A produção de vinho no Brasil vive hoje um momento de transformação e expansão. O país consolidou sua vocação para produzir grandes espumantes, principalmente na região sul. Tanto que hoje há uma variedade enorme, tanto opções mais frescas produzidas pelo método charmat (em que a segunda fermentação é feita em inox, e não em garrafa, como no caso dos espumantes tradicionais) quanto alternativas de maior complexidade, que passam meses em contato com as leveduras. Mas há um avanço notável na produção de tintos e brancos em regiões novas, graças à técnica de dupla poda que vem dando origem aos chamados vinhos de inverno.
Quais os melhores vinhos brasileiros?
Não à toa, são os espumantes os vinhos com as maiores pontuações entre os destaques do ano, de acordo com o recém-lançado Guia Adega Brasil 2024 (R$ 110), que chega agora à décima terceira edição. O único rótulo a receber 94 pontos é, justamente, um espumante: o Estrelas do Brasil, blend de Chardonnay, Pinot Noir, Riesling Itálico e Viognier que passa 36 meses em barricas.
Outros destaques incluem:
- Lírica Crua Rosé, novidade do portfólio da vinícola Hermann que se destaca pela boa cremosidade e aromas de frutas vermelhas frescas.
- Monte Paschoal Moscatel Rosé, rótulo muito equilibrado de excelente custo-benefício, encontrado por cerca de R$ 40.
Mas há também boas opções de vinhos tranquilos, como são chamados aqueles sem borbulhas. Os tintos brasileiros são conhecidos por serem muito extraídos, com aromas intensos de frutos maduros, e longas passagens por barricas. E há bons exemplos nesse perfil, como o Épico, produzido pela vinícola Guatambu. Mas há espaço para vinhos elegantes, como o Liberum Manus, clarete (tinto mais claro e fresco) feito com a uva Barbera na Serra do Sudeste, no Rio Grande do Sul, que têm tudo para fazer sucesso também no verão.
Entre os brancos há alternativas interessantes que fogem do óbvio.
- O blend branco Tres Reyes, feito pela Audace, uma inusitada mistura de Alvarinho (a casta mais nobre da região dos Vinhos Verdes, em Portugal), com chardonnay.
- O Magmatic, Chenin Blanc produzido pela Arte da Vinha que também foi apontado como destaque da edição deste ano do Guia Descorchados. São rótulos que mostram como a controversa categoria dos “vinhos naturais” é capaz de entregar ótimos resultados.
Apostar no vinho brasileiro pode não ser a primeira opção de muitos enófilos, especialmente considerando os competitivos preços de alguns importados, mas existem muitos grandes vinhos feitos por aqui, principalmente espumantes. Com a chegada das festas de final de ano as borbulhas nacionais (ou mesmo os brancos e tintos) podem ser escolhas surpreendentes.
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