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O que você poderá comer e beber durante o Rio Wine Food Festival

Da experiência de vinhos no mar da Baía de Guanabara proporcionada pelo Wine Boat, às taças de R$ 15 com comidinhas do mercado de produtores do Uptown, na Barra, a 9ª edição do Rio Wine & Food Festival desembarca na cidade para diversas atividades em torno da bebida, de 25 de agosto a 4 de setembro.

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Durante dez dias, pontos diversos da cidade vão sediar master classes e degustações variadas, exposições e seminários voltados ao público e ao mercado. No mês de setembro, destacam-se na programação ações como o Vinho no Uptown, nos dia 26, 27 e 28, onde o público compra taças coloridas com a primeira dose de vinho a R$ 25, e segue com refil a partir de R$ 15, ao som de DJs e com expositores de diversos países, além de comidinhas de marcas como Espírito de Porco, e Coisas do Nordeste.

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No dia 31, um barco vai circular pela Baía de Guanabara com degustação dos vinhos espanhóis Toro Loco, com presença do proprietário da vinícola, Benoit Calvet. Com duração de 90 minutos e saída às 11h, o passeio custa R$ 185,00 (1º lote). A experiência se repetirá no dia 3 de setembro, com a vinícola italiana Vesevo.

Na série de masterclasses, destaque para as realizadas nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Copacabana Palace: uma vertical da incensada Viña Gandolini, do Chile; a aula mestra da Vinícola UVVA, baiana da Chapada Diamantina; e a vertical de safras históricas do Don Maximiano, ícone da vinícola Errazuriz e um dos maiores vinhos do Chile.

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O RWFF é uma criação de Sérgio Queiroz e Marcelo Copello, colunista de vinhos da VEJA RIO, integrantes do Grupo Baco Multimídia. A programação completa está disponível no site oficial do evento.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Sucesso em Irajá, Peixaria Divina Providência expande e abre restaurante

Uma peixaria de grande volume e produtos de alta qualidade, com petiscos do mar servidos no fim de semana  e fila na porta, além de uma proprietária influenciadora digital com 140 mil seguidores e muitos vídeos de receitas na internet, trilhou o caminho esperado: a Divina Providência virou restaurante no Irajá, na Zona Norte.

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A estrutura da peixaria está mantida, mas abre nesta quinta (18) o salão do restaurante para 120 pessoas, após investimento superior a 500 mil reais em equipamentos, utensílios e decoração, sob o comando do casal Manuela Ornelas e Luiz Fernando Guimarães.

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Manuela Ornelas: proprietária faz vídeos diários de dicas, receitas e humor//Divulgação

O cardápio destaca o pescado na brasa, e opções clássicas para compartilhar como o bobó de camarão, a moqueca de peixe e o camarão no abacaxi (todos a R$ 79,99), acompanhados de guarnições variadas.

O Divina Providência fica na Av. Monsenhor Félix, 565, Irajá (96448-0810). Funciona de segunda a domingo, das 11h às 15h, e das 18h à 0h.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Comida, diversão e arte: descubra o novo restaurante de Claude Troisgros

As guitarras de Highway to Hell, o clássico pesado do AC/DC, irrompem nas alturas, a iluminação ensaia efeito estroboscópico e a equipe entra em cena pelas cortinas para servir aos 12 comensais, de forma simultânea, a primeira cumbuca contendo – peço aqui licença poética afinada com a experiência – um pequeno ecossistema de comer, receita que o chef não quis nomear. E a música se altera para notas de piano relaxantes, com as paredes da sala cobertas de flores nas projeções de alta tecnologia tramadas pelo artista Batman Zavareze (responsável por visuais que vão da turnê de Marisa Monte ao encerramento da Olimpíadas de 2016).

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O sonho de Claude Troisgros é antigo: misturar gastronomia, música e artes em geral para envolver e atiçar todo os sentidos à mesa. O encontro com Batman definiu os caminhos estéticos da Mesa do Lado, um jantar nascido nos afetos e memórias de um dos chefs mais emotivos do Brasil: “Chorei diversas vezes no processo, e ainda choro“, revelou Claude, em bate-papo antes de o público ser chamado a acessar, por dentro do salão e da cozinha do restaurante Chez Claude, a pequena sala em formato de caixa onde ocorre a viagem com os pratos sendo feitos ao vivo pela chef Jessica Trindade e a afinadíssima equipe da casa.

Sem nome: é assim apresentado o prato de Claude que abre a noite e lembra um jardim/Tomás Rangel/Divulgação

Porque tudo é cronometrado, com direito a operador de som e luz nos bastidores do jantar regido por músicas, imagens, poemas e colheres, posto que o garfo surge apenas uma vez nas nove etapas do menu degustação, o que diz muito sobre as intenções de aconchego na busca das referências pessoais de cada um.

A começar pelo prato citado que abre os caminhos da noite, talvez o melhor entre todos em sua profusão de ingredientes de sabores marcantes e inúmeras texturas, num improvável e perfeito equilíbrio em cada descoberta. A mescla de purê de abacate, geleia de tomate e mel, couve flor crua, caviar de mostarda, picles de tomate, queijo cuesta azul, ostra, salicórnia e queijo de cabra frescal confirma, nas dissonâncias, que a comida é, de fato, o eixo que faz toda a mise-en-scène valer a pena.

Um provocação aos paladares que lembra a falsa desafinação de João Gilberto, e este não demora a comparecer com sua voz em Que reste-t-il de nos amours?. Enquanto as pessoas, pratos, taças e paredes permanecem cobertos de estrelas e grafismos de cores diversas, projetados e movendo-se lentamente, a playlist impecável feita pelos músicos Max Viana e Línox conduz a viagem de pouco mais de duas horas de duração a bordo de canções como Sodade, com Cesária Évora; Lero Lero, de Edu Lobo e Cacaso; Gal cantando o Vatapá de Dorival Caymmi; Marisa Monte e a Lenda das Sereias; e o Aqui e “Agorra” de Gilberto Gil (sim, Claude recita parte da letra).

Salmão e azedinha: uma receita que fez história servida na mesa do lado/Tomás Rangel/Divulgação

Receitas, fotografias e frases se revezam nas paredes, enquanto os pratos descem harmonizados “às cegas”, com taças de vinhos que serão revelados apenas no final – exemplares nacionais como o chardonnay da vinícola Uvva, da Chapada Diamantina, e o belíssimo cabernet sauvignon Rota 324, da gaúcha Don Abel, da safra 2012. Claude aparece algumas vezes nas projeções de alta definição em fundo preto, falando, como se estivesse presente, sobre passagens de sua vida. E há grandes homenagens sentidas no paladar.

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Os nhoques da receita de sua avó italiana, Ana Forte, personagem que aparece em slides, vêm pequeninos com vieiras, barriga suína em tiras finas e cubinhos de palmito, no caldo com dashi e tucupi. É o momento em que a voz animada do chef canta ao fundo, em francês, a música “nhoque da vovó“, criada por seu pai e transmitida para filhos e netos. A figura paterna, por sua vez, merece deliciosa reverência através de um preparo histórico.

Sim, Claude apresenta, sem concessões, o salmão com azedinha que rompeu tradições pesadas da culinária francesa no calor da chamada Nouvelle Cuisine dos anos 1960/70, da qual Pierre Troisgros, o pai, e Jean, o tio, foram personagens fundamentais. Além de mal passado, o peixe apareceu na época em fino filé, num ambiente de alta gastronomia onde os pescados vinham inteiros e eram trinchados na mesa. E o que dizer do molho intenso, perfumado e de acidez pronunciada, que serve de cama para o peixe, em camada leve no fundo do prato?

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Sobre ele, diz o texto projetado no jantar: “O molho é de grande elegância: reduzir chardonnay, Noilly Prat e fumê de peixe. Adicionar o creme de leite e as folhas de azedinha rasgadas“. A colherada que traz todos os elementos é quase viciante, e o recorte temporal desta etapa leva a sala fechada a algum lugar em meados dos século passado, quando um importante jornalista do Le Monde cravou no título: “Finalmente um salmão inteligente“. Diga-se de passagem, a terceira estrela da Maison Troisgros no Guia Michelin, conquistada na época, está mantida até hoje na cidade francesa de Roanne.

Mil folhas: sobremesa tem chocolate, maracujá, cupuaçu e folha de ouro/Tomás Rangel/Divulgação

Além de um poema que fala de amor, café e joelhos que se procuram sob a mesa, recitado por Camila Pitanga em cores vivas ao final, é dos melhores momentos a aparição projetada de Roberta Sá, com o violão de Samara Líbano, cantando o delicioso samba Cabrochinha, de Mauricio Carrilho e Paulo César Pinheiro, sobre um rapaz que ganha na loteria e a convida para um restaurante francês: “Mas ‘sivuplé, ô, ‘messiê’ garçon / leva o menu que eu não entendo lhufas / eu vou pedir esse Dom Pérignon/ um escargot e um filé com trufas“.

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Destacam se ainda na noite um pequeno canelone de cavaquinha com lulas, vôngoles e dendê, e o steak de wagyu com aligot de mandioca, picles de batata doce, quiabo defumado e calda de blueberry. Se Pierre Troisgros reduziu com caldo de peixe e creme de leite o molho de seu salmão famoso, Claude resume neste último serviço – antes do mil folhas de chocolate, maracujá e folha de ouro – sua aventura brasileira, fervendo lentamente o vinho tinto e caldo de mocotó. Marravilhoso.

O jantar experiência custa R$ 1.420 por pessoa e as reservas são feitas pelo site mesadolado.com.br.

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Embaixadinha com limão, karaokê e mais novidades dos Jogos de Botequim

A primeira edição valeu como ensaio, a julgar pelas novidades preparadas para o retorno dos Jogos de Botequim, evento que abraça 15 bares cariocas de alta reputação, esbanjando criatividade nas mais de 30 “modalidades” praticadas tradicionalmente em botecos da cidade, além de outras brincadeiras que guardam o espírito da coisa.

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A primeira novidade está no formato de maiores contornos olímpicos, digamos assim. Porque as disputas não ocorrerão mais nos bares, e sim numa arena montada no espaço do Bosque Bar, no Jockey Club Brasileiro, que será remodelado para receber o público e os “atletas”, nos dias 15 e 16 de outubro.

Ocorrerão de forma simultânea competições em “esportes” como corrida de bandeja, pit-stop de barril de chope, beer pong e purrinha, além de novidades como sinuca, embaixadinha com limão, gamão, carteado de sueca e truco, e até karaokê, sem falar em jogos de salão como trava-língua e mímica. Habilidades mil postas à prova e tudo valendo “medalhas-abridores” de ouro, prata e bronze.

Velho Adonis: o bar de Benfica ostenta as cores verde e branco na disputa//Divulgação
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Em vez de países com suas delegações, haverá bares e suas equipes, abertas a quem quiser competir e com uniformes especiais baseados nas camisas de times de futebol. Ou seja: basta se inscrever para vestir a camisa de seu bar favorito entre os 15 presentes, e ajudá-lo a conquistar a desejada “tochalipa”, o grande troféu que é meio tulipa de chope, e meio tocha olímpica, entregue ao grande campeão dos Jogos de Botequim 2022.

A programação da festa inclui DJ, roda de samba, karaokê e petiscos clássicos dos bares participantes, valendo também medalha: o bar do petisco mais vendido será premiado ao final. A lista dos 15 é formada por Pavão Azul, Velho Adonis, Bracarense, Adega da Velha & Sat’s, Adega Pérola, Bafo da Prainha, Brewteco, Tio Ruy, Boteco Rainha, Baródromo, Armazém Cardosão, Liga dos Botecos, Bar da Portuguesa, Bosque Bar, e Belmonte.

“Nossa grande vocação carioca está aí: gostamos de esportes e da natureza, mas também gostamos de comer, de beber e de se divertir entre amigos. Juntar tudo isso num espaço só é uma evolução natural desse nosso espírito“, diz o jornalista e curador gastronômico Juarez Becoza, colunista de bares da VEJA RIO, criador dos Jogos ao lado do empresário Felipe Nogueira.

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As vendas de ingressos serão abertas no dia primeiro de setembro, segundo o esquema anunciado pelos organizadores: R$ 80,00, o Ingresso Competidor (com 50% do valor revertido para ser usado nas inscrições das modalidades), já incluindo a camisa de um dos bares, de uso obrigatório; ou R$ 50,00, o Ingresso Torcedor, que permite participar da festa, mas não competir nas modalidades; e R$ 50,00, o Ingresso Upgrade, para quem entrar como Torcedor e, já dentro do evento, quiser se tornar Competidor.

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Portinho, o novo mercado de gastronomia e arte de portas abertas no Centro

Um novo mercado gastronômico no modelo de espaço colaborativo está nascendo na aquecida região portuária, já de portas abertas para receber o público. É o Portinho, ocupando o galpão de um dos pequenos prédios históricos da Avenida Rodrigues Alves (número 135), à frente dos armazéns e a cinco minutos a pé da Praça Mauá.

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De fachada branca tomada por belo grafite e imensa porta que se abre em toda a extensão da parede, o local está recebendo como primeiros inquilinos um bar da cervejaria Mistura Clássica; o Martina Café, com suas comidinhas e boulangerie; a Stare Cucina, oferecendo massas, risotos e drinques em clima italiano; e o Bistrô de Rua, especializado em hambúrgueres, costelinhas e petiscos, com inauguração na próxima semana.

Cores: interior mostra as estruturas do prédio centenário com muita madeira e grafites/Reprodução/Internet
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O projeto aproveita o charme das paredes originais descascadas, com estrutura de ferro e peças em madeira de demolição, e leva a assinatura do arquiteto carioca Victor Niskier, um dos responsáveis pelos ambientes da Casa Cor. É ele o curador da galeria local, que receberá obras e instalações de artistas plásticos como Cris De Lamare. O Portinho funciona diariamente, das 10h às 21h.

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O Terroir Mais Exótico do Mundo de Baco

Breve História do Terroir Lanzarote

Lanzarote é uma ilha do arquipélago canário, território espanhol, localizada na latitude 29° N cerca de 1000 Km da península Ibérica e a 100 Km de Marrocos. Em 1730 esta ilha vivenciou uma das mais potentes explosões de vulcões nesta área do planeta nos últimos séculos, lavas na temperatura de 800°C foram jorradas à 200Km/h e os fenômenos cataclismicos duraram por 6 anos transformando completamente a história deste lugar e a sua paisagem. Apesar da sua destruição, Lanzarote anos mais tarde renasceu das cinzas, retornando a ser habitada e implantado a vitivinicultura, que veio a se tornar um dos terroirs mais inóspitos e exóticos do Mundo de Baco.

Características do Terroir

Solo

Esta superfície muito peculiar da ilha originaria das cinzas vulcânicas é chamada de Lapilli, nas Canárias a chamam de Picón e em Lanzarote a chamam também de Rofe ou Arena. Como das cinzas ressurgiu a ilha, foi também graças a este tipo de solo que a vitivinicultura pode se instalar devido ele atuar como reserva de humidade das raríssimas chuvas no local e também do orvalho, ele ajuda a evitar a erosão dos terrenos, possui uma quantidade grande de minerais importantes ao cultivo, ajuda a manter a sanidade das videiras e por apresentar coloração escura absorve mais radiação, o que ajuda a concentrar mais açúcares da fase da maturação fenólica dos bagos.

Clima

A ilha possui inúmeros aspectos interessantes em seu clima que fazem deste território espanhol algo formidável e surpreendente no âmbito mundial do cultivo de uvas. O clima pode ser classificado com desértico. As temperaturas no ano inteiro variam em geral de 15 °C a 28 °C e raramente é inferior a 12 °C ou superior a 31 °C. Possui um baixíssimo índice de pluviosidade anual que varia de 60 a no máximo 100 litros/metros quadrados, e ocorre a presença constante dos ventos Alísios o ano todo.

Imagem concedida pela Bodega El Grifo

Castas

A casta rainha e a mais cultivada na ilha é a Malvasia Vulcânica, possui clones diferentes o que apresenta algumas pequenas diferenças em termos de produção, é uma casta branca aromática, de maturação precoce e tem sensibilidade ao Oídio, esta casta está bem adaptada ao terroir de Lanzarote devido ser resistente ao vento, a seca e também ao tipo de solo. Outras castas produzidas em menor proporção é a Listán Branca, Listán Negra, Moscatel de Alexandria e a Diego. Também em pequenas quantidades tem sido produzidas algumas castas internacionais como Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot, Tintilla, Baboso Negro e a Negramoll. Um detalhe curioso das videiras em Lanzarote é que são de Pé Franco, pois a ilha não foi atingida pela praga de Filoxera.

Sistemas de Produção

Existem diferentes tipos de sistema de produção da Vitis em Lanzarote e cada produtor escolhe qual o melhor para os seus respectivos terrenos e parcelas, observando sempre as melhores condições e aproveitamento do que é mais favorável e diminuindo custos para aumentar a produtividade já tão excassa normalmente neste terroir tão rude e difícil. Há cerca de 2000 ha de plantação de vinhedos distribuídos em 8052 parcelas que se estendem ao logo de vários municípios.

Cultivo em Hoyo

Os buracos típicos da paisagem vínica de Lanzarote recebem o nome de Hoyo e tem uma função importante para a produção da Vitis nestas circunstancias deste terroir. Com a profundidade eles protegem juntamente com os socos os muros de pedra a videira dos ventos Alísios vindos da África.

Cultivo em Zanja

Basicamente é o sistema onde as videiras são plantadas em linhas retas e protegidas dos ventos constantes em suas laterais pelos murros de pedras vulcânicas “socos”, devido a quantidade de planta por hectare ser maior, neste sistema ocorre uma maior produtividade por área e também uma capacidade de utilização de pequenas máquinas agrícolas que ajudam nos manejos necessários.

Cultivo em Chaboco

Este sistema rudimentar de cultivo utiliza os buracos nas lavas onde pode-se atingir mais a terra e as pedras e blocos vulcânicos servem para conduzir água para dentro do Chaboco e poder hidratar mais a videira, a Moscatel de Alexandria é um exemplo de casta que requer mais hidratação e são as mais comuns de se encontrar neste sistema.

Cultivo em Parral

É a forma de distanciar os racimos e os cachos das uvas do solo, possibilitando melhor aeração e cuidados fitosanitários sobretudo utilizado com as castas mais sensíveis a podridão. A altura pode variar de 1 a 3 metros e pode ser utilizados madeiras ou grandes pedras para a sua construção.

Desenhos com Esquema Didático do Plantio da Vitis em Lanzarote

Crédito das Ilustrações: Santiago Alemán

Vindimas

São sempre as primeiras da Europa, acontecem no mês de Julho e início de Agosto, dependendo do estilo de produção ao qual os vinhedos são conduzidos, são extremamente complicadas e requerem mais habilidade e destreza para realizá-las, são realizadas manualmente e em média os vinhedos podem apresentar um rendimento de 1.500 Kg/ha. Mas o regozijo do produtor ao colher o cacho de uva sã e com excelente aspecto encobre o monumental sacrifício do cultivo e do seu labor neste terroir durante todo o ano, e claro conseguindo obter uma boa matéria prima o vinho já tem uma grande probabilidade de ser muito bom.

Bodegas e Produtores

Segundo o Consejo Regulador de la Denominación de Origen Vinos de Lanzarote há 21 Bodegas e 1853 produtores, o ultimo dado publicado foi da safra 2021 com 2.052.517 Kg de uvas colhidas na área controlada pelo Conselho. Em visita in loco tive o prazer de estar em algumas Bodegas e também poder conversar com um pequeno produtor e obter mais informaçōes sobre esse terroir, a sua produção, a vinificação e sobretudo os dilemas de produzir vinho em uma terra que foi palco de uma tragédia tão grande e que ainda hoje abriga 200 vulcões.

O Vinho

A maior parte da produção dos vinhos na ilha são brancos e com a casta Malvasia Vulcânica, os estilos variam de seco, semisecos, semidoces, doces, vinhos licorosos, crianzas e pequenas quantidades de espumantes, rosés e tintos. O branco com Malvasia Vulcânica tem um aspecto limpo, em nariz mostra-se bem aromático com exuberância de frutos tropicais, em boca a salinidade e mineralidade se evidencia, o vinho é muito agradável e de fácil harmonização com peixes, frutos do mar e saladas. O vinho Canari da Bodegas El Grifo foi uma sensacional surpresa, produzido com três safras de Malvasia Vulcânica 1956, 1970 e 1997, um vinho doce reproduzido de forma a homenagear as citações de Shakespeare sobre os vinhos das Canárias. Uma outra agradável surpresa foi fazer uma prova na artesanal Bodegas Tisalaya com o produtor Miguel Morales e poder degustar seus vinhos fora da caixa e encantadores.

Museu del Vino

Algo muito interessante e imperdível a quem visita este local do planeta é sem duvida mergulhar em sua história, o Museo del Vino é visita obrigatória a todos que amam o universo do mundo de Baco. Ele está localizado na Bodegas El Grifo, a mais antiga da ilha (1775) e abrigada toda a história da introdução da vitivinicultura depois do ressurgimento das cinzas da ilha. Um detalhe que me encheu os olhos foi visitar a casa dos Juan José e Fermin Otamendi e ver com meu próprios olhos uma biblioteca particular que abriga mais de 5000 livros deles sobre Enologia, Agricultura e Vitivinicultura, esses eram Bacolovers à sério ! Objetos utilizados, detalhes dos antigos tanques e inúmeros objetos que fazem parte do acervo histórico-cultural da Bodega e claro também da ilha.

Região La Geria

Esta região se estende desde o centro da ilha até a região do Parque Nacional do Timanfaya, são quilômetros percorrendo, visualizando e comprovando como o ser humano tem a capacidade de se reconstruir e utilizar o resultado de uma catástrofe descomunal em pura poesia e arrancar das cinzas os deliciosos néctares de Baco. Confesso que vivenciei ali vendo toda essa paisagem magnífica e monumental, momentos de muito auto reflexão. Esta paisagem ajudou a justificar a declaração de Lanzarote como Reserva da Biosfera pela UNESCO.

Os Heróis Produtores

Finalizo com uma saudação especial dirigida aos produtores de vinhos em Lanzarote, vocês são verdadeiros heróis, parabéns pelos seus trabalhos e garra. Conhecendo in loco este terroir tão especial no mundo dos vinhos, puder aumentar ainda mais a minha compreensão sobre a importância em divulgar como os vinhos são produzidos e em quais circunstâncias, e que esta informação chegue ao máximo de consumidores possíveis, pois só assim, as pessoas podem aumentar as suas percepções sobre o valor de uma garrafa deste néctar tão especial e único do Mundo de Baco, o vinho de Lanzarote.

Produtor Miguel Morales e Dayane Casal
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Mundo dos Vinhos por Dayane Casal
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As novidades do restaurante Nino, sucesso paulistano que abre em setembro

Com a fama de ter chacoalhado a cozinha italiana no Brasil a partir do Itaim Bibi, bairro fervente na gastronomia de São Paulo, o chef italiano Rodolfo de Santis, de 35 anos, abre as portas no dia 15 de setembro no coração de Ipanema, da versão carioca do Nino Cucina – restaurante que, na capital paulista, recebe 17 mil pessoas por mês.

+ Bar do Momo e seus famosos bolinhos vão virar patrimônio cultural do Rio

Pedidas como o famoso carbonara da grife, a burrata ao forno, e o ossobuco com tutano e risoto de açafrão ganham a companhia de pratos em seção especial para a casa de Ipanema. É o caso do macheroni “alfredo” al tartufo (R$ 79,00), um rigatoni com parmesão, cogumelos, manteiga de trufas negras e gema; do linguine allo scoglio (R$ 78,00), massa com vôngole, marisco branco, alho e óleo; e da melanzane ricetta della mia nonna (R$ 78,00), berinjela recheada com molho de tomate San Marzano, mussarela de búfala e manjericão.

Ipanema: projeto arquitetônico deu sofisticação rústica ao casarão da Barão da Torre/Reprodução/Internet

O Nino ocupa o casarão de dois andares e muro de pedra no número 490 da Rua Barão da Torre, quase esquina com a Garcia D’Ávila, onde funcionou por muitos anos o Le Vin. O imóvel teve as linhas históricas preservadas, ganhou muitas plantas descendo pelos muros, iluminação sofisticada e um ar rústico de vila toscana, com mesas e ombrelones na calçada, cercadas de vasos.

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Rodolfo de Santis: jovem chef e empresário é considerado um fenômeno da gastronomia paulistana/Reprodução/Instagram

Na última semana, entre diversas postagens nas redes sociais guardando mistérios sobre os detalhes da nova empreitada, Rodolfo de Santis escreveu que seu objetivo é transformar o novo endereço “na Jerônimo da Veiga do Rio“, fazendo referência à rua onde possui diversos negócio de sucesso e virou uma das mais concorridas e animadas da noite paulistana.

Abrindo restaurantes em profusão, e com planos de trazer em breve outros de seus estabelecimentos para o Rio, o chef coordena as cozinhas do grupo que possui as marcas Nino Cucina, Peppino Cantina, Da Marino, Ninetto, Giuietta, Madame Suzette, Forno da Pino, Aquiles Taberna, Vito Mozzarella Bar, e Nino Casa Tua.

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Nenhuma dúvida de que o burburinho crescente será intensificado, e muito, no bairro onde mais restaurantes abriram na cidade em 2022, um processo de investimentos na restauração como há muito não se via no Rio.

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Papai no carimbó: bar tem festa paraense e peixe na brasa no domingo (14)

O carimbó vai ganhar a rua com suas saias rodadas, e todo mundo pode participar da dança na festa paraense do restaurante Pescados na Brasa (Rua Vitor Meireles, 92, Riachuelo, tel.: 2239-9540/99359-4753), em edição especial de Dia dos Pais. O grupo regional Afroribeirinhos estará presente no domingo (14), além do DJ Letto, animando o ambiente a partir das 13h. E vai ter promoção: os 20 primeiros pais que chegarem, a partir das 11h, ganham uma petisqueira personalizada da casa.

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Sob o comando do casal formado pela cozinheira Adriana Veloso e Júnior (José Maria), responsável pelo braseiro, o Pescados tem como opção esperta para a data a tábua de degustação (R$ 94,90), contendo pequenas porções dos melhores sabores locais, para compartilhar: tacacá, maniçoba, vatapá paraense, açaí, farinha d’água, camarão seco e costelinha de tambaqui.

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Além dos famosos peixes na brasa – delícias como banda e costelinha de tambaqui, anchova, pintado e pirarucu -, há quitutes recentes no cardápio a exemplo do caldinho de caranguejo (R$ 15,90), e da unha de caranguejo feita com massa de macaxeira (R$ 35,90, três unidades). Para beber, aposte nas caipirinhas de limão com jambu (R$ 24,90) e de cupuaçu (R$ 19,90).

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Bar do Momo e seus famosos bolinhos vão virar patrimônio cultural do Rio

Chegou a vez do Bar do Momo ter sua alma e história reconhecidas de forma oficial pela prefeitura, e o botequim da Tijuca está prestes a ser declarado Patrimônio Cultural Carioca, na semana em que comemora 50 anos de serviços prestados à cidade.

+ Dia dos Pais: bares e restaurantes preparam delícias para domingo (14)

Na próxima quarta (17), às 18h, a placa azul dos agraciados com o título será entregue no bar comandado por Antônio Carlos Laffargue, o Toninho, e sua família. E na quinta (18), às 15h, o professor e escritor Luiz Antonio Simas vai dar uma de suas aulas abertas entre as mesas na calçada.

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“Começaremos a semana de aniversário no Samba do Trabalhador, no clube Renascença, que fará uma homenagem ao bar na segunda-feira. E na quarta vamos reunir os amigos e receber a placa com orgulho”, adianta Toninho.

Situado na Rua General Espírito Santo Cardoso, quase na esquina com a Rua Uruguai, o Bar do Momo está ali desde os anos 70 e já pertenceu a Abrahão Reis, que foi Rei Momo do Carnaval de 1958 a 1971. Em 1986, o estabelecimento passou para as mãos de Antônio Lopes dos Santos, o Tonhão, pai do Toninho, hoje responsável por petiscos como o consagrado bolinho de arroz, e a célebre batida de maracujá.

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O Momo será o 34º estabelecimento da lista de patrimônios que inclui pontos históricos como a Casa Paladino, o Nova Capela, o Velho Adonis e a Adega Pérola. Recentemente, o Galeto Sat’s de Copacabana entrou no grupo.

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Carne e cerveja: Blend BBQ e Beer Park realizam edições no fim de semana

Pai e churrasco, tudo a ver. Com cerveja boa para comemorar. Dois eventos movidos à brasa e com entrada gratuita ocorrem no fim de semana do Dia dos Pais, na Zona Oeste do Rio, da Barra da Tijuca a Jacarepaguá.

+ Dia dos Pais: bares e restaurantes preparam delícias para domingo (14)

No BarraShopping (Av. das Américas 4.666, Barra da Tijuca), o Beer Park rola de sexta (12) a domingo (14), no Parque Externo, com food trucks, cervejarias artesanais e brinquedos infláveis para as crianças.

Na área das comidas salgadas estarão presentes os trucks Ossos, Os Filhos da Mãe, Vulcano, Resenha Burguer, Crepe Bom Profit, Pão de Alho DuCara, Friitas, e Pizzaria Altaglio. De sobremesa haverá pedidas como Naná Doceria, Ice Bom, e Pipoca e Algodão Doce da Emília.

Para beber, estão confirmadas cervejarias como Hocus Pocus, Máfia, Fusca Beer, Noi e Master Piece, além dos drinks do Gibar Brasil, a Batida Tropical e os sucos do Lima Limão. Shows ao vivo animam o ambiente com bandas de MPB, pop rock, blues e jazz, a partir das 16h.

O evento ocorre na sexta, das 17h às 22h; sábado, das 13h às 22h; e domingo, das 13h às 21h.

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Blend BBQ: as carnes no fogo de chão estão entre as maiores atrações do festival//Divulgação
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Em Jacarepaguá, o fim de semana abrigará novamente festival Blend BBQ. Com 14 estações de churrasco e bandas tocando ao vivo, vai ter muita lenha e carvão queimando de sexta (21) a domingo (14) no ParkJacarepaguá (Estrada de Jacarepaguá, 6069, Anil).

A curadoria é dos chefs Luis Felipe Carril, do Blend Steak Bar, e Luã Tavares, especialista em defumação, e assadores de diversos pontos do estado estarão presente para apresentar diversas técnicas de cocção. Do chamado american barbecue e seus cortes defumados nos pitsmokers, ao assado agentino com carnes grelhadas em parrillas, além do clássico fogo de chão, espetáculo visual e saboroso.

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Entre as pedidas haverá sanduíches de pulled pork e hambúrgueres na brasa. Receitas como o arroz de costela, o torresmo, o pão de alho com coração marinado, e as sobremesas preparadas na brasa também estão anunciadas. Estandes de cervejas artesanais e drinks garantem a parte líquida da festa.

Na sexta, o DJ André Collyer assume o as pickups, seguido das apresentações das bandas GoodTrip, Markyze e da Deia Cassali. No sábado, o DJ Marcelo B abre a festa, enquanto as bandas Five Minutes of Rain, Mais do Mesmo, Rio Hard Roxx, G4 tocam o melhor do rock nacional e internacional. E no domingo encerram o evento o DJ Marcio Careca e as bandas Os Cascas, Fisheye, Capital Elétrico e Vooduo.

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Pais que quiserem levar as crianças contarão com espaço dedicado a elas com atividades e oficinas artísticas a exemplo de slime e pintura.

O evento ocorre na sexta, das 17h à 0h; sábado, das 12h à 0h; e domingo, das 12h às 23h.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO