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Uma ceia de Natal harmonizada com vinhos

O Natal, além de tudo que a data traz de bom, pode ser também uma ótima oportunidade para uma variada gama de divertidas combinações entre pratos e vinhos.

 

Para um eventual salmão, minha sugestão é um refrescante branco da casta sauvignon blanc. Já o bacalhau, um peixe de alto nível de sabor, pode gravitar entre tintos e brancos, dependendo de seu preparo. Para receitas como brandade de bacalhau ou bacalhau com natas, sugiro um branco como da internacional chardonnay, ou das portuguesas alvarinho ou antão vaz. Para receitas como zé do pipo ou gomes de sá, prefiro um tinto, como um frutado syrah, ou mesmo um elegante Rioja reserva, de média estrutura.

 

Passando do mar para o ar, as aves que mais comumente pousam na mesa de natal são o peru ou o chester. Para estes a solução vínica mais adequada vai depender de um ponto chave. Há doçura no prato? A ave veio escoltada com as indefectíveis frutas como abacaxi ou pêssegos em calda? Neste caso opte por um branco, se possível com acidez alta e alguma doçura, como um bom riesling alemão. Outra boa opção seria um chardonnay barricado, que traz notas de amanteigadas e de baunilha, ajudando o casamento com a doçura. No caso da ave ter molho mais encorpado e sem doçura, um casamento de sucesso seria com um tinto leve e de boa acidez, como um beaujolais, gamay em geral, pinot noir ou dolcetto.

 

Para o presunto ou tender, as sugestões dadas para o peru, cabem como uma luva, mas se a carne suína for um pernil, por exemplo, podemos caminhar em direção à um tinto mais importante, com algum corpo e algum estágio em barrica. Um leitão, por exemplo, casa lindamente com um tinto do Dão ou da Bairrada, com mais acidez e taninos.

 

No reino do açúcar, os pratos natalinos mais típicos são a rabanada e o panetone. Para o panetone, um casamento tão clássico quando sensacional é com um Moscato d’Asti, italiano frisante e meio-doce, igualado apenas por um espumante moscatel brasileiro, um dos carros chefes de nossa indústria.

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Para a rabanada, ninguém ousará servir nada diferente de um Vinho do Porto, que pode ser do tipo Tawny, que combina muito tem também o mix de frutas secas.

 

 

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Fonte:

Comer & Beber – VEJA RIO