americana. Mas ele não recusaria dinheiro extra, e alguns dos maiores apoiadores bilionários da campanha de Vance ao Senado em 2022 ainda não deram dinheiro a Trump.
Além desses, um de seus apoiadores é o bilionário de fundos de hedge Paul Singer, que se encontrou recentemente com Trump, mas aparentemente disse ao ex-presidente que preferia outro candidato a vice-presidente. Mas nem todos os ricaços pensam da mesma forma. O desenvolvedor imobiliário Richard Kurtz disse à Forbes que Vance era uma escolha “perfeita” e afirmou que o recomendou a Trump no início deste ano.
O próprio possível vice-presidente também pode ter algum crédito por trazer o homem mais rico do mundo totalmente para a campanha MAGA. Após o anúncio de Vance, o Wall Street Journal relatou que Elon Musk estava comprometendo US$ 45 milhões (R$ 242 milhões) por mês para um PAC pró-Trump. “TRUMP VANCE”, postou recentemente no X. “Ressoa com vitória.”
Peter Thiel
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Peter Thiel
Doações para Vance: US$ 15 milhões (R$ 84 milhões) | Patrimônio líquido: US$ 7,9 bilhões (R$ 44 bilhões)
Vance uma vez descreveu uma palestra de Thiel como “o momento mais significativo do meu tempo na Faculdade de Direito de Yale”. Ele disse que isso o ajudou a perceber que estava excessivamente “obcecado em obter credenciais profissionais”, embora tenha sido o próprio Thiel – cofundador do PayPal e investidor inicial do Facebook – que ajudou a fornecer a Vance uma das primeiras de muitas linhas impressionantes em seu currículo.
Logo após a faculdade de direito, Vance conseguiu um emprego como principal na Mithril Capital, uma firma de capital de risco cofundada por Thiel. Ele não ficou muito tempo, mas o vínculo da dupla claramente perdurou: Thiel desembolsou mais de US$ 15 milhões (R$ 84 milhões) para apoiar Vance em 2022. Um autoproclamado libertário que publicou extensos tratados sobre teoria política, Thiel apoiou Trump em 2016, mas recentemente disse à Atlantic que se arrependeu e ficaria fora da política em 2024. Isso pode mudar com seu ex-funcionário agora na chapa.
Elizabeth Uihlein
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Elizabeth Uihlein
Doações para Vance: US$ 250 mil (R$ 1,4 milhões) | Patrimônio líquido: US$ 6,6 bilhões (R$ 37 bilhões)
A cofundadora do império de suprimentos industriais Uline, com sede em Wisconsin, Elizabeth Uihlein é uma das doadoras republicanas mais consistentes. Ela doou mais de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) em cada um dos últimos cinco ciclos eleitorais, então não é surpresa que Vance não tenha sido o único candidato ao Senado que ela apoiou em 2022, quando também despejou mais de US$ 3 milhões (R$ 17 milhões) na campanha de Ron Johnson em Wisconsin. A fortuna dos Uihlein continuará a fluir para Vance em 2024: ela deu US$ 5 milhões (R$ 28 milhões) para um super PAC pró-Trump em maio.
Richard Kurtz
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Richard Kurtz
Doações para Vance: US$ 100 mil (R$ 560 mil) | Patrimônio líquido: US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões)
Kurtz é o CEO da Kamson Corporation, uma empresa imobiliária com propriedades residenciais no Nordeste. Ele deu US$ 100 mil (R$ 560 mil) ao super PAC de Vance em 2022. Nesse mesmo ano, ele deu mais de US$ 200 mil (R$ 1 milhão) para apoiar a candidatura republicana de Mehmet Oz ao Senado na Pensilvânia, roteando as doações por um conjunto de complexos de apartamentos que possui, em vez de doar em seu nome. Antes disso, ele não era um grande doador.
Raramente doava para candidatos presidenciais, pulava ciclos inteiros e, quando doava, o dinheiro ia para ambos os lados do corredor. Ele deu US$ 200 mil (R$ 1 milhão) ao PAC de Trump em abril e agora parece estar firmemente comprometido em apoiar os republicanos – e não tem mais medo de assinar os cheques com seu próprio nome. Em uma entrevista à Forbes, Kurtz descreveu Vance como uma escolha “perfeita” para vice-presidente e disse que o recomendou a Trump no início deste ano.
Jimmy Haslam
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Jimmy Haslam
Doações para Vance: US$ 94 mil (R$ 526 mil) | Patrimônio líquido: US$ 8 bilhões (R$ 45 bilhões)
Jimmy Haslam é herdeiro do império de postos de caminhões Pilot Flying J, que ele e seu irmão Bill recentemente venderam para a Berkshire Hathaway por um total de mais de US$ 10 bilhões (R$ 56 bilhões) após muitas disputas legais. O nativo de Knoxville, Tennessee, é dono do Cleveland Browns da NFL, e ele e sua esposa Dee fizeram grandes doações para sua alma mater, a Universidade do Tennessee.
Eles dividem seu tempo entre Knoxville e um elegante subúrbio de Cleveland, e investiram muito dinheiro para ajudar a eleger Vance como senador. O casal gastou quase US$ 100 mil (R$ 560 mil) para apoiá-lo em 2022, juntamente com candidatos como Rick Scott, Oz e Ron Johnson. Os Haslams nunca foram grandes apoiadores de Trump e ainda não contribuíram para sua campanha de reeleição.
Anthony Wood
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Anthony Wood
Doações para Vance: US$ 53 mil (R$ 297 mil) | Patrimônio líquido: US$ 1,7 bilhões (R$ 9,5 bilhões)
Wood deixou a Netflix para fundar a Roku, capitalizando no boom do streaming pelo lado do hardware. Ele tem sido um conservador consistente, apoiando republicanos mesmo nos dias – 2012 – quando o Vale do Silício era quase universalmente associado aos liberais. Como Vance, Wood evitou Trump em 2016.
O fundador da Roku investiu algum dinheiro em Jeb Bush durante as primárias, mas ficou de fora das eleições gerais. Ele doou centenas de milhares para apoiar republicanos nos últimos três ciclos, incluindo mais de US$ 50 mil (R$ 280 mil) para Vance e seu PAC em 2022, mas ainda não doou para Trump. Resta saber se Wood – que recentemente se mudou de Palo Alto para o Texas – se aquecerá para Trump agora que um ex-conservador do Vale do Silício está na chapa.
Steve Wynn
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Steve Wynn
Doações para Vance: US$ 34,4 mil (R$ 193 mil) | Patrimônio líquido: US$ 3,4 bilhões (R$ 19 bilhões)
O cofundador da Wynn Resorts ao lado de sua ex-esposa Elaine Wynn, Steve Wynn construiu um império de cassinos e hotéis que se estende de Boston a Macau, embora tenha renunciado em 2018 em meio a alegações de má conduta sexual publicadas no Wall Street Journal.
Embora tenha se afastado de seus negócios, ele e sua esposa Andrea permaneceram ativos na política. Eles investiram cerca de US$ 35 mil (R$ 196 mil) na campanha de Vance em 2022, durante um ciclo que os viu investir um total combinado de US$ 19 milhões (R$ 106 milhões) nas eleições federais. E eles estão firmemente apoiando a chapa Trump-Vance: Steve deu mais de US$ 800 mil (R$ 4,5 milhões) para um comitê pró-Trump em março.
Palmer Luckey
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Palmer Luckey
Doações para Vance: US$ 15,8 mil (R$ 88 mil) | Patrimônio líquido: US$ 2,3 bilhões (R$ 13 bilhões)
Palmer Luckey construiu sua fortuna como fundador da Oculus VR, que vendeu para o Facebook em 2014; ele foi demitido depois por seu apoio vocal a Trump. Desde então, ele fundou outra empresa, a startup de tecnologia de defesa Anduril, e – começando em 2018 – emergiu como um grande doador republicano.
Apenas US$ 15 mil (R$ 84 mil) dos US$ 1,5 milhões (R$ 8,4 milhões) que ele gastou em 2022 foram para Vance, cuja conversão de nunca-Trumpista para segundo em comando do mundo MAGA foi recentemente elogiada por Luckey no X. “Não é apenas que JD adotou o pensamento de DJT, o próprio DJT mudou sua posição em muitas questões de forma a se alinhar mais com JD”, escreveu.
Embora ele ainda não tenha doado em 2024, Luckey não precisará de muita persuasão para apoiar Trump, que ele apoiou com quase US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) em 2020. Em 13 de julho, nas horas após a tentativa de assassinato do ex-presidente, ele postou no X a já icônica foto de Trump, com o punho levantado e a orelha ensanguentada. Não havia legenda.
John Catsimatidis
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John Catsimatidis
Doações para Vance: US$ 11,6 mil (R$ 65 mil) | Patrimônio líquido: US$ 4,3 bilhões (R$ 24 bilhões)
Nascido na Grécia e criado em Nova York, Catsimatidis construiu sua fortuna na indústria de supermercados da cidade antes de expandir para jatos, imóveis e petróleo. Candidato republicano à prefeitura de Nova York, suas doações historicamente fluíram para ambos os lados do corredor – tanto para Hillary Clinton quanto para John
McCain em 2008. Mas ele já se declarou publicamente a favor de Trump-Vance, e qualquer hesitação que ele teve em apoiar a campanha de reeleição de Trump pode ter evaporado no mês passado, quando foi revelado que Catsimatidis havia falado com um grande doador que planejava apoiar Ron DeSantis, mas decidiu apoiar Trump após o anúncio da chapa.
Diane Hendricks
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Diane Hendricks
Doações para Vance: US$ 10 mil (R$ 56 mil) | Patrimônio líquido: US$ 15 bilhões (R$ 84 bilhões)
Ela é uma das pessoas mais ricas do mundo graças à ABC Supply, distribuidora de telhados e janelas que ela fundou com seu falecido marido Ken. Hendricks – cujo patrimônio líquido aumentou em US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões) apenas no ano passado – há muito tempo se posiciona como uma das principais doadoras republicanas, canalizando milhões de dólares para candidatos e comitês ao longo de várias eleições, com ênfase especial no apoio a mulheres republicanas.
Em 2022, ela dividiu suas doações de US$ 10 milhões (R$ 56 milhões) igualmente entre um PAC apoiando Vance e os comitês nacionais republicanos. Ela também doou US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) ao super PAC de Trump em maio.
Kelly Loeffler
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Kelly Loeffler
Doações para Vance: US$ 5,8 milhões (R$ 32 milhões) | Patrimônio líquido: US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões)
Loeffler sabe bem o quão caro pode ser uma candidatura ao Senado: Sua campanha malsucedida na Geórgia em 2020 arrecadou impressionantes US$ 92 milhões (R$ 515 milhões), incluindo US$ 23 milhões (R$ 129 milhões) que ela emprestou à sua própria campanha. Esse valor – e os US$ 5,8 mil (R$ 32 mil) que ela deu a Vance em 2022 – não a afetaram muito, já que ela é casada com o bilionário Jeff Sprecher, fundador e CEO da Intercontinental Exchange, a empresa que possui a Bolsa de Valores de Nova York, que a Forbes estima valer mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões).
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Loeffler, que foi nomeada para preencher a vaga no Senado da Geórgia por um breve período em 2019, tem investido grandes somas em campanhas republicanas há anos. Ela não apoiou Trump em 2016, mas o apoiou com quase US$ 300 mil em 2020 e mais de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) neste ciclo. Recentemente, ela celebrou a escolha de Vance: “esta é a chapa presidencial mais forte da nossa vida.”
Paul Singer
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Paul Singer
Doações para Vance: US$ 5,8 mil (R$ 32 mil) | Patrimônio líquido: US$ 6,1 bilhões (R$ 34 bilhões)
Os US$ 5,8 mil (R$ 32 mil) que Singer deu à campanha de J.D. Vance em 2022 foram uma gota no balde: o bilionário de fundos de hedge de Nova York deu mais de US$ 20 milhões (R$ 112 milhões) para campanhas republicanas naquele ano. Parte desse dinheiro foi para o fundo centralizado do Senado do partido e provavelmente chegou a Vance.
Seu companheiro de chapa, no entanto, é um dos raros republicanos que não se beneficiaram dos estímulos de Singer – o bilionário doa milhões a cada ciclo, mas nunca apoiou Trump. Isso pode mudar. O Washington Post relatou que os dois homens se encontraram nas últimas semanas, embora Singer tenha dito a Trump que preferia um vice-presidente que não fosse Vance.
Margaretta Taylor
Forbes US
Margaretta Taylor
Doações para Vance: US$ 5,8 mil (R$ 32 mil) | Patrimônio líquido: US$ 4 bilhões (R$ 22 bilhões)
Margaretta Taylor possui 16,7% da Cox Enterprises, um conglomerado de capital fechado que abrange as indústrias de mídia e automotiva e gera mais de US$ 20 bilhões (R$ 112 bilhões) em receita anual. Seu filho Alex é o presidente e CEO da Cox. Margaretta certamente tem os meios para ser uma megadoadora, mas geralmente limita suas doações a valores baixos de cinco dígitos.
Ela deu US$ 5,8 mil (R$ 32 mil) a Vance em 2022, embora ele tenha sido apenas um dos muitos candidatos republicanos a quem ela distribuiu somas semelhantes. Taylor sinalizou apoio consistente a Trump, que é seu vizinho em Palm Beach Island – ela deu US$ 2,7 mil (R$ 15 mil) em 2016 e mais de US$ 10 mil (R$ 56 mil) em 2020. Ela apoiou Ron DeSantis e Nikki Haley nas primárias republicanas desta vez, e ainda não doou para Trump.
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Cassiano de Souza
Jaques Lewkowicz, fundador da renomada agência de publicidade Lew’Lara
Jaques Lewkowicz, fundador da renomada agência de publicidade Lew’Lara, faleceu na última sexta-feira, dia 19, em São Paulo. Aos 80 anos, Jaques deixa a esposa Cristina, seus filhos Rodrigo e Juliana, e os netos Samy, Antônia e Duda.
A cerimônia de sepultamento foi realizada hoje (21), às 11h, no Cemitério Israelita do Butantã, localizado na Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, nº 5530, em São Paulo.
Luiz Lara, presidente do Cenp-Meios e chairman da Lew’LaraTBWA, destacou o perfil desbravador de Jaques e sua habilidade em revelar talentos, além de criar um ambiente de trabalho leve e divertido para as equipes. “Deixa um patrimônio afetivo enorme”, afirmou Luiz, acrescentando que “perdemos um gigante”.
Marcia Esteves, CEO da Lew’LaraTBWA e presidente da Abap, descreveu Jaques como um dos profissionais mais incríveis e queridos da publicidade, salientando sua importância na carreira de muitos outros profissionais. “Ele está na alma da agência”, disse Marcia.
Igor Puga, vice-presidente de marketing da Zamp, enfatizou a generosidade e o cuidado paterno de Jaques, lembrando-o como um parceiro fundamental na fundação da iD Lew’Lara (hoje iDTBWA). “Foi a pessoa mais generosa e leve com quem já lidei profissionalmente”, declarou Igor.
Com uma carreira de mais de 30 anos na propaganda, Jaques Lewkowicz foi integrante do “Hall da Fama” da Academia Brasileira de Marketing, destacando-se por sua contribuição significativa ao setor.
O falecimento de Jaques gerou inúmeras publicações e homenagens nas redes sociais por membros do mercado publicitário, que recordaram seu legado e expressaram suas condolências à família.
Estagiário aos 69 anos
Entre as agências em que trabalhou estão Delta, Caio, Salles/Interamericana, McCann e Ogilvy, onde ocupou o cargo de vice-presidente de criação.
Em 1988, fundou sua primeira agência, a SLBB. Quatro anos depois, em parceria com Luiz Lara, lançou a Lew’Lara, que mais tarde se uniria ao grupo americano TBWA. Hoje, a empresa está entre as 20 maiores agências do Brasil, conforme o Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp-Meios).
Em 2013, aos 69 anos, decidiu deixar a Lew’Lara e iniciar uma nova fase como estagiário no Google.
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Os amantes de um molho de pimenta levaram um susto meses atrás. A fabricante Huy Fong Foods, com sede na Califórnia, nos EUA, anunciou em maio a interrupção da venda do icônico sriracha, o picante tempero tailandês com um galo desenhado no rótulo. Seria uma parada temporária, prevista para o verão no hemisfério norte.
Não é a primeira vez que a Huy Fong tem problemas com seus fornecedores. Em 2017, a empresa cortou relações com o antigo parceiro Underwood Ranches, produtor das pimentas. Desde então, ainda não conseguiu encontrar alternativas para se abastecer com matéria-prima. Desta vez, o problema foi que os pimentões jalapeño não estavam vermelhos e maduros o bastante.
O caso da Huy Fong é uma lição importante sobre a necessidade das empresas cultivarem parcerias em toda a cadeia de produção – no caso, a começar pelos agricultores que cultivam as pimentas –, estabelecerem compromissos e cobrirem adequadamente as cadeias de abastecimento. Também ensina por que trabalhar com fornecedores estratégicos é tão importante quando o valor de uma marca está em jogo.
O calor da pimenta
A marca é símbolo nas prateleiras. Só de ver o recipiente de Huy Fong Sriracha seus apreciadores já sentem o gosto acalorado, doce e picante. As emblemáticas embalagens apresentam em seu logotipo a imagem de um galo, uma tampa verde e dentro um molho vermelho explosivo de sabores e aromas.
Os ingredientes são simples: pimenta, açúcar, alho, sal e vinagre destilado. Mas, em geral, seus consumidores não o confundem com nenhum outro condimento, pois o sriracha da Huy Fong é incomparável. Para se ter uma ideia, documentários e músicas já foram criados em homenagem a esse molho único. Tem sido, inclusive, objeto de inúmeras colaborações de diversas marcas e influenciou itens tão aleatórios como jogos de tabuleiro, doces, protetores labiais, meias e sapatos.
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Molho de pimenta da discórdia, enquanto consumidores ficam à espera
Mas, ainda que tenha todo esse reconhecimento, a marca também enfrenta muita concorrência. Depois que a Huy Fong rompeu com seu fornecedor de pimentas, sobretudo, outras empresas entraram em cena para preencher a lacuna. A Tabasco, do Texas, lançou um site dedicado a ajudar na busca por um substituto. Até mesmo a Underwood Ranches, antiga fornecedora da fabricante original, resolveu lançar seu próprio produto concorrente.
Um processo perde-perde
Cerca de 80% de cada recipiente de sriracha da Huy Fong consiste em purê de pimenta vermelha. Durante décadas, essas pimentas foram cultivadas pela Underwood Ranches, com sede na Califórnia, e convenientemente localizada perto da fábrica da Huy Fong.
No entanto, em 2017 a parceria azedou, com cada parceiro sugerindo desonestidades em suas negociações comerciais. Acusações e mágoas levaram a uma disputa contratual que acabou na justiça. As evidências? Foi descoberto que a Huy Fong Foods violou o contrato e a Underwood recebeu mais de US$ 23 milhões (R$ 124,6 milhões, na cotação atual).
Aparentemente, a Underwood venceu. Mas, na realidade, foi uma situação em que todos saíram perdendo. A concorrente tinha centenas de hectares de campos de pimenta, mas nenhum cliente. A Huy Fong, por sua vez, possuía uma fábrica de 56,7 mil metros quadrados sem nenhum suprimento essencial para fazer as pimentas de alta qualidade. E os verdadeiros perdedores? Os clientes fiéis que se acostumaram a colocar o famoso molho sriracha em quase tudo. O molho chegou a ser vendido por US$ 100 (R$ 542) a garrafa.
Após deixar seu principal fornecedor, Huy Fong precisou encontrar novas fontes de pimenta e recorreu a outros produtores no México. Mas essas outras fontes nem sempre foram tão abundantes, quentes ou vermelhas quanto era necessário.
Enquanto isso, a Underwood passou a produzir seu próprio molho picante, o Dragon Sauce, que rivaliza com o sriracha de seu ex-parceiro, no mercado norte-americano.
Confiança e comunicação
Embora muitos profissionais argumentam que os problemas da cadeia de abastecimento da Huy Fong resultaram de uma relação arriscada de fonte única com a Underwood Ranches, vale destacar que essa relação estratégica ajudou a alimentar o sucesso da empresa durante meio século.
Em vez disso, é possível que a queda tenha resultado da má comunicação e do contrato incompleto que levaram à perda de confiança.
Os documentos judiciais oficiais dão uma visão única sobre isso: a culpa pela perda de confiança e pela falta de práticas contratuais claras. O processo diz que “foi dito que alguns contratos não valem o papel em que estão escritos. Mas os contratos orais decorrentes de contratos previamente escritos e de práticas comerciais de longa data baseadas no costume e na confiança são tão válidos como os contratos do papel em que estão escritos. Quando tal contrato é violado, há consequências.”
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E, neste caso, as consequências de permitir que comportamentos de desconfiança se infiltrem em uma relação comercial não só custaram a Huy Fong milhões de dólares num acordo judicial, mas também a assombraram em uma contínua escassez na cadeia de abastecimento de fornecedores menos fiáveis.
A importância da comunicação e confiança nas relações comerciais estratégicas é sublinhada por um estudo da McKinsey & Company. O relatório afirma que a comunicação interna eficaz e a confiança (38%) ultrapassaram o alinhamento dos objetivos da empresa-mãe e da parceria (35%) e no plano de reestruturação e evolução (27%) como as principais causas do fracasso das joint ventures.
Confiança e comunicação andam de mãos dadas e é importante que as empresas comuniquem as suas preocupações e estejam preparadas para superá-las.
Como escrevem os autores do estudo da McKinsey: “Inevitavelmente, surgirão pontos de tensão. Por exemplo, as empresas muitas vezes discordam sobre fluxos financeiros ou direitos de decisão. Mas vimos parceiros articular essas diferenças durante o período de negociação, chegar a acordo sobre prioridades e definir prazos e metas. Eles neutralizam grande parte da tensão desde o início, de modo que, quando surgiram novas dificuldades – como mudanças de mercado e mudanças nas estratégias dos parceiros –, as empresas conseguem mais facilmente evitar reveses e atrasos dispendiosos nas atividades comerciais que desenvolviam juntas.”
O calor está ligado
A Huy Fong Foods terá que fortalecer sua cadeia de abastecimento para garantir que o molho picante esteja nas mesas e nas cozinhas em todo os EUA.
Superficialmente, a sabedoria convencional dos profissionais de compras é recorrer a vários fornecedores para preencher a lacuna da Underwood Ranches. Isto é exatamente o que Huy Fong fez – o que obviamente não funcionou tão bem na prevenção da escassez novamente este ano.
A resposta talvez esteja em voltar ao básico e tentar recriar a magia que a empresa teve com a Underwood Ranches, com base naqueles primeiros anos de confiança, transparência e interesse mútuo que levaram a mais de 25 anos de sucesso mútuo. No entanto, é recomendável que a Huy Fong adote um contrato formal.
Qualquer que seja a resposta, se a empresa não resolver rapidamente os problemas na sua cadeia de abastecimento, os alimentos terão um sabor muito mais insípido nos próximos meses.
*Kate Vitasek, colaboradora da Forbes EUA, é autora de sete livros e especialista em relacionamentos. Trabalhou na CNN e Bloomberg. É docente na Universidade do Tennessee.