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Há um Grande Furmint Produzido na Eslovênia

Há um Furmint muito especial produzido na região Štajerska na Eslovênia. O produtor dele é a Puklavec Family Wines que tem uma enorme tradição vínica desde 1934. Possuem 1.100 hectares de vinhas plantadas, sendo que grande parte destas estão inseridas em encostas de colinas íngremes nesta região e com diversas castas inclusive a maravilhosa Furmint.

Mais conhecida pelos magníficos e inigualáveis vinhos húngaros Tokaj ao qual são produzidos, a Furmint é uma casta bastante versátil com capacidade de produzir vinhos frescos, complexos e até com excelente potencial de guarda. Dizem que a origem do seu nome deriva da palavra francesa Froment, que significa trigo, fazendo uma alusão a cor dos seus vinhos dourados.

A Furmint se caracteriza por ter abrolhamento precose e por ter maturação tardia, ou seja de ciclo longo. Ela tem a película grossa, mas ao longo do processo de maturação fenólica dos bagos a pele vai ficando fininha até ficar quase transparente. Nesse momento a luminosidade dos raios solares penetram no bago auxiliando na evaporação de seus líquidos e concentrando seus compostos, quando isso acontece de forma natural e sob condições microclimáticas especiais, proporcionam situações ideais para o desenvolvimento dos açúcares e sabores da uva Furmint e também ao ataque do fungo Botrytis cinerea, e ao fenômeno de “podridão nobre”. Há também os Furmint elaborados para serem secos e que podem apresentar aromas de citrinos, pera e maçã , quando evoluem adquirem sabores picantes ou de nozes.

O vinho Furmint da linha Seven Numbers é produzido a partir de uvas provindas dos melhores porta-enxertos combinados com características do melhor terroir. Chama-se linha Seven Numbers devido na lateral da sua garrafa está grafado 7 números que direcionam o localizador exato no vinhedo de onde vieram a sua matéria prima, uma verdadeira rastreabilidade que o próprio consumidor pode acompanhar. No caso deste vinho possui o número de rastreamento do vinhedo: 37.27.953 e o nome do vinhedo ou parcela da vinha, “Marli Kog”. O solo tem parcelas variadas onde predomina a argila, mas com presença de arreia e camadas mais baixas de mármore.

Esse delicioso vinho esloveno com a casta Furmint estagiou em barrica de 10 a 12 meses conferindo ainda mais harmonia e equilíbrio. Apresenta aromas florais, ervas e especiarias, possui uma boa estrutura, complexidade e possui untuosidade, convidando a quem o degusta acompanha-lo com uma boa gastronomia, fica a sugestão de uma excelente harmonização com um filé de peixe na crosta da castanha e batata assada. Desejo excelente provas !
Saúde ! Na Zdravje !

https://puklavecfamilywines.com/en

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Formação, Floração e Vingamento – Ciclo da Videira

Após seis à treze semanas do período do abrolhamento, podemos visualizar um rápido crescimento dos pâmpanos, sarmentos e folhas da videira e em seguida vem o período tão aguardado da floração que pode variar conforme as castas e o clima. No hemisfério Norte podem acontecer nos meses de Maio à Junho. No hemisfério Sul pode ocorrer de Novembro à Dezembro.

O clima favorável a floração são temperaturas moderadamente quente, acima dos 15ºC e abaixo dos 37ºC. Pouquíssima ou até mesmo nada de chuvas e ventos fortes nessa fase, pois arrastariam grande parte do pólen e a polinização seria comprometida e consequentemente também o vingamento.

O vingamento é a transformação das flores em frutos, no caso da videira “ em uva “, a taxa de vingamento pode variar de 15% à 60%, ou seja, nem todas as flores se transformarão de fato em fruto, as que não forem polinizadas caem.

Desavinho é causado por uma taxa de vingamento relativamente baixa, em que algumas castas são mais susceptíveis devido está relacionado com o baixo teor de açúcar ao nível do cacho como a branca Bical e a tinta Merlot. Por vezes os bagos até podem crescem sem serem fecundados, mas não apresentam as sementes “grainhas” , esse fenômeno é chamado de Bagoinha.

Ambos os fenômenos ( Dasavinho e Bagoinha) reduzem drasticamente o rendimento e estão correlacionados com o clima durante essa fase tão importante do ciclo da videira, a polinização. Após a fecundação das flores o bago começa a se desenvolver e em seguida vem o período da maturação que será o tema de outro artigo.

Espero que você tenha gostado destas curiosidades do ciclo da planta de Baco.

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Madeira – O Vinho Que Tem Nome de Ilha

São Vicente – Madeira

Esse vinho que recebe o nome da ilha onde ele é produzido, um lugar mágico no meio do oceano Atlântico, por lá é produzido um vinho único no mundo, o Vinho Madeira, que além de ser um vinho riquíssimo em aromas e sabores, apresenta uma excelente acidez e um alto potencial de guarda que surpreende a todos. Li em algum lugar que “Madeira é um vinho com o nome de ilha, de uma ilha com o nome de vinho”.

Garrada histórica de Vinho Madeira 1811, Blandy’s Madeira

Há várias referências de personalidades históricas que fazem menção a este vinho como Winston Churchill e Napoleão Bonaparte. Na ocasião da independência dos Estados Unidos (1776) foi ele que foi servido. Este vinho tão especial era o favorito de George Washington, Benjamin Franklin, John Adams e Thomas Jefferson, segundo relatos contados em minha visita à ilha da Madeira.

São inúmeras as características que torna esse o vinho singular e especial para o mundo dos vinhos. Esse vinho tem mais de cinco séculos de história, é um símbolo de distinção e nobreza, e isso se explica por esse néctar magnífico cheio de caráter, ser exótico, de um estilo de produção muito peculiar e de proporcionar sensações únicas de prazer a quem o degusta devido a complexidade que ele apresenta em seus aromas e sabores. Ele é produzido de duas formas:

1. Canteiro – Simulando o que acontecia nas caravelas, o vinho é estocado em barricas sobre pranchas de madeira chamados canteiros e colocados muito próximos ao teto dos sótãos dos armazéns de produção por cerca de 5 anos.

2. Estufagem – O vinho é colocado em grandes tanques sob uma temperatura controlada de 45°C  por cerca de 3 meses, permitindo produzir uma maior quantidade de vinho em menor quantidade de tempo.

Os solos da Madeira têm uma origem predominantemente basáltica, são argilosos e apresentam um teor de pH ácido ou muito ácido. Devido à sua posição geográfica e características orográficas, o clima da ilha da Madeira é temperado nas cotas altas da costa Sul e em toda a costa Norte e subtropical na costa Sul. A Denominação de Origem Madeira é constituída por apenas cerca de 500 hectares de vinha. As castas brancas cultivadas na ilha são Malvasia, Boal, Verdelho, Sercial e Terrantez, já a casta Tinta Negra é a única tinta plantada e eqüivale a 90% das vinhas cultivadas na ilha, devido a sua alta produtividade, menor exigência e por apresentar ciclo mais curto, um detalhe interessante é quando não houver designação da casta no rótulo da garrafa de um vinho Madeira, com quase toda certeza podemos afirmar que é um vinho produzido com a Tinta Negra.

Com notas tão cheias de complexidade em seus aromas e sabores, o Madeira possui uma excelente acidez e pode ser harmonizado com uma vasta quantidade de tipos de pratos, proporcionando paladares, aromas, texturas e sensações únicas em quem os degusta. Essas harmonizações irão depender do próprio estilo de Madeira ao qual irá ser escolhido, pois existem os Seco, Meio Doces, Doces e o Meio Doce. 

Os Seco produzidos com a casta Serial por exemplo casam perfeitamente com entrada a base de azeitonas, amêndoas torradas, canapés com caviar ou salmão defumado, com peixes e até queijos fresco intensos de cabra ou ovelha.

Já os Meio Secos casam com deliciosos consommé, cremes com natas e sopa de cebola gratinada.

O Meio Doce é impecável para acompanhar queijos tipo o Serra da Estrela, souflês de queijo, com chocolate de leite, pralinés, petit-fours, bolos de creme e bolo de mel.

Os Doces podem ser degustados com frutas tropicais e frutas secas, como as nozes e as avelãs, casa bem com bolos de frutos secos e tortas de fruta, bolo de mel, biscoitos de amanteigados, chocolate escuro ou de leite, pralinés e petit-fours e com diversos queijos de sabores intensos como o Gorgonzola ou de Rabaçal.

Claro que a magnitude desse néctar vínico, o Vinho Madeira, expressa-se com tão alta magestosidade do seu próprio terroir, que merece um parágrafo a parte, com ricas paisagens deslumbrantes, experiências enogastronomicas e turísticas incríveis, e condições na geologia e no clima perfeitas para produção de vinhos que marcam a alma.

A Espetada é prato tradicional da ilha e poder degustá-la foi uma das experiências mais diferentes e divertidas que passei na ilha, devido eu ter formação em medicina veterinária e mestrado em maturação de carne bovina, e poder fazer essa sensorial in loco foi uma delícia de experiência. Fica o convite à você leitor para provar os vinhos Madeira e também degustar tudo o que essa maravilhosa ilha no meio do Atlântico tem a nos proporcionar.
Desejo excelentes provas e muita saúde !

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Ametista – A Pedra de Baco

A pedra ametista é considerada a pedra de Baco, e para você que ainda não esta familiarizado, Baco era o deus do vinho para os romanos, ele também recebia o nome de Dionisio . A sua história mitológica romana tem inúmeros episódios. Vou te contar um que é bem interessante sobre a pedra preciosa ametista e o deus do Vinho.

Baco costumava cortejar diversas criaturas por onde passava e, certo dia, ele se envolveu com uma ninfa chamada Amethysta. Contudo, para evitar que essa relação fosse levada adiante e para protejer a ninfa, Diana a deusa da caça transformou-a  em uma pedra preciosa brilhante, que conhecemos hoje como Ametista.

O deus então recolheu o belo cristal e o mergulhou em vinho, o que deu a cor tão característica da pedra. Em outras lendas, conta-se que a ametista é capaz de transformar a água em vinho.

Outra curiosidade sobre a ametista é a respeito da etimologia da palavra. Afinal, o termo deriva do grego amethystós, ou seja, é formada por “a”, que tem um significado de negação, e “methystós”, que vem do verbo “intoxicar” e se assemelha a methys, “vinho”. Muitos dizem que essa ligação deve-se a Baco e que a pedra tem o poder de impedir a embriaguez.

Por toda essa relação mitológica com o vinho é que muitos enófilos consideram a ametista como uma espécie de amuleto. Então, se por acaso encontrar com um grande amante de vinho carregando essa pedra preciosa, já sabe de onde vem a história, que é bem interessante e mística, diga-se de passagem.

Na dúvida sobre mitos e verdades eu já carrego a minha, e você já possui sua Ametista de amuleto ?

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Abrolhamento – Ciclo da Videira

O abrolhamento ou também conhecido como período de brotação se dá na primavera e portanto dependendo onde estão implantadas as vinhas podem variar os meses do ano em que esse fenômeno natural ocorre, se as vinhas estiverem plantadas no hemisfério Norte ocorre nos meses de Março e Abril dependendo da casta ou da latitude, e se estiverem plantadas no hemisfério Sul ocorre nos meses de Setembro e Outubro também variando conforme a casta ou a latitude.

O interessante deste período do ciclo da videira é que ele marca o início do crescimento vegetativo onde os gomos se “inflam e explodem” dando origem aos brotos e pâmpanos e a partir disso ocorre o desenvolvimento dos órgãos da planta, as ramificações, os sarmentos, a floração e os cachos de uva.

Dentre as castas viníferas podemos classifica-las neste período como castas de abrolhamento precoce ou abrolhamento tardio, como exemplo temos castas como Maria Gomes, Bical, Chardonnay e Pinot Noir que não necessitam que as temperaturas estejam muito altas para brotar, já as castas Syrah, Cabernet Sauvignon, Malvazia Fina e Tempranillo já necessitam de temperaturas bem mais altas para que ocorra o seu abrolhamento.

Um detalhe interessante e que necessita de um alerta dos produtores durante esta fase, são com as geadas que podem acontecer no período da primavera onde podem matar os gomos e gerar muitas quebras na produção, há casos em que quase toda a safra é perdida. Algo extremamente trágico para o produtor que labuta as suas videiras o ano todo.

Agora me diz aqui nos comentários, você já acompanhou este período de abrolhamento das videiras? Gostou desta curiosidade ? 

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TerraMater – A Beleza da Mãe Terra Chilena

Cravada na Isla do Maipo bem no coração do Vale do Maipo, um dos terroirs vínicos chilenos mais fantásticos que existem. A TerraMater que na tradução do seu nome do latim significa Mãe Terra, tem a sua sede rodeada de paisagens monumentais e possui a capacidade de produção de 8,5 milhões de litros de vinhos com tecnologia de ponta aliada a conhecimentos e tradições centenárias da produção vínica, é um dos principais e mais importantes produtores de vinho e também de azeite de oliva desta região. Seus vinhedos estão distribuídos em três áreas, Fundo Caperana na Isla de Maipo, Fundo San Jorge e Fundo Peteroa no Vale do Curicó.

Fundo do Caperana – Isla de Maipo

É neste terroir excepcional para produção de uvas com qualidade ímpar que a sede da TerraMater está localizada. Nele estão distribuídos 400 hectares de castas como Cabernet Sauvignon (essas com mais de 40 anos plantadas), Zinfandel (segundo o produtor é único produzido no Chile), Sauvignon Blanc, Sangiovese e Chardonnay. O clima apresenta 400 mm de precipitação pluviométrica por ano, possui influência marítima com excelente amplitude térmica. O solo caracteriza-se por ser profundo, ricos em pedras e sedimentos.

A construção da sala de barricas que no momento possui 1800 em estágio, envolve um belo trabalho de projeto arquitetônico visando manter controle de temperatura, umidade, mas sobretudo a minimizar problemas com eventos sísmicos, já que o país se encontra em uma região de elevada instabilidade geológica, na zona entre duas placas tectônicas, a de Nazca sob o Oceano Pacífico, e a Sul-americana, posicionada na América do Sul.

Fundo San Jorge – Vale do Curicó

Na região central do Vale do Curicó em Los Nichos no Fundo San Jorge a TerraMater possui nas encostas das Cordilheiras dos Andes 75 hectares com a variedade Cabernet Sauvignon em sua maioria com 65 anos plantadas. Esse terroir vem se destacando em produzir vinhos com incrível elegância, personalidade e com riqueza em concentração em taninos que contribuem para produzir vinhos complexos e cheios de caráter. Os níveis pluviométricos são de 700 mm/ano no inverno e esporadicamente há alguma chuva na primavera. Um detalhe interessante de mencionar são as inclinações das vinhas que giram em torno de patamares de 15 graus, contribuindo positivamente para melhor captação de luz.

Fundo Peteroa – Vale do Curicó

Localizado cerca de 200 Km ao sul de Santiago, no Vale do Curicó em Fundo Peteroa, a TerraMater também possui produção das castas Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Sauvignon Blanc e Chardonnay que são utilizadas na elaboração dos seus néctares e também de azeitonas que dão origem aos azeites de qualidade do Chile. Este terroir tem clima com influência das correntes do Oceano Pacíifco, apresenta 600 mm em média de índices pluviométrico ao ano no inverno, nos verões os dias são quentes e apresentam intensa luminosidade e as noites são frias gerando uma excelente amplitude térmica. Há algo importante que é a presença de massa de água do Rio Matacquito, contribuindo para um ambiente perfeito para produção de uvas cheias de qualidade.

Paula Cifuentes, Alfredo Schiappacasse, Alejandra Henriquez Pinto, Juan Carlos e Dayane Casal

Vinhos Especiais da TerraMater e Turismo

Depois de visitar tantas paisagens vínicas majestosas e de está in loco conhecendo detalhes desses terroirs tão especiais chilenos, participei de uma prova vínica com a presença do CEO da TerraMater Sr. Alfredo Schiappacasse, seus diretores e a sua equipe de enologia. Partilho com você leitor, alguns detalhes de néctares especiais que pude degustar nesse dia e que me fizeram a alma fluir de tão especiais.

O vinho Grafo sem dúvida é uma das jóias da TerraMater, um vinho produzido de forma limitada pelas mãos do aclamado enólogo italiano Stefano Gandolini e pelo CEO da TerraMater Alfredo Schiappacasse como uma espécie de tributo ao Cabernet Sauvignon produzido no Chile, fica a sugestão de se deliciarem num nécta inesquecível.

O Vinho Altum foi uma grata surpresa, que inclusive tem a versão tinto e branco, ambos magníficos. O tinto um vinho elegante, redondo em boca, com excelente equilíbrio de quando a Cabernet Sauvignon é bem produzida e vinificada. O branco um sensacional Chardonnay que me arrancou suspiros, uma excelente passagem em barrica que lhe conferiram untuosidade, elegância, sofisticação e que convida um para um bom prato de camarão com natas.

A joia da coroa sem dúvida é esse sensacional vinho MATER, um magnífico blend com as castas Cabenert Sauvignon, Carménère, Syrah e Zinfandel onde temos a seleção dos melhores lotes vínicos trabalhados com extremo requinte e que deram luz a um dos melhores vinhos chilenos que já pude degustar.

Na sede da Terra Mater existe um trabalho com enoturismo que vale a pena a visita, uma loja dos seus vinhos e produtos gourmets importados com excelente oportunidade para a compra e também um delicioso restaurante chamado Zinfadel com uma divina gastronomia que permite a harmonização com todos os vinhos do produtor, fica a minha sugestão após a visita de desfrutar momentos únicos unindo duas maravilhas o vinho e a gastronomia.

Espero que você leitor tenha gostado deste artigo com esse produtor icônico chileno, desejo excelentes provas e muita saúde!

TerraMater
Luis Thayer Ojeda 236, 6º Piso. Providencia, Santiago – Chile
Tel. (+56 2) 2438 0000 / terramater@terramater.cl
Comercio Exterior
José Miguel Sepulveda – comex@terramater.cl
Sala de Ventas Caperana
Av.Balmaceda 4900, Isla de Maipo – Chile.
ventascaperana@terramater.cl
+56 2 2838 6902
Emporio TerraMater
emporio@terramater.cl
www.emporioterramater.cl 
+(569) 9918 7868

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O Grande Rustaveli

O vinho georgiano Rustaveli é um vinho muito especial por diversos motivos, dentre eles a qualidade vínica deste néctar em si, pelo peso cultural que ele transmite desde a sua forma de vinificação e até o terroir ao qual suas uvas são produzidas, mas sobretudo pela capacidade de transmissão de tantos conhecimentos através de um único rótulo vínico.

Shota Rustaveli é o nome do poeta georgiano que viveu no século XII e foi considerado um dos maiores representantes da literatura medieval. O produtor de vinhos georgiano Shilda, que tem sua produção na região de Kakheti, decidiu homenagea-lo colocando o nome do poeta no seu vinho icônico Rustaveli.

O achado histórico mais antigo até a atualidade são os resquícios de oito ânforas que comprovam que cerca de 8000 anos atrás já se fazia vinho na região do Cáucaso Georgiano, portanto direcionando o ponto de partida da produção vínica até o momento. O país esta localizado na Europa Oriental, fazendo fronteiras com a Rússia, o Mar Negro, a Turquia, a Armênia e o Azerbaijão.

O seu relevo tem características muito peculiares, a região Norte e a região Sul é formado de cordilheiras montanhosas, conhecidos como o Grande e o Pequeno Cáucaso, já a região do centro é formada por um amplo vale e é onde se encontram as principais regiões vitivinícolas do país, destaca-se a Kakheti onde o Rustaveli é produzido, como a principal região e que detêm mais de 2/3 das uvas plantadas. A Geórgia possui no total 18 Denominações de Origem Controladas.

O método de vinificação Qvevri foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2013 e consiste em produzir vinhos de uma forma milenar em enormes ânforas ancestrais feitas de barro e que possuem geometria ovalada denominadas Qvevri . Esse método consiste na forma mais natural possível de se fazer vinho. Após a época da vindima os cachos das uvas são pisados inteiros em grandes toras de madeira e depois colocados nesses grandes vasos Qvevri com tudo, com película e ramos. Não são adicionados qualquer tipos de produtos, a fermentação ocorre somente com a ação das leveduras indígenas e sem interferências. Os Qvevri ficam enterrados e são lacrados as suas tampas com cera de abelha, eles podem ter vários tamanhos de 220L até de 1200L. Ficam em processo de fermentação de 5 a 8 meses e após isso o enólogo e/ou produtor decidem se já pode ser engarrafado ou se enviam o vinho para estagiar em outro Qvevri por mais algum tempo. Uma curiosidade interessante é que há rituais que são tradicionais no momento de se abrir um Qvevri, em alguns lugares há uma espécie de cerimônia religiosa onde os líderes religiosos fazem suas rezas para os abençoar.

A casta tinta Saperavi é uma Vitis vinífera autóctone da Geórgia, mas que também é produzida na Rússia, Armênia, Moldova, Ucrânia, Uzbequistão, Azerbaijão e que já vi in loco um experimento com esta casta na região de Rivera no Uruguai. Ela é uma uva considerada tintureira, devido ao alto teor de antocianas, ela é uma variedade resistente inclusive ao frio extremo, produz vinhos tintos cheios de estruturas e que podem ter excelente potencial de longa guarda devido poder combinar acidez, álcool e estrutura.

O vinho Rustaveli é produzido com 100% de Saperavi, essas produzidas na região de Kakheti, ele foi fermentado por 5 meses dentro do Qvevri e apresenta 13% de teor de álcool. Um vinho surpreendente não só pela sua bagagem de informações, mas sobretudo na prova vínica em si por apresentar uma elegância de aromas de frutos pretos, especiarias como cravo e zimbro e em boca é encorpado e rico em taninos. O vinho não é filtrado o que permite preservar ainda mais a sua essência. Uma experiência vínica muito interessante, fica o convite à você leitor para quando puder provar essa delicia de Baco o faça, e se puder acompanhar de um prato de carne bovina assada ou grelhada ficará ainda mais rico esse momento de verdadeiro prazer.

Gaumarjos ! Saúde !

WINE 7 TRADE
https://www.wine7.com.br
Whatsapp: (62) 98250 5262

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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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Tudo sobre vinhos: sommelier traz curiosidades e dicas exclusivas

De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), em 2020 os brasileiros consumiram 430 milhões de litros da bebida derivada da uva. Se você se surpreendeu com o número, em 2021 foi ainda maior: 501 milhões de litros, segundo levantamento da Cupom Válido*, em parceria com as empresas de pesquisa Statista, Euromonitor e Nielsen. Esse crescimento segue uma constante nos últimos anos e surpreende os seus produtores em cada nova pesquisa. Mas será que todos os brasileiros apaixonados por vinhos conhecem as suas diferenças e histórias? 

Para ajudar na hora de definir o vinho do jantar, da noite de filme com a família ou de um tempo com os amigos, a 067 Vinhos apresenta um projeto multiplataforma inédito, com ações na programação da Jovem Pan News e nos canais digitais da emissora, como Facebook, Instagram e YouTube. Com a participação de Jonas Nascimento, um sommelier com vasta experiência no mercado, a 067 apresenta uma seleção diferenciada de rótulos de microlote, produzidos em diversos locais do Brasil e do mundo. Além disso, os vinhos trazem um grande teor de pureza e muitas histórias que fazem parte da vida e cultura dos lugares de onde vêm. 

Para acompanhar as novidades da 067 Vinhos e temas como onde e quando surgiu o vinho, as diferenças entre os secos e suaves, brancos e espumantes, fique ligado nas nossas redes sociais e em todas as dicas e curiosidades que preparamos no Talk Show da Antônia e no programa Pânico. As ações na TV e no digital acontecem até o dia 19 de agosto.   

DICA DE HOJE

Para comemorar o lançamento desse grande projeto, o sommelier da 067 Vinhos deixou uma indicação para os internautas da Jovem Pan: o Comitiva Pantaneira Grande Reserva Malbec com Cabernet Franc. Esse maravilhoso rótulo foi inspirado no Pantanal sul-matogrossense, nos peões que lidam com as grandes comitivas de gado durante dias e noites e na “gastronomia de comitiva”, representada por pratos típicos como o arroz de carreteiro, a carne soleada e o macarrão de comitiva. Pensando nesse cenário tão rico de cultura, belezas naturais e muito trabalho, a 067 Vinhos pensou: “Se esse peão fosse beber um vinho, que vinho seria esse?”. E assim nasceu o Comitiva Pantaneira Grande Reserva. 

Ficha Técnica

Classificação: Seco
Uva(s): Malbec e Cabernet Franc
% vol.: 13,70%
Safra: 2018
Visual: Coloração rubi, com intensidade média
Olfativo: Aromas de frutas vermelhas e roxas bem maduras, compota, ameixa seca, notas de tabaco e hortelã fresca
Gustativo: Taninos e acidez balanceados, final de boca mediano
Serviço: 16ºC a 18ºC
Uva Principal: Blend
País/Estado: Brasil/Rio Grande do Sul
Região: Serra Gaúcha e Serra do Sudeste
Amadurecimento: 12 meses em barricas de Carvalho Francês e Americano, ambos de primeiro uso
Harmonização: Arroz de carreteiro, macarrão de comitiva, carne soleada, churrasco bovino e costela no bafo

Ficou interessado em saber mais sobre esse Grande Reserva e outros rótulos de vinhos tintos, brancos e espumantes? Acesse agora o site 067vinhos.com. São mais de cem opções disponíveis do Brasil e do mundo. Beba com moderação.

*Fonte: Abras, Euromonitor, Cupom Válido, Ideal, Nielsen e Statista.
Fonte:

vinho – Jovem Pan
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Você Já Conhece Os Vinhos na Lata?

Se você ainda não conhece os vinhos na lata, aqui está uma tendência que vamos te apresentar. Os vinhos na lata se popularizaram muito nos últimos anos, especialmente em países europeus e nos Estados Unidos, e vêm ganhando grande fama também no Brasil. Diversas marcas brasileiras já decidiram aderir a essa inovação que tem se mostrado cada vez mais forte entre os consumidores, e tem feito o maior sucesso especialmente entre o público jovem.

A tecnologia dos vinhos em lata permite que a bebida possa chegar a ambientes e ocasiões em que as garrafas acabam sendo inconvenientes, como festas, praia, piscina, piquenique, dentre vários outros. Além disso, o volume também contribui com os consumidores solo que muitas vezes acabam tendo que abrir uma garrafa para tomar apenas uma taça, o que gera desperdício da bebida.

E por falar em desperdício, não podemos deixar de abordar as vantagens ambientais dos vinhos na lata. As latas de alumínio ajudam a diminuir o acúmulo de lixo urbano, pois as latinhas são facilmente recicláveis e podem voltar às prateleiras em pouco tempo, diferentemente das garrafas de vidro que têm sido um problema ambiental crescente por sua decomposição tardia e destino inadequado, além da difícil reciclagem ou reutilização.

Para os enófilos de carteirinha que ainda têm receio quanto à qualidade das bebidas, é seguro dizer: os vinhos não perdem sua qualidade! O maior “medo” em relação aos vinhos em latas é de que a bebida acabe sofrendo reações químicas ao entrar em contato com o alumínio da lata, gerando sabores e aromas desagradáveis. Entretanto, uma tecnologia especial foi desenvolvida para os vinhos em lata, se trata de um revestimento interno que impede o contato entre o material da lata e a bebida, assegurando sua qualidade.

Algumas marcas brasileiras têm se destacado muito com seus vinhos em lata, confira os seguintes: Arya Wines; Mysterius; Bliss; OvniH; Somm; Lovin’ Wine; Becas; Vivant; Vibra!. Os vinhos em lata trazem praticidade e inovação para qualquer momento do dia, seja para festejar ou momentos de descontração. Pregam a liberdade de beber uma bebida de qualidade em qualquer lugar a qualquer momento, aproveite!

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Vinho em Casa
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Uruguai: Um pequeno gigante na produção de vinho

Uruguai: Um pequeno gigante na produção de vinho

O quarto maior país produtor de vinho da América do Sul

A região vinícola do Uruguai é o quarto maior produtor de vinho da América do Sul. O país é o melhor a conhecer pelos vinhos tintos produzidos a partir da casta Tannat, bem como pelos vinhos brancos produzidos a partir de Albarino.

A história da vinificação no Uruguai remonta a 1870, quando imigrantes italianos e bascos trouxeram Tannat para cá. Mais tarde, em 1954, Albarino foi introduzido por imigrantes espanhóis. Nos últimos anos, a qualidade do vinho produzido na região vinícola do Uruguai vem aumentando, assim como a popularidade dos vinhos em todo o mundo. Além de Tannat e Albarino, existem outras variedades de uvas comuns, como Merlot, Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Sauvignon blanc e Cabernet Franc.

A terra de Tannat

Em contraste, foram os imigrantes franceses no Uruguai que trouxeram uma variedade francesa: Tannat, que é difundida no sudoeste da França. Os vinhos uruguaios são para os amantes de taninos fortes. Na França, o tanato caiu em desuso devido à estrutura de tanino mais duro, mas no Uruguai, sob o sol sul-americano, produz vinhos mais suaves e charmosos.

Enoturismo no Uruguai

Faça um tour pelas regiões vinícolas uruguaias conosco para descobrir a autenticidade do país junto com nossos parceiros locais. Descubra os aromas de Tannat, explore a gastronomia local e admire a beleza natural da região vinícola.

Regiões vinícolas do Uruguai

Aqui, os vinhedos cobrem cerca de 8.000 hectares e se espalham de leste a oeste de norte a sul em diferentes regiões vinícolas uruguaias. As regiões vinícolas uruguaias são divididas em zonas ribeirinhas sul, leste, sudoeste, central e oeste.

Zona Sul – Os maiores vinhedos da região vinícola do Uruguai
Canelones, localizado na zona sul, é uma das maiores regiões vinícolas uruguaias. A região possui paisagens espetaculares de colinas, praias e fazendas. Canelones está localizada ao norte de Montevidéu, onde o clima quente e os solos calcários ricos em argila favorecem a produção de vinhos com teor alcoólico e acidez equilibrados.

Outra importante região vinícola localizada na Zona Sul é Montevidéu, a capital do país. A região abriga um dos vinhedos mais antigos da região vinícola do Uruguai. A expansão da cidade empurrou os vinhedos dos limites da cidade para Canelones. É por isso que a maior parte da produção de vinho da região vinícola do Uruguai ocorre em Canelones.

A quarta maior região vinícola da região vinícola do Uruguai, San José, também está localizada na Zona Sul do país. As condições climáticas e os solos são muito semelhantes aos da região vinícola de Canelones. Os enólogos de San José produzem vinhos brancos de castas internacionais como Pinot Blanc, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Tannat, sozinho ou em mistura com Tempranillo, Cabernet Franc, Syrah e Merlot, também é bem difundido em San José.

Zona Central – Canto Ensolarado com Solos de Terra Vermelha
Durazno é uma das famosas regiões vinícolas uruguaias localizadas na Zona Central. Esta zona é caracterizada por um clima mais quente. Assim, em Duranzo, eles normalmente colhem duas semanas antes em Canelones. Durango é famosa pela produção de vinhos Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc bem amadurecidos.

Zona Leste – Vinhas em Altitude Mais Alta e Terroirs Interessantes
A região vinícola do Mandolado representa a Zona Leste do país, que se caracteriza por interessantes solos de rochas cristalinas e incrustações de quartzo. Solos particulares da região conferem mineralidade específica aos vinhos aqui produzidos. Mandolado é o lar de um dos resorts costeiros mais populares do Uruguai, o que coloca esta região no hotspot de viajantes internacionais. Os últimos investimentos e melhorias na vinificação trazem promessas de que Mandolado está se tornando um novo centro de vinificação uruguaia depois de Canelones.

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Tudo Sobre Vinho