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Arriba! Rio vai ganhar um bar mexicano de verdade (e cheio de charme)

“Seja no Risoto ou no galeto eu caio dentro, na São João Batista vou encher o caveirão…”

Assim dizia um trecho da letra de um dos primeiros sambas do Empolga às 9, gestado ali do lado, na Casa da Matriz, ponto de música e cultura que marcou época na pequena Rua Henrique de Novais. Meninos e meninas, eu vi: tocando surdo de primeira, o colunista que aqui escreve ajudou a criar o bloco que ainda está nas paradas de sucesso carnavalescas.

E não foram poucas as cervejas (e cachaças) no Risoto, o boteco citado no enredo, um agora ex-clássico do bairro que reunia o pessoal numa época que nada mais havia de relevante para se comer e beber por ali.

Pois a esquina que agora se torna, definitivamente, um novo ponto boemio do bairro dono da maior concentração de bares da Zona Sul, receberá no dia 15 de julho o Guadalupe, um “bar e lanchonete” mexicano carregado de boas notícias, ocupando o endereço onde o Risoto reinou.

A primeira delas, e já era de se esperar no negócio capitaneado pela dupla Edu Araújo-Jonas Aisengart, é que o ambiente do boteco será preservado, com os belos azulejos, o balcão e parte grande da estrutura original. E pimentas trazidas pelo Edu do México, onde ficou mais de uma semana para formatar o cardápio, já estão secando para perfumar e arder em salsas e moles.

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Sim, moles. O negócio busca a essência da real cozinha mexicana, sem firulas e com leves adaptações ao gosto carioca, marca indelével do trabalho da turma. Inédito? Me parece que sim, no cenário histórico (e fraco, vamos combinar) do “tex-mex” no Rio.

A coquetelaria, sempre um ponto forte e criativo nas mãos de Jonas, vai colocar na roda o coquetel de “litrão”: versões para compartilhar na mesa de clássicos como mezcalito, margarita, michelada e piña colada. Além de cerveja, é claro, na companhia de tacos servidos em tortilhas de milho e de farinha, tostadas, croquetas, enchiladas, tiraditos e frijoles.

O inverno no Baixo Real Grandeza vai reunir, num raio de cem metros, Guadalupe, Dainer, Jurubeba e Galeto Sat’s. E se andar mais um pouquinho chega no Vian, um senhor bar de coquetéis. Preparem estômagos e fígados.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO