Posted on

Região vinícola da Alemanha

Região vinícola da Alemanha

Cem anos atrás, os Rieslings da região vinícola da Alemanha estavam entre os vinhos mais caros do mundo. Ficou quieto por um tempo. Agora Riesling e outros vinhos brancos alemães estão passando por uma recuperação – e também o tinto Pinot Noir.

Com 102.000 hectares, a região vinícola da Alemanha é uma nação vinícola de tamanho médio no que diz respeito à área de vinhedos, mas recebe muita atenção dos apreciadores de vinho mais exigentes em todo o mundo. 75% dos vinhos provenientes das regiões vitivinícolas alemãs são brancos ligeiramente filigranas, mas de grande intensidade aromática e aromática. O clima fresco revela-se uma grande vantagem para os vinhos brancos, uma vez que impede a maturação rápida dos açúcares e promove a maturidade fisiológica. Além disso, existem 13 regiões vinícolas alemãs que fornecem uma grande variedade de solos diferentes: ardósia, cal, marga, rocha primária, rocha vulcânica. Essa natureza multifacetada dos terroirs nas regiões vinícolas alemãs cria vinhos ricos em minerais.

Enoturismo na Alemanha

As regiões vinícolas alemãs oferecem paisagens de tirar o fôlego, história e cultura do vinho a serem descobertas. O enoturismo na Alemanha combina diferentes atividades com degustações de vinhos e passeios pelos vinhedos. Se você é uma pessoa ativa, as regiões vinícolas alemãs oferecem trilhas para caminhadas e ciclismo para explorar os territórios ou até passeios de caiaque no rio. No entanto, a Alemanha não o deixará desapontado, se você quiser relaxar e desfrutar de comida local combinada com vinhos incríveis em aldeias pitorescas e pequenas cidades. No WineTourism.com, oferecemos uma diversidade de experiências de vinho em nossas vinícolas parceiras locais. Explore as regiões vinícolas alemãs conosco e descubra o mundo do vinho alemão.

Regiões vinícolas alemãs

A maioria das regiões vinícolas alemãs estão localizadas na parte ocidental do país, exceto Saxônia e Saale-Unstrut. O sistema de classificação de acordo com a categoria de qualidade divide os vinhos, produzidos em diferentes regiões vinícolas alemãs, nas seguintes categorias: Deutscher Wein (Vinho Country), Landwein (Vinhos de Mesa), os vinhos de maior qualidade de Qualitätswein (QbA) e Prädikatswein. Há uma divisão adicional de vinhos de maior qualidade com base na maturação/teor de açúcar nas uvas.

Rheinhessen – A maior região vinícola da Alemanha

Existem algumas variedades de uvas raras nos solos frutados de loess do interior: Baco, Ortega, Faberrebe, Muskat, Scheurebe, Huxel e muito mais. Rieslings grandes e secos também vêm daqui, e sua abundância é difícil de superar. Mas também há muitos nichos de onde saem vinhos originais e de alta qualidade que fazem esquecer o Liebfraumilch, uma gota anteriormente doce e humilde.

A vinificação na região de Rheinhessen é realizada desde a época da ocupação romana; é por isso que esta área abriga as vinhas alemãs mais antigas. Os melhores vinhedos da região estão ao longo das margens íngremes do rio Reno, chamado  Rheinterrasse .

Palatinado – A Região das Festas do Vinho

Palatinado é a melhor região vinícola alemã de Riesling. Os vinhos Riesling são produzidos em lugares como Kallstadt, Wachenheim, Deidesheim e Forst. Mas também, excelentes Pinot Gris e Pinot Blanc, assim como Müller-Thurgau, Kerner e Silvaner, têm sua origem na bela paisagem do Palatinado. As pessoas do Palatinado preferem passar o tempo livre nos muitos festivais de vinho que podem ser encontrados em todas as aldeias durante a temporada de verão. A bela região também é conhecida pela boa e farta comida, com a qual os vinhos harmonizam maravilhosamente.

Rheingau – O Berço de Riesling

Vinhos brancos vigorosos e muito finos de Riesling crescem nas encostas calcárias do loess; em Assmanshausen também finos Pinot Noir frutados. As vinhas cresceram em torno do conhecido castelo de Johannisberg e do Mosteiro de Eberbach, que convidam a belas caminhadas e visitas. No passado, uma garrafa de Riesling do Rheingau era paga tanto quanto uma garrafa de Château Lafite. Muitos dos vinhos aqui produzidos em adegas renomadas estão entre os grandes vinhos brancos do mundo.

A alta qualidade dos vinhos, da região de Rheingau, é combinada com uma atmosfera romântica proporcionada pelo rio Reno e as paisagens montanhosas ao redor das vinícolas.

Visite as regiões vinícolas de Rheingau e mergulhe em lugares históricos, paisagens encantadas pelo sol pontilhadas de aldeias rústicas e vistas deslumbrantes sobre os vinhedos e o rio Reno.

Mosel – uma das principais regiões vinícolas alemãs

Com seus vinhedos íngremes, o Mosel é um dos vinhedos mais espetaculares do mundo. Vinhos delicadamente picantes com forte acidez e aromas pronunciados de maçã, pêssego e damasco são criados em solo de ardósia que armazena calor. Apenas um terço dos vinhos foram vinificados como vinhos secos. A maioria dos vinhos, especialmente o Spätlese, é frutado e doce, pois contém 20 a 50 gramas de açúcar residual.

Mosel está entre as melhores regiões produtoras de vinho branco da Europa. A região vinícola de Mosel possui paisagens espetaculares de vinhas em socalcos, castelos medievais, pequenas cidades e vilas encantadoras e, claro, um dos melhores Rieslings que você pode experimentar da região vinícola da Alemanha.

Baden – Onde o Sol Está Sempre Brilhando

Baden é a região de cultivo mais ao sul da Alemanha e se estende desde o Taubertal, passando por Heidelberg, Baden-Baden, Freiburg até o Lago Constança. Baden consiste em subzonas separadas, das quais a mais conhecida é a Kaiserstuhl: uma área de colina vulcânica quente, na qual o Pinot Noir é cultivado, um dos topos da Alemanha. Mas os ótimos e picantes Pinot Blanc e Pinot Gris também prosperam nesta região ensolarada. Baden também é conhecida por sua excelente culinária, que é uma das mais requintadas da Alemanha devido à influência da vizinha Alsácia.

A região de Baden possui 16.000 hectares de vinhedos em um icônico formato de L que se estende ao longo da Rota do Vinho de Baden, que é uma atração famosa entre os amantes do vinho que viajam para cá. Esta área é um refúgio atraente e favorável, oferecendo imenso luxo e rica história.

Vinho de alta classe, comida fresca, centros de spa de luxo e cidades lindas esperam por você em Baden.

Württemberg – Vinhos Tintos da Alemanha Região Vinícola

70% das vinhas plantadas em Württemberg são vermelhas, a maioria das quais é Trollinger. Um vinho anteriormente sem graça que agora foi transformado em vinhos sofisticados por enólogos engenhosos. Mas os vinhos tintos também consistem em Lemberger (azul português), que pode resultar em vinhos característicos e picantes. Mas a cozinha aqui também tem algumas iguarias como spaetzle de queijo e assado que combinam maravilhosamente com os vinhos tintos da região.

Württemberg é uma região vinícola incomum da Alemanha, pois a maior parte da produção é dedicada às variedades tintas. Os vinhos produzidos aqui têm muito pouca exposição no mercado internacional, mas localmente, os vinhos de Württemberg são bem recebidos e têm o maior consumo de toda a Alemanha. Württemberg também é uma terra de colinas verdes, florestas e carros velozes; na verdade, os mundialmente famosos Mercedes-Benz e Porsche nasceram aqui.

Ahr- O Melhor Produtor de Pinot Noir na Alemanha

O Ahr é uma das regiões vinícolas alemãs mais quentes. Aqui, nas encostas íngremes viradas a sul com a ardósia armazenadora de calor como subsolo, as altas temperaturas prevalecem no outono. Esta é a razão pela qual 83% do vinho tinto é cultivado. Deste Pinot Noir são produzidos vinhos aveludados, às vezes exuberantes, com um doce frutado.

Além do vinho, Ahr oferece paisagens montanhosas incríveis, locais históricos e até uma cidade termal (perfeita para relaxar depois de uma caminhada nas colinas). Esta região é um lugar perfeito para você, mesmo que prefira as cidades à natureza, pois fica perto das belas Bonn e Colônia.

Franken – vinhas ao longo do rio principal

Os vinhedos da região vinícola de Franken se estendem ao longo do rio Main. Os solos são, portanto, muito multifacetados: rocha primária, arenito colorido, calcário de concha. Esta diversidade também se reflete na ampla gama de castas: Silvaner, Müller-Thurgau, Pinot Meunier, Dornfelder, Regent. Mas também no Vale do Médio Reno, a Hessische Bergstrasse, Saxônia e Saale-Unstru t são famosas por seus vinhos de alta qualidade e oferecem belas paisagens vinícolas que convidam a maravilhosas caminhadas ou passeios de bicicleta.

O Saale-Unstrut é a região vinícola mais setentrional da região vinícola da Alemanha e é conhecida por produzir vinhos de alta qualidade. O nome da região vem dos dois rios chamados Saale e Unstrut e está situado entre as várias encostas das colinas que cercam os rios.

Fonte:

Tudo Sobre Vinho
Posted on

Os Tesouros dos Terroirs Vínicos da Viña Geisse (Paredones e Marchigüe – Vale do Colchagua)

Diretamente da sua pátria o Chile, Mário Geisse e sua Viña Geisse tem produzidos vinhos peculiares, distintos e cheios de elegância no Vale do Colchagua. Ele desenvolve vinhos sofisticados e cheios de caráter em terroirs ainda desconhecidos por muitos e que na verdade, são grandes tesouros do mundo dos vinhos e que veem se revelando ao mundo, por possibilitarem a produção de vinhos tão distinguíveis. São vinhos brancos, rosés e tintos e estão sendo elaborados com perfis completamente diferenciados e que marcam o caráter destes terroirs. Esses terroirs a que me refiro são D.O Paredones e a microrregião de Marchigüe, ambos localizadas no Vale do Colchagua.

D.O Paredones / Vale do Colchagua / Chile

Localizado à 10 Km em linha reta do oceano Pacífico e à 20 Km do Vale Central, onde o clima apresenta-se como um grande diferencial. Há um fenômeno meteorológico da Vaguada Costeira onde a umidade e as brisas do mar entram no continente através de espécies de janelas, que são as partes mais baixas da cordilheira, e devido a diferença de pressão do ar atmosférico do local e dos arredores forma uma especie de circulação de ar constante nas partes mais baixas dessas áreas da Cordilheira da Costa. Pelas manhãs entram as brisas e é comum vermos nevoeiros, a tarde há uma boa insolação que seca bem as folhagens e os cachos, permitindo uma excelente sanidade ao vinhedo. A Cordilheira da Costa é a mais antiga das cordilheiras chilenas e apresenta um solo com característica granítica aluvial, são solos profundos, permitindo que as plantas enraizam bem a procura de nutrientes, um detalhe técnico interessante de ser mencionado é a deficiência de Boro nesse local, necessitando alguma correção.

Castas e Vinhos de Paredones

Em Paredones a Viña Geisse produziu a sua primeira safra vínica em 2018, nele tem sido plantadas as castas Sauvignon Blanc, Pinot Noir com dois diferentes clones ao qual se adaptaram muito bem e são as castas que compõe os Vinhos Costeiros, mas também neste terroir já iniciaram a produção de Chardonnay, essa ainda está em fase de implantação. Os vinhos da linha Costeiro da vinícola tem uma particularidade interessante de ressaltar, você consegue perceber e sentir nitidamente a característica do terroir presente em todos, seja no branco, no rosé e no maravilhoso Pinot Noir tinto.

Marchigüe / Vale do Colchagua / Chile

Marchigüe se localiza à 30 Km da Costa, apresenta altitude baixa com presença de formações de túneis de ventos permitindo um diferencial de clima importante, pois estabiliza a temperatura dos vinhedos, fazendo com que ocorra uma espécie de homogeneização da temperatura nos vinhedos e em todos os elementos do bago da uva, inclusive no período do ciclo de maturação isso se torna muito importante, devido fazer com que a maturação aconteça simultânea na película, na polpa e nas sementes. O solo é uma mistura de solos das duas cordilheiras, a do Andes com solos aluviais e coluviais e a da Costa com presença de solos graníticos e pedras de quartzo, onde há milhares de anos atrás era língua de uma formação glacial.

Castas e Vinhos de Marchigüe

As uvas produzidas na microrregião de Marchigüe pela Viña Geisse são em maioria a Carménère , a Cabernet Sauvignon e uma pequena quantidade de Petit Verdot que se adaptaram muito bem e que na avaliação dos grandes especialistas é inclusive um dos grandes terroirs chilenos para essas castas tintas devido as particularidades do terroir.

Os Vinhos que recebem a assinatura com o nome do mestre Mário Geisse e também o vinho Don Jorge Geisse e do espetacular e icônico vinho Notables produzidos com as nove melhores barricas selecionadas que provém deste terroir. Algo importante de mencionar é o comportamento dos taninos em boca dos vinhos produzidos com essas castas, vinho com a Carménère produzido em Marchigüe os taninos são muito mais macios, suaves, redondos e sentimos eles no centro da boca, já com o com Cabernet Sauvignon são muito mais potentes, apresentam mais estrutura e eles reagem mais rápido com as proteínas da saliva fazendo com com a percepção deles seja mais rápida e nas laterais na boca. Algo interessante é o blend com vinhos provindos dessas uvas, fazendo com que o néctar tenha peculiaridades importantes que agradam a muitos enófilos.

No Brasil a Família Geisse, chefiada pelo grande Mário Geisse se dedica desde a década de 70 exclusivamente em produzir espumantes, e que vale a ressalva e menção considerados um dos melhores espumantes do país e que elevam o nível dos vinhos brasileiros a patamares superiores internacionais. Fica o convite à você leitor conhecer in loco ou através dos vinhos esses terroirs maravilhosos chilenos que a Viña Geisse produz suas delícias e que tantos enófilos ainda desconhecem.

Desejo excelentes provas e muita saúde !

Viña Geisse / Família Geisse
www.familiageisse.com.br
WhatsApp +56 961215938 (Chile)
 WhatsApp +55 54 3455.7462 (Brasil)
COMERCIAL@VINICOLAGEISSE.COM.BR

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
Posted on

Vinho Chianti

Vinho Chianti

Chianti Blend refere-se à combinação clássica e de longa data de uvas para vinho usadas nos vinhos de Chianti e outras partes da Toscana. O principal constituinte da mistura é a variedade de uva favorita da Toscana, a Sangiovese. As regras do DOCG de Chianti exigem um componente mínimo de 70%. O número sobe para 75 para o Chianti Colli Senesi e 80% para o Chianti Classico.

Isso pode ser acompanhado por pequenas quantidades de variedades de uvas toscanas menos conhecidas, Canaiolo, Colorino, Ciliegiolo e Mammolo. O vinho típico feito a partir desta mistura apresenta aromas de frutas vermelhas, violetas, ervas secas e cerejas amargas.

A mistura de Chianti evoluiu ao longo do tempo, adaptando-se às mudanças na preferência do consumidor e aos avanços na tecnologia dos vinhedos. Houve uma controvérsia significativa quando as leis de denominação de Chianti sancionaram oficialmente as variedades vermelhas de Bordeaux Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot para uso (até 15%) em vinhos Chianti. Os puristas viram essa mudança com uma mistura de suspeita e arrependimento, enquanto outros saudaram os aromas de frutas escuras e a profundidade de cor que as variedades de Bordeaux trazem para o Chianti.

Antes de 2006, as uvas para vinho branco (na maioria das vezes Trebbiano e Malvasia) eram usadas rotineiramente como parte do Chianti Blend. Isso agora é proibido em todos os vinhos Chianti – com Chianti Colli Colli Senesi sendo o último a abandonar totalmente a prática em 2015.

As combinações de alimentos para vinhos Chianti Blend incluem:

  • Bistecca alla Fiorentina (bife T-bone grelhado)
  • Costelinha de porco no vapor com feijão preto
  • Pato confitado com puré de batata doce
Fonte:

Tudo Sobre Vinho
Posted on

Entendendo o uso do carvalho na vinificação

Entendendo o uso do carvalho na vinificação

Os enólogos enfrentam muitas escolhas ao usar o carvalho para produzir seus vinhos, e a interação entre carvalho e vinho é complexa e apenas parcialmente compreendida.

Como navio para transporte, o barril de vinho de carvalho tem sido usado desde os tempos romanos (ou anteriores) até o século passado, antes de ser substituído por garrafas, tanques de qualidade alimentar e bexigas avançadas enchendo contêineres inteiros. Os efeitos do carvalho no sabor, aroma e textura agora apreciados pelos bebedores são subprodutos da necessidade de encontrar recipientes estanques adequados. Mas hoje seu uso é mais integrante do processo de vinificação, e o enólogo moderno – apesar do orçamento – tem uma variedade de opções para moldar o caráter dos vinhos.

Em um extremo, um vinho pode ser envelhecido em carvalho novo, que pode conferir – entre outras coisas – aromas de baunilha ou tostados, especiarias, um caráter literal de madeira ou uma espinha dorsal extra de tanino. O efeito do carvalho é bastante reduzido após um uso; no entanto, um barril usado pode ser desejável se um vinicultor quiser efeitos de madeira mais sutis, talvez em um vinho mais leve como um Pinot Noir, em vez de um Cabernet Sauvignon ou Syrah mais pesado. Barris de vinho de diferentes idades também podem ser combinados para obter um estilo desejado, para se adequar a uma variedade de uva ou a um determinado preço, e algumas das uvas podem ser vinificadas ou envelhecidas em tanques de aço inoxidável ou outros materiais inertes.

No outro extremo, o impacto do carvalho velho, usado em várias safras anteriores, vem pelo grau em que permite a oxidação do vinho. Isso pode fornecer sabores de nozes, como Sherry, notas florais e uma textura mais suave. Os vinhos também podem ser fermentados total ou parcialmente em carvalho – prática mais comum nos vinhos brancos – para dar textura e peso, e aromas de carvalho mais integrados do que os obtidos com o envelhecimento prolongado em barrica.

O principal componente do carvalho é a celulose (40-45 por cento do peso seco), que tem pouco efeito nos sabores ou aromas na produção de vinho. No entanto, pode fornecer açúcares para se alimentar de microorganismos deteriorantes quando torrado.

A hemicelulose (25-35 por cento do peso seco) é uma mistura de polissacarídeos que libera açúcares simples e compostos quando torrado, proporcionando sabores e aromas de caramelo, torrada e açúcar queimado e aumento do corpo e da cor do vinho.

A lignina (20-25 por cento do peso seco) é um polímero de ligação na madeira e fornece aldeídos fenólicos como a vanilina, que fornece sabores cremosos de baunilha, guiacol e eugenol, ambos com notas defumadas. Temperar e tostar têm um forte efeito sobre os sabores e aromas derivados da lignina em um vinho.

O restante é absorvido por compostos fenólicos (principalmente taninos hidrolisáveis ​​na forma de galotaninos e elagitaninos), que influenciam a estrutura dos vinhos e podem ajudar a regular a oxidação. Estes podem ser decompostos temperando e/ou torrando em ácidos mais suaves e açúcar.

O carvalho é visto como a melhor opção de madeira por sua combinação de sabores sutis, armazenamento eficaz, estanque e durabilidade. Castanha, faia, acácia e outros gêneros também são usados, mas principalmente para recipientes de armazenamento maiores destinados a ter uma interação menos complexa com o vinho. A combinação de uvas e carvalho provou ser duradoura.

Comparado a outras famílias de árvores, o carvalho possui uma alta proporção de raios medulares, que irradiam como raios de roda, conduzindo água e nutrientes entre a madeira e a casca. Estes dão força e resiliência aos produtos de carvalho. Além disso, nas espécies de carvalho utilizadas no vinho, a secagem da madeira tampões os vasos de xilema que transferem água e nutrientes das raízes, formando xiloses, que criam o nível necessário de estanqueidade.

Apenas três espécies da família Quercus são habitualmente utilizadas na vinificação e maturação do vinho – sem incluir a cortiça, claro. Mas um enólogo ainda é apresentado a uma enorme variedade de opções e variáveis ​​ao considerar o carvalho, incluindo de onde vem o carvalho, o tamanho e a forma do barril e como ele é preparado e se a madeira é nova ou usada.

O carvalho é geralmente dividido em zonas geográficas de origem, dando origem a carvalho francês, carvalho inglês (Quercus robur), carvalho europeu e carvalho americano (Quercus alba ou carvalho branco), embora existam três espécies principais.

Embora o carvalho francês seja dominante, os carvalhos são cultivados em vários países europeus, incluindo Croácia (Eslavônia), Hungria, Eslovênia e Romênia. O carvalho russo foi amplamente utilizado na França no século 19, quando as florestas locais estavam diminuindo e, embora raramente visto hoje, ainda é considerado de qualidade comparável ao carvalho francês.

Duas espécies de carvalho europeu são mais comumente usadas. Quercus sessilis (carvalho séssil) é a espécie predominante nas florestas de Tronçais, Neviers, Alliers e Vosges, e prefere solos de encosta mais secos e rasos. Tem um grão firme e libera seus componentes lentamente, é relativamente macio e rico em compostos aromáticos. É uma escolha popular nas principais regiões de Pinot Noir.

Quercus robur (carvalho pêndulo) é encontrado no Limousin e em outras florestas do sul da França. Tem um grão corcel e tem um equilíbrio diferente de fenóis e polifenóis em comparação com o carvalho das florestas do norte da França, com menos compostos aromáticos, mas conferindo mais adstringência e amargor. É usado mais fortemente em Cognac, e também para Chardonnay , e quando os vinicultores desejam aumentar os níveis de tanino em seu vinho.

Em comparação com o carvalho americano, ambas as espécies utilizadas para barricas de carvalho francês têm uma maior concentração de compostos extraíveis solúveis em água e um maior teor de tanino extraível (especialmente elagitaninos). Tanto o carvalho pedunculado como o séssil têm cerca de 2,5 vezes mais fenólicos totais de tanino, por isso conferem um caráter mais picante aos vinhos.

Uma desvantagem do carvalho europeu é que ele deve ser dividido em vez de serrado, para preservar a estanqueidade. Apenas duas barricas de 225 litros podem ser fabricadas a partir do cerne de uma árvore de 80 a 120 anos. O carvalho branco americano normalmente tem xiloses muito mais espessas, o que significa que as aduelas podem ser serradas (não divididas) sem perder a estanqueidade. A produção por árvore é mais eficiente, mesmo que o crescimento não seja gerenciado para retidão.

As barricas de carvalho americano menos permeáveis ​​têm uma taxa de evaporação mais baixa, o que significa que há menos necessidade de reabastecer o conteúdo, poupando mão-de-obra, mas mais importante, criando condições mais estáveis ​​para a maturação dos vinhos. No entanto, eles são mais pesados ​​para se movimentar.

O carvalho americano tem uma quantidade maior de lactonas de carvalho metílico (antes de torrar), que têm um maior potencial para caracteres de coco ou baunilha e podem ser encontradas em misturas de Chardonnay ou Chardonnay, bem como alguns dos maiores vinhos tintos. Portanto, geralmente é evitado para vinhos Pinot Noir. Ele tende a transmitir características menos picantes e de nozes – o Rioja branco “old-school” obtém sua noz da oxidação em carvalho branco velho, não da extração – e os níveis de fenólicos extraíveis são apenas cerca de 40% dos do carvalho europeu.

Uma vez cortada a madeira para o barril, ainda há muitas opções na tanoaria. Um tronco recém-cortado contém 50% de água; madeira de barril (ou lenha para esse assunto) precisa ser seca a um nível de umidade ambiente.

O carvalho americano é geralmente seco em fornos e não lentamente ao ar livre, o que acelera a produção. Juntamente com o corte de serra e as florestas menos manejadas, esse é um fator chave para explicar por que os barris de carvalho americano de 225 litros custam cerca de US$ 750-800 contra US$ 1.100 ou mais para os exemplos franceses.

O tamanho e a forma do barril podem influenciar a proporção de entrada de oxigênio e a transferência do composto de sabor. Um puncheon de 500 litros (132 galões) tem 33% menos contato com a superfície em volume do que uma barrica de 225 litros. Barris maiores têm aduelas mais grossas, proporcionando melhor isolamento e menor permeabilidade. A forma também pode ter efeitos sutis no vinho acabado. A forma da Borgonha (uma peça padrão da Borgonha comporta 228 litros) é mais arredondada, enquanto as barricas de Bordeaux e os barris de vinho americanos são mais longos e menos curvados.

Disponibilidade e custo são considerações-chave; em países fora da França, tamanhos menos usuais, como 400 e 450 litros, e semi-muids de 600 litros podem precisar de pedidos especiais. As principais marcas francesas são frequentemente alocadas estritamente nos mercados de exportação. Tradicionalmente, as barricas são dimensionadas para serem mais facilmente manuseadas por uma pessoa, o que pode compensar seu custo de compra. O espaço da adega e as opções de empilhamento também podem influenciar as escolhas aqui. Alguns países têm uma experiência mais profunda com outros materiais; por exemplo, a indústria vinícola da Nova Zelândia cresceu com o aço inoxidável em parte porque já existia uma indústria de equipamentos para laticínios.

Nas últimas décadas, a fermentação primária em barrica tornou-se mais popular, principalmente para os vinhos brancos. Considera-se geralmente que uma melhor integração dos sabores de carvalho é alcançada se o vinho for fermentado e envelhecido em carvalho, em vez de apenas amadurecido em barrica. Isso pode ser feito para vinhos tintos, como Cabernet Sauvignon, mas requer recipientes de maior volume para gerenciar o contato com a casca das uvas, antes que o suco seja transferido para barris menores para terminar a fermentação primária e qualquer fermentação malolática subsequente que possa fazer parte da vinificação. processo.

O gerenciamento de calor durante a fermentação em barris é um desafio. O aço inoxidável é um condutor de calor, e uma jaqueta de aquecimento ou resfriamento pode causar uma mudança quase instantânea na temperatura na vitória. O carvalho é um isolante e o equipamento é menos preciso, mais caro por volume de vinho e mais trabalhoso.

Costuma-se sugerir que o calor do fermento extrai mais “carvalho” de um barril. Mas o papel preciso do calor na relação entre vinho e carvalho ainda não está acordado. As interações na fermentação em barris são muito mais complexas do que durante a maturação, e os resultados são mais sutis.

Os barris fornecem amplo oxigênio na parte inicial da fermentação, permitindo que a levedura se reproduza mais rapidamente, geralmente produzindo níveis mais altos de álcool. À medida que o álcool é produzido, ele começa a inibir a oxidação dos polifenóis (antioxidantes) e a extração de compostos aromáticos da madeira.

As reações químicas durante a fermentação em barris são complexas. A presença de levedura faz uma grande diferença na interação do vinho com a madeira. As células de levedura revestem o interior da barrica reduzindo o contacto com o vinho, podendo também absorver alguns compostos da madeira, transformando-os em compostos menos aromáticos. A estrutura coloidal do vinho é reforçada, dando mais textura e peso, e o efeito geral é criar uma interação mais harmoniosa entre madeira e vinho. Então, à medida que as leveduras morrem, elas liberam polissacarídeos, que reduzem o amargor dos taninos da madeira, aumentam a complexidade do sabor, a clareza do vinho, evitam a oxidação e aumentam a cor. Os níveis de vanilina são muito mais altos quando os vinhos são envelhecidos em carvalho novo – mas não se fermentados em carvalho novo.

Além das influências do sabor, o envelhecimento em carvalho oferece controle da oxidação. Quando o vinho oxida, o acetaldeído é produzido pela oxidação do peróxido de hidrogênio e do etanol e, auxiliado pelos taninos da madeira, pode impedir a precipitação de compostos de cor (anto e procianinas) e o desenvolvimento de cores vermelho-tijolo. A polimerização e a condensação de quininos podem suavizar os taninos. Os taninos de carvalho eliminam o oxigênio e, na presença de álcool, podem produzir dietil acetal dando notas de topo perfumadas. Os eligataninos das barricas também ajudam a retardar a oxidação à medida que o vinho envelhece.

O carvalho novo é mais estanque ao ar e à água, mas o oxigênio ainda pode passar pelos poros da madeira, bem como ao redor da tampa, e durante o processo de trasfega, quando os vinhos são movidos do barril para separar as borras. Os barris precisam ser mantidos cheios, pois a evaporação cria um espaço aéreo que levaria a uma rápida oxidação.

O uso de carvalho velho pode aumentar a taxa de oxidação, pois os barris ficam menos estanques ao ar e à água. Por outro lado, muitos barris velhos podem ser revestidos com tartaratos de usos sucessivos, o que os torna amplamente inertes em termos de aprimoramento de sabor.

Os barris normalmente usados ​​são recarregados com a mesma variedade de uva ou tipo de vinho. Ocasionalmente, os vinicultores usam barris anteriormente usados ​​para outros vinhos – talvez um barril de Chardonnay ou Viognier para dar impulso a um Syrah. Às vezes, um barril que acabou de ser usado para fermentar vinho branco, como Chardonnay em suas borras, é então preenchido com vinho tinto. No entanto, aqui a influência das borras é o elemento chave.

O alto custo dos barris novos significa que a política de carvalho de muitos produtores de vinho é baseada no que eles podem pagar. Claro que existem vários outros materiais comumente usados ​​para fermentação e maturação do vinho, notadamente tanques de aço inoxidável, concreto, epóxi e plásticos. Custo e considerações estilísticas significam que muitos dos vinhos que bebemos combinam o uso parcial de barris de carvalho combinados com outras opções; muitos brancos fermentam em carvalho, mas amadurecem em tanques. Um vinicultor pode recuperar parte do custo vendendo um velho barril de carvalho, que pode muito bem encontrar um novo sopro de vida como um barril de uísque.

Outros formatos podem ser considerados para adicionar caracteres de carvalho ao vinho. Aduelas de carvalho individuais e lascas de carvalho são opções mais baratas usadas mais comumente na fermentação; a colocação de aduelas em tanques de aço inoxidável custa cerca de 10% do preço dos barris equivalentes para o volume, enquanto os cavacos podem custar cinco por cento. Nem aduelas nem cavacos cumprem a função oxidativa dos barris, embora a necessidade de reabastecer os barris seja removida. É necessário cuidado com a dosagem, pois muitos vinicultores optam por “overdose” em alguns tanques e depois misturam com lotes sem carvalho. Escolhas semelhantes no nível de torradas e temperos ainda permanecem.

A essência de carvalho também pode ser usada, embora seja improvável que seja anunciada e tenha sido mais prevalente nas décadas de 1980 e 1990. Outra alternativa é raspar barris usados ​​para expor a área de superfície, mantendo alguns dos atributos físicos e químicos do carvalho novo.

Um desafio mais direto à primazia dos barris de carvalho pode vir das modernas cubas de plástico, que podem ser abastecidas com uma variedade de níveis de permeabilidade ao ar. Combinados com aduelas de carvalho, eles podem fornecer processos oxidativos juntamente com aroma de carvalho, são inerentemente mais higiênicos e fáceis de manter do que barris e podem ser usados ​​repetidamente, sem degradação no desempenho.

Fonte:

Tudo Sobre Vinho
Posted on

O Ícone dos Espumantes Brasileiros

Ser a referência e um ícone dos espumantes do Brasil sem dúvida é fruto de um trabalho muito árduo e que tem por trás uma história de perseverança, determinação, visão de futuro, audácia, comprometimento e sobretudo uma inquietude de um pesquisador que desejava produzir um espumante de classe a nível dos grandes Champagnes franceses.

Essa história começa em 1976, quando o chileno, engenheiro agrônomo e enólogo Mário Geisse foi contratado para dirigir a Moët & Chandon do Brasil. Nessa época ele também começou a estudar o solo da região e detectou que em Pinto Bandeira havia um terroir muito especial para produção de uvas. Em 1979 fundou a Vinícola Geisse, e logo em 1981 começou a produzir os primeiros ensaios de espumantes que evidenciavam a potencialidade que esse terroir tinha para produzir espumantes. As castas escolhidas foram Pinot Noir e Chardonnay. A safra de 1989 marca a comprovação de capacidade de produção de grandes espumantes a nível mundial onde esses passaram por 12 anos em autólise e em prova demonstravam o brilhantismo do terroir de Pinto Bandeira.

Dentre inúmeros prêmios e referências dos maiores críticos de vinhos do mundo, em 2011 a Master of Wine Jancis Robinson incluiu a Vinícola Geisse em sua lista das 15 vinícolas que ela acreditava que poderiam marcar o futuro do vinho, sendo a Família Geisse a única produtora de espumantes da seleção apresentada pela crítica. No importante evento Wine Future, realizado em Hong Kong, o Cave Geisse Brut foi o único espumante do mundo a fazer parte da lista de 15 vinhos recomendados. O rótulo Cave Geisse Terroir Nature foi único espumante sul-americano a entrar no livro “1001 Vinhos para se Beber Antes de Morrer”.

Mas há algo mais extraordinário que a Família Geisse participou ativamente não só para enobrecer os espumantes, mas para abrilhantar o nome do Brasil no universo do mundo dos vinhos, isso se deu ao encaminhamento da D.O. Altos de Pinto Bandeira, junto as entidades de pesquisa e definições. Desta forma eles deram início à primeira Denominação de Origem do Novo Mundo específica para Espumantes, assim como a de Champagne, na França. Esta D.O. representará os diferenciais de qualidade deste Terroir, identificado por Mário Geisse nos anos 70. E eu Dayane Casal, como verdadeira devora de Baco, eu faço um agradecimento especial ao Mário Geisse, a toda a sua equipe e família pelo seu trabalho, pela sua dedicação, pelo seu espírito inquieto em fazer sempre o melhor e por elevar o nome da minha pátria BRASIL no mercado vínico mundial.

Convido a todos todos os bacoloves, enófilos, winelovers a degustarem os maravilhosos vinhos espumantes Cave Geisse, tenho certeza que será uma bela experiência vínica e cheia de muito prazer. Abaixo ficam os contatos da Vínicola para você leitor que tiver interesse em fazer um enoturismo ou estabelecer contato comercial. Desejo saúde e boas provas vínicas!

Família Geisse Vinhedos de Terroir
Linha Jansen, s/n – Zona Rural, Pinto Bandeira – RS- Brasil 95717-000
E-MAIL: COMERCIAL@VINICOLAGEISSE.COM.BR
E-MAIL: TURISMO@VINICOLAGEISSE.COM.BR
 WHATSAPP: +55 54 3455.7462 ( Comercial )
 WHATSAPP: +55 54 99696.6791 ( Enoturismo )
https://loja.familiageisse.com.br

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
Posted on

“Sustentabilidade ainda não é critério de compra, mas isso está mudando”

A preocupação com a sustentabilidade na produção de vinhos vem ganhando espaço. Na Nova Zelândia, por exemplo, 96% de toda a área agrícola usada na produção de uvas recebe algum tipo de certificado. O Chile e a Califórnia têm programas robustos, e até o Brasil já começa a enveredar por esse caminho.

No Velho Mundo, a região do Alentejo, em Portugal, vem chamando a atenção por um projeto pioneiro que teve início há quase 10 anos, mas cujos resultados começam a ser divulgados de forma mais assertiva agora. Trata-se de uma entidade que hoje conta com 503 membros, entre vinícolas e adegas, interessados em produzir os rótulos tradicionais da região de forma mais responsável.

Tiago Caravana, da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, conversou com VEJA sobre o programa e como a iniciativa está inspirando outros produtores portugueses e europeus.

O programa de sustentabilidade dos vinhos do Alentejo é pioneiro. Como vocês deram início ao projeto?
Começamos a engendrar o programa em 2013, e ele teve início em 2015. Começamos com 91 membros, e fazíamos uma autoavaliação dos produtores. Agora, são 503 membros, de diferentes tamanhos e tipos. Há só adegas, há viticultores, a produtores que são adegas e também viticultores. E temos parcerias com instituições de fora do país, agentes agronômicos que ajudam os produtores a melhorar a produção passo a passo. Em 2017, criamos um símbolo, uma certificação. Que pode até parecer marketing, mas é uma maneira de estimular outros. Se alguém vê o vinho do lado com uma simbologia de sustentabilidade, fica curioso, até um pouco invejoso, e quer saber o que é aquilo. E só em 2018 começamos os esforços de comunicação. Enviamos alguns rótulos para análise junto com vinhos do Chile, da Califórnia, e de alguns programas da Alemanha, Itália e Argentina. E o nosso obteve nota máxima. E em 2020 a certificação deixou de ser feita pela própria entidade e passou a ser emitida por empresas credenciadas.

Quais ganhos efetivos de sustentabilidade já foram alcançados com a iniciativa?
O projeto é muito complexo e envolve 183 critérios diferentes, como meio ambiente, área econômica e social. Todos de alguma forma dizem respeito às mudanças climáticas. Não é algo do futuro. O Alentejo é uma região que já bateu recordes de temperatura em alguns verões na Europa. Por isso as alterações climáticas já cá estão. Posso dar um exemplo da água. Nosso objetivo máximo é chegar a um litro de água para cada litro de vinho produzido. Alguns estão próximos. Outros gastam 14 litros de água para cada um de vinho, e hoje gastam cinco. Isso é feito por meio de planos completos de economia circular. Uma adega trata a água residual da população próxima. Outra converte todo o material orgânico que é produzido em fertilizante, que é novamente usado nas vinhas. Também passaram a adotar rótulos de papel e rolhas com certificação FSC (Forest Stewardship Council). Em 2019, eram 16%. Hoje, são 66%.

Continua após a publicidade

Herdade Outeiros Altos, vinícola que desenvolve um trabalho de agricultura biológica e integra o programa –CVRA/Divulgação

Quais foram as inspirações para esse programa? Na Europa não há muitas iniciativas do tipo.
Em Portugal somos pioneiros. Outras partes do país estão aprendendo agora conosco e querem fazer um trabalho nesta área. E somos um livro aberto. Para nós a sustentabilidade deve ser algo de todo o setor. Não podemos guardar nosso segredo a sete chaves. Queremos ensinar os outros a fazer igualmente bem. No Velho Mundo, não sei de nenhum programa semelhante. O que há é no Novo Mundo, principalmente a Califórnia. Eles foram nossa principal inspiração e abriram o livro para nós. O Chile também está na frente em planos de sustentabilidade. E no mundo há outra iniciativas regionais importantes, como na África do Sul e Nova Zelândia.

Há maior demanda dos consumidores por vinhos sustentáveis?
A evolução em geral é muito grande, mas depende do país. Os escandinavos são muito exigentes. No resto da Europa, em Portugal e também no Brasil, os consumidores já dão maior atenção, mas ainda não é um critério de escolha. Se for sustentável, melhor. Mas ele não vai à procura. Se estiver em dúvida entre dois vinhos e um deles tiver uma certificação, pode ser um fator de desempate. Mas rapidamente, com o aumento da oferta, vamos mudar isso. Hoje, temos 10 produtores certificados. Teremos mais até o final do ano.

Tiago Caravana, Diretor do Departamento de Marketing dos Vinhos do Alentejo –Divulgação/Divulgação

Por que vocês demoraram tantos anos para começar a promover o certificado de sustentabilidade dos vinhos do Alentejo?
Há muito greenwashing nessa matéria, e quisemos sempre fugir. Por isso só agora estamos falando sobre isso. Mas agora temos dados reais que podemos mostrar. Recebemos prêmios nacionais e internacionais. Os produtores se contiveram, mas querem e gostam de mostrar o que estão fazendo. É um momento recompensador ver que aquilo é uma causa. Hoje, temos 10 produtores com a certificação, mas até o final do ano vamos aumentar ainda mais essa oferta. E com isso mais gente vai ficar imbuída dessa filosofia.

Continua após a publicidade

Fonte:

Vinho – VEJA
Posted on

Período Herbáceo – Ciclo da Videira

Após o período do vingamento, período ao qual os cachos de flores da videira sofrem fertilização e estas flores transformam-se em cachos de uvas ocorre o período herbáceo do ciclo da videira. Essa fase tem início com a formação dos bagos, que dura em média de quatro a seis semanas e nesse período as uvas começam a se desenvolver. No Hemisfério Norte ocorre entre os meses de Junho a Julho e no Hemisfério Sul de Dezembro a Janeiro, dependendo da casta e da latitude de implantação da vinha.

Os bagos de uva apresentam-se com uma cor verde e de consistência rígida, ou seja, bem durinhos. Existe um momento bem curioso desta fase do ciclo da videira ao qual os bagos são chamados de grão de ervilha, devido a semelhança física com as ervilhas. Eles comportam-se com semelhança a folhas e o sarmento, possuindo estomas e realizando fotossíntese, se provados neste período são azedos e sem qualquer teor de açúcar perceptível, pois nesta fase apresentam máximo dois gramas de açúcar por quilo de uva, e isso ocorre devido o seu consumo está sendo utilizado na multiplicação celular. Já o teor de ácidos ao longo de toda esta fase cresce até atingir valores máximos.

Duas curiosidades interessantes deste período é que não é registrado a presença de antocianas (compostos corantes) e acontece um domínio de compostos aromáticos com aromas herbáceos. Nesse período podem ser necessárias pulverizações em enxofre para prevenção de algumas doenças. A seguir vem a fase do pintor que será o tema do próximo post.

Fonte:

Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
Posted on

Vinhos Doces: Tudo Que Você Precisa Saber

Os vinhos doces, ou vinhos de sobremesa, são muito reconhecidos por seu sabor e aroma intensos e característicos. Estes vinhos, diferentemente dos vinhos secos, possuem grande concentração de açúcar. De acordo com a legislação brasileira, para que o vinho seja considerado doce, ele necessita de uma concentração de açúcar igual ou superior a 25 gramas por litro da bebida. Alguns dos vinhos mais doces, como o Pedro Ximénez (PX), chegam a apresentar concentração de açúcar residual de 500 gramas por litro.

                De maneira geral, o método de elaboração dos vinhos doces é muito semelhante aos demais vinhos, conhecidos como tranquilos, diferindo apenas no momento da fermentação. A fermentação dos vinhos doces é interrompida na metade do processo, de forma que boa parte do açúcar natural da uva seja conservada na bebida. Essa interrupção da fermentação pode ser realizada de diferentes formas. Pode-se retirar as leveduras (que são os organismos responsáveis por fermentar a bebida) utilizando um filtro; outra forma de interromper a fermentação é com a adição de anidrido sulfuroso (dióxido de enxofre); e existe ainda a possibilidade de interromper a fermentação adicionando álcool, que é o processo conhecido por fortificação.

Além disso, também pode-se elaborar um vinho doce através da adição de componentes adocicados à bebida, embora não se possa adicionar açúcar propriamente dito. Assim, é comum que alguns produtores adicionem suco de uva concentrado ou uma mistura de álcool com açúcar para aumentar o teor de doçura do vinho.

Algumas uvas possuem como principal característica serem naturalmente doces, possuindo elevada concentração de açúcar, o que as tornam propícias para a elaboração de vinhos doces ou de sobremesa. As leveduras não suportam concentrações alcoólicas maiores que 15% e, nesse caso especificamente, o nível limite do álcool para que as leveduras sobrevivam é alcançado ainda durante a fermentação, sem necessidade de acrescentar álcool como no caso dos vinhos fortificados e, consequentemente, fazendo com que parte da concentração residual de açúcar seja preservada na bebida.

O Vinho do Porto é um dos mais famosos vinhos doces, elaborados pelo processo de fortificação. Este vinho é elaborado na região do Douro, em Portugal e recebe o selo de Denominação de Origem Controlada Porto. Outros exemplos famosos são o Vinho Madeira, também de Portugal, e o Vinho Xerez, da Espanha, ambos elaborados através de fortificação.

Fonte:

Vinho em Casa
Posted on

As melhores Rotas do Vinho para explorar

As melhores Rotas do Vinho para explorar

Existem regiões vinícolas ao redor do mundo onde você pode encontrar uma vinícola após a outra, e se você é um amante do vinho como nós em Winetourism.com, então você não vai querer perder nenhum desses domínios do vinho. A melhor maneira de chegar ao maior número possível de vinícolas é dirigir por rotas e trilhas do vinho. Em muitas regiões vinícolas, esses roteiros são sinalizados por sinalização e foram criados para ajudar os turistas a se deslocarem melhor pela região.

Reunimos uma lista dos mais famosos para inspirá-lo na sua próxima viagem vinícola.

Rota do vinho da Alsácia

A Rota do Vinho da Alsácia é a rota do vinho mais antiga da França e com certeza uma das mais espetaculares. Ao longo de todo o percurso de 170 km, você estará cercado pelas paisagens pitorescas da região vinícola da Alsácia. Você descobrirá incríveis vinícolas da Alsácia, encantadores castelos antigos e algumas das mais belas cidades e vilas da região. Aqui estão os passos que você não pode perder de acordo com o site oficial da Rota dos Vinhos da Alsácia:

A parte norte da Rota do Vinho da Alsácia

Esta parte da rota do vinho se estende de Estrasburgo até a fronteira entre a França e a Alemanha e apresenta algumas das aldeias mais bonitas e pitorescas da França. Explore os vinhedos mais ao norte da região ao redor da vila de Cleebourg e perca-se nas ruas de Wissembourg e Hunspach.

Vinícolas ao redor de Estrasburgo

Estrasburgo, o cerco do Parlamento Europeu, é uma cidade que merece uma visita, sendo uma mistura de culturas e arquitetura francesa e alemã. A área ao redor da capital não oficial da União Européia abriga algumas das vinícolas mais prestigiadas da Alsácia. Tire um dia para visitar vinícolas e provar deliciosos vinhos Sylvaner, Riesling, Pinot Noir e Gewürztraminer.

As vinhas entre Estrasburgo e Colmar

Enquanto você dirige em direção à parte sul da região vinícola da Alsácia, reserve um momento para visitar o famoso castelo de Haut-Koenigsbourg e a vila de Rosheim. A vila é o ponto de passagem entre a Rota dos Vinhos da Alsácia e a Rota do Românico, uma rota cênica dedicada à arquitetura românica na Alemanha.

Se você quiser fazer uma pausa em um tipo de turismo mais cultural, há muitas vinícolas incríveis que você pode visitar bem no coração da Rota dos Vinhos da Alsácia, ao redor das cidades mais famosas da região, Estrasburgo e Colmar.

Adegas e vinhas em Colmar

A encantadora Colmar é a capital do vinho da região vinícola da Alsácia e os vinhedos que cercam a cidade fazem parte de uma paisagem extraordinária caracterizada por colinas e planícies verdes. As casas em enxaimel são uma constante na zona criando um ambiente idílico, em que o vinho delicioso e as paisagens exuberantes são os principais protagonistas.

A parte sul da Rota do Vinho da Alsácia

A última parte da Rota do Vinho da Alsácia, ou a primeira, se você decidir subir, desce das montanhas dos Vosges até a planície esverdeada da Alsácia. A seção sul da Rota dos Vinhos da Alsácia apresenta mais arquitetura românica, mas o mais importante, pelo menos de nós, é a terra dos Grand Crus da Alsácia. Devido ao rico e próspero terroir da zona, os vinhos aqui produzidos são únicos pelos seus aromas e sabores.

Rota do vinho de Mendoza

A Argentina é um dos principais países vitivinícolas do mundo, especialmente se falamos de vinhos tintos. Entre as muitas regiões vinícolas da Argentina, há uma que é mais conhecida e renomada, Mendoza. O que torna a região vinícola de Mendoza uma excelente área de produção de tintos encorpados, especialmente Malbec, é seu terroir diversificado e microclimas distintos.

Se você está planejando uma viagem à Argentina para beber um delicioso Malbec e se encontrar imerso na natureza selvagem, prepare-se para uma viagem pela rota do vinho de Mendoza e vá direto ao coração desta incrível região vinícola do Novo Mundo.

O que sugerimos é começar sua exploração na área vitivinícola mais próxima da cidade de Mendoza, Maipú. Esta região vinícola é onde tudo começou, os primeiros vinhos tintos argentinos foram produzidos aqui graças às habilidades de enólogos visionários.

Depois de descobrir as incríveis vinícolas ao redor de Maipú e na cidade de Mendoza, dirija uma dúzia de quilômetros a sudoeste até Luján del Cuyo. A região vinícola que se desenvolveu ao redor da cidade está repleta de requintadas vinícolas boutique, onde você vai querer relaxar enquanto toma uma taça de Malbec.

Uma vez que você está totalmente abastecido com garrafas de vinho fino da parte norte da região vinícola de Mendoza, é hora de dirigir para o sul na rota do vinho de Mendoza em direção ao Vale do Uco. Esta região vinícola representa a nova geração de vinicultores de Mendoza, e é aqui que você encontrará tipos mais elevados e modernos de Malbecs e Cabernet Francs.

Rota dos Castelos

A Route des Châteaux é literalmente “a rota dos castelos”, já que o termo château é usado na região vinícola de Bordeaux para designar as vinícolas, esta trilha liga as vinícolas da denominação Médoc . Conheça o coração da produção vinícola da região vinícola de Médoc, localizada na margem direita do rio Gironde, e prove alguns dos melhores tintos de Bordeaux do mundo. A rota do vinho começa ao norte da cidade de Bordeaux e vai até o Norte em direção ao estuário do Gironde até Pointe de Grave.

Aqui estão algumas paradas que você precisa fazer enquanto dirige pelos castelos da região vinícola de Médoc para evitar perder os melhores crus:

Saint-Julien

Esta denominação localizada ao sul de Pauillac e ao norte de Haut Médoc possui 11 crus. Aqui, a produção centra-se em vinhos tintos intensos e complexos que apresentam taninos finos na boca.

Pauillac

Você não pode dizer que esteve em Médoc se perder uma visita à sua capital, Pauillac . Esta cidade de quase 5.000 habitantes está localizada a meio caminho entre Bordeaux e Pointe de Grave e abriga 18 Grand Crus. Saiba mais sobre a fascinante história de Pauillac, o que ela tem a ver com o poeta Pablo Neruda e o que torna o terroir ao redor da cidade tão fértil para o cultivo da vinha. Os blends Bordeaux de Pauillac são mais delicados que os de Saint-Julien, mas ainda apresentam um corpo cheio e rico.

Aldeia de Bages

A particularidade desta aldeia é que se encontra dentro do domínio da família Cazes, e tem tudo o que um entusiasta do vinho pode desejar. Lojas de vinho, bares de vinho, uma grande oferta de provas de vinho para aprender tudo sobre os blends de Bordeaux e a produção da região.

Santo Estefe

Ao redor da vila de Saint-Estèphe , mais de 60 castelos são investidos na produção de vinhos tintos de alta qualidade de Bordeaux.

Trilha de azeite e vinho Chianti Clássico

A área que você pode visitar seguindo a rota do vinho de Chianti Clássico está localizada entre as maravilhosas cidades de Florença e Siena. Comece por uma das duas cidades e vá em direção à outra enquanto para saborear um delicioso vinho tinto toscano em vinícolas encantadas.

Não há nada melhor do que um passeio pela paisagem toscana, se você puder parar no caminho para beber um pouco de vinho, melhor ainda. A melhor maneira de explorar completamente a região vinícola de Chianti Clássico é seguir a rota do vinho Chiantigiana, uma estrada que passa por todas as principais cidades produtoras de vinho. A Toscana é uma terra de vinho, pródiga, colinas verdes e cidades e castelos medievais, então esta é uma pequena lista de lugares que você não pode perder:

  • Greve in Chianti, nos arredores de Florença.
  • Castellina, onde você aprenderá mais sobre o misterioso povo etrusco.
  • Fonterutoli, muito perto de Castellina, mas vale a pena visitar se você estiver dirigindo em direção a Siena.
  • Radda in Chianti, capital da Lega del Chianti.

A região vinícola de Chianti e a região vinícola de Chianti Clássico são duas das principais regiões produtoras de vinho não apenas na Itália, mas no mundo, e é por isso que temos mais alguns blogs e artigos dedicados a elas. Saiba mais, reserve sua próxima experiência de vinho e comece sua viagem pela trilha do vinho Chianti Classico.

As trilhas do vinho Champagne

Existem infinitas rotas vinícolas possíveis a seguir na região vinícola de Champagne para aproveitar ao máximo todas as diferentes experiências de vinho oferecidas pelos fabricantes de champanhe da região. A terra do espumante mais elegante e elegante do mundo é o destino dos sonhos para a maioria dos amantes do vinho, que podem decidir entre cinco, ou talvez mais, diferentes trilhas vinícolas a seguir. Cada uma das denominações da região vinícola de Champagne tem sua própria rota do vinho que conecta aldeias francesas encantadas, paisagens deslumbrantes e vinícolas incríveis. Como as denominações são várias e o local a visitar ainda mais, montamos uma lista rápida para ajudá-lo a planejar sua próxima aventura vinícola na região vinícola de Champagne.

Montaigne de Reims

Provavelmente uma das seções mais emblemáticas da região vinícola de Champagne, já que a denominação se espalha da deslumbrante cidade de Reims até a capital do vinho de Champagne, Epernay. A vila de Verzy é outra visita obrigatória aqui.

Vale do Marne

Esta área está repleta de miradouros incríveis e caracterizada por exuberantes colinas verdes. É aqui que a Pinot Meunier cresce no seu melhor. Comece sua exploração da denominação Vallée de la Marne de Epernay e dirija em direção a Pierry.

Costa Branca

A Côte des Blancs é a terra do Chardonnay e se estende de Epernay, que é o verdadeiro coração da região vinícola de Champagne e ponto de partida de várias rotas do vinho, até Vertus.

Rota do vinho Empordà

A rota do vinho Empordà é uma rota do vinho localizada na fascinante região vinícola da Catalunha e passa por uma terra dedicada ao vinho e ao surrealismo. O conselho de turismo da Costa Brava e Girona criou esta rota do vinho para tornar as adegas da região e outros locais de interesse mais acessíveis e conhecidos.

A região vinícola de Empordà ocupa a parte nordeste da região vinícola da Catalunha e, do ponto de vista de um produtor de vinho, esta região apresenta qualidades de solo únicas graças à influência dos Pirinéus e do Mar Mediterrâneo.

A ligação entre Empordà e surrealismo é, claro, o pintor espanhol Salvador Dalì. Nasceu e cresceu na cidade de Figueres, onde também morreu. Dalì amava o vinho tanto quanto amava pintar, e tanto quanto amava a região vinícola de Empordà, e até escreveu um guia para beber vinho, os Vinhos de Gala.

Rota do vinho Mosela

O rio Mosel (ou  Mosela, dependendo de qual lado você estiver) tem mais de 550 km de extensão e passa por três países europeus:  França, Luxemburgo e Alemanha. Ao longo de seu vale nos três países, o rio cria um terroir muito fértil e favorável ao cultivo de uvas.

Existem muitas vinícolas incríveis que você pode descobrir facilmente dirigindo pela Rota do Vinho de Mosel. Prepare-se para visitar vinícolas com arquitetura excepcional, provar seus vinhos incríveis e aprender mais sobre as características distintivas do Vale do Mosel na França, Luxemburgo e Alemanha.

A rota do vinho Mosel passa por todas as principais cidades tocadas pelo rio Mosel: Nancy e Metz na França, Koblenz e Trier na Alemanha e, claro, Schengen no Luxemburgo.

Fonte:

Tudo Sobre Vinho
Posted on

Conheça os Malbecs mais procurados do mundo

Conheça os Malbecs mais procurados do mundo

A Argentina se tornou um produtor especialista em Malbec e isso se reflete nos vinhos que todos procuram.

Não chore pela Argentina – a indústria do vinho está fazendo mágica com a ajuda de um imigrante francês.

Embora o Malbec tenha se tornado cada vez mais popular entre os produtores em regiões tão díspares como Califórnia, Washington, Nova Zelândia e Austrália – e está desfrutando de um pequeno renascimento em sua França natal – é a Argentina que o levou a alturas inimagináveis.

As origens do Malbec estão em Cahors , no sudoeste da França, onde produz vinhos escuros e tânicos quase invariavelmente descritos como “rústicos”, que é o tipo de bocado que poderia arrancar o esmalte dos dentes e deixar a língua peluda por várias horas depois. saboreando-o. Também era tradicionalmente usado para aumentar as misturas de Bordeaux, oferecendo corpo e estrutura que frequentemente faltavam nos outros ingredientes, embora sua presença tenha diminuído muito nos últimos 60 anos.

Chegou à Argentina há mais de 150 anos, mas só nos últimos 40 anos ganhou ascendência – e como. Dos 100 Malbecs mais pesquisados ​​no Wine-Searcher, 89 são da Argentina – os outros 11 são compostos principalmente de vinhos Cahors, com alguns vinhos chilenos e californianos.

As buscas por Malbec caíram um pouco no ano passado, assim como os números de busca por Mendoza, a região guarda-chuva onde a maioria dessas buscas ocorre. No entanto, isso é provavelmente um pontinho e está bem alinhado com as tendências gerais de pesquisa, após o ano recorde de pesquisas que vimos em 2021. O apetite do público pelo Malbec argentino não está mostrando nenhum sinal de declínio.

Vamos dar uma olhada nos vinhos.

Os vinhos Malbec mais procurados do mundo:

  • Catena Zapata Malbec Argentino, Vale do Uco
  • Catena Zapata Adrianna Vineyard River Stones, Gualtallary
  • Catena Zapata Angélica Zapata Alta, Mendoza
  • Catena Zapata Catena Malbec, Mendoza
  • Cobos Malbec, Mendoza
  • Catena Zapata Adrianna Vineyard Fortuna Terrae, Gualtallary
  • Familia Zuccardi Finca Piedra Infinita Gravascal, Paraje Altamira
  • Familia Zuccardi Finca Piedra Infinita, Altamira
  • Catena Zapata Nicasia Vineyards Malbec, La Consulta
  • Catena Zapata Catena Alta, Mendoza

Quando fizemos esta lista pela última vez (em 2020), havia cinco vinhos do produtor nela; este ano, são sete. Esse nível de domínio não é raro quando se trata dessas listas – existem algumas regiões dominadas por um grande produtor – não é raro, mas é incomum. E o que também é diferente este ano é que os outros três vinhos não entraram na última lista, mostrando que, embora o domínio de Catena Zapata seja avassalador, ainda é possível capturar a imaginação do público.

Das outras duas vinícolas representadas na lista, os vinhos Piedra Infinita, da Familia Zuccardi, receberam muito amor da crítica ao longo dos anos, por isso não é surpreendente vê-los na lista. No ano passado, o vinho Gravascal marcou 100 perfeitos do The Wine Advocate para sua safra de 2018, por exemplo, enquanto seu companheiro de estábulo marcou 99 na mesma degustação.

O vinho Cobos não atinge alturas tão elevadas, mas sua safra de 2018 obteve pontuações de 96 e 97 da Wine Spectator e Tim Atkin , respectivamente, após uma mudança estilística introduzida em 2017. O vinho também teve um aumento de popularidade, então este ano, subindo quase 1.400 lugares em nossos rankings de busca.

Não há muitas razões para chorar lá.

Fonte:

Tudo Sobre Vinho