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A região aos pés do Aconcágua que vem produzindo vinhos surpreendentes

Algumas regiões do Chile já são conhecidas por produzir vinhos de grande qualidade. É o caso de Peumo, de onde vem os melhores rótulos feitos com a uva Carménère, ou Puente Alto, terroir que produz ícones chilenos. Outros, no entanto, ainda são menos conhecidos, mas também vem dando origem a vinhos de excelente qualidade. É o caso do Valle do Aconcágua, aos pés do pico mais alto do hemisfério Sul.

Localizada 100 quilômetros ao norte da capital, Santiago, a região é banhada pelo rio Aconcágua, que nasce na Cordilheira e desde em direção ao Pacífico. A proximidade com o oceano fornece uma brisa fria, e o solo vulcânico de origem aluvial fornecem as condições para que as uvas amadureçam de forma ideal. Já existem boas vinícolas produzindo no local, como a Errazuriz e a Arboleda.

Ambos são propriedade da família Chadwick, uma das pioneiras em produzir rótulos de qualidade no Chile. A Arboleda, fundada em 1999, é um projeto pessoal de Eduardo Chadwick, membro da quinta geração da família assumir os negócios. Em 2018, Eduardo recebeu o prêmio Decanter Man of the Year, o segundo sul-americano a receber o reconhecimento – o outro é o argentino Ernesto Catena.

Atualmente, a Arboleda tem dois vinhedos no Valle do Aconcágua. A apenas 12 quilômetros da costa, Chilhué tem temperaturas mais amenas. O amadurecimento é lento, mas elegante, e é nesse vinhedo que são cultivadas variedades apropriadas para climas mais frios, como chardonnay, sauvignon blanc e pinot noir. Já Las Vertientes, a 37 quilômetros da costa, é um vale mais quente, adequado para variedades tintas como syrah e carbernet sauvignon, que precisam de temperaturas mais elevadas para atingir a maturação certa.

O portfólio da vinícola é enxuto. São quatro monovarietais tintos, de carmenere, syrah, cabernet sauvignon e pinot noir, e dois brancos, feitos com chardonnay e sauvignon blanc (R$ 189 cada, no site da importadora). Há ainda o vinho ícone da Arboleda, Brisa, um assemblage de syrah, grenache, cabernet Sauvignon, cabernet franc e mourvedre que passa 22 meses em barricas e foudres de carvalho francês. O resultado é um vinho complexo e muito agradável. Vendido por R$ 382, não é exatamente barato, mas oferece um excelente custo-benefício em comparação com outros rótulos da mesma faixa de preço.

Hoje, o Brasil é um dos cinco principais mercados da Arboleda, junto com Canadá, o principal importador, Coreia e Japão, além do consumo interno no Chile. Por aqui, os rótulos tintos são os preferidos. “Quando começamos a vender no Brasil, achamos que os brancos iam fazer mais sucesso, por conta do clima mais quente”, afirma Francisco Torres, CEO da Arboleda, em visita ao país. “Mas não foi bem assim. As pessoas tendem a começar pelos tintos e só depois provar os brancos”, diz.

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Vinho – VEJA
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Como fugir das “pegadinhas” das cartas de vinhos dos restaurantes

Segundo Renzo Rosso, empresário italiano fundador da Diesel, a marca de jeans premium que está agora investindo em vinhos, os que se apresentam como entendidos no mundo dos bons rótulos se comportam e adotam uma linguagem como se fizessem parte de uma sociedade secreta. Pobres dos simples mortais que não são fluentes em “sommelier”. Nesse sentido, talvez as cartas de vinhos dos restaurantes sejam as bíblias desses connoisseurs pernósticos. Em geral, elas são intermináveis e com termos pouco gentis à maioria dos comuns. Resultado: intimidadas pelo cartapácio incompreensível, várias pessoas acabam escolhendo as marcas mais conhecidas ou se guiam pelo preço.

A boa notícia é que vivemos a era de ouro do consumo do vinho, com possibilidade de beber melhor e de maneira muito mais interessante do que há 10 anos. Seria bom o Brasil começar a imitar os bons exemplos que vêm de fora. A travel designer Ana Paula Tamarozi, que mora há 27 anos no Lago de Como e costuma frequentar vinícolas da região da Lombardia, conta que na Itália os restaurantes não tem mais do que 30 rótulos na carta e, que, sim, eles podem variar de acordo com safra.

Aqui vão algumas dicas para fazer boas escolhas e fugir das “pegadinhas” das cartas de vinhos:

Saia da sua zona de conforto: Em termos de vinho, isso significa não ir direto naquela marca renomada ou em certa região. Alguns restaurantes sabem que alguns vinhos vendem-se quase automaticamente e é muito simples apostar neles. Pode parecer assustador num primeiro momento, mas saiba que quando alguém colocou na carta uvas como Mencia ou Bobal, além de Cabernet Sauvignon e Merlot, essa pessoa pensou em alguma combinação capaz de surpreender e de transformar a sua noite.

Pense geograficamente: A relação entre gastronomia e vinhos é simbiótica. Outro dia estive em um restaurante de frutos do mar e pescados na brasa que tem um nome em inglês e, entre os tintos, os Malbec bem amadeirados reinavam absolutos. Juro! É o clássico desastre do sushi com Malbec, uma piada interna no mundo dos vinhos. O vinho tira o gosto delicado do peixe. Essa uva amadeirada não tem acidez para as friturinhas do mar, ou seja: uma catástrofe. Brancos frescos e tintos sem madeira seriam ideias para o caso em questão. É bem simples evitar esse tipo de armadilha. Se você está em um restaurante italiano, não precisa pedir vinhos italianos. Mas, se o que você vai pedir tem ingredientes mediterrâneos, como tomates e alcaparras, então pense na Sicília. Carne com molho ou carne de caça, pense nas montanhas do Piemonte. Na hora de um belo risoto cremoso, a região do Veneto lhe fará bela companhia. Mas, claro, se estiver num restaurante italiano em Napa Valley, o Cabernet Sauvignon faz todo sentido.

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Sommelier: O (bom) sommelier é seu amigo e, como me ensinou a experimente Gabriela Frizon, que trabalhou em casas onde o ticket médio do vinho passava dos R$400, a primeira coisa que você deve dizer a este profissional é quanto você quer gastar. Depois, deixe que ele conduza a conversa. Em boas casas, o sommelier faz mais do que curadoria. Ele escolhe vinhos que combinem com a atmosfera e o espírito do lugar, isso quem ensina é Morgan Harris, chefe dos sommeliers do Aureole, de Nova York. Só tome cuidado com os maus profissionais que se comportam como se fizessem parte da tal “sociedade secreta”.

Diversidade: Algumas importadoras oferecem a adega aos restaurantes e, em troca, aprisionam 80% da carta de vinhos. Por isso, se reparar bem nos endereços gastronômicos mais badalados, seja qual for a especialidade deles, você encontrará os mesmíssimos vinhos. Quem perde? O cliente, sempre. Diversidade é palavra de ordem também no mundo dos vinhos: regiões diferentes, uvas diversas, forma de cultivos diferente… Há tanto a descobrir e enriquecer a experiência do cliente e não apenas o bolso do importador.

Valores: Hoje com um telefone em mãos e uma pesquisa rápida, pode-se escolher se aceita ou não pagar markups abusivos. Existem restaurantes que ainda abusam dessa prática, mas as coisas estão mudando.

Safras: A menos que você esteja planejando gastar uma pequena fortuna em algum Nebbiolo maduro que está adormecido no porão nas últimas décadas, ocasiões informais não exigem muito envelhecimento em garrafa. Portanto, tanto para brancos quanto para tintos, não se preocupe muito em selecionar o ano certo. Em geral, desde que você esteja dentro das duas ou três safras mais recentes, não encontrará problemas. Mas, claro, para ocasiões muito especiais e grandes budgets, há adegas com safras especialíssimas e vinícolas lendárias.

Vinhos em taças: Boas seleções em taças são gentis e uma forma de se aventurar por uvas e regiões pouco conhecidas. Por aqui, costumamos ver os vinhos mais baratos em taça, apesar de haver tecnologia para conservação do vinho abertos. Antes eram raros, mas hoje há lugares em que você pode começar a noite com um laranja orgânico, passar por um tinto sem madeira e terminar com um de colheita tardia.

Leveza: A maioria das pessoas que saem para jantar querem apenas se divertir, apreciar boa comida e bom vinho, sem precisar de aula de geologia na hora de escolher uma garrafa. Uma carta que leve isso em consideração, no meu entender, ganha muitos pontos. Um bom exemplo é a carta do restaurante Basilicata, na qual o sommelier Luis Amaral teve uma sacada brilhante. Ele separou os vinhos da seguinte maneira: espumantes, brancos leves e frescos, rosé, tintos leves, tintos médio corpo e tintos encorpados. Dentro de cada categoria há apenas cinco itens, agrupando vinhos que fazem sentindo com os pratos da casa. Não é uma gentileza?

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Vinho – VEJA
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Vinho de todos os jeitos: três festivais para apreciar a bebida no Rio

O fim de semana traz vinhos de todos os países. Branco, tinto, rosé, espumante, rótulos de grande ou pequena produção, incluindo naturais de seleção especial. E boas comidas para acompanhar, naturalmente, além de música ao vivo.

+ Com afeto: chef Katia Barbosa homenageia a mãe, Sofia, em nova empreitada

Nesta sexta (28) e no sábado (29), o Prosa na Cozinha (Rua Alberto Ribeiro, 26, Horto) recebe a sommelière Livia Mikhail, da importadora Uva Vinhos, de São Paulo, para uma imersão no universo dos vinhos naturais. Sexta tem noite de jazz, com a ocupação da cozinha pela Netchan Dumplings, além de taças e garrafas da Uva Vinhos à venda. O som fica a cargo da trupe do Clément Courtois. No sábado, das 12h às 18h, a Feira do Prosa tem estande da Uva e outros como os embutidos do Cochon Rouge, e os pães e doces da Crosta, com os dumpling na cozinha.

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Prosa: charcutaria do Cochon Rouge marca presença//Divulgação
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Em Vila Isabel, o Shopping Boulevard vai receber a primeira edição do Festival de Vinhos, na Varanda Boulevard. O evento, que ocorre entre os dias 28 e 30 de julho, de sexta a domingo, terá degustação de dezenas de rótulos, gastronomia diversa, além de música ao vivo, saxofonista e voz e violão. Os clientes também poderão comprar garrafas a partir de R$ 40, 00, entre nacionais e internacionais, de vinícolas do Chile, Argentina, Portugal e outros países. Entre os expositores estão Vinícola Basso, Enotria, Nuage, Delícias da Canastra, Adega Grajaú e Tasca Carvalho. Os músicos Jana Davel e o saxofonista Gutto serão duas das atrações musicais. Alguns restaurantes locais vão trabalhar com rolha zero e ofertas nos dias do evento. A entrada é gratuita e as degustações são liberadas. Sexta e sábado, das 12h às 22h, e domingo, das 12h às 21h.

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Wine Haus: ambiente fresco do alto da Gávea
Wine Haus: ambiente fresco do alto da Gávea//Divulgação

Começando neste domingo (30), e nos próximos dias 4, 5 e 6 de agosto, o WineHaus ocorre na Sociedade Germânia, na Gávea Rua Antenor Rangel, 210), recebendo mais de 50 rótulos de países do velho e novo mundo, com direito a degustação de três taças nas primeiras três horas de festa, ou R$ 50,00 de desconto na primeira garrafa. O evento conta com atrações como Samba de Santa Clara, Fica Comigo, e tributo a Daisy Jones & The Six, entre outras. O ingresso normal custa a partir de R$ 60,00, e o Club Degustação, que inclui a degustação de taças e descontos, a partir de R$ 100,00. O Fondue & Wine é uma experiência especial, com menu de fondues harmonizados com vinhos, a partir de R$ 480,00, com direito a reserva de mesa. Os ingressos estão à venda no site da WineHaus.

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Vinhos para o sushi e o sashimi

A culinária japonesa, em especial iguarias que trazem peixe cru, como o sushi e o sashimi, são um terreno minado para os vinhos. Níveis altos de picância, doçura, acidez e sódio, sem falar do umami (proteína muito presente em frutos do mar e no molho de soja), podem ser letais para o fermentado de Baco.

 

Estes inimigos podem, contudo, se tornar aliados e na taça uma escolha bem feita. As possibilidades são inúmeras algumas podem ser deliciosas e surpreendentes. Vamos analisar passo a passo os pontos de possíveis conflitos.

 

O arroz do sushi é, em si, neutro, porém seu preparo é feito com vinagre e açúcar. O vinagre nos conduz a um vinho de acidez mais alta, como um espumante ou um chenin blanc, e o açúcar atrapalha os taninos dos tintos, preferindo um branco, como um sauvignon blanc ou um Chablis.

 

Outro complicador para os tintos é o umami, sabor presente nos frutos do mar e no shoyu. O molho de soja, contudo, por conter muito sódio, principal componente do sal, pode compensar o umami e ajudar os tintos, desde que não muito taninosos, como um gamay.

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Já o wasabi (raiz forte), pode elevar aos píncaros a picância, que é inimiga dos taninos e dos vinhos alcoólicos. O antídoto são vinhos de textura mais macia, como viognier, e quem sabe com alguma doçura, como um riesling alemão, um gewürztraminer ou um torrontés.

 

Peixes mais gordos, como barriga de salmão, ou atum bluefin toro, pedem vinhos com acidez mas também algum corpo, como um chardonnay barricado e mais denso, e se associados ao shoyu, comportam um tinto macio, como um pinot noir do novo mundo. Ambas as opções podem fazer um belo jogo de texturas com o peixe.

 

Alguns autores sugerem rosé do tipo provençal para uma noite de sushi, mas estes no geral, por sua leveza, ficam com nível de sabor abaixo do necessário, exceção talvez, na combinação com Califórnia rools.

 

Uma combinação inusitada, que pode surpreender seriam peixes selados com maçarico com um Jerez Amontillado. Aliás, um curinga para um “combinado” de tudo um pouco, seria um Jerez Fino ou Manzanilla, que não se intimida com nada, venha o que vier: peixe, shoyu, wasabi.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Com afeto: chef Katia Barbosa homenageia a mãe, Sofia, em nova empreitada

Foi no final de 2019, quando Katia Barbosa estreava para imensa audiência no programa global Mestre do Sabor, que a cozinheira se emocionou durante o almoço com o repórter que aqui escreve, em seu Aconchego Carioca, e enxugou algumas lágrimas ao falar da mãe, Sofia, hoje com 92 anos, lembrando da infância apertada com nove filhos no subúrbio carioca de Ramos, e de delícias como os bolinhos de vagem, e a torta de batata com carne moída feita pela matriarca. Ali, Kátia revelou: “Quero abrir um restaurante diferente de tudo que já fiz e ele vai se chamar Sofia, uma homenagem a essa mulher tão importante”.

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Menu: almoço tem entradas como cenoura em versão deliciosa
Menu: almoço tem entradas como a cenoura com iogurte e meladoInternet/Reprodução

Missão cumprida. A casa abriu as portas essa semana, no esquema de soft opening, na rua Barão de Iguatemi, a mesma do Aconchego, na Praça da Bandeira. Comida afetiva em alto grau, brasileira e popular, certamente, mas também autoral, como Kátia nunca exibiu em restaurante próprio. Resultado de memórias profundas, mas também das andanças atentas da cozinheira pelo mundo, e seu indisfarçável amor pela cozinha.

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O momento é de ensaios no salão aberto inicialmente apenas para o almoço, que inclui entrada, prato principal e sobremesa a R$ 70,00. Dentro de um mês, vai pintar um menu maior, com quatro etapas a cerca de R$ 120,00, servido no jantar. Preços acessíveis para a nova cozinha de Kátia Barbosa, que tem como fiel escudeira a chef e filha Bianca Barbosa, à frente de uma equipe formada inteiramente por mulheres.

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Ambiente: casa tem toda a equipe formada por mulheres
Ambiente: casa charmosa tem toda a equipe formada por mulheresInternet/Reprodução

Hoje, lá estão entradas como as lâminas de cenoura marinadas e dispostas como flor, com azeite, iogurte e melado. E pratos como o que reúne copa lombo, milho crioulo e cenoura. Ou couve-flor, tahine e chimichurri. Uma das sobremesas anuncia tapioca, café, chocolate, cupuaçu e mascarpone – eis o promissor tiramissu brasileiro do Sofia.

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Para beber há sodas da casa em sabores como maçã verde e amora, todas levando gengibre, limão siciliano e água gaseificada. Drinques clássicos também figuram na carta, e está saindo do forno, ou melhor, da adega, uma carta de vinhos brasileiros naturais feita pelo músico e gastrônomo Gabriel da Muda. Saúde, Sofia.

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Comer & Beber – VEJA RIO
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Sexo Frágil? Mulheres comandam a mixologia nos balcões do Rio

Quem me conhece sabe que história é uma das minhas paixões. Gosto de saber o passado de tudo e de todos, afinal, sem conhecer o passado não podemos compreender o presente, muito menos construir o futuro. Foi o que eu aprendi nestes mais de 20 anos dedicados aos produtos etílicos. Tive o privilégio de inspirar e ensinar muita gente que hoje ocupa lugar de destaque na coquetelaria brasileira, e sempre, desde os primórdios do Clube do Barman (inventado em 2006), incentivo principalmente mulheres a estarem atrás do balcão do bar. Foi assim em todos os meus milhares de eventos e atrás de todos os bares que comandei, sempre tive ao lado, na beleza da profissão, uma mulher para desenvolver a arte de servir e encantar. A história da coquetelaria, para quem ainda não sabe, começou nas mãos das mulheres. Lenda ou mistério, não importa, sabe-se que a primeira de todas foi Betsy Flanagan, durante a revolução americana.

É atribuída a ela a definição da palavra cocktail. (Rabo de Galo). Lenda ou não, sabe-se também que, em meados de 1779, Betsy teria servido bebidas aos soldados franceses, diferenciando os tipos de misturas, colocando penas de um rabo de galo dentro dos copos. Os conterrâneos de Napoleão gritavam embriagados “vive el cocktail”, ou seja, viva o rabo de galo. Mitos ou verdades, em 1806 o nome cocktail foi santificado como uma bebida à base de um álcool, um amargo, uma água e um doce, e desde então, seguimos fielmente esta tradição.

Duas outras bartenders ousaram defender a profissão e hoje fazem parte da grande inspiração para muitas mulheres e até aos patriarcas de plantão – e me incluo nessa lista de fãs: Ada Coleman (1875/1966) e Joy Perrine (1965 até hoje). São duas celebridades, lendas, sendo que uma delas esta ainda na ativa. Coleman é a única mulher a ocupar a lista de head bartenders do bar Savoy. Isso aos 24 anos, bem no início do século XX. É atribuída a ela a criação do cocktail Hanky Panky, comandando o balcão do lendário American Bar em Londres.

Já Joy é escritora, uma das poucas mulheres a fazer parte do Kentucky Bourbon hall off fame, e atua como expert em whiskey. Uma curiosidade sobre sua história: descendente de contrabandistas de bebidas alcoólicas durante o período da lei Seca Americana (1920/33). Sangue etílico.

Inspirações cariocas

Histórias incríveis, cheias de lutas e lendas. Mas chegou a hora de trazer para as coqueteleiras matriarcas do século XXI em terras fluminenses, onde os balcões estão dominados por mulheres jovens, cheias de personalidade e dispostas a revigorar a profissão e fincar bandeira como uma profissão sem preconceitos. Aliás, nesta crônica não cabe este tipo de manifestação. Bares são lugares frequentados por pessoas, sejam do sexo que for e, assim como na cozinha ou no atendimento ao cliente nas mesas, mulheres estão arrebentando e ocupando um espaço muito promissor. A partir de agora, o que você vai viver é um experiencia longa – o texto está extenso, assim como a histórias das dezenas de mulheres que tive o privilégio de conversar nas últimas semanas. Enjoy.

Na vanguarda de tudo, algumas mulheres começaram a escrever esta história há alguns bons anos atrás. Sandra Mendes é a percursora mais conhecida na cidade maravilhosa. Nascida no interior de São Paulo, já atua há mais de 25 anos na área e, hoje, depois de muitas barras com sua assinatura, empresta seu talento e todo seu conhecimento para sua marca própria de drinques engarrafados, a SM Drinks. Apaixonada por Blood Mary, produz seu próprio suco e suas versões, além de usar plantas que ela mesmo cultiva em suas misturas no quintal de casa, em Maricá. Autodidata entre 1980/90, tem no currículo uma passagem pelo lendário Madame Satã. Essa paulista é fonte de inspiração para muitas jovens que vem a seguir. Para degustar e conhecer o que ela produz de melhor, basta passear pelas inúmeras feiras de que ela participa quase que todos os fins de semana.

Outra paulista que serve de inspiração para uma legião de novas bartenders é a mixologista e proprietária do Vizinho Gastrobar, Jéssica Sanchez. Entre bares, cartas e consultorias lá se vão 12 anos dedicados à mixologia. Da menina que chegou ao Rio acompanhada do namorado para assistir a um encontro de bartender na extinta Mixxing Bar Is Cool, para a celebridade em pessoa da mixologia nacional. Apaixonada por Oldfashioned, hoje Jéssica se dedica à sua versão mais completa: mãe, empresária, professora de destilados, embaixadora de marcas e consultora, tudo isso com seus poucos 34 anos. Premiadíssima nacionalmente, é uma unanimidade entre seus pares. O que não faltam são histórias que ela adora contar. Basta encontrar ela no balcão do seu bar. É raro, mas acontece. Good look.

Dentro deste cenário de mulheres que inspiram, outra mixologista que merece destaque individual é Carol Gutierres. Carioquíssima, começou seus passos no bar quando estagiou na Irlanda e em Barcelona. Já esteve à frente de bares como Mixxing, onde foi apadrinhada pela dupla Lelo e Alex, os “chefitos”, como ela mesmo apelidou carinhosamente seus mentores. Atualmente comanda a rede Galeto Sat´s, onde busca proporcionar experiencias sensórias inigualáveis. Formada em design de interiores, dedica-se exclusivamente a profissão há 16 anos. Seu Mojito é original, com Angostura. Papito agradece.

Quando o assunto é drinque clássico, eu busco refúgio nas mãos da mixologista Laura Cristina Magaldi Paravato, ou simplesmente Laura Paravato. Nascida e criada no Rio de Janeiro, essa bartender raiz começou seus ensaios no bar Bukowski, em 2015. De lá para cá esteve nas barras do Mee (Copacabana Palace), Nosso, Maguje e Escama, território fértil para desenvolvimento próprio e experiencias mil. Consultora, mamãe, hoje chefia os recém-chegados Dainer e Brota, ambos em Botafogo. Inquieta, ama Dry Martini, Manhattan e Old Cuban. Atenta aos detalhes, busca sempre manter seu conhecimento através de muito estudo e variadas pesquisas. Para quem aprecia clássicos, voilà.

Outra profissional que ganha destaque, apesar de nunca ter tido um balcão para chamar de seu, é a polivalente Francesca Sanci. De freelancer em eventos a expert em charutos, essa carioca de 28 anos tem inspirado a geração mais jovem de promissoras “barmaids”, termo utilizado mais recentemente para definir a mulherada por trás do bar. Não gosto de rótulos, mas seguimos o jogo. Voltando à carreira da Francesca, destaque para sua imersão no mundo da gastronomia, o que rendeu conhecimento suficiente para buscar o equilibro e a interação entre os ingredientes. Entendida em gestão de negócios na área de A&B (alimentos e bebidas), hoje atua como consultora, embaixadora de marcas e um passarinho me contou que um projeto pessoal pode estar trazendo essa menina para um balcão todinho seu. Oremos! Os amantes de Boulevardier agradecem.

Doce, nem o perfume

Não pense que, por serem mulheres, elas vão te servir algo doce, cheio de creme de leite ou leite condensado. Isso ficou no passado. A coquetelaria clássica e as inspirações de vida, gostos e emoções estão muito bem explicitas nos bares das jovens mulheres que vem a seguir. Na grande maioria eu já tive a oportunidade de beber destas talentosas profissionais, conversando e ouvindo suas histórias. Aquelas em que eu ainda não consegui chegar, aguardem, em breve estaremos frente à frente debatendo nossas paixões. Vocês são muitas, graças a Deus.

Vian Cocktail bar – Eleito melhor bar pela Veja Comer e Beber 2022/23. Este prêmio está eternizado na prateleira do bar e muito desta premiação deve se a uma jovem e talentosa bartender, Larissa Cardoso. São apenas três anos de bar, mas o conhecimento e a destreza são de uma veterana. Estudiosa de clássicos, tem o dom da hospitalidade e conta muitas histórias do universo etílico. Uma joia da coquetelaria moderna no auge dos seus 29 anos. Parada obrigatória pra quem quer assistir a um balé lindo de mixologia acontecer.

Olhar gentil, criatividade e coragem. Esta frase, provavelmente está na cabeceira da cama da mixologista Mariana Burity, ou simplesmente Mari Buri, como gosta de ser chamada. Nascida na Zona Sul do Rio de Janeiro, esta mulher tem um currículo e tanto. Formada em Design, já atuou como maquiadora e, como ela mesmo definiu, foi a coquetelaria que desenvolveu suas próprias expressões, o que trouxe um novo sentido e estilo de vida. Atualmente Mari exerce a profissão como docente no curso de formação de bartender e Learning for life na Bar Skull, além de ser constantemente acionada para trabalhar com marcas etílicas e consultorias. São oito anos de profissão, destes divididos em bares como Cobre, Teva, Oteque, Hotel Fairmont, Babbo Osteria entre outros. Sorte dos novos alunos.

Babbo Osteria – O restaurante é bom, o bar: ainda melhor. Blood Mary por aqui é religião. A responsável por isso: Paula Diniz. Insumos artesanais e mixes cheios de sabor fazem parte do acervo desta “carioca” de São João do Meriti. Sete anos se passaram desde seu estágio na cozinha até chegar a comandar um dos balcões mais disputados de Ipanema. Programe-se, porque a casa ferve cedo. Mas a espera pode ser regada de blood mary, então está tudo certo.

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Ela já foi vendedora em shopping enquanto fazia faculdade de turismo. Até aqui nada de novo na vida de uma brasileira guerreira. Porém, uma vontade de mudança levou a “vendedora” Luana Greco a estagiar no período de faculdade como garçonete numa grande rede de entretenimento. O que deveria ser temporário virou paixão, e em pouco tempo estava Luana no fantástico planeta etílico chamado bar. Entre cursos, especializações e alguns balcões, lá se vão nove anos de profissão. Quer um NY Sour bem-feito? Corre para o Ella Pizzaria, no Jardim Botânico, onde suas experiencias devem ser guiadas pelas mãos marcantes desta vendedora de sabores.

A última década da bartender Thianny Estevam foi dedicada ao aprendizado, ao alto conhecimento e aos relacionamentos profissionais. Atualmente esta maranhense comanda os balcões da rede Canastra, onde expressa sua personalidade dividindo seus drinques entre mixologia nacional e a paixão pelos clássicos potentes. Figura carimbada da coquetelaria carioca, Thianny hoje exerce uma função de gestora, muito além dos shakers do dia a dia. Amadurecimento e simplicidade são conselhos que esta “veterana” passa para seus pares.

Ela já tentou ser cervejeira, trabalhou com telecomunicações e, seguiu os conselhos da eterna Rita Lee, “um belo dia resolvi mudar, e fazer tudo o que queria fazer”. “Larguei meu emprego, fiz meu primeiro curso de produção artesanal de cerveja e análise sensorial no mundo de bar e nunca mais parei”. Relato da bartender Raquel de Freitas, atual head bartender do Bistrô da Casa, na Glória. Se você é daqueles clientes que gosta de espumas, o Moscow Mule dela é sensacional. Na segunda, dia 31 de julho, Raquel será anfitriã do encontro “Segunda de Glória”, guest bartender cheio de personalidades femininas por trás da barra para um dia repleto de drinques a base de cachaça Sete Engenhos, vodka Kalvelage e Arpo Gin. Se liga: das 17h às 22 horas. Imperdível. Nos encontramos por lá.

Dose dupla

O badalado Quartinho Bar pode se dar ao luxo de ter não uma bartender, mas duas. A onda é tamanha que uma delas é “hermana”. De dia temos Milina Lopes, mixóloga responsável pela produção do bar (tarefa árdua e difícil), algo como mexer com moda, cadeira em que se formou na faculdade. Infeliz na formação, de paraquedas caiu em um bar e lá estava ela descobrindo uma paixão. Infelizmente é raro vê-la à noite fazendo drinques, mas se tiver esta sorte, acredito que o drinque terá tequila como base, uma de suas paixões. Ao anoitecer, é chegada a hora de provar uma Margarita ou um Daiquiri das mãos da chefe de bar, Meik Singh. Esta argentina adotou o Rio há um ano e meio e já está dando o que falar. Quando conversamos rapidamente há pouco tempo, notei uma sede de conhecimento e uma gana em querer ser uma grande mixologista. Está no caminho, posso dizer.

Quais afinidades são possíveis existir entre ciências biológicas e coquetelaria? Esta resposta só quem pode dar é a gaúcha Jamille Scapin, chefe de bar do Meza Bar. Ela trocou a minúscula Estrela Velha, no interior do Rio Grande do Sul, para comandar um dos primeiros bares de coquetéis de respeito da cidade. Bacharelada, Jamille se sente segura e protegida atrás do balcão do bar, apesar da visível e sutil timidez, quebrada imediatamente quando o assunto são histórias de bar e coquetéis. Basta observá-la em ação, e logo se percebe uma delicadeza e cuidado, uma bela interpretação do mise-in-scène. Enxerga nas antecessoras Sandra Mendes e Jéssica Sanchez os caminhos a seguir na profissão. São apenas pouco menos de três anos no universo etílico, mas já demonstra personalidade e uma pitada de mistério. Para quem gosta de bons clássicos, este balcão tem um dos melhores Fitzgerald que já experimentei. Siga firme, conterrânea.

Sete anos separam Priscilla Pulcheiro da faculdade de Engenharia Civil e a chefia do bar Ooz Club (antigo Garoa Ipanema). Nem bem tinha chegado à maioridade e lá estava ela se matriculando num curso de bartender oferecido na Rocinha. A ideia era adquirir conhecimento para levantar um dinheiro extra, e a surpresa veio logo no término do curso: uma vaga na área hoteleira. De lá para cá, já esteve nos renomados balcões do Teto Solar, Garoa, Stuzzi e Mixxing e hoje acumula a chefia do bar e a sub gerência da casa em Ipanema. Gosta de reinventar clássicos. Ousada e certeira.

Ela tem apreço por viagens e descreve a profissão como um trabalho de observação, amor, carinho e dedicação. Não pode ser acaso o drinque favorito desta bartender ser o Sex On The Beach, quando ela, com seus muitos anos de carreira comanda dois importantes quiosques da orla carioca, lugar perfeito para muitas inspirações. Jéssica Cirqueira Alves entendeu bem o espírito dos deuses da coquetelaria e comanda hoje as barras do Dumare e do Enchendo Linguiça, ambos na Zona Sul carioca. Oriunda da Baixada Fluminense, ela tem na receita do Negroni sua maior inspiração. Quando correr ou caminhar por Ipanema, nem só de coco vivem os quiosques.

Seguindo perto do mar, mas bem longe da Zona Sul, entramos num bar descoberto bem recentemente que eu adoro e fica na praia da Macumba, no Recreio. Entre as descobertas que me encheram os olhos eu percebi uma tímida garota de cabelos dourados, fazendo um belo Negroni, substituindo vermute por um Amaro. Dentro do pequeno e eficiente bar do segundo andar do Sallero Rio, está a catarinense Michelle Schaidt Zgoda, jovem talentosíssima, ágil e com uma mão invejável. Ela só tem 24 anos, mas já teve lanchonete dentro de academia, vendeu artigos esportivos e foi recepcionista de clínica estética. Não que eu comemore, mas que bom que as coisas mudaram para você. Nós, amantes da coquetelaria, agradecemos.

Tal mãe, tal filha

Existe um ditado popular que diz que “a laranja não cai longe do pé”. Esse ditado se confirma na história da bartender Isabelli Fekete de Oliveira. Confusa com a chegada de vestibulares e sobre os rumos da vida, um mochilão trouxe essa paulista de Itapetininga para o Rio de Janeiro. Logo estava cuidando de mesas e cadeiras do Pope Ipanema e deslumbrada com os drinques que eram produzidos no bar. Incentivada pela mãe que fora bartender por muitos anos, ingressou num curso de formação e começou seus primeiros shakers. Hoje trabalha no Restaurante Sult, em Botafogo, e faz um belo Durty Martini. Detalhe: 21 anos. Futuro promissor.

Ela tem nobreza no nome. Comanda um bar pequeno, dentro do shopping Aerotown, longe dos holofotes dos bares mais famosos, mas “escondida” dentro do pequeno balcão do Grand Caballero, temos a eficiente Stephanie Nobre Bastos. Já são quatro anos de trabalho em eventos, freelancer e agora sua primeira experiência à frente de um balcão. Desafiador, porém, nada muito complexo para quem tem sede de conhecimento. Continue. O céu é o limite.

Cocktails & Dreams

O nome é forte, a personalidade também. Por isso que a bartender Flávia Di se tornou referência no atual mundo da coquetelaria feminina. Hoje ela comanda seu negócio, a Bar Dreams, que já superou aquele estigma de bar para eventos. Essa mulher tem uma história que já foi retratada até em livro. Para ser ter ideia, essa carioca porreta tem mil facetas. Tem uma coluna na revista Closet, 100% voltada para o público feminino, faz parte do grupo in100tivar, grupo com centenas de mulheres empreendedoras, tem um quadro no programa Welsley Bak na rádio Bicuda FM, aos domingos meio-dia, e atualmente é embaixadora das marcas da destilaria Kalvelage. Achou muito? Ela ainda é mãe da adolescente Jamillie Ohana. A dedicação desta leoa é tamanha que a empresa dobrou de tamanho no ano passado, tudo porque ela faz uma coquetelaria diferenciada, impecável. Quem disse que coquetelaria itinerante precisa servir bebida fácil e cafona? Tudo muda nas mãos desta leonina. Invejável.

Outra profissional de bar que tem atuado neste imenso e cada vez mais promissor setor de bares em eventos é a bartender Milena Oliva. Ela já esteve em alguns bares pelo Rio, mas depois da maternidade recente, as coisas mudaram, o foco não. Formanda em administração de empresas, essa carioca tem longa estrada no mercado de restaurantes. Com a chegada da maternidade ela migrou para sua formação, trabalhando hoje no administrativo do hotel Selina. Saiu do bar, mas continua no meio. Além disso ainda trabalha num projeto pessoal de ensino que ainda está no forno. Aguardamos notícias em breve.

Ufa. Terminamos? Este texto sim, porém me perdoem aquelas mulheres de bar que aqui não foram citadas, por desconhecimento meu ou porque vocês já são muitas. Algumas eu tentei contato, mas não tive retorno a tempo. Tudo bem. O importante é ver vocês brilhando, levando leveza, sutileza e genialidade todos os dias nestes bares e balcões espalhados pelo Rio. Muitos foram os drinques citados aqui, e normalmente eu descreveria a receita de cada um. Desta vez me permito dizer: vão atrás delas no bar. Escolha sua receita favorita e sente-se no balcão destas divas. Se puder, me convide. Enjoy.

Cheers.

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Para comemorar o dia da lasanha, um roteiro das mais ‘diferentonas’ do Rio

Dia 29 é aquele em que o pessoal costuma tentar a sorte nos nhoques, mas em julho quem fala mais alto é a lasanha, que tem na referida data seu dia oficial.

O Tutto Nhoque (loja do Jardim Botânico na Rua Visconde da Graça, 63), além da massa à base de batata qua dá nome à casa, tem diferentes lasanhas de massa artesanal no cardápio. A Lasagne al Vulcano Bolonhesa (R$ 59,00) é feita com tradicional molho bolonhesa preparado com carnes bovina e suína e finalizado com crispy de pancetta. Já a Lasagne al Vulcano de Costela (R$ 61,00) tem costela bovina cozida e creme de queijo Gruyère, também finalizada com crispy de pancetta.

Tutto Nhoque: a carne de costela é uma das opções
Tutto Nhoque: a carne de costela é uma das opçõesTomás Velez/Divulgação

+ Com pizzaiolo italiano no comando, garagem em Santa Teresa vira point

O italiano Nido, no Leblon (Av. Gen. San Martin, 1.011, tel.: 2259-7696), serve sua Lasagnetta di Vitello com fonduta de grana padano e demi-glace com funghi porcini, finalizada com lâmina de trufa preta (R$ 102,00).

Nido: lâminas de trufas negras decoram a lasanha no italiano do Leblon
Nido: lâminas de trufas negras decoram a lasanha no italiano do LeblonTomás Rangel/Divulgação
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No Nolita Oven Bar, no VillageMall (Av. das Américas, 3900, piso L2, tel.: 3252-2678), a boa pedida para comemorar a data é a Lasanha Nolita (R$ 64,00), que tem massa fresca e molho bolonhesa feito com blend de cortes de Angus.

Uma lasanha recheada com ragu de ossobuco e assada a lenha é o “cobertor de inverno” criado pelo Pope (Rua Joana Angélica, 47, Ipanema), novidade que ainda leva fonduta de grana padano e molho roti (R$ 88,00).

Pope: ossobuco na lasanha está no novo cardápio
Pope: ossobuco na lasanha está no novo cardápioVini Bordalo/Reprodução
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Em Copacabana, o L’ulivo Cucina e Vini (Rua Miguel Lemos, 54-B, Copacabana) oferece um sabor especial na massa fresca: a lasanha de camarões com molho branco artesanal (R$ 68,00). A receita será servida de sexta a domingo (28 a 30).

Vegan: pupunha e shimeji são as estrelas veganas
Vegan: pupunha e shimeji são as estrelas veganas//Divulgação

Dedicado ao veganismo, o Vegan Vegan (Rua Hans Staden, 30, Botafogo, tel.: 97167-7078) na Lasanha de Pupunha à Bolonhesa de Shimeji (R$ 56,00), feita com camadas de palmito intercaladas com molho de tomate orgânico, cogumelo shimeji e creme de castanha de caju.

Ruta: carne de jaca e bechamel de castanhas
Ruta: carne de jaca e bechamel de castanhasCamila Wolter/Divulgação

Na mesma linha e recém-inaugurado na Fábrica Bhering, no Santo Cristo (Rua Orestes, 28, 3° andar), o ​Ruta Cozinha aposta na Lasanha de Ragu de Berinjela (R$ 40,00), que leva carne de jaca ao molho de tomates assados, gratinada com bechamel de castanhas. O prato estará disponível no menu executivo, que funciona das 12h às 15h.

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Cumbuca: lasanha fit tem a berinjela como tema
Cumbuca: lasanha fit tem a berinjela como tema//Divulgação

Rede inspirada em refeições praticas servidas em cumbucas, a Cumbuca (loja de Botafogo na Rua Álvaro Ramos, 197) traz a Lasanha da Nutri (R$ 39,90, 350 gramas; e R$ 49,90, 500 gramas), feita com camadas de berinjela assada, molho de tomate, molho de queijo e parmesão maçaricado.

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Elena: nova casa no Horto eleva o padrão de atendimento na cidade

Em meio à um cenário bucólico, no Horto, o novíssimo Elena chegou com autoridade na cidade. São filas de espera todos os dias no endereço, que virou ponto de encontro de personagens da moda, arte e do mercado financeiro. Um casarão de dois andares oferece múltiplas experiências, entre elas uma linda vista para o Cristo. O espaço, que possui uma modernidade vibrante, reúne gastronomia, arte, entretenimento e um visual especial para o Jardim Botânico, além de interações de filmes/videoarte com curadoria cultural de Batman Zavareze . Inspirado no universo feminino, a operação ganhou o nome de Elena, com muitos ambientes e narrativas diferenciadas, que convergem no atendimento de padrão elevado.

Com assinatura da Bernardes Arquitetura, os cardápios são assinados por Itamar Araújo, inspirado em sabores da Ásia – Tailândia, Cingapura, Hong Kong e Japão.  O Gogo Bar, um bar de personalidade forte, no segundo andar, possui janelas que são chamadas de postais. O bar de arquitetura impactante tem drinks com assinatura de Alex Mesquita. O conhecido mixologista volta a ter um balcão para chamar de seu em terras cariocas. Clássicos como Fitzgerald, G&T, Negroni, Moscow Mule se misturam a outras criações autorais.

O banheiro multigênero é outro ponto de destaque e modernidade da casa. Seguindo a tendência do instagramável, o reservado conta com um enorme painel espelhado em que os clientes podem deixar seus recadinhos, além de fazer fotos com seus celulares.

Elena: a nova operação de sucesso da gastronomia carioca
Gyoza de porco e nirá com molho shoyu e vinagre, 5un, R$ 56,00Tomás Rangel/Divulgação

No menu destaque para vieiras grelhadas no molho X.O. (R$ 87,00); Katsu sando, pão tostado, barriga de porco empanada, coleslaw e molho tonkatsu (R$ 72,00); Pad Thai, coentro, broto de feijão, coentro e amendoim (R$ 92,00);  Black Cod marinada no missô (R$ 172,00); Harumaki de wagyu e molho sweet chill com 4un (R$ 66,00).

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O legado que essa nova operação já deixa na cidade é o atendimento – serviço – muito acima da média. Danni Camilo, nome conhecido em treinamentos no ambiente gastronômico, está fazendo a implantação e a capacitação desse novo time.

 

SERVIÇO:

Rua Pacheco Leão, 758 – Jardim Botânico  – Rio de Janeiro

Horário de funcionamento: De terça a quinta, das 19h às 01h. Sexta e sábado, das 19h às 02h.

https://www.instagram.com/elenahorto/

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Os finalistas de prêmio que elege os melhores pratos e petiscos da orla

O Prêmio Sabores da Orla chega à reta final com os favoritos da edição deste ano. Depois de mais de 38 mil pratos e petiscos criados para o concurso e servidos nos quiosques da orla carioca, e 50 mil votos populares contabilizados, foram escolhidos os finalistas.

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Na categoria de melhor prato, os quiosques que seguem na disputa pelo prêmio são: Sanca, em São Conrado, com o nhoque de banana da terra ao molho thai, acompanhado de camarões grelhados e paçoca cítrica; o Sel D’Ipanema, com o atum selado em crosta de milho torrado, acompanhado de legumes e pico de gallo; o Enchendo Linguiça, em Copacabana, com o joelho de porco recheado de gorgonzola e chucrute, com galete de batata com cebola; o Pato com Laranja, no Leblon, com o gohan com tataki, sunomono e combinado de oito iguarias; e o Qui Qui, em São Conrado, com o risoto de baião de dois e queijo coalho, lula, camarão e polvo no azeite trufado.

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Na categoria de melhor aperitivo, os finalistas são: Layback Soul Prainha, na Prainha, com o peixe empanado e batata chips; Praiô, no Recreio, com a bruschetta de abobrinha, camarões grelhados, tomate confit, lascas de parmesão e um toque de mel de tomilho; Clássico Beach Club, na Barra da Tijuca, com o tataki de atum, emulsão de avocado e crocante de wonton; Quiosque da Célia, com tacos crocantes recheados de camarão na manteiga de ervas, e vinagrete de manga e queijo maçaricado; e Santa Clara, em Copacabana, com cubos de costela desfiada e prensada, servidos sobre um creme de batata com alho assado e noz moscada, ao molho pesto de agrião.

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Os quiosques finalistas receberam, neste final de semana, a visita do chef carioca João Diamante, embaixador do Prêmio, e de seus conselheiros, entre eles os chefs Flávia Quaresma; Vladimir Lopes, do Dim Sum Rio; e David Bispo, do Bar do David.

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Ao todo, o festival dará R$ 50 mil em prêmios. O anúncio dos vencedores será no dia 16 de agosto. Até lá, o público pode continuar votando no seu prato favorito por meio do site do Sabores da Orla.

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Com pizzaiolo italiano no comando, garagem em Santa Teresa vira point

Tem coisa que só acontece em Santa Teresa, bairro suspenso que esbanja charme e tem vida própria em cenário cercado pela floresta. Por exemplo, uma pizzaria italiana onde o dono mal fala português, aberta em garagem antiga de um casarão abandonado, preservando as ruínas ao lado de um belo balcão de ladrilhos amarelos para o forno movido à lenha, com o salão dando ao fundo para área verde de grandes árvores.

+ Após sucesso em Ipanema, restaurante La Fiorentina abre as portas na Barra

A Zola se instalou no Largo do Curvelo, bem em frente à estação do bondinho, fazendo homenagem ao ex-jogador Gianfranco Zola, craque do Napoli na época áurea de Diego Maradona, e da seleção da Itália. Sim, nas mãos do italiano Raffaelle De Simoni, pode-se dizer, sem se afastar da verdade, que ali se encontram as decantadas pizzas napolitanas.

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Marguerita: sabor clássico em massa de longa fermentação
Marguerita: sabor clássico em massa de longa fermentaçãoReprodução/Instagram
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No primeiro momento há apenas seis sabores em tamanho (bem servido) individual. De bordas altas e chamuscadas, brotam do calor das chamas versões como a marinara, feita com molho de tomate, alho, orégano e manjericão (R$ 40,00), a vegetariana, que tem abobrinha, mozarela de búfala, azeitonas pretas, manjericão e pimentão assado (R$ 50,00), e a 5 formaggi, uma festa de queijos com grana padano, mozarela de búfala, gorgonzola, provolone defumado e burrata (R$ 60,00).

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A casa está funcionando às sextas e sábados, das 18h à 0h, além de domingo, segunda e quinta, das 18h às 23h. As atividades do forno se encerram uma hora antes do fechamento das portas.

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