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Festival Sardinha, Samba e Choro coloca Macaé na rota gastronômica

Realizada no último fim de semana, a 11ª edição do Festival Sardinha, Samba e Choro voltou as ruas de Macaé e mostrou a potência do evento e gastronomia local. Mais do que um festival gastronômico, é um resgate da memória da cidade que já teve na indústria pesqueira a sua maior fonte de renda, perdendo espaço nos últimos anos para a de óleo e gás.

Se por um lado os pescadores viram outra potência econômica se tornar a mais importante da cidade, a chegada dessa nova indústria elevou o padrão de vida local e foi peça importante para o desenvolvimento do setor gastronômico  de Macaé. Tanto que a maior parte do público do festival ainda é de moradores que aproveitam a orla de uma maneira diferente da habitual.

Inspirado em outras experiências do tipo, como o Festival Gastronômico de Tiradentes, o evento em Macaé se destaca pelo cuidado com a produção. Diferente do vizinho festival de Búzios, onde os restaurantes colocam serviço a frente dos seus empreendimentos, o Festival Sardinha entrega infraestrutura completa ao longo da orla, com direito a espaços gastronômicos cuidadosamente apresentados, espaço para consumo das iguarias servidas com conforto, além de aulas ao vivo com chefs convidados e uma excelente programação musical que destaca músicos locais.

A identificação da gastronomia e programação cultural com o município é outro charme que o faz único. “Tem muito haver com a cara da cidade. Tem um movimento cultural muito importante com o pescado e a história de Macaé”, explica Renato Martins,  chef e proprietário do restaurante Ilhote Sul e um dos organizadores do evento.

Festival Sardinha, Samba e Choro tem programação cultural
Aposta na sardinha junto de samba e choro é um dos diferenciais segundo organizadorStudio Baile/Divulgação
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Outro diferencial é a possibilidade de servir produtos frescos. Martins destaca que infraestrutura foi pensada em dar condições para que os restaurantes preparem o que é servido ali mesmo. Diferente dos grandes festivais gastronômicos que acabam forçando os chefs e levarem tudo pronto para o evento.

O resultado é a orla lotada de gente para curtir tudo que o festival oferece (foi vendida mais de 1 tonelada do pescado). Se o público ainda é muito doméstico, Renato já observa a chegada de pessoas dos munícipios vizinhos em maior quantidade e acredita no potencial para que o Festival Sardinha, Samba e Choro se torne referência atraindo cada vez mais turistas. “Essa pegada da mistura com o choro e o samba a sardinha não está sozinha. Então forma um tripé que a gente possa almejar um crescimento externo”, conclui Renato.

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO