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O que você precisa saber antes de curtir o Mondial de la Bière

Mais de 1500 rótulos e 120 cervejarias estarão espalhadas pelo Píer Mauá no Mondial de la Bière, que vai desta quinta (10) a domingo (13). O evento em 2024 terá ainda 30 operações de gastronomia e 40 horas de música ao vivo em dois palcos.

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A produção mundial de cerveja estará bem representada, assim como fabricantes de diversos estados brasileiros. A ala internacional tem potências como Ballast Point, Delirium, ST Bernardus, Chimay, Blue Moon, Gulden Draak, Pilsener Urquell, Lagunitas, De Halven Maan, Goose Island e Hoegaarden.

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Além das principais cervejarias do município do Rio, a Região Serrana estará presente com destaque para marcas como Guapa, Brewpoint, Duas Torres, Doutor Duranz, Odin, MadBrew, Belgarioca Rabugentos Brewing Co, e a Therezópolis, patrocinadora do evento.

Para comer, estão confirmados novos sabores como Rock Burger, Monster Truck, Ex-Touro, Hot Dog from Rio, Bar Maravilha, Mad Poke, Calidus, Los Pollos Fritos, O Fallafel, Pastel do Rio, Artesanos Bakery e Pipoca do Rio. Os já conhecidos dos cervejeiros também fazem parte da lista: Vulcano, Bistrogro, Espírito de Porco, Os Filhos da Mãe, Belga Burger, Ossos Carnes e Burgers, Carango e Big Daddy’s, Brewteco e Belisque, Só Coxinha, Las Empanadas, Pizza Al Taglio, Tasquinha do Portuga, Ceviche da Fabi, Pão de Alho do Kiki, Rebola Queixo e Família Scharder.

A mistura de ritmos dos shows inclui samba, pagode e rock, com atrações como Samba de Santa Clara, Eu Convidado, Tchopu, Samba do Novaes, Celeiro o Samba, Marquinho Nunes, Blackbird, Lica Tito, Pagode da Beta, Meu Funeral, e os DJs Fran, Julio Rodrigues, Pivete, Yas, Lais Conti, Mabruxo, Tales Mulatu e Saddam.

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Os ingressos para o Mondial de la Bière estão à venda pelo site da Eventim e variam de R$ 80,00 a R$ 350,00, dependendo da categoria escolhida. O evento será nos Armazéns 3, 4 e 5. Av. Rodrigues Alves, 10, Praça Mauá. Quinta (10), das 15h à 0h; sexta (11), das 14h às 0h; sábado (12), das 13h à 0h; domingo (13), das 13h às 23h.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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A Cultura Vínica Está Morrendo

Crédito de Imagem: Adoble Stock

A frase que entitula este texto é um alerta, que busca chamar atenção de todos que trabalham no setor econômico do vinho e aos que amam esta bebida milenar, para uma triste realidade ao qual a cadeia do vinho está enfrentando. Os dados da última década evidenciam um cenário preocupante do setor, a seguir eles serão apresentados e alicerçam esta real constatação.

A cultura vínica tem uma longa história na cronologia do tempo, passando pelas mais importantes civilizações da história humana. Mas quando pinçamos somente a última década temos dados alarmantes de decréscimos na cadeia como um todo. Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) a área mundial de vinhas plantadas em 2013 era de 7 443 396 (ha) e em 2023 registrou 7 201 944 (ha), uma queda de -9,5% em vinhas. Quando observamos os dados da mesma entidade sobre a produção mundial de vinhos no mesmo período, eles são ainda mais estarrecedores com uma queda de -18,77%, pois em 2013 a produção foi de 292 217 (1000 hl) e em 2023 os números registrados na produção de vinhos foi de 237 340 (1000 hl). As referências ao consumo mundial de vinhos também gera desconforto para a cadeia, já que os dados nos últimos 10 anos registraram queda de -9,5%, os dados apresentados pela OIV de consumo global de vinhos em 2013 foram de 244 433 (1000 hl) e em 2023 foi registrado 221 219 (1000 hl).

São diversas as causas que tem contribuído para esses números negativos do setor vitivinícola mundial e muitas delas podendo ter altos níveis de complexidade ao analisarmos. Dentre tantos desafios ao qual o setor vem sendo exposto podemos citar: consequências da violenta crise econômica causada pela pandemia; as incertezas trazidas pelas guerras que assombram regiões; a inflação na grande parte dos países; a dificuldade que o setor enfrenta em adquirir insumos e aumento brutal no custo de produção; o desincentivo em cultivar a Vitis e a falta generalizada de mão de obra; a concorrência dos mercados sobretudo com outras bebidas alcoólicas; a perda do poder de consumo das famílias; a mudança de hábitos das pessoas e nas gerações mileniais; as bandeiras e campanhas “anti-álcool” criadas e propagadas para as massas a todo momento; as restrições de consumo seja por políticas, por religiões ou ações fundamentalistas e o mais importante o não fomentar a cultura vínica e isso até pelo próprio setor.

Como sugestões a serem analisadas e que talvez possam ser de contributo importante para mitigar as dificuldades enfrentadas pela cadeia econômica do vinho, primeiramente seria a união do setor de forma conjunta e firme ( Entidades, Produtores, Comerciantes e Consumidores) em prol de solucionar as problemáticas que já se possui e as inúmeras que se vislumbram atingir ao setor de forma viceral. Fomentar a importância da cultura vínica como gerador de valor social, cultural, histórico e econômico sobretudo para as regiões e países vitivinícolas. Estar atentos a evolução do mundo e dos mercados, não parando no tempo e vislumbrando novos horizontes e novas possibilidades. São muitas as oportunidades na modernidade que o setor vitivinícola pode utilizar, e dentre elas a produção de estilos de vinhos que o consumidor aprecie, novas embalagens e apresentações, utilização das formas modernas de se comunicar e utilizando linguagem palatável com o público alvo, investimentos no mercado e no comércio on-line, qualificar cada vez mais os profissionais envoltos do mercado e que trabalham com vinho para que os mesmo também possam ser vitrines de encantamento aos clientes e aos novos consumidores.

Em resumo, o objetivo desde texto não é impor verdades absolutas e sim convidar a todos a olharmos para os dados atualizados apresentados, observarmos o que está ocorrendo no mercado e tomarmos consciência do que cada um de nós podemos fazer para que o setor não definhe ainda mais e a cultura vínica permaneça viva e que possa ser transmitida as novas gerações, continuando a sua trajetória também em nossa época contemporânea.

Finalizo com a frase do Nildo Lage :
“A cultura de um povo é o seu maior patrimônio. Preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores, é permitir que as novas gerações não vivam sob as trevas do anonimato.

Desejo que você transborde cultura vínica !

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Vinhos: dez novidades da ProWine que estão chegando ao mercado do país

Foi uma semana intensa para o setor de vinhos. Durante os dias 1 e 3 de outubro fomos abduzidos para os pavilhões do Expo Center Norte, onde 15 000 visitantes circularam para conhecer 1402 marcas, provenientes de 34 países. A ProWine, versão brasileira da feira de origem alemã, consolidou-se como a maior das Américas. O crescimento brutal do evento demostra certamente um maior interesse dos brasileiros por vinhos e a clara percepção internacional a respeito da importância do nosso mercado.

Nos corredores foi possível notar que os brancos ganharam um bom espaço, inclusive tomando uma pequena fatia dos tintos, não se sabe se pelas ondas de calor ou pelo amadurecimento dos bebedores. Em termos mais gerais, os vinhos na faixa de 300 reais encontram-se hoje no topo das preferências dos consumidores, que descobrem cada vez mais que é possível encontrar ótimos produtos por esse valor.

A criatividade dos produtores deu lugar há algumas formulações diferentonas, a exemplo dos vinhos fermentados em barricas de uísque. Na onda do K-Pop, a ProWine abriu espaço para estandes de Soju, popular destilado coreano feito à base de maçã (eu experimentei e meu conselho é o seguinte: beba com moderação, pois o negócio é forte).

Curiosidades à parte, uma das coisas que mais chamaram atenção no evento foi o lançamento mundial de uma nova safra Pêra Manca, vinho português super premium que tem no Brasil um dos seus principais mercados. O evento marcou também a consolidação do Brasil como produtor de grandes vinhos, de terroirs surpreendentes como o da Chapada Diamantina, na Bahia.

Abaixo, uma seleção da AL VINO com dez novidades apresentadas na ProWine 2024 que, em breve, estarão disponíveis no nosso mercado:

1. Colheita de 4 estações

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Uma edição de 1270 garrafas Magnum (1,5l), imponentes e numeradas, foi a surpresa que trouxeram à feira as sócias Andreia Gentilini e Juciane Casagrande Doro com seu Amitié Colheitas – Gran Corte de 4 Estações. Da colheita de verão da Campanha Gaúcha e da Serra Gaúcha vieram o Tannat e o Cabernet Franc, a colheita de outono no Planalto Catarinense trouxe Merlot, Malbec, Cabernet Sauvignon e Montepulciano ao blend. Para dar fruta e corpo, a uva Syrah colhida no inverno da Serra da Mantiqueira e, por fim, com a colheita de primavera do Vale do São Francisco (PE) o Tempranillo rosé. Para afinar todo esse blend, o rótulo passa seis meses por barricas de segundo uso e o resultado é um vinho extremamente elegante, de corpo médio e que merece ser conhecido. R$ 320

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Amitié: produto premium das Serras GaúchasMarianne Piemonte/VEJA

2. Velho mundo com atitude de novo

É assim que o grande produtor de Languedoc-Roussillon define seu Arrogant Frog Orange, um laranja orgânico feito com as uvas Grenache Blanc, Macabeo e Grenache Gris, embalado numa garrafa com um rótulo irreverente. Esse tipo de vinificação de uvas brancas que permanecem em contato com as cascas para ganhar cor e complexidade é muito antiga, mas tem ganhado novos apreciadores. Eu costumo entender os laranjas como tintos leves na hora de harmonizar, mas este me surpreendeu pelo frescor e acidez que permite ser tomado na piscina. R$ 160

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Arrogant Frog Orange: laranja orgânico feito com as uvas Grenache Blanc, Macabeo e Grenache GrisMarianne Piemonte/VEJA

3. Sidra brasileira com estilo francês

Esqueça aquele líquido super comercial da garrafa verde. Este fermentado de maçã muito consumido em países como França, Espanha, Suíça e Áustria ganhou um representante à altura aqui no Brasil, a Sidre, Sidra Dry Natural (RAR). Feita em Vacaria, no Rio Grande do Sul, pelo terceiro maior produtor de maçã brasileira e segundo maior exportador da fruta, a sidra RAR teve os dedos mágicos do mago das leveduras, o enólogo uruguaio Alejandro Cardozo, que presta consultoria para boa parte dos vencedores do Guia dos Descochardos. Ela é leve, fresca, zero açúcar, apenas 6% de álcool, uma delícia para iniciar um jantar, para receber amigos, para piscina… O valor dela é R9.

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A RAR: sidra com qualidade só encontrada na EuropaMarianne Piemonte/VEJA

4. Espumante à moda do chef

O Erick Jacquin Brut – Casa Perini (Brasil) é um espumante 100% Chardonnay, produzido pela tradicional casa de Farroupilha (RS). Ele passa por 4 meses em contato com as borras após a segunda fermentação, o que faz dele um espumante do estilo Charmat longo. O chef  participou ativamente da elaboração do produto, fazendo provas e sugerindo alterações que garantiram o sotaque francês ao espumante. É cremoso, gastronômico e bastante fresco. R$ 99

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O espumante do chef: 100% ChadornnayDivulgação/VEJA

5. Dez anos de cave antes da comercialização

Durante a ProWine, o único Master of Wine que fala português no mundo, Dirceu Viana, fez uma seleção de vinhos que demostrassem as diferenças de produção das regiões de Portugal. Impossível passar pelo Raríssimo Baga Tinto 2011 – Casa dos Amados (Portugal) e fingir naturalidade. Confesso que me levantei e aplaudi o enólogo Osvaldo Amado, que estava na sala. Um dos portugueses mais premiados em concursos internacionais, Amado atualmente dedica-se à criação apenas de seus vinhos.
Raríssimo tem apenas um ou duas produções por década,  a produção depende da qualidade da safra. É um 100% Baga, que passa 24 meses por barricas de carvalho de segundo uso e espera DEZ ANOS (!!!) na cave antes de ser comercializado. Tem um tanino que lembra Nebbiolo, mas muita cor e um absurdo sabor de fruta. O valor acompanha a preciosidade, R$ 1700, mas se eu fosse consumidor de grandes ícones de renome mundial, eu correria para garantir uma caixa dele para a minha adega.

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Bairrada: um dos portugueses mais premiados em eventos internacionaisReprodução/VEJA

6. Perrum, Rabo de Ovelha e Manteúda

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Já ouviu falar nas uvas acima? Pois são espécies muito antigas da região do Alentejo que compões o blend de Fresh From Amphora 2022 – Herdade Rocim (Portugal). Fermentado em talhas, aqueles vasos de barro, passaram a ser engarrafados para venda apenas em 2010. Antes disso, as famílias da região iam com seus vasilhames buscar o vinho para o consumo próprio. Hoje há até o Ânfora Wine Day, em 16 de novembro, dia em que as talhas são abertas para o envase dos vinhos. Boa parte da produção é comprada por mercados como Nova York e Califórnia. Mas, para nossa sorte, o litrão  (sim, a garrafa tem 1 litro) desse branco extremamente fresco e perfumado chegou ao mercado brasileiro por R$ 298.

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O Fresh From Amphora 2022 : preciosidade do AlentejoMarianne Piemonte/VEJA

7. Beaujolais branco?

Existe e é bastante raro, pois 99% de toda produção de Beaujolais é direcionada para o famoso tinto feito com a uva Gamay. Apenas  1% é destinado ao Chardonnay. O resultado é um branco cremoso e mineral, com ótima acidez e zero passagem por madeira. Eu poderia tomar sempre nos brunchs de domingo, se fosse nascida na França e morasse em um castelo. O Chateau de Chatelard – Beaujolais Blanc – Cuvée Secrete de Chardonnay (França), custa R$ 220.

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O Beaujolais Blanc: cremoso e mineralMarianne Piemonte/VEJA

8. Vinha à beira mar

A região de Lisboa ganhou um lugar de destaque este ano na feira, com seus vinhedos que recebem a brisa do Atlântico e prometem mais frescor, leveza e mineralidade aos vinhos. Um rosé que me chamou atenção foi 3.000 Rosas, Casal Sta Maria (R0), das uvas Pinot Noir, Touriga Nacional e Syrah o vinho passa seis meses por barricas de segundo uso, além do processo de bâttonage, no qual o mosto em contato com as cascas é revirado na barrica com um bastão. Tem corpo, mas tem frescor. No final, um tiquinho de sal. O enólogo Jorge Rosa Santos estava em outro setor da feira com um alentajano digno de nota, o Implicit. Em sua matemática, há na composição ¼ de Alicante Bouchet, 1/5 de Touriga Naciona, 1/3 de Aragonez e 1/6 de Trincadeira, além de 1/20 de prensas. Só provando para desvendar essa equação.

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O 3000 Rosas: diretamente da região de LisboaMarianne Piemonte/VEJA

9. Herança dos monges de Compostela na Serra da Estrela

Jaen, da Casa Américo (Portugal), é produzido com esta cepa que chegou ao norte de Portugal trazida pelos monges de Compostela, na Espanha, onde ela recebe o nome de Mecia. Por um tempo, a uva foi ignorada e até arrancada, mas tem reconquistado seu espaço pelo tinto delicado, com taninos muito redondos e ótima acidez. Para que seja percebido todo seu esplendor (e que nenhum monge revire na tumba), zero passagem por madeira. R$ 210

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Jaen: pelo caminho de CompostelaMarianne Piemonte/VEJA

10. Irreverência etílica

Vem do Tejo, de uma turma de jovens na casa dos 30, o vinho que teve um dos estandes mais movimentados: o  Que se Foda, originado de um blend de Merlot, Shiraz e Petir Verdot, que tem sido feita a versão “Herbert Richers”, como eles dizem, aqui em Flores da Cunha (RS), pela vinícola Luiz Argenta. Custa R$ 153 e achei difícil degusta-lo na feira, porque tem bastante corpo e precisava ser decantado. Já o clarete, um vinho com a personalidade do rosé um pouco mais potente, chamado Cadelão, tem ótima fruta, frescor e acidez capaz de deixar a garrafa pequena. Custa R$ 189. O termo “Apanhei uma Cadela” ou Cadelão, dois rótulos da casa, quer dizer ressaca, em bom português de Portugal.

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Que se Foda: jovens do Tejo chutaram o pau da barracaMarianne Piemonte/VEJA

 

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Vinho – VEJA
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Belê, Liga dos Botecos e Spaghettilândia fecham as portas

Enquanto vive-se um período de muitas aberturas e novidades entre bares e restaurantes na cidade, os últimos dias têm sido de fechamentos de estabelecimentos distintos, em diferentes regiões do Rio

No Jardim Botânico, o Belê pretende abrir pela última vez nesse sábado (5) para uma “saideira” na casa de três andares, conhecida no Jardim Botânico, de esquina com as ruas Lopes Quintas e Visconde de Carandaí. O ponto tem se mostrado difícil para os negócios desde o fechamento do Lorenzo Bistrô, em 2019. De 2022 para cá, já estiveram por lá o Malkah, o Gabriela Gourmet e o Belê, dos mesmos donos. O último apostava em comida regional brasileira com novas roupagens.

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A cena dos bares também sofreu perda sentida pelos clientes, que foram pegos de surpresa com a notícia, na segunda (30), de que a Liga dos Botecos estava fechando as portas depois de 6 anos de atividades. Uma nota no Instagram informou que “os bares que se juntaram nessa Liga querida continuam funcionando em seus locais originais, e quem ficar com saudades vem de delivery pra aproveitar nossos pratos em sua casa”. A Liga foi uma união de Botero, Bar do Momo, Cachambeer e Bar da Frente, com seus pratos e petiscos no endereço, agora fechado, da Rua Álvaro Ramos, 170.

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Na Cinelândia, um clássico de quase 80 anos também não resistiu, infelizmente, e fechou as portas levando uma parte da história do Centro. Citada na letra de samba Ladrão de Galinha, do compositor Nei Lopes, e frequentada, nos áureos tempos, por figuras como o poeta Ferreira Gullar e o sambista João Nogueira, a Spaghettilândia encerrou as atividades na Rua Álvaro Alvim, e uma placa na porta anuncia: “Vende-se”. Eram famosos os pratos enormes de massas variadas, assim como os bifes à milanesa e a figura generosa do dono, Seu Serafim.

Outro que encerou sem alarde as atividades foi o ponto do restaurante Itacoa, no Rio Design Leblon. A casa criada pelo chef Rafa Gomes, que também funciona em Paris, o endereço onde tudo começou, continua em atividade na matriz carioca do Shoping Village Mall. Paulo Pacheco, presidente do grupo BFW, dono do restaurante, afirma: “Foi um fechamento estratégico, já que o shopping irá passar por uma obra significativa. Resolvemos nos antecipar para que esse momento seja feito com tranquilidade, e nada impede que após a reformulação nós possamos ocupar um outro espaço no local”.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Península de Setúbal, paraíso dos vinhos de mar de montanha

Nenhuma outra região de Portugal é tão rica e variada em termos geográficos, com planícies, serras e encostas, rios (como o Sado e o Tejo) e o oceano Atlântico.

 

Localizada logo ao sul de Lisboa, a cerca de 50 km da capital portuguesa, ou cerca de 45 minutos de carro, a Península de Setúbal é uma das regiões vinícolas mais antigas, não só de Portugal, mas de toda a Península Ibérica. Aqui foram plantadas as primeiras vinhas em 2000 a.C. Engana-se, contudo, quem achar que a Península de Setúbal (PS) parou no tempo. É de lá que hoje saem alguns dos melhores e mais modernos vinhos de Portugal, tintos, brancos, rosados e, a “cereja do bolo”, o néctar Moscatel de Setúbal.

 

A península é dividida em 13 concelhos (assim mesmo, com “c”), mas seus quase oito mil hectares de vinhedos concentram-se em três deles, Setúbal, Palmela e Montijo. Os vinhos de IG (Indicação Geográfica) Península de Setúbal podem ser produzidos em todo o distrito de Setúbal e são tintos, brancos rosados e espumantes, enquanto a DO Setúbal, regulamentada em 1908 abrange os concelhos de Setúbal, Palmela, Sesimbra e Montijo e é exclusiva para produção de vinhos generosos (Moscatel de Setúbal).

 

Os tintos brilham na DO Palmela, regulamentada em 1989, que abrange os mesmos concelhos da DO Setúbal – são os tintos mais tradicionais da região, com mínimo de 67% da variedade Castelão. A Castelão é uma das uvas mais plantadas de Portugal, e é daqui, de Palmela, que saem os melhores exemplares desta casta no mundo. Aqui, indicaria que na DO Palmela, apesar do tinto ser mais conhecido, também produz outros tipo de vinho.

 

A produção total de vinhos na região ronda os 50 milhões de litros, colocando a PS como a 6ª maior região de Portugal em volume. Em 2023 foram certificados com D.O. Setubal e D.O. Palmela, um total de 5,8 milhão de litros, e com IGP Península de Setúbal, mais de 35 milhões de litros. Neste ano a PS exportou para o Brasil quase 1,3 milhão de litros de vinho.

 

Os solos variam bastante, com argilo-calcários nas zonas mais altas (100-500 metros, onde o clima é mais ameno) – zona ideal para os moscatéis; e solos arenosos nas planícies mais cálidas, zona ideal para os tintos mais encorpados, da uva Castelão. Esta casta, antes conhecida como Periquita, domina, de longe, os plantios de tintas na região, com cerca de 43% dos vinhedos, seguida de Syrah, Alicante Bouschet,  Aragonez, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. Nas brancas, como esperado, o domínio é da Fernão Pires, seguinda da Moscatel de Setúbal e Arinto.

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O enoturismo na Península de Setúbal oferece uma experiência única para os amantes do vinho, combinando a rica tradição vinícola da região com paisagens deslumbrantes e uma herança cultural fascinante. Algumas visitas são obrigatórias, como a Quinta da Bacalhôa, as caves da José Maria da Fonseca, o Castelo de Palmela, o Parque Nacional da Arrábida, o mercado do Livramento, sem esquecer das praias da região e um passeio de barco pelo estuário do rio Sado, onde com sorte podem-se ver golfinhos.

 

Estive recentemente na região onde provei quase 200 vinhos. Selecionei alguns que destaco à seguir.

 

VINHOS DE DESTAQUE

BRANCOS

Adega de Pegões Colheita Seleccionada branco 2022, Adega de Pegões

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Arinto, Antão Vaz, Verdeho e Chardonnay, com 4 meses em barrica. Aroma de bom ataque, com muita fruta, abacaxi, pêssego, madeira integrada, amanteigados, especiarias, baunilha. Paladar de bom corpo, acidez muito boa a integrada à madeira, textura macia, longo, elegante e equilibrado

NOTA: 91 pontos

 

António Saramago Chardonnay 2019

Chardonnay 100%, fermentado em barricas. Aroma que remete à Borgonha, com finos tostados, amanteigados, fruta madura sem deixar de ter frescor, abacaxi, pêssego em calda. Paladar de bom corpo, 13,5% de álcool, ótima acidez, muito bem proporcionado, refinado.

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NOTA: 93 pontos

 

Herdade do Portocarro Partage Sercial 2019

100% Sercial. Aroma intenso e tropical, com notas de manga, maçã verde, baunilha, fundo mineral. Paladar encorpado, com bastante textura, alguma doçura, contrabalanceada com acidez alta, uma ponta de taninos, apenas 12% de álcool, toque de amargor agradável no fim de boca. Diferente, impactante, excelente.

NOTA: 94 pontos

 

 

ROSÉ

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Herdade da Comporta rosé 2022,

Castelão, Syrah, Touriga Nacional. Aroma elegante e delicado, floral e frutado, notas de cereja, violetas. Paladar leve e macio, com bastante textura, longo. Um rosé com personalidade e finesse.

NOTA: 92 pontos

 

 

 

TINTOS

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Palmela Grande Reserva 2017, Adega de Palmela

70% Castelão, Syrah, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, com passagem por madeira. Aroma intenso e complexo, com bastante madeira bem casada com fruta bem madura, muitas especiarias, cereja preta, baunilha, tostados, defumados, cravo, alcaçuz. Paladar encorpado, boa extração, boa estrutura de taninos doces, acidez equilibrada. Conjunto complexo, elegante e expressivo.

NOTA: 92 pontos

 

ASF Reserva 2019, Fernão Pó

70% Tannat, 30% Touriga Nacional. Aroma elegante, com fruta bem definida, nota de morango, ameixa, madeira muito discreta, com tostados finos e baunilha. Paladar de bom corpo, taninos doces de bom volume e estrutura e boa acidez, 14,5% de álcool, equilibrado, com algum finesse e potencial para uns 10 anos de guarda ao menos.

NOTA: 92 pontos

 

Periquita Superior 2017, José Maria da Fonseca

Aroma expressivo, onde madeira e fruta estão juntas, com tostados, amora, ameixa, cacau amargo. Paladar encorpado, boa estrutura de taninos presentes, acidez muito boa, longo e gastronômico. NOTA: 93 pontos

 

Herdade da Arcebispa Grande Escolha Syrah 2019

100% Syrah. Aroma de fruta madura bem delineada, balsâmicos, madeira bem presente mas bem integrada. Paladar encorpado 15% de álcool, muitos taninos, finos e doces, textura macia, acidez equilibrada, com boa complexidade profundidade e finesse

NOTA: 94 pontos

 

Herdade Espirra Palmela Reserva 2018

Castelão de vinhas velhas. Aroma com um pouco mais de carvalho novo, além das frutas maduras, vermelhas e negras, defumados, cedro, algo de trufa negra. Paladar encorpado, boa estrutura de taninos da fruta e sente-se os taninos da madeira, com boa acidez, 13,5% de álcool, longo, ainda longe de seu apogeu.

NOTA: 94 pontos

 

Coleção de Família 2019, Quinta do Piloto

Castelão de vinhas velhas. Aroma elegante, complexo, bastante madeira, mas muito integrada, nota de resinas, alcatrão, especiarias, cedro, geleias. Paladar com extração, firme nos taninos e acidez, 14% de álcool, vai evoluir muito. Grande Castelão.

NOTA: 94 pontos

 

Trois Castelão 2016

Fermentado em ânforas de concreto e estagiado em barricas. Aroma com fruta fresca na frente, algo mineral, madeira coadjuvante, chocolate, tabaco, balsâmicos. Paladar de boa estrutura, de acidez ainda bem presente, taninos finos, ainda muito jovem, tem acidez para crescer muito ainda. Tem estrutura e finesse.

NOTA: 95 pontos

 

Leo d’Honor 2015, Ermelinda Freitas

100% Castelão com 60 anos. Aroma complexo e elegante, rico e expressivo, com frutas negras e vermelhas, cereja madura, amoras, muita especiaria, nota de terra, bosque húmido, balsâmicos. Paladar encorpado, firme estrutura de taninos finos ainda presentes, boa acidez, tem camadas de sabor, profundidade. Um grande Castelão.

NOTA: 95 pontos

 

Quinta da Bacalhôa Centenarium 2015

Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot. Aroma complexo, com bastante madeira, frutas bem maduras, couro, bosque húmido, musgo, ameixas, cassis, madeira com muito finesse, tosta fina. Paladar encorpado, com madeira aparecendo no palato, taninos de bom volume, com finesse e volume, acidez, construído para longa guarda.

NOTA: 95 pontos

 

Pegos Claros Palmela Grande Escolha 2017

100% Castelão, vinhas de 100 anos. Aroma com fruta doce, cereja preta, passas, terra. Paladar de bom corpo, macio, aveludados, taninos finos, acidez equilibrada, pronto e expressivo, e por seu equilíbrio diria que com ótimo potencial de guarda. Elegante e delicioso, com finesse

NOTA: 96 pontos

 

 

MOSCATÉIS

Moscatel  de Setúbal 30 anos, Venâncio da Costa Lima

Aroma rico, complexo, geleia de laranja, tâmaras, flores maceradas, balsâmicos. Paladar doce e ainda mantendo um belo frescor, muito longo, grande densidade.

NOTA: 95 pontos

 

Moscatel de Setúbal 20 anos, Sociedade Vinícola de Palmela

Aroma bastante terciário, notas de frutas secas, notas medicinais, iodo, geleias, mel. Paladar doces, ainda com ótimo frescor, complexo e com camadas, excepcional.

NOTA: 96 pontos

 

Excelent Moscatel de Setúbal Single Cask, Horácio Simões

Feito com uma única barrica da safra 1979. Cor âmbar mais escuro. Aroma delicado, não tão exuberante, mas muito elegante e com complexidade. Paladar doce mas com uma acidez excelente, um vinho completo.

NOTA: 97 pontos

 

Quadraginta Moscatel de Setúbal 1998, José Maria da Fonseca

Fortificado com 50% Armagnac e 50% Cognac. Cor âmbar ainda com matizes rubi e verdeais! Aroma que invade as papilas, com incrível combinação de frescor e complexidade, nota-se o Armagnac-Cognac, absolutamente integrados, aroma muito elegantes, muito finos, de compota, frutos secos, mel, frutas cristalizadas. Paladar doce, acidez refrescante, denso, gruda na boca. Impressiona pelo finesse e acabamento impecável.

NOTA: 100 pontos

 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Breakfast Weekend chega ao Rio com café da manhã a partir de R$ 34,90

O Breakfast Weekend estreia no Rio e o nome já diz tudo: mais de 25 estabelecimentos oferecendo opções de cafés em bufês e combos com descontos. O evento, que ocorre em São Paulo desde 2021, oferece experiências com preços em diferentes níveis: R$ 34,90, R$ 44,90, R$ 54,90, R$ 84,90 e R$ 129,90.

+ Vai encarar o ‘sober october’? 7 drinques sem álcool para provar no Rio

Participam da primeira edição na cidade do Rio os hotéis Grand Mercure Rio Copacabana; Santa Teresa MGallery; Regina; Intercity Porto Maravilha; Novotel Rio Barra da Tijuca; Riale Imperial Flamengo; Selina Lapa; e Venit + Mio Barra, entre outros. E lugares como Metiers Café; La Bicyclette; Coffeetown Barra Shopping; Padelli Panetteria; e Esquina du Café.

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Aqueles que servem cafés da manhã com sistema de bufê vão destacar uma de suas especialidades para o festival. Os demais oferecerão ao menos dois menus fixos, para uma ou mais faixas de preço.

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O evento vai até o dia 27 de outubro, e outras informações podem ser consultadas no site: https://www.breakfastweekend.com.br.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Vai encarar o ‘sober october’? 7 drinques sem álcool para provar no Rio

Está todo mundo preparado para passar o mês de outubro sem beber? É a ideia do Outubro Sóbrio, movimento que surgiu em organizações de Austrália, EUA e Reino Unido com o objetivo de gerar benefícios à saúde, ajudar pessoas com alcoolismo e arrecadar doações para instituições filantrópicas. De quebra, vem a ideia de preparar o corpo para as festas de fim de ano.

+ Quem é o único pizzaiolo do Rio na lista dos 100 melhores do mundo

Para quem não abre mão de bebidas como cervejas e drinques, é a hora de lembrar que existem boas versões sem álcool em ambos os casos, e hoje é difícil encontrar uma carta na cidade que não acene com opções de mocktails, os coquetéis feitos sem bebidas alcoólicas.

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Áriz

Tomás Vélez
Áriz: frutas vermelhas, tônica, gengibre e manjericãoTomás Vélez/Divulgação

No Áriz, do Leblon, entre as opções do mixologista Pretinho Cereja para a casa, há sugestões como o Ariza (R$ 25,00), feito com frutas vermelhas, tônica, gengibre e manjericão. A casa ainda oferece o Viva a Vida (R$ 25,00), preparado com Monin Tangerina, limão, tônica e espuma de gengibre. Rua Dias Ferreira, 50, Leblon, tel.: 96458-0593.

Cantina da Praça

A nova carta da Cantina da Praça, assinada pelo mixologista Roberto Torres, também retira o álccol de pedidas como o Benvenuto (R$ 22,00), que é gaseificado e leva limão siciliano, mel com camomila e baunilha. Rua Jangadeiros, 28, Ipanema, tel.: 3258-9540.

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Liz Cocktail & Co

Liz: drinque da casa leva cerveja Heineken zero
Liz: drinque da casa leva cerveja Heineken zero./Divulgação

O premiado Liz Cocktail & Co, por sua vez, oferece opções a exemplo do Like a Real Virgin (R$ 21,00), feito com Ginger Ale, shrub de morango, abacaxi e laranja. Há ainda o Below Zero (R$ 21,00), com cerveja Heineken zero, abacaxi, limão taiti e hortelã. Rua Dias Ferreira, 679-A, Leblon, tel.: 98224-3611.

Xepa Bar

Xepa: variadas composições sem álcool na carta
Xepa: variadas composições sem álcool na carta./Divulgação

Em Botafogo, o Xepa Bar tem série de sete mocktails à escolha, em casos como o Ma Mo, de soda artesanal com infusão de maracujá e morango (R$ 14,00), e o Mela Bau, feito de soda artesanal com infusão de melancia e baunilha (R$ 14,00). Rua Arnaldo Quintela, 87, Botafogo, tel.: 99869-4769.

Hatch

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Hatch: mix de limões, xarope de gengibre e chá de hibisco./Divulgação

No japonês Hatch, do Botafogo Praia Shopping, o Tropical Hatch é feito com mix de limões, xarope de gengibre e chá de hibisco (R$ 25,00). Praia de Botafogo, 400, 5º piso.

Babbo Osteria

Rodrigo Azevedo
Babbo Osteria: o Olivia traz soda artesanal e floresRodrigo Azevedo/Divulgação

Na carta de drinques de Paula Diniz, chefe de bar da Babbo Osteria, há uma seleção de receitas sem álcool a exemplo do Olivia (R$ 25,00), que leva soda artesanal de morango e flores; e do Tiki Mate (R$ 17,00), mate da casa com suco de abacaxi e xarope de especiarias. Rua Barão da Torre, 632, Ipanema.

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Nosso

Tales Hidequi
Nosso: tônica, hortelã e sicilianoTales Hidequi/Divulgação

Já o Nosso, em Ipanema, serve um coquetel sem álcool feito com água tônica, hortelã e limão siciliano. É o Westside (R$ 22,00), criação do chefe de bar Daniel Estevan. É bom lembrar que os drinques clássicos da casa podem também ser feitos sem álcool, se o cliente assim desejar. Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema.

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Quem é o único pizzaiolo do Rio na lista dos 100 melhores do mundo

O chef Pedro Siqueira, da Ella Pizzaria, é o 79º colocado no ranking The Best Pizza Top100, divulgado na segunda (30), em Milão, na Itália. A lista traz os melhores pizzaiolos do mundo a cada ano, como braço da The Best Chef Awards, organização que ranqueia os 100 melhores chefs. Único representante do Rio a figurar na lista dos 100, Pedro está à frente da pizzaria que lhe valeu a condecoração, no Jardim Botânico, e da Massa Trattoria, no Leblon.

+ Dia Internacional do Café: 5 lugares no Rio para apreciar bons grãos

Três outros brasileiros aparecem no ranking de 2024: Fellipe Zanuto (42º), que está à frente de A Pizza da Mooca, em São Paulo; Matheus Ramos (56ª), que nasceu no Rio e comanda o paulistano QT Pizza Bar; e Dani Branca (72º), pizzaiolo da Soffio Pizzeria, também da capital paulista.

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A Ella Pizzaria foi uma das primeiras no Rio a reunir boa coquetelaria a pizzas de estilo napolitano e bordas altas, em ambiente aconchegante de frente para o Jardim Botânico, na Rua Pacheco Leão. Entre as redondas individuais, a margherita 2.0 leva molho de tomate, scamorza de búfala, tomate cereja, manjericão e grana padano (R$ 67,00).

O prêmio Best Chef Awards foi criado pelo casal formado pela neurocientista polonesa Joanna Slusarczyk, e o gastrônomo italiano Cristian Gadau, que reuniram comunidade on line para votar em suas listas pela internet.

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A votação final do The Best Pizza Awards conta com votos dos próprios integrantes da lista e de um grupo de profissionais da área. Os votos ocorrem em pesquisa na internet, onde cada pessoa pode escolher 10 chefs de uma lista pré-selecionada, e dar pontos de 10 a 100. Os chefs não podem votar em si mesmos.

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Dia Internacional do Café: 5 lugares no Rio para apreciar bons grãos

Cirandaia

O Cirandaia é um lugar para se relaxar, seja no balcão dos baristas ou no charmoso mezanino, onde os grãos variados vão às mesas em potinhos para os clientes conhecerem seus aromas e descrições. São moídos e preparados em métodos como o Chemex (R$ 14,00, 200 mililitros; R$ 25,00, 400 mililitros). O café está também mesclado ao chocolate na ganache do imperdível bolo de cenoura (R$ 16,90), entre sanduíches e quitutes caseiros doces e salgados. Rua Voluntários da Pátria, 416, Botafogo, tel.: 3798-8376.

Cirandaia: café com bolo à perfeição em Botafogo
Cirandaia: café com bolo à perfeição em BotafogoInstagram/Reprodução

+ Flores no prato: a primavera inspira cardápios em restaurantes da cidade

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So_Lo

Uma seleção irresistível de bons produtos brasileiros artesanais, vegetais orgânicos, cafés especiais e cozinha caprichada faz do So_Lo uma experiência justamente aplaudida. Trabalhando com grãos da Serra da Mantiqueira, selecionados e torrados pela Tocaya, a casa tem expressos e coados no Hario V60 (R$ 18,00), e bebidas como o iced coffee com limão, mel e expresso (R$ 24,00). O waffle com caramelo salgado (R$ 28,00) acompanha todos à perfeição. Rua Garcia d’Avila, 147, Ipanema. Rua Ataulfo de Paiva 1120, Leblon. WhatsApp: (21) 99380-8621.

So_Lo: café especiais e delícias como o waffle com caramelo salgado
So_Lo: café especiais e delícias como o waffle com caramelo salgadoInstagram/Reprodução
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Artesanos Bakery

Ao lado da vasta panificação e cafés da manhã completos (as pizzas chegam de noite), a Artesanos faz bonito também no café: Ricardo e Mariana, os donos da casa, participaram da colheita dos grãos na Serra do Caparaó, produzidos pela Família Protázio, e servem bebidas tentadoras como o capuccino de doce de leite (R$ 17,00), que pode e deve acompanhar o ótimo croissant da casa (R$ 12,00). Rua São João Batista, 26, Botafogo. WhatsApp (21) 99467-1111. Avenida Genaro de Carvalho, 1435, Recreio. WhatsApp: (21) 96691-0169.

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Café ao Leu: um pequeno templo dedicado à bebida
Café ao Leu: um pequeno templo dedicado à bebidaInstagram/Reprodução

Café ao Leu

Dedicado de forma integral ao café de alta qualidade, a pequenina loja de Copacabana oferece uma vasta seleção de grãos sob a curadoria de Leonardo Gonçalves, que também planta, colhe, torra e serve seu café. O filtrado da casa tem tamanhos G (R$ 10,00) e P (R$ 7,00), e há diferentes grãos a cada dia para a escolha em métodos como Hario V 60 e Aeropress (ambos a R$ 20,00). Estão também disponíveis para levar, como o blend Melhor Que Chocolate, de grãos mineiros do Caparaó (R$ 42,00, 250 g). Rua Almirante Gonçalves, 50, Copacabana. WhatsApp: (21) 99886-9833.

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Coffee Five

O balcão no Centro que tem na direção o barista e professor de café, Emerson Nascimento, é também torrefação e uma referência na cidade. O cardápio de bebidas à base de café é grande, incluindo seção de drinques alcoólicos e outras como o choccoccino, feita com cacau 50%, café e leite vaporizado (R$ 19,00). O iced latte leva café, gelo e leite gelado (R$ 16,00). Rua da Quitanda, 86, Centro.

Coffee Five: choccoccino está na lista das bebidas com café
Coffee Five: choccoccino está na lista das bebidas com caféInstagram/Reprodução

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Além de Carmenere e Cabernet Sauvignon: conheça o grande Syrah feito no Chile

No mundo do vinho, alguns países são associados à produção de algumas uvas. No Chile, os principais rótulos são feitos com Cabernet Sauvignon, muitos deles à exemplo dos grandes vinhos de Bordeaux, na França. Há também uma importante produção de Carmenère, uva muito querida pelos consumidores brasileiros. Mas há muito mais, é claro. Prova disso é Pangea, da vinícola Ventisquero, feito exclusivamente com a também francesa Syrah, que acaba de completar 20 anos da primeira safra lançada.

Em visita ao Brasil, o enólogo-chefe da Ventisquero, Felipe Tosso, conta que Pangea nasceu da vontade do fundador, Gonzalo Vial Vial (1930-2024), ou Don Gonza, como era chamado, de explorar regiões e vinhedos fora do óbvio. Com a consultoria de Aurélio Montes, da Viña Montes, comprou propriedades em Apalta, de onde vem o Pangea. Hoje, produz em outras regiões extremas, como o Atacama.

Parte do apelo de Pangea vem da região. Apalta fica no Vale de Colchagua, banhada pelo rio Tinguiririca, perto da Cordilheira dos Andes. É um local de vinhedos muito antigos, alguns plantados em 1865. As vinhas usadas no rótulo da Ventisquero, no entanto, são bem mais recentes, de 1999. Para elaborar o vinho, Tosso contou com a ajuda do enólogo australiano John Duval, especialista na uva Syrah – ou Shiraz, como é chamada por lá – que trabalhou durante anos com o ícone Penfolds e hoje tem um projeto pessoal. “Os primeiros anos foram difíceis. A colheita, a poda… Não tínhamos tanto conhecimento como temos agora”, diz Tosso. Os 10 hectares de vinhedos estão localizados a 1.300 metros de altitude, o que dificulta o trabalho.

A primeira safra foi em 2004. A produção foi pequena, de apenas oito mil garrafas, que chegaram ao mercado em 2006. Hoje, restam poucos exemplares, guardados pela família. Mas há mais exemplares da 2005, a primeira que Duval queria lançar oficialmente por considerar que estava mais “pronta”. Degustado hoje, o vinho mostra sinais de evolução, com notas de couro, mas ainda está muito vivo, com muita fruta, boa acidez e uma textura muito elegante.

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Nos primeiros 15 anos, o método de produção não sofreu grandes mudanças. No início, usavam barricas de carvalho francês novas, e o vinho passava até 22 meses nelas, além de outros 12 meses em garrafa. “Naquela época também chovia mais, e as parreiras eram mais jovens”, diz Tosso. Com o tempo, o vinho passou por algumas mudanças no processo de vinificação, com a adoção de técnicas mais modernas. Hoje, passa por barricas maiores, os chamados foudres. “É impossível não mudar”, afirma Tosso. “Mas há um caráter linear em Pangea”.

Ventisquero
Felipe Tosso, enólogo-chefe da vinícola e responsável pelo Pangea –Ventisquero/Reprodução

Com o tempo, Tosso e seu time também passaram a conhecer mais o próprio vinhedo. O especialista chileno em terroir Pedro Parra foi chamado para analisar o solo. E descobriu-se que há três extratos diferentes. Um deles, de granito com argila avermelhada, nem sempre é ideal para a produção de Pangea, mas nos anos mais secos fornece mais água. Outro extrato é composto por depósitos minerais como quarto e ferro típico dos solos de Apalta. “É um solo pobre, com muita pedra”. E outro, mais “normal”, com argila e granito. Em 2018, a região passou a contar com uma D.O. (Denominação de Origem). Mas Tosso conta que as safras são muito diferentes. “Em anos quentes, a colheita pode acontecer até um mês antes, para garantir o frescor”, diz.

A degustação de safras distintas, como 2008, em que a produção foi um pouco mais baixa e a Syrah ficou mais concentrada, ou 2011, um ano frio em que o frescor é perceptível no vinho, deixa claro o potencial da casta na região. “Há muitos rótulos feitos com Cabernet Sauvignon porque se trata de um porto seguro”, afirma Tosso. “A Syrah me encanta porque tem muita fruta, taninos mais finos e uma acidez menos marcada”, diz. A Ventisquero é a principal produtora de Syrah na região, mas outros viticultores também decidiram seguir o exemplo e apostar além do onipresente Cabernet Sauvignon.

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Vinho – VEJA