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Os petiscos dos bares nos Jogos de Botequim, torneio mais boêmio do Brasil

Entre as divertidas e inusitadas modalidades dos Jogos de Botequim 2022, petisco gostoso também ganha prêmio. Todos os bares participantes das “olimpíadas”, que terão seus times formados por clientes e admiradores que escolherem as cores do boteco no ato da inscrição, estarão representados também por destaques de suas cozinhas na arena montada no Bosque Bar, no Jockey Club Brasileiro, no sábado (15) no domingo (16).

+ Dias de Primavera, festival gastronômico cheio de charme, volta ao Leblon

Na segunda e ampliada edição do evento, em vez de países com suas delegações, haverá bares e suas equipes, abertas a quem quiser competir e com uniformes especiais baseados nas camisas de times de futebol. Ou seja: basta se inscrever para vestir a camisa de seu bar favorito entre os 15 presentes, e ajudá-lo a conquistar a desejada “tochalipa”, o grande troféu que é meio tulipa de chope, e meio tocha olímpica, entregue ao campeão.

Velho Adonis: o polvo com bacon vai concorrer ao título de petisco mais vendido//Divulgação

As provas dos Jogos Olímpicos de Botequim ocorrerão de forma simultânea em modalidades como corrida de bandeja, pit-stop de barril de chope, beer pong e purrinha, além de novidades como sinuca, embaixadinha com limão, gamão, carteado de sueca e truco, e até karaokê com banda, sem falar em jogos de salão como trava-língua e mímica. Habilidades postas à prova e tudo valendo “medalhas-abridores” de ouro, prata e bronze. A programação da festa inclui DJ e roda de samba.

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Bar da Portuguesa: casa de Ramos aposta em suas carolinas de bacalhau//Divulgação

O petisco mais vendido também valerá medalha especial a seu criador, na lista que segue:

Adega da Velha & Sat’s: queijo coalho com melaço (R$ 20,00 a unidade)

Adega Pérola: porção de arenque defumado, alho em conserva, azeitona verde, tomate seco e ovo de codorna com cebola e especiarias (R$ 40,00 a porção)

Armazém Cardosão: croquete de rabada (R$21,00, duas unidades)

Bafo da Prainha: dupla de coxinha e bolinho de galeto e cupim desfiados e defumados (R$ 28,00, quatro unidades)

Bar da Portuguesa: carolinas de bacalhau (R$24,00, duas unidades)

Baródromo: carne de sol suína na manteiga de garrafa, aipim em cubos e farofa de cuscuz (R$ 30,00 a porção)

Belmonte: empada aberta de camarão (R$ 20, 00, a unidade)

Bosque Bar: smash burguer de 110g de blend de carne com bacon, picles de pepino e cebola caramelizada, acompanha aioli (R$ 39,00)

Boteco Rainha: torresmo de barriga (R$ 42,00 a porção)

Bracarense: bolinho de aipim com camarão e requeijão (R$35,00, quatro unidades)

Brewteco: buraco quente de pão francês recheado com costela assada, requeijão e queijo maçaricado (R$ 35,00)

Jobi: bolinhas de queijo (R$ 39,00, 15 unidades)

Liga dos Botecos: porquinho de quimono (R$ 18,00, duas unidades)

MoMadrid (Bar do Momo e Bar Madrid): linguiça com fritas (R$ 30,00 a porção)

Pavão Azul: pataniscas (R$ 30, 00, quatro unidades)

Tio Ruy: arroz de costela (R$ 39,00 a porção)

Velho Adonis: polvo com bacon (R$ 40,00 a porção)

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Dias de Primavera, festival gastronômico cheio de charme, volta ao Leblon

A estação mais florida do ano será celebrada na Rua Dias Ferreira com um festival de sabores variados e uma animada programação ao ar livre. O evento Dias de Primavera chega a sua segunda edição neste sábado (15) e no domingo (16), reunindo vinte e sete restaurantes que compõem o badalado pólo do Leblon.

+ Cervejas, shows e final da Libertadores: atrações do Oktoberfest Downtown

Entre os destaques gastronômicos, estão as delícias do Gusto Cucina Bar e do japonês Minimok, restaurantes de Eduardo Preciado. Na casa italiana, uma das atrações é a carne assada desfiada e defumada com picles de repolho roxo e maionese de carvão no pão de brioche (R$ 35). Outra boa pedida é o tradicional gnocchi bolognese (R$ 35).

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A recomendação é também pedir os drinques Signorina Giovanna (R$ 30,00), criado especialmente para o evento, com gim, Ramazzotti Rosato, limão siciliano e água tônica; e o High Ball (R$ 35,00), feito com uísque Black Label, limão siciliano e carbonatado.

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No japonês, haverá um repeteco do grande sucesso da última festa da Dias Ferreira, o bun de barriga de porquinho derretida (R$30). Além dos comes e bebes, o festival terá música comandada por DJs e apresentações de bandas ao longo da tarde e da noite.

Rua Dias Ferreira, com barracas da rua Rainha Guilhermina até a rua Ataulfo de Paiva. Sáb. (15) e dom. (16), 12h/20h. Grátis.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Eu só quero doce de leite: veja um listão com os quitutes mais tentadores

A semana do doce de leite coincide com aquela onde se comemora o Dia da Crianças. A iguaria tem seu dia nesta terça (11), e a lista a seguir é uma promessa de felicidade para pais e filhos na quarta (12), data dedicada aos pequenos.

Os deliciosos cheesecakes bascos Da Thábata (Shopping da Gávea, tel.: 97497-1991) trazem versões além da torta padrão, e uma das melhores mistura doce de leite ao queijo cremoso da massa (de R$ 28,00, a fatia, a R$ 269, a torta grande).

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Piemonte: a gelateria tem tortas como a de doce de leite intercalada com fior di latteTomás Rangel/Divulgação

Difícil imaginar uma torta gelada mais gostosa que a de doce de leite, e a versão da Gelateria Piemonte (Rua Siqueira Campos, 128, Copacabana; mais duas unidades) é uma tentação intercalada com gelato de fior di latte, no tamanho pequeno (R$ 85,00) ou grande (R$ 180,00).

Le Dépanneur: rede aposta em massa de brownie com o doce cremosoRaphael Urjais/Divulgação

A torta brownie com doce de leite (R$ 18,00 a fatia) é uma das mais pedidas na mistura de padaria, delicatessen e restaurante Le Dépanneur (Rua do Catete, 288, tel.: 2245-6547; mais três unidades). O recheio farto entre as fatias ajuda a explicar o desejo.

Maria Clara: patisserie tem macaron que reúne dois tipos de doce de leite//Divulgação

O chef Miguel Cruz, da confeitaria Maria Clara Patisserie (encomendas pelo WhatsApp: 98266-5931), faz um macaron de doce de leite inesquecível, que derrete na boca, utilizando doces brasileiro e argentino no mesmo preparo (R$ 5,00 a unidade).

Dom Casero: biscoitos recheados e de massa fina são a especialidade da marca./Divulgação
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Nos oito quiosques da rede, a Dom Casero (Shopping RioSul, Botafogo) é especializada em biscoitos como as galletas de doce de leite argentino, de massa com amêndoas e toque de canela (R$ 42,90, 240 gramas; R$ 74,90, 600 gramas). Pra pedir sem medo de ser feliz.

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Miamor: doce de leite e chocolate fazem par no pão de mel diferenciado de Yeda SouzaTomás Rangel/Divulgação

O pão de mel que fez a cabeça do humorista Fábio Porchat, incentivador da confeiteira Yeda Souza, da Miamor Atelier (Rua Real Grandeza, 193, loja 9, Botafogo, tel.: 99890-2387), traz massa fofa e úmida, com doce de leite e cobertura de chocolate (R$ 7,00). Tem que provar.

Creamy Patisserie: canelés macios levam recheio especial, incrementando o clássicoTomás Rangel/Divulgação

Os franceses canelés, sozinhos, já são doçuras de sabor e textura encantadores, mas o chef Itamar Araújo, da Creamy Patisserie, resolveu adicionar doce de leite (R$ 45,00, cinco unidades). Coisa de louco. Encomendas pelo iFood ou no tel.: 97504-0783.

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American Cookies: quem pode resistir a um cookie com doce de leite e brigadeiro?Andria Lustosa/Divulgação

O biscoito pesa em torno de 100 gramas, uma provocação recheada fartamente com doce de leite e brigadeiro de chocolate meio amargo. É o chocodulce (R$ 14,00), uma das melhores perdições da rede American Cookies (BarraShopping, Barra).

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Cervejas, shows e final da Libertadores: atrações do Oktoberfest Downtown

Com novidades na programação e cervejarias premiadas, a Oktoberfest Downtown retorna ao espaço aberto do shopping da Barra para três fins de semana seguidos, de 14 a 29 de outubro, com entrada franca.

+ Mais de 100 mil litros de cerveja estão reservados para a Oktoberfest Rio

Nas oito datas, das 12h às 23h, estarão presentes mais de dez cervejarias artesanais, de diversas cidades de Rio, São Paulo e Minas Gerais, além de gastronomia variada e 20 shows que de blues e rock às músicas tradicionais irlandesa e alemã, além de um telão para assistir à final da Copa Libertadores, no dia 29, encerramento do evento.

Cervejarias fluminenses como Odin, Paulistânia, Hocus Pocus, Antuérpia, Farra Bier, Labirinto, Máfia, Noi, Motim, Criatura Craft Beer e Three Monkeys estarão entre as presentes em torno da Praça Central do Downtown. De São Paulo, a Paulistânia traz seu premiado chope pilsen Marco Zero, e importados da alemã Erdinger.

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Além das cervejas, a exposição etílica terá os drinks da Nusa Frozen e da 021 Batidas Premium. A gastronomia vai da Tasquinha do Portuga aos hambúrgueres da Vulcano. A comida alemã marca presença na tradicional Adega do Pimenta, direto de Santa Teresa.

Acima de tudo roqueira, a programação musical traz shows gratuitos em suas oito tardes e noites de festa, além de discotecagem a cargo do DJ Elvis, que começa a tocar desde o horário de abertura, sempre às 12h.

O rock vai do clássico Analfa, com seus 40 anos de estrada ao grupo Road Rock, e passa ainda por décadas mais recentes com Madame Beretta e California 55, em tributos de Arctic Monkeys e Red Hot Chilli Peppers ao punk pop californiano dos anos 90. Já os The Canecutters mixam rock’n’roll com blues. A música tradicional alemã aporta com as petropolitanas Bauernband e Spiel Und Charm, e o folk irlandês vem com o Tailten.

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O primeiro fim de semana terá festa na sexta (14) e no sábado (15), os dois seguintes terão três dias, sempre de quinta a sábado.

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O que muda nos rótulos de alimentos com novas regras já em vigor

A partir deste domingo (9), entram em vigor as novas regras para rotulagem de alimentos no Brasil, estipuladas pela Anvisa, estabelecidas pela Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 429 e Instrução Normativa nº 75, publicadas em outubro de 2020.

As novas regras, que vão atingir todos os consumidores, trazem importantes mudanças nas tabelas nutricionais dos alimento. A rotulagem nutricional frontal é a maior inovação das novas regras, que tem como objetivo esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde.

As empresas de alimentos devem se enquadrar aos prazos de adequação estipulado pela Anvisa. Para os produtos que já se encontram no mercado até a data, os prazos para adequação são:  

– Até 9 de outubro de 2023 (12 meses da data de vigência da norma) para os alimentos em geral, – – Até 9 de outubro de 2024 (24 meses da data de vigência da norma) para os alimentos fabricados por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, empreendimento econômico solidário, microempreendedor individual, agroindústria de pequeno porte, agroindústria artesanal e alimentos produzidos de forma artesanal.

– Até 9 de outubro de 2025 (36 meses da data de vigência da norma) para as bebidas não
alcoólicas em embalagens retornáveis, observando o processo gradual de substituição dos rótulos.

Entenda a nova rotulagem nutricional brasileira:

Tabela de informação nutricional:

A Tabela de Informação Nutricional passará por importante modificações:

– A primeira delas é que a tabela passa a ter apenas letras pretas e fundo branco. O objetivo é afastar a possibilidade de uso de contrastes que atrapalhem na legibilidade das informações;

– Outra alteração será nas informações disponibilizadas na tabela. Passará a ser obrigatória a declaração de açúcares totais e adicionados, do valor energético e de nutrientes por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos, bem como o número de porções por embalagem;

– Além disso, a tabela deverá estar localizada, em geral, próxima à lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceita divisão. Ela não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização. A exceção só se aplica aos produtos em embalagens pequenas (área de rotulagem inferior a 100 cm²), em que a tabela poderá ser apresentada em áreas encobertas, desde que acessíveis.

Nova Tabela de informação nutricional anvisaANVISA/Veja Rio
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– Rotulagem nutricional frontal:

Considerada a maior inovação das novas regras, a rotulagem nutricional frontal é um símbolo informativo que deve constar no painel da frente da embalagem. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde.

Para tal, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.  O símbolo deverá ser aplicado na face frontal da embalagem, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo nosso olhar.

É obrigatória a veiculação do símbolo de lupa com indicação de um ou mais nutrientes, conforme o caso, quando os alimentos apresentarem as seguintes quantidades de nutrientes:

Alto conteúdo de Alimentos sólidos e semissólidos Alimentos líquidos
Açúcar adicionado 15 g ou mais por 100 g de alimento 7,5 g ou mais por 100 ml de alimento
Gordura saturada 6 g ou mais por 100 g de alimento 3 g ou mais por 100 ml de alimento
Sódio 600 mg ou mais por 100 g de alimento 300 mg ou mais por 100 ml de alimento
Nova Rotulagem nutricional frontal anvisaANVISA/Veja Rio

– Alegações nutricionais:

As alegações nutricionais permanecem como informações voluntárias. Em relação aos critérios para uso de tais alegações, foram propostas alterações com o objetivo de evitar contradições com a rotulagem nutricional frontal.

Alegações nutricionais anvisaANVISA/Veja Rio

 

O objetivo das normas é melhorar a clareza e legibilidade dos rótulos dos alimentos e, assim, auxiliar o consumidor a fazer escolhas alimentares mais conscientes.

 

Fonte :

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/rotulagem-nutricional-novas-regras-entram-em-vigor-em-120-dias

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Como degustar um vinho

Você se lembra do último vinho que provou? Talvez nem o sabor nem o aroma tenham permanecido em sua memória. E talvez você nem consiga descrever as sensações produzidas pela bebida. Reside justamente aí a diferença entre beber e degustar. Beber é simples: basta transferir o líquido da taça para a boca e dali direto ao estômago. Na degustação, este caminho passa pelo cérebro e pelo coração. Exige concentração, técnica, experiência, imaginação, memória e, sobretudo, paixão.
Degustar é sentir o vinho e interpretá-lo. Para isso é preciso educar as emoções, aprendendo a traduzi-las e descrevê-las. Por outro lado, se as sensações são subjetivas, a percepção deve ser objetiva. E o que é colocar emoções em palavras? Poesia. Degustar é escrever poesia. Então é preciso ser poeta para apreciar a bebida de Dionísio/Baco? Não. Eu diria que o próprio vinho o tornará um. Transformar-se num virtuose desta arte, porém, não é fácil. Amo as palavras, mas tenho dificuldade de encontrar a melhor para exprimir as sensações que estou experimentando. Como disse Ferreira Gullar, “escrever poesia é tocar o inaudito para torná-lo dito. Ou seja, é fracassar gloriosamente”. Para aproximar-se desse ideal, é fundamental um vocabulário amplo e preciso e, assim, nomear corretamente as sensações. Grandes poetas atingem esse objetivo ao transformar em versos os sentimentos. Não por acaso, o vinho já inspirou muitos artistas.
Para quem gosta de pintura, não é difícil diferenciar Renoir de Picasso. Da mesma forma, vai ficando óbvia a diferença entre um Cabernet Sauvignon e um Pinot Noir. Dentre tantos aromas de um vinho, depois de um aprendizado fica fácil reconhecer aromas de carvalho ou de uma fruta.
Degustar é apresentar visão, olfato, tato e paladar, mais ou menos nesta ordem. Vejamos como o vinho pode ser descoberto pelos sentidos humanos:
Olhar – A cor do vinho nos diz muito sobre ele e pode ser belíssima. Normalmente, quanto mais escura a cor, mais encorpado (e mais tânico nos tintos). Quanto mais viva, mais ácido e jovem ele é. Quanto mais esmaecida, mais velho e menos ácido. Nos tintos, quanto mais violeta ou rubi, mais jovem (pode indicar que ainda está inadequado para beber). Quanto mais apagada e próxima ao tijolo ou à laranja, mais envelhecido. Os brancos jovens têm tonalidade tendendo ao verde que, com o tempo, passa a amarelo e ao dourado. Os brancos, diferentemente dos tintos, ficam mais escuros ao envelhecer. Assim, desconfie de brancos escuros demais.

Olfato – Aqui é que está o grande charme do vinho. Gire-o na taça, libere a imaginação e inspire. Os aromas evoluirão à medida que você o aprecia, pois as substâncias aromáticas se volatizam em tempos diferentes. Algumas rapidamente, outras demoram mais. É interessante guardar um pouco de bebida na taça por algumas horas para acompanhar a evolução dos aromas. Procure associar os aromas a coisas que você conhece (frutas, flores, especiarias, minerais) e ficará muito mais fácil reconhecê-los e recordá-los. Para ser um bom degustador é preciso imaginação e memória. Quem, proustianamente, não tem algum tipo de memória olfativa?.

Paladar e tato – Beber é o último estágio. Aqui se irá confirmar tudo que já se sentiu. Na realidade, a maioria do que achamos ser paladar, na realidade, é olfato. Enquanto o número de aromas é virtualmente infinito, o paladar proporciona quatro sensações:

Doçura – percebida principalmente na ponta da língua. Vem de açúcares, frutose, álcool etílico e glicerina.
Acidez – notada principalmente nos cantos da boca, próximo aos maxilares, pela salivação provocada. Quanto maior a salivação mais ácido o vinho. Vem dos ácidos málico, lático, tartárico e cítrico.
Salgado – sentido principalmente na parte superior da língua. Vem dos sais minerais e sais ácidos.

Amargor – perceptível principalmente na área da língua junto à garganta, normalmente após engolir. Vem da oxidação de taninos e sulfatos.

Alguns cientistas acrescentam um quinta sensação à esta lista. Chamado de “umami”, este gosto seria percebido em toda a cavidade bucal e estaria associado ao glutamato monossódico, tempero utilizado na culinária oriental, que no Brasil é conhecido pela marca “Aginomoto”.
Mas na boca não se percebe só o paladar, sentimos também tato e aromas (pela comunicação interna da boca com o nariz). Deve-se deixar o vinho algum tempo na boca, mastigando-o e sentindo-o em toda cavidade bucal.

No tato nota-se a consistência do vinho (sua textura e corpo), a aspereza, a fluidez, a pungência (alguns mais tânicos ou alcoólicos podem dar uma leve impressão de pressão ou de dor na língua), a temperatura e a adstringência ou tanicidade (produzida pelo travo notado nas laterais da língua, como uma cica que seca a boca).

O aroma de boca é diferente do de nariz, pois a saliva aquece e intensifica a evaporação. Estes aromas normalmente são mais fortes (e normalmente menos elegantes) que os de nariz. Para senti-los melhor, pode-se, com o líquido ainda na boca, deixar entrar um pouco de ar nesta. Assim, a evaporação será intensa e os aromas bastante nítidos. Após engolir, sente-se o calor provocado, efeito do álcool e o que chamamos “fim-de-boca”, sensação percebida no fim da língua, quase na garganta. Com alguns exemplares, tem-se a sensação de que os aromas retornam após algum tempo, é o que chamamos de retro-gosto.

Assim, a autêntica técnica de degustação consiste em proceder toda esta análise de maneira natural e contínua, de modo a não comprometer o principal: o prazer. O que torna o vinho tão especial é este equilíbrio razão/emoção que inspira em seu bebedor.

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Vale a pena conhecer os vinhos da região espanhola La Rioja

Se é verdade que os vinhos espanhóis mais caros vêm de Ribeira del Duero, é mais verdade ainda que os mais afamados e conhecidos vêm de La Rioja. A Rioja é a primeira região produtora de vinhos demarcada — denominación de origen calificada (DOC) — da Espanha e chega a ser quase um sinônimo de vinhos tintos espanhóis, em que pese os maravilhosos brancos que também saem de lá. La Rioja é uma província e comunidade autônoma no norte, abaixo dos Montes Cantábricos, cujos vinhedos ocupam o Vale do Ebro e cercam a antiga cidade de Haro, tendo se firmado como região vinícola no final do século XIX e começo do século XX, quando a praga filoxera devastou os vinhedos franceses. Em busca de novas terras, muitos produtores de Bordeaux encontraram lá o terroir ideal: protegida dos ventos e chuvas pela Serra da Cantábria, a região sofre menos com as temperaturas extremas tão comuns a outras áreas espanholas.

Segundo o criterioso Guia Peñin, na região são produzidos, anualmente, 291 milhões de litros de vinho, dos quais 41% são exportados. Há três sub-regiões: Rioja Alta, Rioja Alavesa e Rioja Baja. A primeira concentra as vinícolas mais tradicionais (e centenárias), localizadas principalmente na histórica cidade de Haro, ao sul do Rio Ebro. Rioja Alta se destaca tanto em termos de qualidade como de quantidade. Como é uma área mais elevada, favorece os vinhos em acidez e cor, mas com níveis moderados de álcool. Por seu turno, os vinhos de Rioja Alavesa se assemelham ao de Rioja Alta, só que com mais acidez e menos cor, enquanto Rioja Baja, por causa do calor e do solo mais rico, produz bebidas mais encorpadas e alcoólicas, com menor qualidade. As castas tintas que lá predominam são a Tempranillo e a Granacha, seguidas da Graciano, Mazuelo e a francesa Cabernet Sauvignon. As brancas são a Viúra, Malvasia e Granacha Blanca. A Tempranillo é a predominante e mais afamada e a que dá firmeza e estrutura ao vinho tinto de lá. Normalmente é a que aparece em maior parcela nos cortes dos tintos riojanos. Quanto a vinificação e classificação, são divididas em quatro tipos: Joven, Crianza, Reserva e Gran Reserva. O Joven vai a mercado sem envelhecimento; já o Crianza, só após um ano de barrica e mais um de garrafa; o Reserva, com um ano de barrica e dois de garrafa; e o Gran Reserva, com dois anos de barrica e três de garrafa. Ou seja, destes últimos, só encontraremos os da safra de 2021 nas prateleiras após 2.026. Os Gran Reservas são as joias da coroa espanhola e, por óbvio, os mais caros.  

Os tintos riojanos são extremamente gastronômicos e versáteis à mesa. Costumam segurar bem pratos mais gordurosos e condimentados e seguem bem com massas ao pomodoro, por exemplo. Um dia desses, arrisquei um rigatoni ao pomodoro com um Rioja Gran Reserva de mais de 20 anos de idade e tive uma grata surpresa, uma refeição para lá de feliz! Agora o tinto da Rioja, de forma geral, tem como grande par à mesa a paleta de cordeiro, acompanhada de batatas assadas regadas em seu molho. O Joven da Rioja pode ser um grande acompanhante de um churrasco rústico de costela. Os brancos, por sua acidez e leves toques “oxidativos”, são excelentes acompanhantes de frutos do mar, com ênfase aos crustáceos preparados com ervas frescas, manteiga e pimentas leves. Um arroz de frutos do mar pode ir bem como um tinto Reserva ou com um branco da casta Viura mais jovem. A versatilidade do vinho da Rioja impera. Insta destacar que são vinhos longevos, tanto os tintos quanto os brancos. 

No Brasil, o vinho espanhol mais famoso e tradicional é o Marques de Riscal, que tem uma linha bem extensa de produtos, indo desde o branco simples até o espetacular Tinto Gran Reserva. O Marques de Murieta também goza de elevado e justo prestígio, sendo o seu “Castillo Ygai” um caso a parte. O Viña Real Reserva Rioja tem uma tipicidade a toda prova e um custo bom para um Reserva, e o  La Rioja Alta 904 segue a mesma linha, porém de custo mais elevado. Por sua vez, o Vina Tondonia Blanco Reserva é um dos grandes brancos do mundo, estrelado e cultuado. Dos vinhos da Rioja mais simples e acessíveis, destaco o Señorio De Prayla Rioja, que tem tipicidade, acidez e boa estrutura. O Marqués de Cáceres Crianza é um opção bastante boa também, sendo muito gastronômico. Dos brancos mais acessíveis, destaco o Cune Blanco da CVNE, que é monovarietal da Viura. Por fim, na categoria dos mais em conta, a linha do Marques de Tomares é bem interessante. Em suma, Rioja é uma região que há de ser considerada na escolha do vinho que vai à mesa. Salut!

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vinho – Jovem Pan
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A cozinha contemporânea morreu?

Pergunte a qualquer um: “O que é cozinha contemporânea?”.

Eu perguntei. E ainda tive a coragem de pesquisar, com um olhinho meio fechado, todas as vezes em que o termo foi usado recentemente na internet para classificar o estilo de alguns desses restaurantes e dos pratos que melhor o definiriam. 

As respostas orbitavam em torno de cinco categorias:

1) Há quem acredite, por exemplo, que é quando se mistura aligot com sushi. 2) “É quando a pessoa tem um monte de espumas e gelatinas no prato”. 3) “São coisas que não são coisas, como uma falsa laranja esculpida, que na verdade tem mousse de chocolate branco dentro”. 4) “É quando a cozinha é mais oriental, ‘tipo’ tem algas, kimchi, shoyo ou gengibre”. 5) É a cozinha que faz “releituras” (como as 1825 versões de carbonara).

Pois é. Nunca pensei que algo que significasse “do nosso tempo” pudesse ficar tão datado… 

Metade das definições de “contemporaneidade” para consumidores, jornalistas e até mesmo chefs ou donos de restaurantes se refere a práticas que ficaram populares nos anos 70, como a cozinha fusion ou a cozinha molecular de Ferran Adrià que se espalhou pelo mundo nos anos 80.

O título ficou tão engessado no tempo que não costuma trazer nenhuma brisa de vanguarda aos lugares que toca. Precisamos urgentemente rebatizar as boas coisas. 

Muita gente ainda costuma torcer o nariz para termos que, de fato, significam a vanguarda na gastronomia, como sustentabilidade, localismo, sazonalidade, pagamento justo a todos os elos da cadeia, zero desperdício, uso de orgânicos, foco em pequenos produtores e veganismo, só para citar alguns. Consideram frescura, puro marketing, ingenuidade, utopia, “comida boa é outra coisa”. Não faço aqui nenhuma apologia. Escrevo (gostem ou não) do que veio para ficar. 

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De fato, há muito blá blá blá e pouca materialização de “vontades” para que virem realidade. O fato é que entregar qualidade carregando tanto conceito nas costas custa caríssimo, envolve um tremendo esforço no desenvolvimento de fornecedores, mudança dos hábitos engessados dos clientes (que também pregam uma coisa e fazem outra), a mudança de uma lógica de distribuição totalmente diferente da que existe nas últimas 5 décadas e tantos outros fatores que antecedem. Daí os principais representantes dessas correntes serem raros, caros e nunca 100% fiéis ao conceito. Ainda assim, é importante ir na direção certa.

E assim, fui parar em Laranjeiras.

Já tinha ouvido muito falar do Trégua, desde a campanha de financiamento coletivo que rodou no ano passado que contava com o depoimento dos chefs Rafa Costa e Silva (um dos que mais admiro no país pelas boas bandeiras que carrega) e do Oswaldo Oliva, restaurante incrível na Cidade do México que visitei no ano passado. Ambos exaltavam num vídeo as qualidades do casal de jovens cozinheiros que tentava captar recursos para um pequeno restaurante de 13 lugares, naquele bairro. 

A casa é um corredor delicioso, apertado e sem compromisso, projeto de sonho da talentosa mineira Ana Paula Soares e Victor Guimarães Lima, carioca com raízes no Ceará, que queria jogar futebol, mas acabou na cozinha para a nossa sorte (desculpaê, Victor). 

Comi maravilhosamente bem, a começar pelo jiló com purezinho aveludado de feijão verde e couve chamuscada. Queria uns quatro. O prato principal era uma costelinha de porco levíssima, delicada, que ainda rendeu um caldo muito bem feito e cheio de colágeno. Também provei o chuchu com requeijão e kimchi e o prato vegetariano, de abobrinhas, cogumelos e cevadinhas, sensacional. Não dispensei o pão feito na casa, melhor decisão para raspar os molhos ricos, e ainda lambi os beiços com o creme de abóbora frio e sorvete de iogurte com toque de erva doce, único prato na sobremesa. O serviço foi excelente, a carta tem rótulos muito corretos orgânicos e biodinâmicos, com o dedo preciso e competente da Maira Freire, do Lasai. Até o café da Serra do Salitre é bom, fresco e torrado aqui no Rio pela Five Roasters. Tudo isso, pasmem, a R$63 (sem bebida). Não dá para fazer melhor a esse preço.

Tudo ali é bem contemporâneo, no melhor e mais simples sentido, uma cozinha que eu gostaria de rebatizar de ‘sustentável’, que me perdoe o povo de minha própria geração. Sustentável é um ideia que não dá para colar no prato e sim na cadeia. É termo que diz respeito à retaguarda, que trata bem ingredientes e pessoas. Quem tem estrada, como eu, reconhece.

E ainda dá para se fazer de turista num day-use no Joe&Joe, hostel com 80 quartos a poucos passos dali, no adorável Largo do Boticário, cheio de lindos e bem decorados espaços gregários, cercados de verde e de história, como manda um futuro que não existe sem preservar o passado (mas esse é outro post). 

Se a ‘nova’ cozinha contemporânea será rebatizada, não sei dizer, mas o Rio continua sendo o lugar que eu mais gosto de visitar. 

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Mais de 100 mil litros de cerveja estão reservados para a Oktoberfest Rio

Quem é da cerveja, do encontro e da música boa pode sorrir: a Oktoberfest Rio 2022 vem aí para aumentar a lista de grandes eventos do segundo semestre do ano. A versão carioca da imensa festa alemã será na Marina da Glória, em dois fins de semana: nos dias 14, 15, 16; e 21, 22 e 23 de outubro, com shows de alguns dos maiores nomes da música brasileira.

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Estão confirmados nomes como Alcione, Seu Jorge, Marcelo D2, Jorge Aragão, Alexandre Pires, Diogo Nogueira, Martinho da Vila e Mart’nália, além de bandas folclóricas de música germânica e apresentações de danças típicas e performances teatrais.

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O evento espera um público estimado em 10 mil pessoas por dia, com o consumo total de 120 mil litros de cerveja, nos seis dias do evento. Para acompanhar haverá comidas típicas alemãs como salsichas frankfurt e salsichões, chucrute, vários tipos de cachorro-quente e croquetes de carne assada.

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O segundo lote dos ingressos já está à venda no site Ingresso Certo. Para o setor pista, os valores são de R$ 90,00 (meia-entrada) e R$ 180 (inteira), e os preços para o camarote são de R$ 200,00 (meia-entrada) e R$ 400,00 (inteira).

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Pedro de Artagão amplia suas cozinhas com restaurante novo no Leblon

Depois de um ano de delivery bem sucedido, a pizzaria Bastarda, criada pelo chef Pedro de Artagão, abriu as portas no shopping Rio Design Leblon com cardápio que vai além das redondas de massa fina e recheios de personalidade.

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O estilo “new york” adotado nas pizzas feitas para ser devoradas com as mãos se estende ao menu da casa de fachada vermelha no sub-solo do shopping, com ambiente em estilo industrial e baias com sofás.

Há massas, sanduíches, entradas e itens para petiscar. O carpaccio de carne trufado com parmesão (R$ 56,00) é opção, acompanhado de pãezinhos de massa macia chamados pizza scraps. As lick your fingers ribs são costelinhas suínas ao barbecue, cebolinha e gergelim (R$ 42,00).

Carpaccio: entrada vem com molho de trufas negras e parmesão//Reprodução
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O buffalo blue fries chicken (R$ 38,00) é sanduíche de frango empanado, molho picante, gorgonzola e salada Bastarda. E uma seção de parmegianas para compartilhar traz pedidas como o filé (R$ 142,00), cortado em formato aperitivo e guarnecido com escolhas como o risoto de grana padano.

Minidonuts: tentação da vez de Artagão recebe calda de Nutella/Restaurants to Love/Reprodução

A loja tem 14 sabores de pizza e estreia com novos a exemplo do parma e brie (R$ 75,00), que leva queijo parmegiano, tomate confit, brie, parma e rúcula. Há carta de vinhos e drinques para acompanhar, e a tentação da vez na sobremesa são os minidonuts com sorvete de baunilha e calda de Nutella colocada na mesa (R$ 52,00).

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A Bastarda fica na Av. Ataulfo de Paiva, 270, subsolo, loja 102, no Rio Design Leblon. Funciona de segunda a sábado, das 12h às 23h, e domingo até as 22h.

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